Após protesto, policiais civis decidem não parar durante Carnaval

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE) realizou um protesto na frente do Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife, nesta terça-feira (18). Por volta das 13h, uma comissão foi recebida pelo secretário executivo de Articulação e Acompanhamento da Casa Civil, Eduardo Figueiredo. Em votação, o sindicato decidiu suspender o movimento e não vai paralisar durante o Carnaval. Uma nova rodada de negociações ficou marcada para 11 de março.

Entre as reivindicações da categoria estão reforço no efetivo da corporação, pagamento de horas extras e reestruturação na jornada diária. O trânsito ficou interditado nas proximidades da ponte Princesa Isabel e em todo o acesso à sede do Governo do Estado. Segundo o sindicato, cerca de 2 mil policiais participaram do ato.

“Somos uma das polícias, dentre as unidades da federação, que mais trabalham na elucidação de crimes. Passamos o ano de 2019 tentando sensibilizar o Governo para tentar uma saída que não trouxesse transtornos para a população”, afirmou o vice-presidente do Sinpol, Rafael Cavalcanti.

Folhape

Bolsonaro insulta repórter da Folha de S.Paulo com insinuação sexual

O presidente Jair Bolsonaro insultou nesta terça-feira (18), com insinuação sexual, a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. “Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]”, disse o presidente, em entrevista diante de um grupo de simpatizantes em frente ao Palácio da Alvorada.

A declaração do presidente foi uma referência ao depoimento de um ex-funcionário de uma agência de disparos de mensagens em massa por WhatsApp, dado na semana passada à CPMI das Fake News no Congresso.

O depoimento à comissão foi de Hans River do Rio Nascimento, que trabalhou para a Yacows, empresa especializada em marketing digital, durante a campanha eleitoral de 2018.

Em dezembro daquele ano, reportagem da Folha de S.Paulo, baseada em documentos da Justiça do Trabalho e em relatos do depoente Hans, mostrou que uma rede de empresas, entre elas a Yacows, recorreu ao uso fraudulento de nome e CPFs de idosos para registrar chips de celular e garantir o disparo de lotes de mensagens em benefício de políticos.

Já na CPMI, diante de deputados e senadores, ele deu informações falsas e insultou Patrícia, uma das autoras de reportagem sobre o uso fraudulento de nomes e CPFs para permitir o disparo de mensagens.

Presente à sessão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, aproveitou a fala de Hans para difundir ofensas e fazer insinuações contra a repórter da Folha de S.Paulo, tanto no Congresso como em suas redes sociais.

Sem apresentar provas, Hans afirmou que Patrícia queria “um determinado tipo dematéria a troco de sexo”, declaração reproduzida em seguida por Eduardo Bolsonaro nas redes sociais.

Nesta terça-feira, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro falou sobre o caso.”Olha a jornalista da Folha de S.Paulo. Tem mais um vídeo dela aí. Não vou falar aqui porque tem senhoras aqui do lado. Ela falando: ‘Eu sou (…) do PT’, certo? O depoimento do Hans River, foi final de 2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele”, diz o presidente, para em seguida, aos risos, fazer o insulto com insinuação sexual.

“Ela [repórter] queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço contra mim [risos dele e dos demais]. Lá em 2018 ele [Hans] já dizia que ele chegava e ia perguntando: ‘O Bolsonaro pagou pra você divulgar pelo Whatsapp informações?’ E outra, se você fez fake news contra o PT, menos com menos dá mais na matemática, se eu for mentir contra o PT, eu tô falando bem, porque o PT só fez besteira.”

“Tem um povo aqui [em referência a um grupo de simpatizantes], alguém recebeu no zap uma matéria qualquer que suspeitou pra prejudicar o PT e me beneficiar? Ninguém recebeu nada. Não tem materialidade, zero, zero zero. Você não precisa mentir pra falar sobre o PT, os caras arrebentaram com Petrobras, fundo de pensões, BNDES…”

A Folha de S.Paulo divulgou a seguinte nota sobre o insulto de Bolsonaro: “O presidente da República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência”.

