Covid-19: Brasil passa dos 85 mil casos confirmados

m homem recebe um teste de auto-coronavírus de um estudante de medicina à sua porta, em meio ao surto de doença de coronavírus (COVID-19), em São Caetano do Sul, São Paulo, Brasil, 14 de abril de 2020. REUTERS / Rahel Patrasso

O Brasil chegou a 85.380 pessoas infectadas por covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus. O país registrou recorde de novos casos, em 24 horas, com a adição de 7.218 infectados às estatísticas, um aumento de 9% em relação a ontem, quando foram registradas 78.662 mil pessoas nessa condição.

Segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira (28), o total de mortes subiu para 5.901. De ontem para hoje, foram registrados 435 novos óbitos, um aumento de 8% em relação a quarta-feira (29), quando foram contabilizados 5.466 falecimentos. A letalidade ficou em 6,9%.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, do total de casos confirmados, 43.544 estão em acompanhamento (51%) e 35.935 (42%) já foram recuperados, deixando de apresentar os sintomas da doença. Ainda são investigadas 1.539 mortes.

São Paulo se mantém como epicentro da pandemia no país, concentrando o maior número de falecimentos (2.375). O estado é seguido pelo Rio de Janeiro (854), Pernambuco (565), Ceará (482) e Amazonas (425).

Além disso, foram registradas mortes no Pará (208), Maranhão (184), Bahia (104), Paraná (83), Espírito Santo (83), Minas Gerais (82), Paraíba (62), Rio Grande do Norte (56), Rio Grande do Sul (51), Santa Catarina (46), Alagoas (47), Amapá (34), Distrito Federal (30), Goiás (29), Piauí (24), Acre (16), Sergipe (12), Rondônia (16), Mato Grosso (11), Mato Grosso do Sul (9), Roraima (7) e Tocantins (3).

Distanciamento

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto na tarde desta quinta-feira (30), o ministro da saúde, Nelson Teich, falou sobre as medidas de distanciamento. Em entrevistas na semana passada, ele havia prometido diretrizes atualizadas no fim deste mês. O titular da pasta lembrou que a decisão é de estados e municípios, informou que as orientações estão prontas, mas que ainda não foram divulgadas porque se preocupa com a forma como isso será tratado.

“Se a gente não parar pra ver o que isso representa para a sociedade e ficar polarizando pra dizer se é bom ou ruim não vai levar a nada. Até mesmo você colocar uma diretriz, vira argumento para discussão de polarização de políticas e ideias”, reclamou. Ontem em audiência com senadores o ministro adiantou alguns critérios, como a capacidade de atendimento, a incidência da doença e o estágio da curva.

Perguntado sobre a flexibilização do isolamento, declarou que a orientação é de manter o distanciamento e que a diretriz vai ser um instrumento para estados e municípios abrirem em um cenário em que o avanço estiver mais controlado, mas que agora não seria este momento. “Não dá para começar liberação quando tem curva em franca ascendência”.

“Neste momento em que temos os grandes centros urbanos em fase de ascensão não é momento adequado de se colocar isso, pois pode criar expectativa na própria população de que o MS [Ministério da Saúde] está recomendando a flexibilização. Isso tem que ser feito de forma cautelosa”, acrescentou o assessor especial do ministro, Denizar Vianna.

Covid-19: HMV suspende visitas aos pacientes

A partir da próxima segunda (04), todas as visitas aos pacientes internos no Hospital Mestre Vitalino (HMV) serão suspensas por tempo indeterminado. A medida visa evitar a disseminação do vírus e o contágio em pacientes, acompanhantes e familiares. Para facilitar o acompanhamento do estado de saúde, o HMV instalou um call-center que irá repassar as informações do boletim para as famílias.

“Este é um momento muito delicado para a área de saúde, e tomamos neste momento esta medida como prevenção, para garantir mais segurança para nossa unidade e para os familiares dos nossos pacientes. Mas sabemos também que o distanciamento causa preocupação na família, por isso estamos com uma equipe de call-center composta por médicos e outros profissionais da assistência que irão repassar as informações via telefone”, esclareceu o gestor geral da unidade, Dr. Marcelo Cavalcanti.

