Trump anuncia ‘suspensão temporária’ de imigração aos EUA por coronavírus

O presidente americano, Donald Trump, informou nessa segunda-feira (20) que vai “suspender temporariamente” a imigração para os Estados Unidos, devido à pandemia do novo coronavírus. “Diante do ataque deste inimigo invisível e da necessidade de se proteger os empregos dos nossos grandiosos cidadãos americanos, vou firmar um decreto para suspender a imigração aos Estados Unidos”, escreveu o presidente no Twitter.

A pandemia – que já deixou 167 mil mortos no planeta, sendo 42 mil nos Estados Unidos – provoca um severo impacto econômico e desde meados de março levou à demissão de 22 milhões de americanos, segundo as solicitações de auxílio desemprego.

Esta situação de desaceleração global joga contra o planos de Trump, que tentará permanecer no cargo nas eleições de novembro.

Trump, que fez do combate à imigração ilegal uma de suas bandeiras, fechou um polêmico acordo com o México para que os solicitantes de asilo nos EUA permaneçam naquele país enquanto se analisa o pedido, e forçou acordos migratórios com El Salvador, Honduras e Guatemala.

Estes pactos com os países da América Central – muito criticados por organizações de defesa dos direitos humanos – conseguiram reduzir o número de pessoas detidas na fronteira de 144 mil em maio de 2019 para 33 mil em março passado.

O líder da Liga de Congressistas Latinos, Joaquín Castro, reagiu ao anúncio afirmando que “esta ação não é apenas uma tentativa de desviar a atenção do fracasso de Trump em deter a epidemia e salvar vidas, mas também um gesto autoritário que aproveita a crise para promover uma agenda contra a imigração”.

Além de sua linha dura contra a imigração irregular, Trump também busca limitar a entrada de imigrantes legais nos Estados Unidos.

ARTIGO — Coronavírus x Empresas

Por Milton Rui Jaworski

O impacto que o coronavírus está trazendo para a economia mundial é do conhecimento de todos. A recessão econômica mundial não é uma perspectiva. É uma realidade. Mas o empresário, seja pequeno, médio ou grande, não quer saber dos números macroeconômicos e sim da realidade de sua empresa, dos seus números.

A esmagadora maioria das empresas não suporta uma perda de 30% de vendas. É prejuízo certo. E com exceção daquelas que comercializam gêneros alimentícios e de higiene e limpeza, as demais já estão sendo duramente afetadas. Algumas, como lojas de shopping, restaurantes, bares, pontos turísticos, simplesmente serão temporariamente fechadas, ou seja, zero de receita no período.

Identificamos, nesse cenário, dois problemas sérios:

1 – Custos Fixos: são aqueles custos, que, independentemente de a empresa ter receita ou não, ele existe. Exemplos: folha de pagamento, encargos, aluguel, energia, telefone, honorários contábeis, entre inúmeros outros. Nesse caso não existe uma alternativa que não seja a negociação. Não recomendamos que o empresário queime as suas reservas. Negocie, protele.

2 – Pagamentos de fornecedores e financiamentos: é provável que a empresa tenha dificuldades em receber dos seus clientes, além de deixar de realizar a venda à vista, e, portanto, terá dificuldade para pagar os seus credores. Mais uma vez, a saída é a negociação e a preservação das reservas, afinal, sempre pode piorar.

Todos estão no mesmo barco. A turbulência é igual para todos e a perda é certa. Resta manter a calma e ser racional. Estima-se que esse grande problema dure de 30 a 60 dias. Ele pode demorar, mas vai acabar. E quando acabar, é hora de o empresário rever os seus conceitos, identificar os seus pontos fracos e definir uma estratégia vencedora, mas com os pés no chão. Dessa forma, ele vai se recuperar de maneira mais rápida e eficiente.

Covid-19 segue o fluxo da BR-232 e invade o Interior de PE

Em entrevista virtual na tarde da segunda-feira (20), o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, chamou atenção para o fato de a epidemia do novo coronavírus em Pernambuco acompanhar o fluxo da BR-232. A afirmação foi para exemplificar o espalhamento do vírus pelo Interior do Estado.