Mais tarde, o presidente se dirigiu novamente aos veículos de imprensa, após reunião com a equipe de governo, e voltou a tratar do assunto diante da repercussão negativa da declaração.

“Alguém da Folha de S.Paulo aí? Alguém da Folha de S.Paulo aí? Eu agredi sexualmente uma repórter hoje? Parabéns à mídia, aí. Não quero conversa. Eu cometi uma violência sexual contra a imprensa hoje?”, perguntou.

Ele foi questionado, então, se mantinha a declaração e se não achava desrespeitoso ter insultado a repórter com uma insinuação sexual. O presidente, no entanto, não quis responder e, como já é de praxe quando se irrita com um assunto, abandonou a entrevista.

Em uma série de reportagens desde outubro de 2018, a Folha de S.Paulo revelou a contratação durante a campanha eleitoral de empresas de marketing que faziam envios maciços de mensagens políticas

A primeira reportagem mostrou que empresas estavam interferindo nas eleições de 2018 ao comprar pacotes de disparos de mensagens contra o PT no WhatsApp. A disseminação funciona por meio do disparo a números de celulares obtidos por agências. Uma outra tratou do uso de forma fraudulenta CPFs de idosos e até contratando agências estrangeiras.

O depoimento mentiroso de Hans à CPMI causou uma série de reações em defesa da Folha de S.Paulo e da repórter. O jornal repudiou em nota as mentiras e os insultos e, em reportagem baseada em documentos e gravações, apontou uma a uma as mentiras do depoente.

As manifestações contra os ataques incluíram desde líderes do Congresso a entidades da sociedade civil, de imprensa e defesa dos direitos humanos. Mulheres jornalistas divulgaram um manifesto de apoio, e um coletivo de jornalistas cobrou do Twitter exclusão de postagens ofensivas contra a repórter.

Já a relatora da CPMI, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), acusou Hans de ter mentido em seu depoimento e pediu que a Procuradoria-Geral da República investigue o caso.

O Código Penal estipula que fazer afirmação falsa como testemunha em processo judicial ou inquérito é crime, com pena prevista de dois a quatro anos de reclusão, além de multa. Na condição de testemunha, Hans se comprometeu em falar a verdade à comissão. O regimento do Senado diz que a inquirição de testemunhas em CPIs segue o estabelecido na legislação processual pena.

Folhapress

Comissão de ética da Presidência arquiva processo contra Wajngarten

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu nesta terça-feira (18) arquivar a denúncia contra o secretário especial de Comunicação Social, Fábio Wajngarten, por conflito de interesse na participação dele como sócio em uma empresa de marketing. Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) informou que, com a decisão, fica comprovado que não há conflito e que “nenhum grupo econômico do setor foi favorecido pelos atos administrativos do secretário”.

Matéria veiculada em janeiro pelo jornal Folha de S.Paulo aponta que a FW Comunicação e Consultoria, fundada por Wajngarten, tem como clientes emissoras de televisão e agências de publicidade, que são empresas que também recebem recursos de publicidade oficial do governo federal. Após a denúncia, o titular da Secom disse que, antes de assumir o cargo, em abril do ano passado, se desvinculou da gestão da empresa.

Pela legislação atual, ocupantes de cargos comissionados no governo não devem manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática pode implicar conflito de interesses e configurar ato de improbidade administrativa, se for demonstrado algum benefício indevido. A lei também obriga que um possível choque de interesse entre público e privado seja informado pelo próprio servidor ao governo.

Nota da Secom
“Prevaleceu a verdade e o bom senso. Não há nada de aético ou ilegal na atuação do Secretário Fábio Wajngarten, à frente da Secretaria de Comunicação. A denúncia arquivada é um atestado de idoneidade a ele. O Secretário de Comunicação continua confiante de que em outros fóruns aonde as supostas denúncias são objeto de apuração, a conclusão será a mesma porque elas não encontram respaldo na realidade”, diz a nota da Secom.

