Para evitar demissões, prefeito de Ibirajuba concede férias a servidores

Em Decreto de número 11 do corrente ano, o prefeito do município de Ibirajuba, Sandro Arandas, determinou a concessão de gozo de ferias a servidores efetivos, comissionados e contratados temporários, por excepcional interesse público, de setores cuja atividades foram paralisadas em virtude da pandemia pelo COVID-19.

O período de férias é de 30 dias, válidas de 01 a 30 deste mês, incluindo os servidores que ainda não completaram a totalidade do período aquisitivo. A exceção é para os que estão exercendo funções no enfrentamento da pandemia. A Prefeitura também suspendeu os pagamentos de gratificações, adicionais e outras vantagens a todos os servidores, afim de não ter aumento ainda maior de gastos do erário público.

Todas essas ações foram tomadas para que se evitasse exonerar os comissionados e que houvesse a rescisão dos contratos de trabalho temporário, diminuindo, assim, as consequências da crise que também atinge a economia na vida das pessoas.

Artigo: O confinamento

*Daniel Medeiros

No dia 6 de julho de 1942, Anne Frank e sua família esconderam-se dos nazistas nos fundos de uma fábrica em Amsterdã. Ficaram escondidos até serem delatados e descobertos, em 4 de agosto de 1944. Anne tinha quinze anos quando foi presa e deportada para um campo de concentração, onde morreu.

Muita gente conhece Anne Frank por causa do diário que ela deixou, relatando o cotidiano do refúgio e a convivência com sua irmã, pais e membros de duas outras famílias que dividiam as agruras do confinamento e o temor constante de serem descobertas. Anne descreve sobre esses longos dias, meses, anos, e também reflete, imagina, sonha. É o retrato de uma jovem inteligente em uma situação absurda. Marcada por várias dúvidas, angústias, momentos de raiva e incompreensão, mas, principalmente, pela certeza de que tudo continuaria: a escola, as amizades, o futuro, uma profissão. O confinamento era apenas um momento ruim na vida da jovem e de sua família. Mas, infelizmente, não foi assim. Apenas o pai, Otto, sobreviveu aos campos. E foi ele o responsável pela publicação dos diários da filha, em 1947.

Muitas histórias com a de Anne e sua família ocorreram na Europa durante o horror fascista. Mas também, e certamente, em muitos outros regimes autoritários que escolheram etnias, religiões ou ideologias como inimigos e os perseguiram. Lembro-me, por exemplo, de um documentário de 2014, chamado “A Imagem que falta”. Nele, o diretor, Rithy Phan busca relatar suas memórias e, por meio delas, trazer seu testemunho sobre o que aconteceu com seu país, o Camboja. Ele tinha 13 anos quando Pol Pot chegou ao poder, iniciando um período de terror que deixou poucas imagens mas muitos traumas. Rithy Phan se vale de bonecos de massinha para reencarnar suas memórias, permitindo ao público ver através, imaginar, e não apenas chocar-se com a realidade terrível vivida pelo povo cambojano.

Um artifício que o escritor Jorge Semprun, outro sobrevivente dos campos nazistas, traduziu da seguinte maneira: “há histórias que não são apenas difíceis de contar. São difíceis de se acreditar que puderam ser vividas”. Nesse caso, a arte assume um papel fundamental, ao permitir um acesso mais profundo da memória e um sentimento que capta mais amplamente o que de fato foi vivido, por mais inacreditável que seja.

A obra de Anne Frank tornou-se um fenômeno mundial e também ganhou as telas dos cinemas. Um curioso sucesso que só se explica pela nossa capacidade de vivermos a dor dos outros, esse sentimento que Rousseau identificava nos homens desde o estado de natureza: a compaixão.

Em todas as situações nas quais nossa liberdade é obstada, há sofrimento e, ao mesmo tempo, solidariedade. Dois fenômenos siameses, tão próprios de nós, embora quase sempre a dor é também causada por pessoas como nós. E aí que vem a perplexidade: por que há tantas pessoas que estabelecem como visão utópica um lugar despovoado da diferença? Essa atração pelo que parece o mesmo, pelo que já se conhece, pelo que não traz surpresas, está entranhado em nosso espírito humano tanto quanto a comiseração, a empatia, o reconhecimento da diferença. E a História vai registrando esse balanço de dor e esperança, de violência extrema e anulação do outro e atitudes heróicas, desprendidas, captadas pela arte de um diário, pela lente e imaginação de um sobrevivente.