Esse cenário é apontado também pelo o painel analítico da Covid-19 realizado pelo Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (CIEG) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que é atualizado constantemente desde o dia 17 de março e ajuda a cartografar a geografia da pandemia em Pernambuco. O monitoramento mostra como a doença se espalhou pelo território estadual em pouco mais de 30 dias, estando presente hoje em 86 dos 185 municípios pernambucanos. O conteúdo está disponível para o público no site: www.fundaj.gov.br.

“A análise desses mapas mostra que a pandemia tomou Recife, tornando a cidade seu epicentro, depois, espalhando-se pelos municípios que constituem a região metropolitana (RMR). Concentração urbana, proximidade geográfica e migração pendular são alguns dos motivos que explicam essa dispersão dos casos confirmados”, afirmou o pesquisador da Fundaj e coordenador responsável pelo painel, Neison Freire.

Ao analisar dados disponibilizados pelo painel, observa-se que a elipse de distribuição do dia 18 de abril, por exemplo, com um desvio padrão, mostra o alto grau de concentração dos casos na RMR. O Recife, por exemplo, atingiu nesta segunda-feira (20), a marca de 100 óbitos em decorrência da Covid-19. Já são mais de 1.550 casos de infecção pelo novo coronavírus na Capital.

As outras áreas mais atingidas também estão na RMR: Olinda (223), Jaboatão dos Guararapes (204), Paulista (153), Camaragibe (105) e São Lourenço da Mata (68). Mas está sendo cada vez maior o número de casos registrados em municípios mais distantes geograficamente do epicentro estadual, a exemplo de Ipubi, Poção e Jatobá.

“Já não há território nas porções setentrional e meridional da costa pernambucana que não tenha alguma densidade de casos. Entretanto, a forte concentração de casos persiste no aglomerado urbano, surgindo um outro aglomerado em torno de Caruaru”, pontuou Neison Freire.

À medida que o contágio se intensifica pelo modelo histórico de ocupação do território, a disseminação avança em direção ao Interior, pelo seu principal eixo rodoviário, a BR-232 (difusão hierárquica). Aos poucos, o sertão pernambucano vai sendo tomado pela pandemia, demonstrando a mudança no perfil de contaminação.

“A RMR concentra 80% dos casos, por isso se fala mais nela no momento. Mas é natural que haja uma expansão da doença para o Interior. E isso está seguindo o fluxo da BR-232”, apontou André Longo.

Folhape

Agronegócio ganha ferramenta que acompanha evolução da Covid-19

Produtores do agronegócio já podem acompanhar, de forma on-line, a evolução dos dados de notificações e óbitos decorrentes da Covid-19 em todo o Brasil.

O objetivo da ação é ampliar, para agricultores e produtores, o acesso a informações sobre a situação do novo coronavírus, a partir de painéis estratégicos. A ferramenta vai oferecer dados diários, além da situação espacial por estado, com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde sobre a doença.

A iniciativa partiu da unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Territorial (Embrapa), localizada no município de Campinas, no estado de São Paulo.

A instituição pretende apoiar estratégias de inteligência, gestão e monitoramento territorial do Governo Federal na pandemia do coronavírus.

De acordo com a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, a ferramenta vai ajudar no planejamento de produção e venda dos produtores rurais.

“O produtor pode ter, por exemplo, ideia do mercado consumidor e definir para onde manda aquela produção dele. “Eu mando a minha produção para um estado vizinho que está com casos de Covid-19 altos e números. Qual que é a minha logística, a minha organização, está permitindo que eu acesse esse mercado, ou não. Importante até para fazer planejamento sobre como vai tratar a comercialização da produção”.

Além dos dados estaduais, a instituição pretende oferecer dados da doença por município. A chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, informou, ainda, que a Embrapa está ofertando cursos online de graça para que esses agricultores e pecuaristas fiquem e se preparem para atuar e se prevenir contra a Covid- 19.

“Além de dados estatísticos, tem informações sobre cursos on-line oferecidos gratuitamente para os produtores: assistência técnica em geral, cuidados na prevenção para algumas categorias especificas, para o suinocultor e para o agricultor, por exemplo. Quais são os impactos da Covid-19 na caprinocultura e na ovinocultura. Na pecuária de corte também tem orientações. Então, é um conjunto de informações que a gente está reunindo para informar os nossos clientes, os nossos parceiros”.

