Coronavírus pode levar 500 milhões de pessoas para a pobreza

A crise econômica provocada pela pandemia de coronavírus pode levar mais de 500 milhões de pessoas para a pobreza, a menos que ações urgentes sejam tomadas para ajudar países em desenvolvimento. O alerta é da Oxfam, entidade da sociedade civil que atua em cerca de 90 países com campanhas, programas e ajuda humanitária.

A organização pede que os líderes mundiais aprovem um plano emergencial de resgate econômico para impedir que países e comunidades pobres afundem. Para a Oxfam, isso pode acontecer já na próxima semana, quando está prevista reunião entre ministros de Economia dos países do G20 (o grupo dos 20 países mais desenvolvidos), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

De acordo com a entidade, os US$ 2,5 trilhões que as Nações Unidas estimam ser necessários para apoiar os países em desenvolvimento durante a crise do coronavírus vai requerer um adicional de US$ 500 bilhões em ajuda externa, incluindo o financiamento dos sistemas públicos de saúde dos países pobres. “Impostos emergenciais de solidariedade, como taxas sobre lucros excessivos e pessoas muito ricas, poderiam mobilizar recursos adicionais”, avalia a Oxfam, em nota.

Para a entidade, apesar de urgentes e necessárias, as medidas de distanciamento social e de restrição do funcionamento das cidades agravam a situação dos trabalhadores, com demissões, suspensão de pagamento de salários ou inviabilidade do trabalho informal.

O novo relatório da Oxfam, “Dignidade, não Indigência”, mostra que entre 6% e 8% da população global, cerca de 500 milhões de pessoas, poderão entrar na pobreza conforme os governos fecham suas economias para impedir que o coronavírus se espalhe em seus países. “Isso pode representar um retrocesso de uma década na luta contra a pobreza. Em algumas regiões, como a África subsaariana, o norte da África e Oriente Médio, essa luta pode retroceder em até 30 anos. Mais da metade da população global poderão estar na pobreza depois da pandemia”, destacou a entidade.

O relatório, publicado ontem (9), utiliza estimativas elaboradas pelo Instituto Mundial para a Pesquisa de Desenvolvimento Econômico, da Universidade das Nações Unidas, liderada por pesquisadores do King’s College de Londres e da Universidade Nacional da Austrália.

Para a Oxfam, as desigualdades já existentes evidenciam o impacto econômico da crise do coronavírus. “Como os trabalhadores mais pobres, tanto nas nações ricas quanto nas pobres, atuam mais no mercado informal, eles estão descobertos de diversas formas. Eles, por exemplo, não têm proteções trabalhistas e nem conseguem trabalhar de casa”, diz a entidade.

Globalmente, apenas um em cada cinco desempregados tem acesso a benefícios como seguro-desemprego. Dois bilhões de pessoas trabalham no setor informal pelo mundo – 90% nos países pobres e apenas 18% nos países ricos.

Situação no Brasil

No Brasil, para a Oxfam, a situação é ainda mais preocupante devido às moradias precárias, à falta de saneamento básico e de água e aos desafios no acesso a serviços essenciais para os mais pobres. O Brasil tem cerca de 40 milhões de trabalhadores sem carteira assinada e cerca de 12 milhões de desempregados. A estimativa é que a crise econômica provocada pelo coronavírus adicione, ao menos, mais 2 milhões de pessoas entre os desempregados.

“O coronavírus coloca o Brasil diante de uma dura e cruel realidade, ao combinar os piores indicadores sociais em um mesmo local e na mesma hora. E é neste momento que o Estado tem papel fundamental para reduzir esse impacto e cumprir sua responsabilidade constitucional tanto na redução da pobreza e das desigualdades quanto na garantia à vida da população”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil, em comunicado.

Para a entidade, a renda básica emergencial de R$ 600, por três meses, para trabalhadores informais não será suficiente para amenizar o impacto, e o governo deverá, entre outras medidas, ampliar o número de pessoas atendidas e estender o período de concessão.

Mulheres

De acordo com a Oxfam, as mulheres precisam de atenção especial, pois estão na linha de frente do combate ao coronavírus e sofrerão o impacto mais pesado da crise econômica. “As mulheres representam 70% da força de trabalho em saúde pelo mundo e fazem 75% do trabalho de cuidado não remunerado, atendendo a crianças, doentes e idosos. As mulheres também são maioria nos empregos mais precários”, diz a entidade.