A unidade reforça que as famílias devem aguardar as ligações que serão feitas pelos profissionais. Em nenhuma hipótese serão repassados dados, caso a família entre em contato com a unidade, isso garante a segurança e impede que pessoas mal-intencionadas recebam informações para uso indevido. Além disso, o HMV reforça que é uma unidade 100% SUS, que não cobra nenhum valor pelos serviços prestados. As famílias devem ficar atentas a qualquer ligação suspeita onde seja exigido repasse e/ou pagamento de valores.

As informações de pacientes internos na UTI Covid serão repassadas diariamente de segunda a sexta. Já sobre pacientes internos nos demais setores, as equipes irão entrar em contato em dias alternados, de segunda a sexta. A unidade se reserva a efetuar a ligação para apenas um familiar cadastrado na admissão do paciente.

Empresas caruaruenses fazem doações de máscaras e óculos ao HMV

Todas as semanas o Hospital Mestre Vitalino tem sido surpreendido com doações. Desta vez foram as empresas Sunglass, com a doação de óculos de proteção para a unidade; e a a SRJ Confecção, com a doação de máscaras cirúrgicas. As ações visam favorecer a proteção individual dos colaboradores que estão na linha de frente de combate ao Covid-19.

“A única palavra que cabe nestes dias difíceis é gratidão. Estamos felizes mesmo em meio a tudo isso. Toda semana recebemos doações de alimentos, máscaras, viseiras, óculos, tudo para melhorar ainda mais a segurança dos nossos colaboradores e também cuidar destes grandes guerreiros neste período. Obrigado as empresas Sunglass e SRJ Confecção por essa colaboração. Vamos vencer juntos”, destacou Dr. Marcelo Cavalcanti, diretor geral do HMV.

Produção industrial de Pernambuco registra maior queda dos últimos dez anos

Sob o efeito da crise desencadeada pela Covid-19, a produção industrial de Pernambuco do mês de março registrou a maior queda da série histórica, que teve início em 2010. O impacto intenso está relacionado à redução na demanda por produtos e à retração dos empregos nos principais setores econômicos locais. Na comparação com fevereiro de 2020, o volume de produção caiu 10,8 pontos, atingindo o resultado de 36 pontos.

Na visão do economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE), Cézar Andrade, a situação se agravou porque todos os índices avaliados na pesquisa, como a utilização da capacidade instalada, das condições financeiras e do acesso ao crédito, caíram bruscamente. “Com todos esses elementos juntos desacelerados, não há como termos cenário diferente. Isso porque, tudo está atrelado e depende da capacidade de consumo das pessoas, que, hoje infelizmente, está comprometida em razão dos efeitos do coronavírus na saúde e na economia”, analisou.

De acordo com o levantamento feito pela FIEPE, com base nos dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), o índice de Evolução do Número de Empregados saiu de 49,2 pontos em fevereiro para 40 pontos em março, com uma avaliação negativa de 9,2 pontos. O resultado fica atrás apenas do registrado em agosto de 2015, quando chegou a 39,8 pontos, cujos reflexos se davam em razão das crises política e econômica do País naquela época.

O declínio na evolução do Número de Empregados tem reação direta no índice da Utilização da Capacidade Instalada das indústrias do Estado, que alcançou a maior queda mensal já registrada, assim como o menor nível, desde a série histórica da pesquisa. O indicador atingiu 56,7 pontos percentuais em março deste ano, quando, em fevereiro, era de 70 pontos.

As condições financeiras da indústria no primeiro trimestre deste ano também contribuíram para que o resultado final fosse o pior dos últimos 10 anos. Um dos índices dessas condições financeiras é o de acesso ao crédito, que recuou 6,1 pontos, saindo de 35,8 pontos registrados no quarto trimestre de 2019 para 29,7 pontos no primeiro trimestre de 2020. “Percebe-se que esse resultado é ruim, porque, justamente quando as empresas mais precisam de recursos, o acesso ao crédito para capital de giro não acontece”, frisou Andrade.

O economista da FIEPE chamou atenção ainda para a satisfação financeira e para o lucro operacional das empresas, que pioraram entre os trimestres, com redução significativa para o início de 2020. O índice de satisfação com a situação financeira saiu de 49,4 pontos para 43,4 pontos, entre o fim do ano de 2019 e março de 2020 – uma redução de 6 pontos.