Para acessar as análises territoriais e os dados sobre a Covid-19 no país, basta o produtor acessar o portal www.embrapa.br

Estudantes paraenses criam aplicativos voltados para deficientes visuais

O estado do Pará possui dois representantes como finalistas da 8ª edição do Campus Mobile, concurso de inovação e empreendedorismo, realizado pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), com patrocínio do Instituto Claro e apoio da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), que busca estimular os estudantes universitários e jovens recém-formados a desenvolverem soluções por meio de aplicativos, produtos e serviços do segmento mobile que promovam impacto social e benefícios à população.

O aplicativo ChartVision, finalista na categoria Diversidade, tem como objetivo integrar estudantes com deficiências visuais em interações com gráficos de dados. A proposta é um aplicativo totalmente voltado para deficientes visuais no qual elas possam carregar dados de um gráfico em um formato específico (como a Vega-Lite) ou digitalizar um gráfico usando a câmera. O aplicativo permite que o usuário explore os elementos visuais do gráfico por meio do toque, deslizando sobre a tela, com respostas ao tato sobre cada elemento. A solução foi desenvolvida pelo estudante Alan Trindade De Almeida Silva, da Universidade Federal do Pará.

Concorrendo na categoria Smart Farm, o aplicativo FARM.GO – Agricultura Familiar em um Click visa conectar produtos da agricultura familiar a pessoas da cidade em que o app está sendo utilizado e que procuram por alimentos saudáveis sem sair de casa. Além disso, o aplicativo conta com entregadores parceiros e que podem se cadastrar na plataforma e receber por horas trabalhadas.A plataforma foi desenvolvida por Mauricio Pantoja, estudante na Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará.

Oportunidade de conhecer o Vale do Silício – Cada aplicativo concorre com outros dois projetos em suas respectivas categorias do Campus Mobile. Ao todo são 18 projetos finalistas divididos em seis categorias: Saúde, Diversidade, Smart Cities, Smart Farms, Educação e Games. Os vencedores do concurso serão premiados pelo Instituto Claro com uma viagem ao Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, para uma imersão nas principais empresas de tecnologia do mundo. O resultado, com a indicação dos vencedores, será divulgado no mês de maio.

Conheça todos os finalistas no portal https://www.institutonetclaroembratel.org.br/nossas-novidades/conheca-os-projetos-selecionados-para-a-8a-edicao-do-programa-campus-mobile/

SOBRE O INSTITUTO CLARO

A área de Responsabilidade Social da Claro investe continuamente em ações relacionadas à Educação e à Cidadania, por meio do Instituto Claro, com o objetivo de atuar em frentes sociais que integram a tecnologia e a informação como fonte de desenvolvimento e conhecimento. Desta forma, realiza e apoia projetos como o Campus Mobile, o Educonex@o, o Programa Dupla Escola, entre outros. O Instituto Claro é qualificado como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) pelo Ministério da Justiça, e é reconhecido pelo Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI/ONU) como uma organização não governamental corporativa que promove os ideais e princípios sustentados pela Carta das Nações Unidas.

MEC lança portal de monitoramento durante a pandemia

Larissa Lima, do Portal MEC

Em parceria com universidades, o Ministério da Educação (MEC) criou um portal para monitorar o funcionamento e as principais ações das universidades, dos institutos federais, dos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e do Colégio Pedro II durante a pandemia do novo coronavírus. A atualização do painel é feita pelas próprias instituições.

O objetivo é verificar em tempo real as redes federal, estaduais, municipais e do Distrito Federal para saber onde e como o governo pode agir de maneira mais efetiva, sempre em conjunto com os entes federativos, entidades representativas e as próprias instituições.

O MEC trabalha em conjunto com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Unimed) para lançar, em breve, outro painel de monitoramento, desta vez, da educação básica. “Com a ferramenta, será possível monitorar a quantidade de ações realizadas e o número de pessoas beneficiadas em todo o país durante a pandemia”, afirmou o secretário-adjunto de Educação Superior do MEC, Tomás Sant’Ana.