“Os governos precisam aprender as lições da crise financeira de 2008, quando a ajuda a bancos e corporações foi paga pelas pessoas comuns. Elas perderam seus empregos, tiveram seus salários achatados e serviços essenciais, como os de saúde, sofreram profundos cortes de financiamento”, destaca Katia Maia. “Os pacotes econômicos de estímulo têm que apoiar trabalhadores e pequenos negócios. A ajuda a grandes corporações tem que estar condicionadas a ações para a construção de economias mais justas e sustentáveis”, completou.

O relatório completo, em inglês, está disponível no site da Oxfam

Agência Brasil

PT decide não aderir ao ‘fora, Bolsonaro’ em meio à pandemia

Após reunião de sua cúpula na quinta-feira (9), o PT definiu que não é o momento de aderir ao “fora, Bolsonaro”. O foco do partido continua na pandemia do coronavírus, com defesa do isolamento social e cobranças para que o governo federal aja na proteção aos mais vulneráveis.

O grito de “fora, Bolsonaro” já é adotado por parte da esquerda – nesta quarta (8), as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular passaram a defender a saída do presidente. “Derrotar Bolsonaro é fundamental para enfrentar o coronavírus”, escreveram em nota.

Já o Partido dos Trabalhadores vê esse movimento como legítimo, mas não endossa o coro. “O PT tem o sentimento de apoiar manifestações do campo popular, se solidariza, entende por que as pessoas fazem panelaço”, afirma o ex-deputado Jilmar Tatto, secretário de comunicação da sigla.

Segundo Tatto, os petistas também querem Bolsonaro fora, mas a questão da pandemia se impõe atualmente. “Bolsonaro não serve para o país, não tem mais condições de governar, está isolado. Mas agora o povo não está na rua, porque não pode. O Congresso não está se reunindo.”

Dirigentes do partido entendem que as condicionantes para um impeachment não estão presentes neste momento: um crime de responsabilidade caracterizado por juristas, vontade e mobilização popular, além de maioria no Congresso.

Pesquisa Datafolha revelou que 59% dos brasileiros dizem ser contra a renúncia de Bolsonaro. E que 17% dos seus eleitores estão arrependidos do voto.

Em relação ao crime de responsabilidade, embora petistas vejam atitudes de Bolsonaro que se enquadrem nessa categoria, a avaliação é a de que falta materialidade jurídica, ou seja, que entidades do mundo jurídico caracterizem precisamente esses crimes.

A posição majoritária da cúpula do PT em relação ao impeachment é endossada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participou da reunião. Uma minoria presente foi a favor de que o partido adotasse a defesa do “fora, Bolsonaro”.

Também há a avaliação, já expressada por Lula em entrevistas, de que o PT não deve buscar agora construir politicamente a viabilidade do impeachment e que as energias devem estar a serviço de conter a pandemia.

“Temos que cobrar que o governo implemente as propostas do Congresso. Que dê crédito às pequenas e médias empresas. Salvar vidas é a maior preocupação. E que as pessoas tenham o mínimo para comer”, diz Tatto. Ele afirmou ainda que o PT vai intensificar uma rede de solidariedade, junto com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, para ajudar os vulneráveis durante a crise.

Os partidos de esquerda e centro-esquerda PT, PSOL, PDT, PSB, PC do B e Rede já assinaram um manifesto em que afirmam que Bolsonaro não tem condições de seguir governando e deveria renunciar. A tese do impeachment foi abraçada por parlamentares do PSOL, que apresentaram um pedido à Câmara.

Nesta quinta pela manhã, durante parte da reunião transmitida pela internet, Lula evitou falar sobre saídas ao governo Bolsonaro, como renúncia ou impeachment. O ex-presidente afirmou que iria esperar as discussões internas sobre isso, feitas à tarde e sem transmissão, para dar sua posição.

Na semana passada, em entrevista à veículos de esquerda, Lula também evitou defender o impeachment, afirmando que é preciso ter um crime de responsabilidade. Ao mesmo tempo, porém, o petista afirmou que Bolsonaro não tem condição de continuar.