Já o de satisfação com relação à margem de lucro operacional, caiu 5,2 pontos entre dezembro de 2019 e março de 2020, saindo de 46,8 para os 41,6 pontos. Os dois indicadores se encaminhavam para ultrapassar a linha divisória de 50 pontos, o que os tirariam da situação de queda. O único indicador que cresceu, em contrapartida, foi o de Estoques, que apresentou aumento de 2,5 pontos entre fevereiro (47,5) e março de 2020 (50 pontos). “Totalmente justificável porque, mesmo com a produção desacelerada, as indústrias estão produzindo e não estão conseguindo se desfazer dos seus estoques”, lamentou Cézar Andrade.

EXPECTATIVAS

As expectativas com relação à percepção dos empresários sobre a evolução futura da demanda por produtos, da quantidade exportada, do número de empregos gerados e da compra de matérias-primas não são nada boas para os próximos seis meses. A expectativa sobre a demanda por produtos apresentou queda mensal expressiva de 19,4 pontos, declinando de 58,3 pontos para 38,9 pontos entre março e abril de 2020. Em relação à intenção de investimentos, o número final também decresceu no mesmo período, saindo de 57,6 pontos para 44,7 pontos. A variação foi negativa em 12,9 pontos.

Governo de Pernambuco prorroga medidas restritivas em diversos setores

O governador Paulo Câmara assinou hoje (30) o Decreto Nº 48.983 que estende a quarentena em Fernando de Noronha, mantém a paralisação das atividades econômicas, prorroga a suspensão das aulas nas escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino, público e privado, em todo o Estado de Pernambuco. O Decreto também veda o acesso e a prática de atividades nos parques e praias e nos calçadões das avenidas situadas nas faixas de beira-mar e beira-rio.

No documento, o Governo modifica o Decreto nº 48.809, de 14 de março de 2020 e passa a permitir o funcionamento das lojas de material de informática, por meio de entrega em domicílio ou como ponto de coleta. Os serviços de assistência técnica de eletrodomésticos e equipamentos de informática também estão liberados.

O acesso às praias e aos calçadões das avenidas situadas nas faixas de beira-mar e de beira-rio, e aos parques localizados no Estado de Pernambuco, para prática de qualquer atividade permanece proibido até o dia 15 de maio. O Decreto também mantém a suspensão, até o dia 15 de maio, das atividades econômicas previstas nos Decretos Nº 48.809, Nº 48.832, Nº 48.834 e Nº 48.837, com as respectivas alterações.

A suspensão das aulas nas escolas, universidades e demais estabelecimentos de ensino, público ou privado, em todo o Estado de Pernambuco permanece em vigor até 31 de maio de 2020. O Governo de Pernambuco prolonga até o dia 10 de maio a quarentena no Arquipélago de Fernando de Noronha. A medida visa conter a epidemia da Covid-19 na ilha e realizar um estudo epidemiológico da evolução do novo Coronavírus no arquipélago.

As medidas foram tomadas com o objetivo de intensificar ações restritivas temporárias adicionais adotadas até então para o enfrentamento da emergência de saúde pública. Os serviços e atividades considerados essenciais permanecem funcionando, dentro dos limites previstos nos Decretos. Estão enquadrados nessa categoria, alguns setores, principalmente supermercados, padarias, mercados, lojas de conveniência, feiras livres, lojas de defensivos e insumos agrícolas, farmácias e estabelecimentos de produtos médico-hospitalares, postos de gasolina, bancos e serviços financeiros, inclusive lotéricas, casas de ração animal e depósitos de gás, entre outros.

“Nosso governo tem compromisso com as pessoas. É o que se espera de um governo: humanidade, respeito, coragem para fazer o que precisa ser feito. Toda ação tem consequências. O isolamento social, por mais um tempo, também traz perdas. Mas diminui as perdas irrecuperáveis, que são as vidas humanas”, enfatizou Paulo Câmara.

Bancários da Caixa clamam por assistência à saúde para todos os trabalhadores do banco


Há quase dois meses — desde quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do coronavírus, incluindo o Brasil na lista de países com registros da doença — os bancários da Caixa Econômica Federal reivindicam à direção do banco a garantia de cobertura da assistência de saúde e psicológica para todos os trabalhadores da instituição. Apesar dos riscos de contaminação, os empregados se mantém dedicados ao atendimento à população em todo o país; inclusive, na linha de frente das agências.

Reiterados pedidos de “Saúde Caixa para Todos” foram feitos à direção da Caixa. Contudo, o banco — em mais uma reunião (por videoconferência) com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), nesta quarta-feira (29) — novamente não apresentou qualquer proposta oficial de inclusão de aproximadamente 2 mil novos trabalhadores na cobertura do plano Saúde Caixa.

