Governo de Pernambuco anuncia cartão alimentação para estudantes

19/04/2017 – Credito: Paulo Paiva/ DP – Local – Educa PE – O professor David Remigio, instalou um sistema de Tecnologia para as provas na Escola Tecnica Estadual Miguel Batista, as provas agora sao feitas virtualmente, e nao mais em papel.

O Governo de Pernambuco anunciou o lançamento do cartão alimentação para estudantes da rede pública estadual. Com investimentos na ordem de R$ 12 milhões, o repasse de R$ 50 irá beneficiar cerca de 240 mil estudantes em todas as regiões do Estado.

Serão beneficiados com a medida os estudantes em maior situação de vulnerabilidade e que dependem da merenda fornecida pelas escolas. Com as aulas suspensas devido ao isolamento como forma de prevenção a propagação do novo Coronavírus, a medida do Governo do Estado busca suprir a interrupção das atividades nas escolas, inclusive, do fornecimento da merenda para os estudantes. O valor repassado será equivalente aos alimentos necessários para um mês de refeição por estudante e só poderá ser utilizado em compras de produtos alimentícios.

A iniciativa tem como base os dados das famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal.

A distribuição do cartão alimentação, que será gerenciado pela Alelo, empresa de serviços financeiros especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, será realizada a partir do dia 20/04. A Secretaria de Educação do Estado explica que a partir da próxima segunda-feira (13), as famílias dos estudantes da rede pública estadual poderão acessar o site (educacao.pe.gov.br) e realizar a consulta para saber se terão direito ao benefício.

Também será disponibilizada a consulta da rede Alelo, que contempla mais de 9.300 estabelecimentos credenciados em todas as regiões do Estado. A estratégia de uso do cartão alimentação vai também beneficiar a economia dói estado, pois os alimentos serão adquiridos em supermercados, mercadinhos, padarias e outros estabelecimentos locais.

Além do cartão merenda, a família receberá uma carta de apresentação com todas as orientações sobre o uso do cartão, informações nutricionais, sugestões dos produtos a serem adquiridos e de produtos não permitidos, como bebidas alcoólicas e refrigerantes, por exemplo.

POLO – O Polo de Confecções do Agreste será mais um aliado dos pernambucanos no combate à pandemia do coronavírus. Atento à relevância do setor produtivo para o PIB da região, o Governo lançou medidas para impulsionar a indústria, adequando a linha de produção para atender à demanda da população por equipamentos e itens de proteção contra a Covid-19.

A ação é dividida em três eixos estratégicos: apoio técnico, com fornecimento de manuais para produção e de selo de certificação para atestar a qualidade dos novos produtos; suporte financeiro, com linha de crédito especial no valor de R$ 6 milhões, garantindo a aquisição de matéria-prima para mais de 120 empresas; e consultoria comercial, com o objetivo de facilitar a interlocução com os diversos mercados consumidores.

A estimativa inicial é que o polo produza cerca de 1 milhão de unidades de máscaras para abastecer a população do Estado em pontos de venda físicos, como supermercados e farmácias, e também por meio de plataformas de e-commerce. Além de aproximar o setor fabril das empresas do varejo, o Governo do Estado já encomendou 200 mil unidades dos protetores faciais para abastecer os servidores públicos que continuam trabalhando, diariamente, em contato com o público.

A mudança da linha de trabalho de fábricas do Agreste foi iniciada e o objetivo é que ela ocorra de forma padronizada, mantendo os requisitos de qualidade que o mercado exige. O Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções de Pernambuco (NTCPE), organização social contratada para desenvolver políticas públicas para o setor, tem fornecido há cerca de duas semanas um manual técnico com protótipos de equipamentos de proteção, como batas, máscaras e protetores para os pés, para as empresas promoverem a adaptação necessária. Cerca de 50 empresas já estão com suas linhas de produção ativas.

O documento, que está disponível gratuitamente no site www.ntcpe.org.br, descreve modelagens e insumos necessários para a fabricação de cada produto. A ação tem como base aproveitar a base industrial já instalada e escoar a matéria-prima existente na região, incentivando a aquisição de fornecedores locais. Além disso, o NTCPE vai avaliar os protótipos confeccionados, emitindo um selo de qualidade que garantirá a padronização da produção em grande escala.