“Ou esse cidadão renuncia ou se faz o impeachment dele com base nos crimes de responsabilidade que ele já cometeu”, afirmou no dia 1º. Na ocasião, Lula também exaltou o manifesto pela renúncia e deu a entender que isso seria o começo. “Da renúncia para o impeachment, é um pouco. Da renúncia para o ‘fora, Bolosnaro’, é um pouco. Na hora que tiver manifestação de rua, o ‘fora, Bolsonaro’ ganha força.”
Lula vem fazendo reiteradas críticas a Bolsonaro. Nesta quinta, afirmou que o pronunciamento do presidente na véspera não teve “nenhum critério de responsabilidade” e voltou a defender o isolamento social.

“Bolsonaro tem duas táticas. Ele precisa passar para sociedade a ideia de que ele tem o remédio, que se der certo, ele será beatificado. E ele tem que passar a ideia de que ele é único cara que está preocupado com o Brasil, que quer fazer o Brasil voltar a trabalhar”, disse o petista.

PIB pode recuar até 4% se isolamento passar de julho, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou em videoconferência com senadores da bancada do Podemos na noite da quinta-feira (9) que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil poderá recuar em até 4%, caso passe de julho o isolamento social proposto como forma de reduzir o contágio pelo coronavírus. A reunião foi realizada por meio virtual.

“Questionado de cenários para a economia, ele fez um cenário otimista, onde admite que o Brasil pode chegar até o final do ano com PIB de queda de até 1%. No cenário negativo, acha que tudo depende da curva do coronavíus, As previsões são que até maio e junho vamos estar no pico da curva, mas que em julho ela deva cair. Agora, se ela não cair, o cenário mais pessimista é, se passar de julho, até poderia chegar a 4% de queda. Ele disse pode cair 3%, 3,5% ou 4% o PIB, foi o que disse a nós”, afirmou o senador Oriovisto Guimarães, (Podemos-PR).

A reunião desta quinta foi a quarta da semana entre o ministro e senadores. Paulo Guedes escalou o núcleo duro de sua equipe econômica para as conferências virtuais, que se estenderam madrugada adentro, na grande maioria.

Segundo a assessoria do ministro, a reunião desta quinta foi proposta pelo ministro para que pudesse ser explicado aos senadores a necessidade de apreciação da PEC do Orçamento de Guerra, que tem sua votação prevista para segunda-feira (13).

Parlamentares divergem da medida, especialmente por dois motivos: a forma da votação, que seria feita por meio de voto aberto em reunião virtual, e não em sessão presencial com voto secreto, e um artigo que trata da autonomia do Banco Central. Sobre os índices da economia, a assessoria afirma que os cenários dependem do avançar da pandemia do coronavírus, e que estão sendo acompanhados diariamente pela equipe.

A com os senadores do MDB, na segunda-feira (6), terminou já na madrugada de terça. Demorada também foi a reunião com os senadores do DEM, no último domingo (5) e na terça (7) com os integrantes do PSDB no Senado. Em nenhuma delas, porém, havia sido relatado números específicos.

Um parlamentar do MDB chegou a narrar a preocupação com que Paulo Guedes se referia ao cenário econômico, mas afirmou que ele não citou números. Já na audiência desta quinta, as perguntas foram mais enfáticas, e fizeram com que Guedes admitisse a possível queda do PIB aos parlamentares.

“Ele estava sendo muito perguntado. Não teve como ele evitar de traçar cenários negativos”, afirmou o senador.

Folhapress

Parceria reúne Exército, UFRGS e fabricante de armamentos na produção de EPIs contra Covid-19

Município de São Leopoldo, Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, uma parceria reúne frentes de diversas áreas públicas e privadas na produção de escudos faciais, equipamentos de proteção individual fundamentais para profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate contra a pandemia de Covid-19.

Liderados pelo Comando Conjunto Sul, militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, trabalham em três turnos, executando o projeto desenvolvido por profissionais do Departamento de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS, tendo a fabricante de armamentos Taurus, como sede em São Leopoldo. Juntos, deverão produzir até 60 mil unidades dos escudos, que serão distribuídos em pontos de atendimento de saúde a possíveis pacientes infectados pelo novo coronavírus.