A plataforma vai proporcionar que as ações das instituições cheguem de maneira atualizada a milhões de brasileiros. Engajado no controle à pandemia, o sistema federal de ensino tem contribuído com testes para detecção do vírus, produção e distribuição de alimentos, de álcool em gel, de protetores faciais e de respiradores, além de pesquisa em desenvolvimento de vacina e assessoramento aos órgãos de saúde.

O portal é abastecido em uma dinâmica informatizada de cruzamento de informações. “Os dados coletados com a rede são processados em uma plataforma de Big Data, que relaciona informações da Plataforma Nilo Peçanha, Censo da Educação Superior, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Portal da Transparência para cálculo automático dos indicadores, construção de mapas interativos e visuais das ações das instituições”, afirmou o professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e desenvolvedor do painel, Poty Lucena.

A ferramenta é fruto de parceria entre o MEC e a UFOB, a Universidade Federal do Cariri (UFCA), Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e com a Universidade Federal de Viçosa (UFV).Conheça a plataforma – O painel tem um ícone de “Ações de enfrentamento”. Ao clicar nele, o usuário tem acesso a mais de 1,2 mil ações realizadas com um alcance, ao todo, para 75,4 milhões de pessoas. O portal lista trabalhos das instituições de ensino superior, como produção e distribuição de equipamentos de proteção individual.

Há também abas para verificar o funcionamento das universidades e dos institutos federais. O internauta, por meio de um mapa do Brasil e de gráficos, saberá se a instituição que pesquisa tem aulas parciais, remotas, normais ou suspensas. É possível verificar em qual data foi feita a última atualização das informações.No botão “Painel Geral”, está disponível um raio-X do sistema federal de ensino, com números dos docentes, discentes, técnicos e do percentual de funcionários com atividades suspensas das instituições.

Governo compra mais 3,3 mil respiradores fabricados no Brasil

O Ministério da Saúde assinou, nesta segunda-feira (20/04), contrato para aquisição de 3,3 mil respiradores da empresa brasileira KTK Indústria e Comércio Ltda. O investimento federal para a aquisição dos equipamentos é de R$ 78 milhões. Com esta nova compra, o Governo do Brasil totaliza 14.100 respiradores/ventiladores pulmonares para fortalecer a rede pública de saúde no enfrentamento da pandemia por coronavírus (COVID-19). Os equipamentos ajudam pacientes que não conseguem respirar sozinhos e seu uso é indicado nos casos graves da doença, que apresentem dificuldades respiratórias.

A primeira entrega dos respiradores pulmonares adquiridos da KTK está prevista para maio, com 1.150 aparelhos. A expectativa é de que os demais aparelhos sejam entregues em até 90 dias.

Este é o terceiro contrato de compra que o Ministério da Saúde assina com empresas nacionais para a fabricação dos aparelhos, totalizando um investimento de R$ 658,5 milhões na aquisição de respiradores pulmonares. As aquisições fazem parte do esforço do Ministério da Saúde para garantir assistência a pacientes graves atendidos na rede pública de saúde.

O Ministério da Saúde já havia assinado contrato para a compra de 6,5 mil ventiladores pulmonares da empresa MagnaMed, no dia 7 de abril, e de 4,3 mil ventiladores da empresa brasileira Intermed Equipamento Médico Hospitalar, em 13 de abril. A empresa Magnamed já entregou 133 respiradores e a empresa Intermed outros 120, totalizando 253 entregues. Assim, o Ministério da Saúde já distribuiu 232 aparelhos para nove estados do país: Ceará (45), Pernambuco (20), Amazonas (35), Amapá (25), Pará (20), Paraná (20), Santa Catarina (17), Espírito Santo (10) e Rio de Janeiro (40).

Leitos volantes
O Ministério da Saúde iniciou em março deste ano a locação 3 mil leitos de UTI de instalação rápida, sendo que todos contam, cada um, com um respirador. Desse total, 540 leitos de UTI já foram distribuídos para os 26 estados e o Distrito Federais. Dos primeiros leitos distribuídos, 340 foram instalados em 11 estados (BA, MS, MG, PA, PR, PE, RJ, RN, RS, SC, SP) com maior demanda de casos, segundo curva epidemiológica.