Para garantir a compra de insumos e cobrir estoques para a nova produção, os empreendedores do Polo de Confecções terão acesso a uma linha de crédito, disponibilizada pelo Governo do Estado através da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE). Os recursos deverão ser utilizados exclusivamente para a compra da matéria-prima necessária à confecção de itens para o combate e proteção à Covid-19. São cartas de crédito com empréstimos individuais de até R$ 50 mil, totalizando R$ 6 milhões e taxas de juros de 0,31% ao mês. Mais de 100 empresas devem ser beneficiadas. Mais informações podem ser obtidas pelo Disque AGE (0800- 081-8081) ou pelo e-mail negocios@age.pe.gov.br.

Grandes empresas que reúnem milhares de fornecedores em seus canais de venda, já estão em negociação com o governo estadual para disponibilizar a produção pernambucana de máscaras e demais itens em suas plataformas de e-commerce. Estabelecimentos do atacado e do varejo que não foram impactados com a suspensão das atividades, como supermercados e farmácias, serão acionados para abastecer suas prateleiras com os itens fabricados no Agreste pernambucano.

O setor têxtil e de confecções do Agreste movimenta, por ano, quase R$ 6 bilhões em negócios, além de ocupar cerca de 250 mil pessoas, entre empregos formais e informais em todo o Estado. As indústrias respondem pela produção de 225 milhões de peças por ano e são o principal agente econômico na geração de riquezas e de postos de trabalho de mais de 40 municípios em Pernambuco e na Paraíba.

TRABALHO – Para atender aos trabalhadores e trabalhadoras que têm dificuldade de acesso à internet, a Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco decidiu retomar os atendimentos presenciais em 30 Agências do Trabalho em 11 Regiões de Desenvolvimento do Estado a partir da próxima terça-feira (14/04). A prioridade é para pessoas que precisam acessar o Seguro Desemprego. O funcionamento ao público irá respeitar as medidas emergenciais temporárias no combate ao novo Coronavírus, dispostas no Decreto do Governo do Estado, bem como as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Todas as unidades das Agências do Trabalho terão uma série de cuidados para oferecer segurança, tanto aos servidores, quanto aos trabalhadores que necessitam dos serviços presenciais. Com o intuito de não formar filas e evitar aglomerações, os atendimentos deverão ser agendados pelo canal www.pecidadao.pe.gov.br. Outros serviços realizados pelo Núcleo de Atendimento continuarão sendo oferecidos aos trabalhadores, como informações sobre o Seguro Desemprego, acesso à Carteira Digital do Trabalho e intermediação de mão de obra.

Para preservar a saúde dos trabalhadores, os cuidados preventivos serão iniciados na entrada as Agências, com a oferta de álcool 70% para os trabalhadores que chegarem. Os servidores estarão usando máscaras e terão à sua disposição álcool 70%. Também serão orientados a fazer a higienização das mãos com água e sabão a cada três atendimentos. Nos guichês, os atendimentos serão feitos de forma alternada, mantendo assim, uma distância de pelo menos dois metros um do outro.

Segue o link com o pronunciamento do governador Paulo Câmara: https://we.tl/t-gTtshYwzWV

Municípios precisam garantir proteção à contaminação da Covid-19

Para informar e garantir a proteção à pandemia de Coronavírus e a segurança alimentar das comunidades quilombolas, indígenas e ciganas, o Ministério Público de Pernambuco recomendou às autoridades públicas dos municípios de Sertânia, Passira, Garanhuns, Ipojuca e Águas Belas que implementem medidas sanitárias, de comunicação e alimentar para assegurar que essas comunidades de povos tradicionais sofram o menor impacto possível na época da pandemia.

Assim, os gestores municipais devem distribuir entre as comunidades informações sobre como se prevenir de contaminação e quais as providências a serem adotadas em caso de alguém contrair o vírus. Devem ainda implementar ações de acesso à saúde, à assistência social, a itens de higienização, dentre outras necessidades identificadas.

É ainda fundamental garantir o abastecimento de água nas localidades onde o abastecimento é inexistente ou irregular e recursos tais como a distribuição de cestas básicas e de kits que alimentação para os estudantes que têm, no momento, as aulas suspensas; e para que os responsáveis pelo Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar no município, caso exista, viabilizem as compras institucionais das famílias inscritas no Programa.