“A Taurus é a maior fabricante de armamentos do Brasil, produzindo pistolas, revólveres e fuzis, e com o projeto da UFRGS, eles se dispuseram a colocar o material e o equipamento. Nós mobilizamos os militares para fazer a montagem em cerca 3 mil unidades por dia, em 3 turnos”, detalhou o general de Exército, Miotto, que atua como comandante do Comando Conjunto Sul.

Segundo o general Miotto, são utilizados cerca de 30 militares especializados para atuar na linha de produção das máscaras, sobretudo pelo local da produção exigir controle de segurança. “São oito a dez militares por turno, no total de cerca de 30 por dia, trabalhando nos três turnos, atuando dentro de uma área sensível de segurança. É mais uma missão das Forças Armadas.”

Diario de Pernambuco

Polícia Federal alerta para golpe do ovo de Páscoa grátis

Circulam em redes sociais, como WhatsApp e Facebook, mensagens que prometem a distribuição de 5 mil ovos de páscoa gratuitos, em que a pessoa é induzida a clicar em um link e preencher dados para poder receber um deles. A mensagem é falsa e trata-se de mais um golpe virtual, em que criminosos utilizam os nomes das empresas Nestlé, Cacau Show e Kopenhagen para pegar dados pessoais. Segundo a Polícia Federal (PF), mais de 560 mil brasileiros já foram afetados pelo golpe.

A mensagem que aparece na tela é tentadora: “Estamos doando e entregando 5.000 ovos de páscoa inteiramente grátis #Fique em Casa”. O texto diz que as doações estão sendo feitas por causa dos supermercados terem cancelado compras do material diante da pandemia do novo coronavírus. Ao clicar no link malicioso, a pessoa é induzida a responder perguntas como qual tipo de chocolate prefere e se realizou compras de marcas famosas nos últimos 3 meses.

“É comum que os cibercriminosos se aproveitem de períodos e situações específicas, como épocas festivas, promoções comerciais, liberação de dinheiro do governo ou situações que envolvam calamidades para aplicar golpes, para roubar dados pessoais e financeiros das vítimas, acessar os aplicativos de contas de banco, ou levá-las à páginas falsas para visualizar publicidades”, diz a PF, em nota. Ao menos seis links maliciosos foram reconhecidos pela polícia, circulando nas redes ao longo desta semana.

Em nota publicada em seu site oficial, a Nestlé também desmente a história. “Pelo respeito que a Nestlé tem por seus consumidores, esclarecemos que trata-se de uma falsa notícia. Eventuais dúvidas podem ser esclarecidas pelos canais tradicionais de atendimento da empresa, disponíveis em www.nestle.com.br/fale-conosco”.

Dicas para se proteger e não cair no golpe
1. Ao receber uma mensagem deste tipo, desconfie sempre antes de clicar nos links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais.
2. Cuidado com o imediatismo e sensacionalismo de mensagens tais como: ”promoção durará até hoje”, “faça seu cadastro agora”, “urgente, não perca essa oportunidade”, quase sempre tais conteúdos querem fazer com que as pessoas não averiguem a veracidade do conteúdo nas páginas e órgãos oficiais.
3. Certifique-se no site oficial da empresa sobre a veracidade, através do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), se a promoção está sendo oferecida, principalmente quando se tratar de supostas promoções, ofertas de dinheiro, brindes, descontos ou até promessas de emprego. Nesse caso, as empresas já se manifestaram alertando e esclarecendo que são falsas as informações sobre as promoções de ovos de páscoa grátis sendo entregues na residência das pessoas.
4. Não compartilhe links duvidosos com seus contatos sem antes saber se são autênticos – você pode estar sendo usado por bandidos para espalhar o golpe e prejudicar outras pessoas.
5. Jamais preencha nenhum formulário fornecendo ou repassando informações sobre senha de banco, conta bancária, dados financeiros, benefícios, dentre outros.
6. Preste atenção nos erros de português dos anúncios e veja sempre a terminação dos links se tem a grafia .com.br ou ,gov.br
7. Nunca baixe programas piratas para o celular ou computador, tais sites costumam ter a maior concentração de vírus;
8. Instale um bom antivírus em seu celular ou computador e tenha o sistema operacional do seu celular e computador atualizados.

Diario de Pernambuco

Advogado é morto em frente a condomínio de luxo na Praia do Paiva

O advogado Levi Borges Lima, 72 anos, foi morto a tiros, na quinta-feira (9), em frente a um condomínio na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho.