Durante a reunião, o banco apresentou apenas a necessidade de assinar um aditivo para a alteração (no plano de saúde), mas sem esclarecer em quais parâmetros. A direção disse, ainda, que o Saúde Caixa tem problema de sustentabilidade por conta de déficit recorrente desde 2016.

“É responsabilidade da Caixa assegurar que todos os empregados tenham plano de saúde e cuidar do bem-estar dos trabalhadores”, defende o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira. “Com a pandemia, isso ficou muito mais evidente e a responsabilidade aumenta porque grande parte desse grupo são pessoas com deficiência. Não é possível ter quase 84 mil empregados sendo que 2 mil não tem plano de saúde”, acrescenta Ferreira.

INSISTÊNCIA — No último dia 22, a Fenae e a Contraf enviaram ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, reivindicando que excepcionalmente, por 120 dias, os trabalhadores admitidos a partir de 1º de setembro de 2018 sejam incluídos no Saúde Caixa e possam ter direito ao plano durante a fase mais crítica da pandemia do coronavírus.

“Todos sabemos a relevância dessa assistência para empregados ativos, aposentados, pensionistas e dependentes. Não vamos renunciar a isso”, afirma Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Fenae e representante da Contraf nas negociações com o banco. “A assistência à saúde permite que o trabalhador da Caixa possa cuidar da sua saúde e da saúde da sua família. Lutamos para que o Saúde Caixa permaneça como um direito e inclua todos os empregados, independentemente da data de contratação”, completa Uehara.

TESTAGEM E VACINAÇÃO — A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa também cobra da direção do banco a testagem de todos os trabalhadores para a Covid-19. Os bancários também reivindicam a antecipação, pelo banco, da vacinação contra gripe e H1N1.

“Como política de prevenção e cuidado não só com a saúde dos empregos, mas também com a dos milhares de brasileiros atendidos pelos trabalhadores da Caixa, em todo o país”, observa o presidente da Fenae. “É uma questão de saúde pública”, reforça Jair Ferreira.

HISTÓRICO — Apesar de redobrar a importância da assistência à saúde dos bancários durante a pandemia, a reivindicação do “Saúde Caixa para Todos” não é nova. Em janeiro de 2018, o Ministério do Planejamento publicou a resolução CGPAR nº 23, impedindo que novos empregados tenham direito ao plano de saúde. A medida foi adotada pela direção da Caixa no ingresso dos trabalhadores aprovados no concurso de 2014 (a partir de 1º de setembro de 2018).

Em agosto do ano passado, foi lançada a campanha “Saúde Caixa para Todos”. A ação foi uma das resoluções do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), realizado no início daquele mês. A cobertura de assistência à saúde para todos os bancários foi, ainda, reforçada em várias reuniões da mesa permanente de negociação com a Caixa.

“Esperamos seriedade nas negociações e o compromisso da direção do banco com os trabalhadores e com o Saúde Caixa. Por isso, aguardamos o agendamento de uma nova reunião para a apresentação de uma proposta efetiva pela Caixa, o quanto antes”, ressalta Fabiana Uehara.

Prefeitura de Caruaru lança plataforma digital para Feira da Sulanca

A Prefeitura de Caruaru, em um trabalho integrado com as secretarias de Serviços Públicos, Extraordinária da Feira e a de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa, colocou no ar a plataforma Sulanca Delivery Caruaru. A ferramenta pode ser acessada pelo link http://deliverysulanca.caruaru.pe.gov.br/.

A fase inicial do processo é o cadastro de lojistas e clientes que comercializam na sulanca. É necessário preencher um formulário informando dados importantes para poder fazer parte projeto.

“Essa foi a estratégia que desenvolvemos para fazer girar a economia da cidade e região. Sabemos a importância que a Feira da Sulanca tem para o nosso povo e esperamos contar com a colaboração de todos para que tudo funcione muito bem. Afinal, uma série de regras precisarão ser seguidas”, explica a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

Toda negociação de produto é feita entre cliente e empresa. O Delivery Sulanca Caruaru vai existir para ajudar na entrega do produto, que vai acontecer no estacionamento no Polo Caruaru, nas segundas-feiras, sempre das 5h às 17 horas. A primeira entrega será na próxima segunda-feira (4).