Também é preciso viabilizar o acesso seguro dos membros das comunidades quilombolas, indígenas e ciganas, às agências bancárias, por vezes localizadas a quilômetros de distância dos seus territórios, para o saque do Bolsa Família, além da vacinação contra a gripe, conforme o calendário nacional, de forma eficiente e sem que estes sejam expostos à aglomerações em filas e transporte público.

Muitas famílias das comunidades quilombolas, indígenas e ciganas vivem da renda gerada pela produção e venda de produtos agrícolas e, neste momento, encontram dificuldades para vender os alimentos produzidos devido à ausência de compradores nos mercados, bem como devido às dificuldades dos gestores municipais em viabilizar as habituais compras institucionais do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar neste momento de restrições à aglomeração de pessoas.

Assim, devem ser convocados para propor e articular soluções os Conselhos de Direitos existentes no município, tais como o Conselho de Saúde, o Conselho da Assistência Social, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional, o Conselho de Alimentação Escolar e o Conselho de Desenvolvimento Rural, entre outros.

As recomendações frisam que essas comunidades desenvolvem uma diversidade de modos e condições de vida, de acesso a serviços essenciais, como saúde, assistência social e saneamento básico, abastecimento de água, etc., e que, muitas vezes, para terem acesso a serviços de saúde e a bens essenciais faz-se necessário o deslocamento para municípios ou comunidades vizinhas.

MPPE atua  para que alunos recebam alimentos no período de suspensão de aulas

“Estamos falando de fome. Estamos falando de crianças que dependem da merenda escolar para a sua nutrição no dia a dia. Essa demanda é urgente”, alertou o coordenador do Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Defesa da Educação (Caop Educação), promotor de Justiça Sérgio Gadelha. Diante disso, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em caráter de emergência, já começou a atuar nos municípios de Jurema, Exu, Mirandiba, São José do Belmonte, Moreno, Inajá, Chã Grande, recomendando às Secretarias Municipais de Educação, para que procedam com a entrega, imediata, dos gêneros alimentícios, destinados à alimentação escolar, já adquiridos e estocados, especialmente os perecíveis, aos alunos das redes municipais e estadual de ensino. De igual maneira, para os que venham a ser adquiridos durante esse período de suspensão das aulas.

Os gestores municipais devem dar ampla publicidade ao fornecimento da alimentação, de forma a garantir que aqueles que dela necessitem tenham conhecimento do benefício.

Por causa da inércia do Poder Público diante da situação de alta vulnerabilidade social de alguns alunos de Inajá, a Promotoria de Justiça local teve que ajuizar ação civil pública, nessa terça-feira (7), para obrigar o município a fornecer a merenda escolar aos alunos das escolas públicas, nesse período de suspensão de aula. Já nos municípios de Olinda e Jaboatão dos Guararapes, as respectivas Promotorias de Justiça instauraram procedimentos para acompanhar essa entrega, uma vez que os prefeitos e secretários de educação já tinham dado início sem a necessidade da provocação por parte do MPPE. Recife já está distribuindo também.

Essa demanda social foi disciplinada pela Lei Federal nº13.987/2020, publicada no Diário Oficial da União, nessa terça-feira (7), alterando a Lei nº11.947/2009, para autorizar, em caráter excepcional, durante o período de suspensão das aulas em razão de situação de emergência ou calamidade pública, a distribuição de gêneros alimentícios adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica. “Falta apenas a regulamentação de como se dará esse repasse que é gerido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para as próximas aquisições. Acredito que será por esses dias”, explicou Sérgio Gadelha. Destaca ainda que A lei nº13.987/2020 e as orientações foram encaminhadas, via email institucional, para todos os promotores de Justiça pelo Caop Educação.

Cuidados sanitários – Ainda de acordo com as recomendações do MPPE, os gestores municipais devem atentar para que a distribuição dos alimentos seja realizada de forma a evitar aglomerações, sugerindo-se para tanto o agendamento de horários de retirada. Ainda devem ser adotadas medidas de prevenção e combate à transmissão do Coronavírus no fornecimento da merenda/kits, devendo optar por métodos seguros de produção e entrega aos trabalhadores e aos alunos da rede, como forma de prevenir e combater a transmissão do Covid-19.