A Comissão de Ética Pública é o órgão responsável, entre outras atribuições, pela apuração, mediante denúncia ou de ofício, de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo. As decisões da reunião desta terça-feira (18) ainda não foram formalmente divulgadas pela comissão.

A Polícia Federal também abriu inquérito para apurar o caso, a pedido do Ministério Público Federal do Distrito Federal.

Agência Brasil

Carnaval, redes sociais e saúde mental

Por Isabel Marçal, presidente do Instituto Bem do Estar

A “revolução tecnológica”, da qual estamos a bordo, vem transformando o modo como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. O impacto da tecnologia – cada vez maior em nossa rotina diária – trouxe muitas mudanças positivas, porém, é preciso ficar atento aos malefícios que a utilização indiscriminada pode acarretar. Muitos estudos relacionam o tempo de uso da internet com questões de saúde mental. Depressão, transtornos alimentares e suicídio parecem estar ligados à vida online, notadamente ao uso de redes sociais.

Segundo a empresa britânica GlobalWebIndex – que estuda o tempo que usuários passam em redes sociais em todo o mundo – o Brasil é o segundo país que mais fica conectado em redes sociais. Em média, passamos 3 horas e 25 minutos por dia nas redes, atrás apenas dos filipinos, com um pouco mais de 4 horas. Supondo um tempo médio de sono de oito horas diárias, isso significa que usamos 20% do nosso dia conectado em redes sociais.

Existem épocas que as postagens nas redes sociais se tornam mais frequentes e praticamente “obrigatórias”. Quais são elas? Os eventos pré-estabelecidos culturalmente e que se tornaram fontes de bem-estar e realização. Passam por eles, aniversários, férias, Natal, Ano-Novo e Carnaval. Destes momentos, o Carnaval é tido como um ápice de alegria e satisfação. Na visão antropológica é um ritual de reversão, no qual os papéis sociais são invertidos e as normas de comportamento são suspensas, fazendo com que possam ser realizados desejos reprimidos. No Brasil, essa é a maior festa popular e um dos maiores feriados do ano. São cinco dias, para os mais tradicionais, de momentos de pura diversão, sendo tudo registrado e postado em tempo real. E este é um cenário rico para que as comparações com os outros aparecem, impreterivelmente, quase que automática.

“A baixa autoestima, sintoma bem contemporâneo do sofrimento moderno, se intensifica na relação virtual, ampliando a sensação e a suposição imaginária de que o outro pode, é ou possui o que lhe falta”, afirma psicanalista e colunista voluntária do Instituto Bem do Estar, Mirmila Musse. De acordo com um estudo da Royal Society For Public Health, do qual participaram 1.500 voluntários de 14 a 24 anos, sendo que 90% deles utilizam mídias sociais, o Instagram é o líder do ranking de redes sociais mais aliadas à sensação de solidão e ansiedade. Além de ser descrito pelos jovens como mais viciante do que cigarros e álcool. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa faixa etária é a que mais sofre com problemas de saúde da mente, sendo a depressão uma das principais causas de adoecimento e deficiência entre eles. Enquanto o suicídio é a segunda maior causa de morte entre os indivíduos de 15 a 29 anos de idade.

As redes sociais mexem com o nosso instinto do reconhecimento social, aquela sensação boa que você tem quando recebe muitos likes em uma foto que acabou de postar. Os pesquisadores, do estudo citado acima, apontam que o Instagram é uma rede social muito focada na imagem, por isso, gera sentimentos de inadequação e ansiedade nos jovens. A interação na internet não gera uma recompensa social real – e isso pode levar a pioras em quadros de sofrimento psíquico.