Creio que não mudaremos como espécie, mas podemos aprender como indivíduos e ensinar os outros. Pois cada esconderijo, cada fuga, cada pavor diante de outro ser humano que quer nos ver mortos porque somos diferentes, agimos diferente ou pensamos diferente, é uma vitória da caverna e dos que projetam sombras em seu fundo.

*Daniel Medeiros é Doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.

Hospital Municipal Manoel Afonso é ampliado para receber pacientes do Covid-19

Dentro das medidas de combate ao Covid-19, a Prefeitura de Caruaru está ampliando o Hospital Municipal Manoel Afonso (HMMA), no bairro Maria Auxiliadora, para ser a unidade de retaguarda para os pacientes suspeitos e com diagnóstico de Covid-19. Com a reforma, o HMMA passa de 54 para 73 leitos exclusivos, além de cinco leitos de sala vermelha para estabilização. A previsão para o início dos atendimentos é na próxima semana.

Todos os internos da clínica médica e pediatria foram remanejados para a Casa de Saúde Bom Jesus, considerando que os leitos de cirurgias eletivas estavam desocupados. “Com esta mudança, conseguimos esvaziar todos os leitos do Manoel Afonso e adaptar um espaço para o internamento infantil na Casa de Saúde”, explicou o secretário executivo de Atenção Especializada, Breno Feitoza.

Além da mudança estrutural, no HMMA, toda equipe da unidade, o que inclui médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos, entre outros, estão em capacitações permanente para receber a demanda específica dos pacientes com o novo coronavírus. A reforma está sendo feita com uma estrutura rápida de obra, chamada de drywall, tecnologia muito utilizada nos Estados Unidos, que permite substituir de forma ágil a alvenaria tradicional e fazer o fechamento dos espaços.

A ampliação corresponde à primeira etapa do projeto, que dependendo do aumento da demanda na cidade de pacientes para internamento com o novo coronavírus, pode ter uma segunda etapa, que aumentará gradativamente os leitos, podendo chegar a capacidade máxima da unidade, com 85 leitos.

O Hospital Manoel Afonso receberá pacientes de baixa e média complexidade. A unidade de referência em alta complexidade (leitos de UTI) para o Covid-19 na região permanece sendo o Hospital Mestre Vitalino, através da regulação da Central de Leitos.

Atualmente, Caruaru está no nível de emergência, de acordo com o plano de contingência. Entre as ações tomadas estão: limitação de atendimentos ambulatoriais, ajustes na estratégia de saúde da família para grupos prioritários (estratificação de risco), preparação de serviços para atendimentos emergenciais (ampliação de escalas e adequações físicas), cancelamento da assistência eletiva, atendimento online e telefônico para os pacientes do AME Idoso, implantação do Disk-Covid (0800.281.7080), entre outros.

“Caso não tivesse tomado as decisões a partir de 16 de março, já estariamos no colapso do sistema de saúde. Mas isto não significa que a gente atravessou a fase crítica, precisamos cada vez mais da colaboração de todos,” explicou o secretário de Saúde, Francisco Santos. Ele disse que isso possibilitou a tomada de outras ações para equipar a rede.

Foto: Arnaldo Felix

Delivery Caruaru agora disponibiliza cadastros para novas categorias

Sempre reforçando as medidas para prevenção e combate à Covid-19, a Prefeitura Municipal de Caruaru, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa, lançou a plataforma digital www.delivery.caruaru.pe.gov.br. Na ferramenta online são disponibilizados catálogos com uma série de serviços doa mais variados segmentos e entregadores. Desta forma, o site busca facilitar a busca da população por produtos e serviços.

Nesta quarta-feira (08), duas novas categorias foram inseridas no Delivery Caruaru: material de construção e produtores de máscaras de proteção individual. “Estamos trabalhando para que todo serviço que o Governo do Estado liberar para comercialização, como o da construção civil, a gente ir atualizando a plataforma. Agora, com o Ministério da Saúde recomendando o uso das máscaras caseiras, colocamos a ferramenta a disposição dos pequenos produtores e das grandes fábricas da regiao que confeccionem o produto e entreguem em domicílio, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico e Economia Criativa, André Teixeira Filho.

Até o momento, mais de 700 empresas e mototaxis de Caruaru já se cadastraram no Delivery Caruaru. As inscrições continuam disponíveis no mesmo site e podem ser feitas gratuitamente.