Por fim, o MPPE estará atento para que esses gêneros não tenham outra destinação tampouco seja utilizada para promoção pessoal de agente político.

A recomendação de Jurema foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta quarta-feira (8) e as demais e a ação civil pública foram enviadas cópias para o Caop Educação.

Laboratório brasileiro desenvolve teste nacional para covid-19

Pesquisador trabalha no desenvolvimento de teste rápido para covid-19

O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) anunciou hoje (08), por meio de nota, que está trabalhando em uma versão nacional dos kits de diagnóstico rápido de covid-19. O novo teste será produzido com insumos nacionais e terá um índice de detecção superior ao dos kits importados.

“A cada novo país o vírus sofre mutações e vai se adaptando. Os kits diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral, por isso a necessidade de produção de um kit com insumos nacionais para atender à específica e crescente demanda brasileira”, afirmou Fábio Calderaro, gestor do CBA.

Segundo Calderaro, a técnica de produção com materiais e antígenos nacionais poderá ser distribuída para diferentes centros de produção, o que seria suficiente para suprir a demanda nacional mínima determinada pelo ministério da Saúde, que é de 30 mil testes por dia. A medida, no entanto, necessita do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, de acordo com o gestor, a meta só poderá ser atingida daqui a 4 meses, após a autorização do órgão.

Calderaro afirmou ainda que o novo kit de detecção – desenvolvido com antígenos de brasileiros que foram infectados pela doença – é mais eficaz e mais sensível ao vírus. “A cada novo país o vírus sofre mutações e vai se adaptando. Os kits de diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral”.

Até o momento, o Brasil utiliza dezessete marcas diferentes de kits para diagnóstico rápido de Covid-19, todos autorizados pela Anvisa. “Todas [as marcas de kits] utilizam anticorpos e demais insumos importados, em sua maior parte, da China. Portanto somos dependentes do mercado externo, que atualmente também demanda muito dos mesmos insumos por conta da crise pandêmica”, apontou Calderaro.

Diagnóstico
O kit nacional de detecção do vírus SARS-cov-2 será parecido com o que já é utilizado para diagnóstico de HIV e de dengue. O paciente usa uma fita descartável, onde uma amostra de sangue ou saliva é depositada. A amostra passa por uma reação química, e a indicação da presença ou ausência do vírus vem alguns minutos depois. De acordo com o doutor em biotecnologia e pesquisador Diogo Castro, líder do estudo, grande parte do projeto do teste já está pronta. “Já temos a plataforma de produção de anticorpos e antígenos consolidada e estamos trabalhando para inseri-los na fita do teste rápido e disponibilizar para a sociedade”, afirmou.

Estrutura
Segundo Calderaro, a produção em massa dos kits de diagnóstico rápido no estado do Amazonas poderá ser utilizada, futuramente, como polo de produção em massa do produto, mas para o diagnóstico de doenças diferentes. “A mesma fábrica adotada pelo CBA para a covid-19 poderá ser utilizada para produção de outros anticorpos e testes para diagnóstico de outras doenças de importância regional e nacional”, afirmou.

Líder supremo do Irã propõe suspensão de reuniões durante o Ramadã

Ramadã, mulheres, Indonésia

O líder supremo do Irã, ayatollah Ali Khamenei, propôs hoje (9) que as concentrações em massa no país sejam suspensas durante o mês sagrado de jejum muçulmano, o Ramadã, devido à pandemia de covid-19. A proposta foi feita durante discurso transmitido pela televisão.

“Na ausência de reuniões públicas no mês do Ramadã, incluindo orações e discursos, de que este ano estamos sendo privados, devemos criar os mesmos sentidos em nossa solidão”, disse Khamenei.

O Ramadã deve começar no fim de abril e durar até a maior parte de maio.

As autoridades públicas ainda não haviam discutido os planos para o mês sagrado, que vê os fiéis muçulmanos jejuarem do amanhecer até o pôr do sol.

Khamenei pediu aos fiéis xiitas que orem, em suas casas, durante o Ramadã. Os xiitas normalmente rezam em comunidade, especialmente durante este período.

O Irã registrou mais de 67 mil confirmados do novo coronavírus, com quase 4 mil mortes.