O crime aconteceu na portaria do imóvel e teria sido praticado por dois homens, que fugiram em um carro do modelo Polo na cor branca. As câmeras do condomínio apontam que o advogado chegava ao local no próprio carro, ao lado da esposa, quando foi rendido com uma arma na cabeça. Ele abriu a porta e desceu do veículo. Nesse momento, o criminoso atirou e ele caiu em frente ao portão de visitantes. O assassino teria tentado entrar no veículo, mas percebeu que havia outra pessoa dentro do carro, voltou e disparou duas vezes no advogado, que tinha acabado de levantar do chão. Em seguida, entra em um outro carro onde havia uma segunda pessoa esperando por ele.

A vítima foi levada com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Barra de Jangada, onde morreu. O carro de Levi Borges, um Toyota SW4 SRV branco com placa da Paraíba, está na frente do condomínio Morada da Península. A mala do carro está aberta e tem manchas de sangue na lataria do veículo. O local foi isolado pela Polícia Civil.

No condomínio, as pessoas não querem falar sobre o assunto. Uma equipe de policiais civis do Cabo de Santo Agostinho está apurando o crime. Segundo a assessoria de imprensa da UPA, o corpo do advogado ainda está na unidade à espera do Instituto de Medicina Legal (IML). A cena do crime segue preservada enquanto policiais se reúnem na área interna do condomínio Morada da Península com alguns moradores, representantes da Associação de Moradores do Paiva e seguranças privados.

Do lado de fora, não há aglomeração de pessoas. Apenas carros estacionados e alguns poucos curiosos passam pelo local. Segundo informações coletadas no local, várias pessoas que estavam no condomínio presenciaram o crime.

Policiais investigam as câmeras de segurança do pedágio e da rodovia privada Rota dos Coqueiros para identificar o carro onde estavam os suspeitos.

Na hora do crime, o advogado ia visitar a filha, a juíza Andréa Rose Borges Cartaxo, que mora no condomínio. O advogado era casado com a também juíza Mariza Borges de Lima. Em setembro do ano passado, Andréa recebeu da Assembleia Legislativa de Pernambuco o título honorífico de Cidadã Pernambucana. Ela é natural da Paraíba. Levi Borges era defensor público aposentado da Paraíba.

Diario de Pernambuco

Boris Johnson deixa UTI após 3 noites e segue internado para tratar coronavírus’

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, deixou na quinta (9) a terapia intensiva onde estava internado desde a noite de segunda (6), no hospital Saint Thomas, em Londres, por complicações da Covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus).

Segundo o comunicado do governo britânico, “ele está extremamente de bom humor”.
Boris permanece no hospital, “onde receberá um monitoramento rigoroso”, segundo a nota.

Diagnosticado no final de março, o premiê havia se autoisolado, mas os sintomas pioraram depois de uma semana, levando-o a se internar no hospital no último domingo (5).

Na segunda, com nova piora, foi internado na UTI para fazer tratamento com oxigênio. Não chegou a ser entubado.

Folhapress

Casos confirmados da Covid-19 em PE são 15% a 20% do total de infectados

Pernambuco tinha, até esta quinta-feira (9), um total de 555 casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus. A política de testar prioritariamente casos que evoluem com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e óbitos com sintomas suspeitos da Covid-19, porém, constrói um cenário de subnotificação, gerando um questionamento sobre quantas pessoas de fato podem ter contraído o vírus no Estado.

O próprio secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, reconhece que há um grau de complexidade nessa situação por conta da medida estratégica adotada. “Estima-se que esses casos (555) estejam na ordem de 15% a 20% dos casos (totais). Ou seja, estaríamos vendo aqui aquela parcela que requer internação. Estaríamos excluindo aí cerca de 80% que tem casos leves. Basta fazer uma conta proporcionalmente. Estamos falando de um quinto, em tese. As demais pessoas estariam com quadros leves, observando modelos que acontecem em outros países”, indicou.

O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, também fez observações nesse sentido. “A estratégia de testagem adotada é a mais adequada. Vemos que essa proporção tem aumentado, então a circulação do vírus está acontecendo. Sabe-se que nos outros países 15% a 20% são os que precisam internar entre os sintomáticos. Mas existe um detalhe que são as muitas pessoas assintomáticas. Por isso, é tão importante fazer o isolamento social porque não se sabe quem transmite.”