O grande segredo para proteger sua saúde da mente dos malefícios das redes sociais reside em não permitir que sejam substitutas da vida real e da convivência com outros seres humanos. Além disso é necessário que alguns hábitos sejam adotados:

preste atenção em como você se sente nas interações virtuais;
pense em para que elas te servem e o que realmente quer consumir;
restrinja redes que não te tragam benefícios;
estabeleça o tempo que você gostaria de passar em cada rede;
limite onde e quando utilizá-las; e
pratique momentos ou até períodos de desconexão total, periodicamente.
Aproveite o Carnaval para estar presente, curtindo o momento com as pessoas ao seu redor ou até sozinho, descansando. Desconecte-se do mundo paralelo – e por vezes imaginário – das redes sociais e SINTA a alegria do Carnaval. A saúde da sua mente agradece!

Sobre Isabel Marçal | Cofundadora do Instituto Bem do Estar, Isabel Marçal é especialista em gestão de projetos sociais, com 15 anos de experiência no setor de Impacto Social. Apaixonada pela vida, seres humanos e suas relações. Sonha com uma sociedade mais saudável e justa, por isso, acredita que o primeiro passo esteja na consciência individual de cada ser humano.

Sobre o Instituto Bem do Estar | Fundado em 2018 por Isabel Marçal e Milena Fanucchi, o Instituto Bem do Estar é um negócio social sem fins lucrativos voltado à promoção da saúde da mente. Com o propósito de desafiar as pessoas a mudar o próprio comportamento em relação à saúde da mente, a organização colabora com a prevenção de doenças psicológicas e contribui para uma sociedade mais consciente e saudável. Para tal, possui três frentes de atuação, que visam a transformação social necessária a uma sociedade que está em falência emocional. No pilar CONSCIENTIZAR, informa a população sobre os cuidados para uma saúde da mente de qualidade, estimulando a busca pelo autoconhecimento e o despertar da empatia por meio de conteúdo digital, campanhas de conscientização e mostras e exposições culturais. Em CONECTAR, promove experiências do cuidado com a mente, proporcionando ferramentas que contribuem com o desenvolvimento socioemocional individual e coletivo por meio de atividades práticas, como vivências, workshops e palestras, além da divulgação de locais de atendimento terapêutico gratuitos ou por contribuição consciente. Em MOBILIZAR, entende o contexto sobre saúde da mente e o impacto na sociedade, gerando estatísticas e articular agentes públicos e privados, visando o acesso a políticas públicas via pesquisas e práticas de advocacy. www.bemdoestar.org

Show de Carnaval no Caruaru Shopping

O Caruaru Shopping realiza, nesta sexta-feira (21), o Show de Carnaval. O evento acontece a partir das 13h, com orquestra de frevo animando os espaços do centro de compras e convivência.

Passistas de frevo estarão recepcionando o público que for ao Caruaru Shopping, dando as boas-vindas à folia de Momo, com muita alegria e descontração.

O Caruaru Shopping está localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Ex-prefeito de Sanharó sofre mais uma condenação

No último dia quatro de fevereiro, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), julgando o Recurso Especial nº 1.737.258/PE, publicou decisão que tornou definitiva a condenação do ex-prefeito de Sanharó, por dispensa irregular de licitação. Com isso, passa valer a decisão da 37º Vara Federal de Caruaru, que condenou César Freitas por violação do art. 89, da Lei 8.666/93.

A condenação da Justiça Federal diz que nos anos de 2005 e 2006 o então prefeito César Freitas dispensou indevidamente, por diversas vezes, a realização do procedimento licitatório, cabível para prestação do serviço de transporte escolar no município, sendo condenado pelo art. 89, da Lei 8.666/93, a três anos e seis meses de detenção.

Não cabe mais nenhum recurso ao ex-prefeito, que deverá iniciar o cumprimento da pena, além de ficar inelegível por oito anos, pela Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 64/90).

Os cuidados que devem ser tomados pelo folião durante o carnaval

O período carnavalesco, para uma parte da população, torna-se uma verdadeira prova de resistência. Seguir as troças, os blocos, descer e subir as ladeiras ou ainda acompanhar trios elétricos são atividades físicas intensas realizadas em quatro ou mais dias de muita folia. Mas o cuidado com o corpo durante esses dias de festa de Momo é importante para não correr riscos de lesões, por exemplo.