O presidente iraniano, Hassan Rohani, determinou que a economia do país comece a se abrir lentamente a partir do sábado (11), levando em conta a preocupação de que o país possa ter uma segunda onda de infecções.

A economia da República Islâmica sofre intensas sanções dos Estados Unidos depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, se retirar unilateralmente do acordo nuclear de Teerã com as potências mundiais em 2015.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.

Dos casos de infecção, cerca de 280 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar situação de pandemia.

Brasil registra 20º dia de ‘panelaço’ contra Bolsonaro

Durante pronunciamento na TV, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ser alvo de panelaços pelo país. Esse já é o 20º dia de panelaço contra o chefe do Executivo. As manifestações começaram no dia 17, em repúdio a postura do presidente diante da do coronavírus.

Bolsonaro tem recusado o isolamento horizontal, medida defendida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como eficaz para conter a pandemia de covid-19.

No final da tarde, em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na Band, o presidente disse, em resposta ao questionamento sobre como estava lidando com os panelaços, que “não está na hora de derrubar o presidente”.

Publicada MP que isenta consumidor pobre de pagar conta de luz

Ibiraci (MG) - O ministro Moreira Franco participa da inauguração da linha de transmissão de energia que liga a Hidrelétrica de Belo Monte ao Sudeste do País. A construção do linhão é parte do Agora, é Avançar Parcerias (Beth Santos

A população pobre, com consumo mensal de energia elétrica inferior ou igual a 220 quilowatts-hora (kWh), está isenta de pagar a conta de luz, no período de 1º de abril a 30 de junho deste ano. É o que determina a Medida Provisória (MP) nº 950, de 8 de abril de 2020, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, dessa quarta-feira (8).

Para isso, fica a União autorizada a destinar recursos para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), limitado a R$ 900 milhões, a fim de cobrir os descontos relativos à tarifa de fornecimento de energia elétrica dos consumidores finais, incluídos na Tarifa Social.

Assim, o “governo soluciona as duas questões mais urgentes identificadas pelas equipes do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Economia: a perda da capacidade de pagamento dos consumidores de baixa renda, beneficiários da tarifa social, e a perda da capacidade financeira das distribuidoras de energia elétrica, com o aumento da inadimplência e a redução do consumo de energia”, informa o ministério.

A medida decorre das ações temporárias emergenciais destinadas ao setor elétrico para enfrentamento do estado de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da pandemia de coronavírus (covid-19).

A decisão do governo federal de isentar a tarifa de energia elétrica dos consumidores de baixa renda foi uma das medidas anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro, durante pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na noite de ontem.

Falta de exames na Espanha impede número exato de mortes por covid-19

Ruas de Madri desertas

A falta de exames e o colapso dos serviços de registro civil na Espanha impedem o conhecimento exato do número de mortes. Um mês após o início da pandemia, o país ainda não encontrou uma forma segura de notificar o número de vítimas do novo coronavírus.

O jornal El País informa nesta quinta-feira (9) que os dados divulgados diariamente pelo Ministério da Saúde revelam-se insuficientes para fornecer uma imagem, ainda que aproximada, da tragédia. Nessa quarta-feira (8) a Espanha registrava 14.555 mortos e 149.690 casos de infeção.

A falta de testes de diagnóstico e a decisão de contar apenas os mortos que deram positivo para o novo coronavírus deixaram de fora das notificações pessoas mortas em casa e nos hospitais com maior número de pacientes.

O jornal lembra que o país tem um sistema projetado para detectar e medir episódios que possam causar aumento na taxa de mortalidade, geralmente causados pela gripe ou por ondas de calor.

É o Sistema de Monitoramento Diário de Mortalidade (MoMo), gerido pelo Instituto de Saúde Carlos III e que, apesar de ter detectado o forte impacto do novo coronavírus em algumas comunidades – Castilla-La-Mancha, por exemplo, já triplicou a mortalidade esperada –, é incapaz de medir a pandemia face ao colapso dos sistemas de informação dos registros civis, nos quais se baseiam os dados.

A plataforma está desatualizada desde que foi declarado estado de emergência.

Já a ferramenta Inforeg, que permitia, quase em tempo real, conhecer o número de óbitos, está em serviços mínimos para limitar a presença física entre os trabalhadores. Em Madrid, passou de 180 para 14 funcionários. Nos registros civis menores há apenas uma pessoa trabalhando.