Levando em conta que o número de casos confirmados seja relativo à parcela de 15% a 20% que requer cuidados hospitalares, Pernambuco teria proporcionalmente mais de dois mil pessoas com o novo coronavírus. Há de se fazer um parêntese para a testagem entre os profissionais de saúde, que correspondem a 130 resultados positivos entre os 555 totais e não necessariamente são casos graves, mas medida de precaução para afastamento das atividades.

O chefe do Departamento de Infectologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demetrius Montenegro, observou a questão da letalidade dentro desse contexto. O Estado tem oscilado entre 8% e 13% de mortalidade nesta semana. Até esta quinta, haviam sido registrados 56 óbitos.

“É interessante chamar atenção que quando se coloca o número de óbitos em cima de 555 casos parece uma taxa maior que outros estados e países. Mas levando em conta o que diz a literatura, a letalidade nos casos mais graves é em torno de 30% a 40%. A população fica muito assustada diante do número de óbitos, mas se tivéssemos testes para todos os casos, essa letalidade seria menor.”

Para André Longo, o mais importante não é ter o diagnóstico da Covid-19, mas prezar pelas atitudes de combate à disseminação do vírus. “Ter o diagnóstico laboratorial não afeta o curso do tratamento. Não tem uma medicação específica para tratar especificamente casos leves, moderados ou graves. O objetivo então é isolamento, etiqueta respiratória, reforço nas medidas de higiene para não contaminar outras pessoas”, disse. “Estamos buscando ampliar nossa vigilância sentinela para termos uma precisão maior dessa prevalência nas síndromes gripais leves. É um compromisso ampliar (a testagem)”, completou.

Testes
De acordo com André Longo, o Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) fez, desde o dia 13 de março, mais de 4.500 exames, sendo 2.740 específicos para Covid-19 e cerca de 1.800 para investigar outros vírus. Foram realizados testes também em laboratórios privados.

O secretário estadual de Saúde disse que a distribuição dos insumos para testes pelo Ministério da Saúde obedeceu um critério populacional, e que Pernambuco recebeu mais kits do que o Ceará – que já fez mais de nove mil exames, segundo boletim recente – e menos que a Bahia – que tem quase quatro mil exames realizados e mais de cinco mil em fila para análise.

“Chegaram mais quatro mil kits da Fiocruz do Rio. A Fiocruz Pernambuco está desenvolvendo mais dois mil. Temos uma capacidade de seis mil testes para os próximos dias. É fato que nos últimos dias o percentual de testes positivos entre os notificados tem se ampliado bastante, o que mostra o momento de aceleração da curva epidêmica”, comentou.

HMV abre processo seletivo para cadastro de reserva

O Hospital Mestre Vitalino (HMV) abriu processo seletivo para cadastro de reserva nas funções de assistente de tecnologia da informação, auxiliar de cozinha, camareiro, flebotomista, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, técnico em manutenção e técnico em laboratório. Os interessados em participar da seleção devem encaminhar currículo para o email: rh.hmv@hospitalmestrevitalino.com.br. No assunto do e-mail devem constar o nome completo do candidato e a função pleiteada. Esta etapa aferirá a experiência profissional de cada candidato após a sua respectiva formação e titulação correlata à função.

Após avaliação curricular, os candidatos aprovados passarão para a etapa da entrevista. Para as funções de nutricionista, psicólogo (a) e fonoaudiólogo (a) há também a prova escrita. O resultado final será divulgado pelo site institucional www.hospitalmestrevitalino.com.br/index.php/editais.

A convocação dos candidatos para contratação (sob o regime da CLT) será realizada de acordo com a necessidade do serviço, observando-se a ordem de classificação. Por se tratar de cadastro de reserva, não há obrigatoriedade de contratação dos profissionais aprovados. A seleção terá validade de 03 (três) meses, podendo ser prorrogada por igual período.

Lembrando que antes de se inscrever, os profissionais devem fazer a leitura completa do edital para verificar se atendem aos requisitos solicitados. O HMV fica localizado na avenida Amazonas 175, bairro Universitário, BR 104 – sentido Toritama.