Esses leitos são do pacote de leitos volantes de instalação rápida, na preparação para assistência aos pacientes que apresentem gravidade nos casos da COVID-19. As UTIs volantes são de instalação rápida, sem a necessidade de maiores reformas estruturantes. Bastam apenas ajustes como a adequação elétrica e tubulação de gases. Cada kit de 10 leitos possui oito equipamentos, desde ventilador pulmonar microprocessado (respirador) até desfibrilador/cadioversor com tecnologia bifásica. O prazo para montagem é de sete a 10 dias.

Ministério da Saúde amplia para 46,2 milhões aquisição de testes

O Ministério da Saúde ampliou de 23,9 milhões para 46,2 milhões a previsão de aquisição de testes, seja por compras diretas ou por meio de doações, para diagnóstico da COVID-19. Deste total, são 24,2 milhões de testes RT-PCR (biologia molecular) e 22 milhões de testes rápidos (sorologia). A iniciativa faz parte dos esforços do Ministério da Saúde na busca de novas compras no mercado nacional e internacional para ampliação da testagem do coronavírus no Brasil.

Até o momento, mais de 2 milhões de testes rápidos já foram distribuídos aos estados de todo o país. Eles foram doados pela mineradora Vale ao Ministério da Saúde para auxiliar o Brasil no enfrentamento ao coronavírus. Deste montante, 180 mil seguiu para uso em pesquisas e 247 mil para compor o estoque estratégico do Ministério da Saúde. No total, a Vale doou ao Ministério da Saúde 5 milhões de testes rápidos. Outros 5 milhões, adquiridos por bancos privados, devem ser doados à pasta.

Nesta segunda-feira (20), o Ministério da Saúde abriu edital de chamamento público para aquisição de mais 12 milhões de testes rápidos para diagnóstico da COVID-19. As propostas devem ser enviadas à pasta até às 23h59 desta quarta-feira (22/4), conforme orientações que constam no Aviso de Chamamento Público, divulgado no Diário Oficial da União (DOU).

Em relação aos testes RT-PCR (biologia molecular), o Ministério da Saúde já enviou 524.296 mil unidades aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs) de todo o país. O quantitativo faz parte das aquisições já entregues ao Ministério da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz (161.704), Instituto de Biologia Molecular do Paraná – IBMP (62.592) e doação da Petrobrás (300 mil).

Além disso, o Ministério da Saúde adquiriu, via Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), 10 milhões de testes RT-PCR (biologia molecular) para COVID-19. A previsão é que cerca de 500 mil testes comecem a chegar na semana próxima semana e, depois, cerca de 800 mil a cada semana.

No último domingo, chegaram ao Brasil mais 1 milhão de testes rápidos doados pela Vale e outros 300 mil testes RT-PCR doados pela Petrobras, que começarão a ser distribuídos nos próximos dias.

UniFavip|Wyden divulga pesquisa do valor da cesta básica

Mais uma pesquisa mensal sobre o valor da cesta básica, realizada por alunos dos cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip | Wyden, coordenada pela professora Eliane Alves, foi divulgada em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Segundo os dados levantados, houve um aumento de 12,68% no mês de março de 2020, sendo a quinta alta consecutiva e a maior dos últimos 14 meses. De acordo com a pesquisa, no terceiro mês deste ano, o valor da alimentação básica caruaruense passou de R$ 316,85 para R$ 357,02.

Foi constatado, segunda a professora Eliane Alves, em relação ao último mês, que o leite (6,04%) e a farinha (3,18%) foram os únicos itens que não registraram alta, enquanto o tomate (25%), a banana (30%), o feijão (15,52%), a carne (15,23%) e o arroz (5,26%) tiveram maior contribuição para o aumento do valor final da cesta, respectivamente.

De acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), responsável pela realização mensal da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, o valor da cesta básica, em março de 2020, aumentou em 15 das 17 capitais onde o departamento faz a pesquisa. Entre elas está Recife, que foi a quinta que mais acumulou aumentos em 2020, com (10,03%). A capital pernambucana fechou março com o valor da cesta em R$ 433,28. Se compararmos Caruaru e Recife, a alimentação básica da Capital do Agreste continua apresentando um valor inferior, com uma diferença de R$ 76,26 – excepcionalmente, para este mês, a pesquisa nacional foi baseada em dados coletados até 18 de março, devido à pandemia.