Além disso, a aplicação não está preparada para funcionar remotamente, o que levou o Ministério da Justiça a ativar, nos últimos dias, o sistema para que alguns funcionários possam avançar em teletrabalho.

O Ministério da Justiça já assumiu a impossibilidade de atualizar o Inforeg e, no último sábado (4) solicitou aos registos civis o envio diário da lista do número de mortes, licenças de funerais emitidas, local da morte e se o óbito ocorreu em instalação hospitalar ou na residência.

Brasil vai receber matéria-prima para hidroxicloroquina, diz Bolsonaro

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, faz pronunciamento  em Rede Nacional de Rádio e Televisão.

O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite desta quarta-feira (8) no qual afirmou que o Brasil irá receber da Índia, até sábado (11), matéria-prima para produzir a hidroxicloroquina, remédio utilizado para tratamento experimental da covid-19 e também usado no tratamento de doenças como malária, lúpus e artrite.

O presidente afirmou que, nos últimos 40 dias, após ouvir médicos, pesquisadores e chefes de Estado, passou a divulgar a possibilidade de tratamento da covid-19 desde a fase inicial da doença.

Bolsonaro citou a conversa com o médico cardiologista Roberto Kalil que afirmou que usou o medicamento e também o prescreveu para dezenas de pacientes. “Todos estão salvos. Disse-me mais: que, mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento agora, para não se arrepender no futuro. Essa decisão poderá entrar para a história como tendo salvo milhares de vidas no Brasil. Nossos parabéns ao doutor Kalil”, comentou.

Empregos
Bolsonaro reafirmou que o objetivo principal do governo “sempre foi salvar vidas” e, após se solidarizar com as famílias de pessoas que morreram por causa do novo coronavírus, disse que há dois problemas a serem resolvidos e que devem ser tratados simultaneamente: o novo coronavírus e o desemprego.

Entre as medidas de estímulo à economia adotadas pelo governo, o presidente citou o pagamento que começa a ser feito amanhã (9) de R$ 600, por três meses, de auxílio emergencial para trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores.Ele destacou também a isenção do pagamento da conta de energia elétrica a 9 milhões de famílias beneficiárias da tarifa social, também por três meses meses, e a liberação de R$ 60 bilhões de capital de giro para pequenas empresas e construção civil por meio da Caixa Econômica Social.
O presidente citou ainda o saque, previsto para começar em junho, de até R$ 1.045 para quem tem conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). “Os beneficiários do Bolsa Família, que são quase 60 milhões de pessoas, também receberão um abono complementar do auxílio emergencial”, acrescentou.

Isolamento social
Sobre as medidas de isolamento social estabelecidas por governadores e prefeitos, o presidente falou que em nenhum momento o governo federal foi consultado sobre a amplitude ou duração das ações. “Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos”, completou. O presidente disse ter certeza de “que a grande maioria dos brasileiros quer voltar a trabalhar”. “Esta sempre foi minha orientação a todos os ministros, observadas as normas do Ministério da Saúde”, destacou.

Citando o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, Bolsonaro disse que as soluções para a pandemia variam de país para país e ressaltou que os mais pobres precisam trabalhar para garantir a alimentação. “Os mais humildes não podem deixar de se locomover para buscar o seu pão de cada dia. As consequências do tratamento não podem ser mais danosas que a própria doença. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte.”

Bolsonaro disse que decide as questões de país de ”forma ampla” usando a equipe de ministros. “Todos devem estar sintonizados comigo”, afirmou o presidente.

Mega-Sena acumula e deve pagar R$ 13 milhões no próximo sorteio

Mega-Sena, loterias, lotéricas

Ninguém acertou as seis dezenas no Concurso 2.250 da Mega-Sena sorteadas na noite desta quarta-feira (8) no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo. As dezenas sorteadas foram 27, 33, 39, 52, 57 e 58.

A quina teve 27 acertadores e cada um vai receber R$ 53.018,19. Os 2.385 ganhadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 857,43.

O próximo concurso será no sábado (11) e deverá pagar um prêmio de R$ 13 milhões a quem acertar as seis dezenas.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$4,50.