“O sulanqueiro faz a venda de sua mercadoria através da internet ou por telefone. Depois de toda a negociação realizada, a estrutura montada no Polo Caruaru vai servir de apoio para as entregas. No local só terá acesso veículos previamente cadastrados através da plataforma, com apenas o motorista e, no máximo mais duas pessoas. Nosso objetivo é facilitar, mas não pode haver aglomerações de pessoas”, explica José Pereira, Secretário Extraordinário da Feira.

A estrutura que será montada para a entrega contará com barreiras de fiscalização e rotas de entrega. Quem estiver levando mercadoria, só poderá permanecer no espaço por no máximo durante 40 minutos. “É importante esclarecer que não será permitida a venda dentro do espaço e nem nas imediações, apenas a entrega das mercadorias, já que o espaço é apenas para efetuar a distribuição”, ressalta Ytalo Farias, secretário de Serviços Públicos do município.

Caruaru: mais três casos de Covid-19 e uma morte

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa, nesta quinta-feira (30), mais três casos positivos de Covid-19, sendo, um deles o resultado de um óbito que estava em investigação.

Pacientes:
-22 anos, encontra-se internado em hospital de referência;
– 59 anos, quadro de saúde estável e em isolamento domiciliar.

Óbito:
-Paciente de 75 anos, com comorbidades cardíacas.

Caruaru conta, agora, com 52 casos confirmados de Covid-19, incluindo quatro óbitos.

Rio de Janeiro prorroga até 11 de maio medidas de isolamento social

O estado e o município do Rio de Janeiro prorrogaram as medidas de isolamento social impostas por causa da pandemia do novo coronavírus. Os dois decretos foram publicados hoje (30) nos diários oficiais do município e do estado.

O decreto do governador Wilson Witzel prorroga até 11 de maio todas as medidas de prevenção e enfrentamento à propagação do novo coronavírus.

Fica mantido o fechamento de escolas públicas e privadas, creches e instituições de ensino, a suspensão de eventos esportivos, culturais, shows e feiras científicas em local aberto ou fechado, bem como cinemas, teatros e afins.

Também devem permanecer fechadas em todo o estado as academias, centros de lazer, esportivos e shoppings. Permanece ainda a recomendação para que a população não vá às praias, lagoas, rios, clubes e piscinas públicas.

Estão autorizados a funcionar apenas os serviços essenciais, como supermercados, açougues, padarias, lanchonetes, hortifrutis, farmácias e lojas de conveniência. Estes estabelecimentos devem seguir todas as medidas de segurança para evitar aglomerações e cumprir distanciamento entre as pessoas.

Prefeitura
No Diário Oficial do Município, foi publicado um decreto modificando o Decreto 47.282, de 21 de março, que “determina a adoção de medidas adicionais, pelo município, para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus”.

Foi incluída uma ressalva para que a Caixa Econômica Federal possa fazer atendimento presencial em unidades indicadas até o dia 15 de maio. O prazo anterior era 20 de abril.

A medida vale para o atendimento de pessoas do grupo de risco para a covid-19, que são as com 60 ou mais anos, gestantes, com mobilidade reduzida ou que tenham doenças crônicas como asma, hipertensão arterial e diabetes. O atendimento a elas deve ocorrer entre 8h e 10h.

Os decretos da prefeitura não trazem prazo para o fim da adoção das medidas gerais de combate à pandemia.

Rombo nas contas públicas chega a R$ 21,2 bilhões em março e deve piorar

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, durante entrevista coletiva para comentar o Resultado Primário do Governo Central de janeiro.

O governo central registrou um rombo de R$ 21,2 bilhões nas contas de março e esse número só não foi pior porque adiou o pagamento de R$ 10 bilhões com precatórios, de acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida. Ele ainda fez um alerta: em abril, o resultado será bem pior.

“O deficit primário de abril será maior do que o de todo ano de 2019”, antecipou, durante videoconferência com jornalistas, ontem. Em todo o ano passado, o buraco das contas públicas do governo central ficou em R$ 95 bilhões.

De acordo com Mansueto, as despesas extraordinárias para o combate à pandemia da Covid-19 vão começar a aparecer a partir deste mês. Ele lembrou que o resultado do mês passado foi um pouco melhor do que o de 2019, porque o cronograma de pagamentos de precatórios está diferente do de 2019. Ou seja, se essa despesa tivesse sido incluída nos resultados, o saldo negativo das contas públicas saltaria para R$ 31,2 bilhões. A previsão do governo para o pagamento de precatórios em 2020 é de R$ 52 bilhões.