Baseado ainda na metodologia do DIEESE, a pesquisa levantou também as horas trabalhadas para a obtenção da cesta básica, além de qual seria o salário mínimo ideal para os caruaruenses diante deste panorama. Uma família de Caruaru deveria, então, receber, um salário mínimo em março de 2020, de R$ 2.999,30 para a aquisição dos gêneros alimentícios básicos que garantem a sobrevivência digna de um grupo familiar. Em relação as horas trabalhadas, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, segundo o Ministério do Trabalho, o trabalhador de Caruaru em março utilizou 37,43% (82h 33min) de todo o seu tempo de trabalho só com as despesas de alimentação.

Caixa antecipa pagamento da segunda parcela de auxílio emergencial

Na quinta-feira (23), trabalhadores informais e pessoas inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) nascidas em janeiro e fevereiro receberão a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras). A antecipação foi anunciada há pouco pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Na sexta-feira (24), será a vez de os beneficiários nascidos em março e abril receberem a segunda parcela. No sábado (25), o pagamento será feito aos beneficiários nascidos em maio e junho. Na segunda (27), receberão os nascidos em julho e agosto. Na terça (28), os nascidos em setembro e outubro, e na quarta-feira (29) os nascidos em novembro e dezembro.

Originalmente, o pagamento começaria na próxima segunda-feira (27) para nascidos de janeiro a março. A antecipação não afeta as pessoas inscritas no Bolsa Família, que continuarão a receber no calendário tradicional de pagamento do programa, nos últimos dez dias úteis de abril, de maio e de junho.

Segundo Guimarães, cerca de 5 milhões de brasileiros que ainda não tiveram a primeira parcela liberada receberão o pagamento inicial na quarta-feira (22) e a segunda parcela no dia seguinte.

Aplicativo
O presidente da Caixa anunciou que uma nova atualização do aplicativo Caixa Auxílio Emergencial, liberada hoje (20) para dispositivos móveis do sistema Android e amanhã (21) para o sistema iOS, permitirá que o usuário conteste benefícios negados e refaça o cadastro no aplicativo, com a correção de dados. A atualização do cadastro já está disponível para o aplicativo e o site auxilio.caixa.gov.br, não nas agências bancárias.

Os novos dados serão analisados pela Dataprev, estatal federal de tecnologia, e pelo Ministério da Cidadania, que definirão se o benefício será liberado. A atualização do cadastro, no entanto, não estará liberada quando duas pessoas da mesma família estiverem recebendo o auxílio.

Balanço
Segundo Guimarães, a Caixa já pagou o auxílio emergencial a mais de 24,2 milhões de brasileiros, num total de R$ 16 bilhões. Mais de 10 milhões de contas poupança digitais foram abertas sem custo. “Nesta semana, vamos pagar a 26,3 milhões de brasileiros. Isso é mais que a população da Austrália, que tem 25 milhões de habitantes”, disse.

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, disse que, até o fim da semana, 42 milhões de pessoas deverão estar recebendo o auxílio emergencial. “Estaremos bancarizando mais de 20 milhões de brasileiros que nunca tiveram conta bancária e dando condições para que o estado brasileiro enxergue aqueles que eram invisíveis e agora são visíveis”, disse. “Nenhum país fez um movimento deste tamanho com tanta segurança, tanta rapidez e atingindo aqueles que verdadeiramente mais precisam.”

O ministro comentou a suspensão, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), da liminar que permitia a concessão do benefício a pessoas sem Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou com o CPF em situação irregular. Segundo Lorenzoni, o CPF é essencial para evitar fraudes no pagamento do auxílio emergencial.

“É importante lembrar que todo o sistema financeiro brasileiro é estruturado em cima dessa informação [o CPF], e é muito importante que pudéssemos manter a exigência. Só com o CPF, evitamos que mais de 70 mil prisioneiros recebessem o recurso que era direcionado para quem não precisa”, disse Lorenzoni.