“Nós temos que agir com grandeza nesse moneto”, diz prefeito de Vertentes

O prefeito de Vertentes, Romero Leal (PSDB), externou sua preocupação em relação aos efeitos da pandemia do novo coronavírus, destacou ações que têm sido realizadas pela Prefeitura Municipal na busca de contornar a crise e celebrou a reabertura do Hospital Jaime Justiniano na cidade, durante entrevista concedida ao programa Cidade em Foco.

Na oportunidade, o prefeito externou sua preocupação em relação aos efeitos do novo coronavírus e elogiou a desenvoltura do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Há uma preocupação grande da Organização Mundial da Saúde, do Ministro da Saúde e demais. A gente tem percebido que o ministro tem um discurso formal, técnico, a ser seguido”, afirmou.

Diante disso, Romero criticou o que chamou de ‘ciúme político’ por parte de algumas figuras em relação ao Ministro Henrique Mandetta. “Isso traduz um sentimento muito ruim para a comunidade. Se o cara está lá, está caminhando bem, bem alinhado, focado e cumprindo sua missão, vamos ajudar o cara a correr com sua solução. Nós estamos tratando de saúde pública, de vida de pessoas”, destacou.

Sem casos – Ao falar sobre a cidade de Vertentes, Romero destacou que o município ainda não conta com casos suspeitos, porém ratificou que o momento é de precaução. “Nós temos que agir com grandeza neste momento e a nossa cidade de Vertentes também. Graças a Deus nós não temos ainda nenhum caso em Vertentes constatado, mas nada pode ser evitado se alguém de outra cidade chegar em Vertentes e até contaminar uma pessoa”, disse.

Cestas básicas – Na oportunidade, o prefeito destacou que devido as restrições estabelecidas pela quarentena, a tradicional doação de peixes devido a Semana Santa não ocorrerá e os recursos que seriam utilizados nesta ação serão destinados para a compra de cestas básicas. “Nós decidimos transformar esse dinheiro em cestas básicas com recursos próprios do município. Nós não recebemos nenhum tostão de Governo Federal ou Governo Estadual ainda”, explicou o prefeito.

Recursos – Romero confirmou na oportunidade que os repasses destinados a prefeitura já sofrem baixas de cerca de 20% devido à crise e que a preocupação da prefeitura será em cuidar da população com a responsabilidade fiscal necessária. “A preocupação de Vertentes é aplicar o dinheiro que resta do município direcionando para as pessoas, comprovadamente e documentalmente. Nós temos três mandatos de prefeito, o prefeito Allan foi eleito neste ambiente, nós prestamos conta”, disse.

Romero explicou que pretende utilizar recursos disponíveis para ajudar as pessoas que mais necessitam neste momento de pandemia. Entretendo, destacou que fará tudo atento as determinações legais dos órgãos de controle, a exemplo do Tribunal de Contas. “Nós pretendemos pegar todos os recursos disponíveis e tentar ajudar a nossa comunidade. Mas de maneira correta, dentro da lei, para depois não sermos penalizados”, declarou.

APAMI – Romero ainda comentou na oportunidade recente decisão judicial que colocou o Hospital Memorial Jaime Justiniano sob o comando da Prefeitura de Vertentes. O hospital era gerido há 60 anos pela Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância (APAMI). O prefeito explicou as razões que levaram a essa decisão judicial e denunciou que a APAMI possui altos débitos com funcionários que atuaram no hospital.

De acordo com o prefeito, o prédio do hospital já está passando por algumas reformas necessárias, deverá reabrir em cerca de 30 dias e contribuir com as ações de controle da pandemia, além disso, o mesmo confirmou que o local contará com a realizações de operações de diversos tipos. “Nós obtivemos o controle do hospital, o hospital está nas mãos da prefeitura, o pessoal de Vertentes vai gostar muito desse novo momento”, ratificou o prefeito.

Se ligue – O programa “Cidade em Foco” vai ao ar de segunda a sexta-feira: 11:00 hs, na Rede Agreste de Rádios, composta pelas Emissoras: Rádio Filadélfia FM (104,9), Farol FM (90,5), Rádio Cambucá FM (104.9), Rádio Vale FM (91.7), Redentor FM (104,9), Orobó FM (105.9), Potyra FM (87,9), Vertentes FM (104.9) e pela Internet: www.filadelfiafm.net

Caruaru: Campanha visa arrecadar alimentos para músicos

Nota

Há algumas semanas, alguns músicos de Caruaru estão passando por necessidades, a fim de tentar ajudar nossos colegas que dependem de apresentações para se sustentar. Criamos o ( SOS Músicos Caruaruenses) – uma campanha que arrecadar cestas básicas para os artistas que estão em dificuldades em Caruaru.