No acumulado em 12 meses até março, o resultado primário do governo central ficou negativo em R$ 90,2 bilhões, abaixo da meta fiscal para este ano, de um deficit de até de R$ 124 bilhões. Entretanto, Mansueto lembrou que esse objetivo não será mais perseguido devido ao decreto de calamidade pública, que permitirá o aumento de gastos emergenciais para conter os efeitos da crise da pandemia. “Vamos ter uma piora fiscal temporária”, afirmou.

Ao apresentar os dados fiscais do primeiro trimestre do ano, Mansueto adiantou que prevê um rombo de R$ 550 bilhões nas contas do governo central, que inclui Tesouro, Previdência Social e Banco Central, em 2020. Até hoje, as despesas emergenciais aprovadas pelo Congresso para o combate ao coronavírus somam R$ 253 bilhões, de acordo com os dados do Tesouro. Desse total, R$ 59,8 bilhões foram pagos pela União.

Mansueto admitiu que esses gastos podem crescer. Mas, por enquanto, a previsão dele é de um deficit primário de R$ 600 bilhões para o setor público consolidado –– ou seja, incluindo estados, municípios e estatais, “o equivalente a 8% do Produto Interno Bruto (PIB)”.

O secretário do Tesouro evitou fazer estimativas sobre nova previsão para o PIB brasileiro, mas admite que haverá queda, apesar de a estimativa oficial do Ministério da Economia ainda ser de um crescimento de 0,02% no PIB deste ano. Mansueto acredita que a nova projeção poderá ficar “muito próxima” da mediana das previsões do mercado, de -3,3%, mas evitou dar números.

Encolhimento
A receita líquida encolheu 6%, para R$ 91,7 bilhões, em março, valor que não foi suficiente para cobrir as despesas, que somaram R$ 112,9 bilhões. Mansueto admitiu que a perda de arrecadação, ao longo de 2020, deverá ser “significativa”, principalmente porque haverá frustração na receita com tributos devido à atividade econômica fraca, assim como com dividendos de estatais e com royalties de petróleo. Ele lembrou que o barril do óleo está abaixo de US$ 20, mas, nas contas do governo, ainda está estimado perto de US$ 50.

Ao ser questionado pelo Correio, o secretário do Tesouro negou qualquer tentativa do governo de tentar compensar a perda de receita com aumento de impostos. “Claramente, agora, o governo não trabalha com nenhuma estimativa ou proposta de aumento de imposto”, garantiu.

País sairá da crise lentamente

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro despreza os dados sobre o crescimento do número de vítimas fatais da Covid-19, o Brasil passa a figurar na lista dos países com maiores dificuldades para se recuperar da recessão que está se formando. A empresa de consultoria Capital Economics demonstrou maior preocupação com o país e a Itália, na retomada, porque devem registrar forte aumento da dívida pública “por uma década ou mais”. A consultoria britânica também reforçou que está “mais pessimista” em relação a México e Turquia.

De acordo com um dos relatórios da Capital sobre mercados emergentes, divulgados ontem, o governo do Brasil está ao lado de Índia e de países da África que demoraram para reagir contra a pandemia, e agora estão tendo “menos sucesso em aplainar suas curvas de contágio”.

“Isso sugere que medidas de distanciamento social e os bloqueios podem permanecer por mais tempo, o que atrasaria e limitaria uma eventual recuperação da atividade nesses lugares. Também pode significar que é necessário mais apoio do governo para manter os setores privados à tona, o que agravará os riscos de inadimplência da dívida”, destacou Edward Glossop, economista de Mercados Emergentes da Capital. A consultoria prevê retração de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano e 2,5% de crescimento em 2021.

Em outro relatório, analistas da Capital destacaram que, apesar de o governo brasileiro ter cortado algumas “gorduras” com a Reforma da Previdência, no ano passado, “o coronavírus fará as métricas fiscais se deteriorarem ainda mais” neste ano. Uma das principais críticas dos analistas da Capital em relação ao governo brasileiro é que, como o México, o Brasil tem demorado para adotar medidas para conter a pandemia –– e o custo dessa lentidão será elevado.

“Governos em mercados desenvolvidos geralmente têm sido rápidos em oferecer assistência direta para trabalhadores e empresas (…). Países com finanças públicas fracas, como o Brasil, serão mais reticentes em apoiar seus setores privados”, destacou o documento.

Correio Braziliense