O Produtor Cultural Alemão , que também tem a banda Cheiro de Sanfona é o idealizador da Campanha, se reuniu com seu amigo Ronaldo Lima e a empresa ( RL Produções ) para fazer parte da ação.

Ronaldo Lima que de emediato não mediu esforços e entrou no projeto para ajudar.” Alemão também depende da música para viver e conhece muita gente do ramo que está passando por dificuldades desde que a pandemia do novo coronavírus surgiu”, disse Ronaldo.

A campanha terá um vídeo clipe com alguns dos maiores forrozeiros do nordeste pedindo sua doação de cestas básicas para os artistas caruaruenses.

O ponto de apoiou para receber as cestas básicas é a rede de Farmácias Maurício, no centro, Cohab III,  em Caruaru.
#JuntosSomosMaisFortes

Governo estuda contratar até 50 voos comerciais para trazer máscaras da China

Health Minister Luiz Henrique Mandetta gestures during a press conference regarding the COVID-19, coronavirus pandemic at the Planalto Palace, Brasilia on March 18, 2020. (Photo by Sergio LIMA / AFP)

O governo federal vem preparando uma “operação de guerra” para trazer 240 milhões de máscaras compradas da China pelo Ministério da Saúde. Para trazer o material de forma mais rápida, em decorrência do avanço da pandemia do novo coronavírus no país, está sendo avaliada a contratação de voos comerciais para buscar os produtos.

A operação, orquestrada pelo Ministério da Infraestrutura, estuda contratar de 20 a 50 voos, sendo necessárias pelo menos de 15 a 20 aeronaves comerciais distintas. Esta é considerada a maior compra da história feita pelo governo federal no exterior. São quatro mil metros cúbicos e 960 toneladas de carregamentos.

Outra alternativa para trazer os equipamentos ao país seria usar os aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). No entanto, a operação teria um custo maior ao governo federal, uma vez que as aeronaves da FAB são menores e demandariam mais voos. Mesmo sendo realizados por aviões comerciais, os voos podem ganhar status de “voo de Estado”, o que implicaria em maior segurança e menos burocracia no transporte da carga. A Infraestrutura já vem fazendo cotações com empresas aéreas. Uma das interessadas é a Latam, que poderá ter preferência, por ser brasileira.

Rotas
Os aviões devem evitar fazer escalas nos Estados Unidos e em países europeus, territórios atingidos fortemente pela pandemia. A preocupação é que o material seja interceptado, uma vez que a carga é altamente cobiçada neste momento de crise global nos sistemas de saúde pública.

O medo de perder os equipamentos, essenciais para o trabalho dos profissionais de saúde no combate ao coronavírus, aumentou depois que uma carga de respiradores comprada pelo governo da Bahia ficou retida em Miami, nos EUA.

Para evitar que a carga brasileira seja interceptada, o Itamaraty estuda paradas em Israel, Dubai e Nova Zelândia. A expectativa é que cada voo leve cerca de 40 horas.

Diario de Pernambuco

Secretaria Nacional de Saneamento autoriza R$ 4 milhões para obras em Pernambuco

Com o objetivo de garantir a continuidade de obras importantes na área de saneamento básico, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) autorizou nesta quarta-feira (8) o empenho de R$ 256,9 milhões do Orçamento Geral da União. Para Pernambuco estão assegurados R$ 4 milhões. O objetivo é contribuir com a manutenção de empregos neste momento em que o País enfrenta a pandemia do coronavírus.

Os empreendimentos estão localizados em 21 estados e no Distrito Federal. Em Pernambuco, os municípios contemplados são: Recife; Cabo de Santo Agostinho; Olinda; Jaboatão dos Guararapes; e Goiana.

O Ministério do Desenvolvimento Regional ressaltou que a responsabilidade pela execução das obras é dos entes e que os pagamentos são realizados de acordo com a execução dos empreendimentos.

“Levar saneamento básico às comunidades significa oferecer mais saúde para as pessoas, mais qualidade de vida. O presidente Jair Bolsonaro determinou que façamos todos os esforços para apoiar os estados e municípios neste momento, a fim de minimizar impactos econômicos, evitar paralisações em obras e manter empregos”, destacou o ministro Rogério Marinho.

Os investimentos da Secretaria Nacional de Saneamento são destinados a obras para a garantia de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e de águas pluviais, redução e controle de perdas de águas, drenagem urbana, preservação e recuperação de mananciais, além de estudos e projetos na área de saneamento básico.

Carteira de obras e projetos
Atualmente, a carteira e obras e projetos do MDR na área – contratos ativos e empreendimentos em execução ou ainda não iniciados – é de R$ 24,5 bilhões para financiamentos e de R$ 21,2 bilhões para o Orçamento Geral da União (OGU).

O setor é prioridade para o Governo Federal. No ano passado, foram destinados R$ 2,1 bilhões para as obras, tanto com recursos de OGU quanto em financiamentos por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ação gerou mais de 195 mil empregos no setor.

Diario de Pernambuco

Publicada MP que isenta consumidor pobre de pagar conta de luz

A população pobre, com consumo mensal de energia elétrica inferior ou igual a 220 quilowatts-hora (kWh), está isenta de pagar a conta de luz, no período de 1º de abril a 30 de junho deste ano. É o que determina a Medida Provisória (MP) nº 950, de 8 de abril de 2020, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, dessa quarta-feira (8).

Para isso, fica a União autorizada a destinar recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), limitado a R$ 900 milhões, a fim de cobrir os descontos relativos à tarifa de fornecimento de energia elétrica dos consumidores finais, incluídos na Tarifa Social.

Assim, o “governo soluciona as duas questões mais urgentes identificadas pelas equipes do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Economia: a perda da capacidade de pagamento dos consumidores de baixa renda, beneficiários da tarifa social, e a perda da capacidade financeira das distribuidoras de energia elétrica, com o aumento da inadimplência e a redução do consumo de energia”, informa o ministério.

A medida decorre das ações temporárias emergenciais destinadas ao setor elétrico para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia de coronavírus (covid-19).

A decisão do governo federal de isentar a tarifa de energia elétrica dos consumidores de baixa renda foi uma das medidas anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na noite de ontem.

Folhape

No ritmo atual, UTIs podem lotar na primeira quinzena de maio

Ferramenta criada por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) permite aos gestores estaduais e de hospitais envolvidos no combate à Covid-19 fazer simulações realistas sobre a velocidade com que leitos gerais e de UTI serão ocupados nas próximas semanas.

O dispositivo pode ser acessado por qualquer pessoa e usa dados oficiais (como o número de leitos) e premissas baseadas no que ocorre no dia a dia da epidemia (como os novos casos de Covid-19). As novas informações vão ajustando o modelo matemático e aumentam a capacidade de previsão.

Na estimativa dos pesquisadores, haverá falta de leitos de UTI públicos e privados a partir da primeira quinzena de maio -isso considerando que a quantidade de infectados vem duplicando a cada 5,1 dias, o que pode mudar.

A lotação das UTIs duraria mais de dois meses no SUS (onde a maior parte da população é atendida) e cerca de um mês no sistema particular. Em ambos, o tempo de internação de pacientes de Covid-19 vem variando de 15 a 21 dias.

De forma geral, estima-se a falta de leitos de UTI duas semanas antes para a população dependente do SUS em relação aos usuários de plano de saúde.
Já a ausência de leitos gerais poderá ocorrer na segunda quinzena de maio. A duração desse déficit seria de em torno de duas a três semanas, pois os pacientes ocupam esse tipo de leito por menos tempo.

A equipe tem trabalhado ainda para estimar as necessidades de leitos de UTI públicos e privados separadamente, dada a decisão do STF de não intervir na criação de uma “fila única” de pacientes, por gravidade, como estão propondo algumas entidades de sanitaristas.

A ferramenta considera o percentual de pessoas que têm apresentado sintomas que as levam a algum tipo de internação, a velocidade de propagação do vírus, a taxa de ocupação das UTIs antes do início da epidemia e o perfil ajustado, por estado, de idosos com 65 anos ou mais.

Ela permite ainda que, depois de baixada em planilha Excel, o usuário possa fazer as suas próprias simulações ou mudar os critérios adotados inicialmente, como o percentual de pessoas afetadas à medida que a epidemia evolui.

“O objetivo é propor um modelo matemático para previsão da disponibilidade de leitos durante a pandemia e calcular os momentos de ruptura dos sistemas. As premissas podem ser mudadas e validadas pelos gestores e profissionais da saúde”, diz João Flávio de Freitas Almeida, professor adjunto do Departamento de Engenharia de Produção da UFMG.

A ferramenta está disponível no site do Laboratório de Tecnologias de Apoio à Decisão em Saúde (Labdec) e traz todas as notas técnicas e critérios adotados pelo Departamento de Engenharia de Produção e pelo Núcleo de Educação em Saúde Coletiva (Nescon), órgão de ensino e pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG.

Folhapress