O coordenador do curso de Educação Física da Faculdade UNINASSAU Caruaru e educador físico, Roberto Ângelo, dá o alerta. “Nesse período, são de extrema importância os cuidados com o corpo para suportar o pique. Para aproveitar e curtir ao máximo essa intensa maratona de festa, é preciso estar preparado e com o condicionamento físico em dia”, orienta.

Para o profissional, muitos foliões passam o ano todo sem se exercitar. Estes, especificamente, devem ter um cuidado redobrado, pois o corpo não está preparado para um ritmo de esforços físicos tão intensos e pode gerar problemas ao organismo. “Ademais, os riscos com lesões por efeito da sobrecarga intensa a músculos e articulações devido a atividades físicas intensas também podem atrapalhar o Carnaval”, explica.

Ângelo ressalta ainda os cuidados que as pessoas devem tomar durante os dias de folia. “Para se ter um melhor aproveitamento dos dias de festa neste Carnaval, o folião deve estar atendo a ações essenciais como hidratação, alongamentos, aquecimento, vestimentas leves e calçados apropriados para caminhadas. Elas podem auxiliar na prevenção de lesões”, destaca.

O coordenador ainda reforça que, após muito tempo em pé e/ou pulando, é importante que haja intervalos para descanso das articulações e dos músculos de todo o corpo, principalmente dos membros superiores e inferiores, propiciando reservas e recuperação dos sistemas para os dias subsequentes. “As dicas, de modo geral, são se hidratar bem e manter uma boa alimentação. Além disso, usar o bom senso e respeitar os limites do corpo, aproveitando seu Carnaval e curtindo com saúde”, conclui Ângelo.

Lava Jato denuncia Jucá e Raupp por corrupção e lavagem de dinheiro

Presidente do MDB, Romero Jucá, fala à imprensa no Palácio do Planalto
Ex-senador do MDB Romero Jucá (RR) – Valter Campanato/Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) do Paraná voltou a apresentar denúncia contra o ex-senadores do MDB Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO) no âmbito da Lava Jato, por desvios na Transpreto, subsidiária na Petrobras. Ambos são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.

Os dois já haviam sido denunciados em 2017 pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos mesmos crimes, mas tiveram o caso remetido à primeira instância pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o termino de seus mandatos como senadores. O caso hoje tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Também foram denunciados o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado; os executivos da NM Engenharia Luiz Maramaldo e Nelson Maramaldo; e o ex-executivo da Odebrecht Fernando Reis.

Segundo a denúncia, todos estariam envolvidos em um esquema de pagamento de propina mediante doações de campanha em troca de favorecimento ilegal em licitações com a Transpetro. Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 2008 e 2010 e também em 2012.

De início, também estavam envolvidos os ex-senadores José Sarney e Garibaldi Alves Filho, mas o STF considerou que eles não poderiam mais ser punidos ante a prescrição dos crimes. Parte da investigação, envolvendo o senador Renan Calheiros (MDB-AL), permanece em tramitação no Supremo.

Segundo a denúncia, os executivos da NM Engenharia e da Odebrecht Ambiental pagavam propina aos políticos para que mantivessem Sergio Machado no comando da Transpreto, em troca de contratos com a subsidiária da Petrobras.

Uma primeira propina de R$ 100 mil, por exemplo, teria sido paga em 2008 pela NM Engenharia em forma de doação eleitoral para diretório estadual do MDB em Roraima, à época presidido por Jucá, diz a denúncia. Outro R$ 1 milhão teria sido pago em 2012 por meio de doação ao diretório nacional do MDB.

A denúncia tem como origem a delação premiada de Sergio Machado e também dos executivos Luiz e Nelson Maramaldo e Fernando Reis.

Agência Brasil tenta contato com a defesa dos envolvidos. À época da apresentação da primeira denúncia pela PGR, o então senador Valdir Raupp disse “jamais tratou sobre doações de campanha eleitorais junto a diretores da Transpetro ou quaisquer outras pessoas até porque não foi candidato a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2012 e 2014”.

Na mesma ocasião, a defesa de Jucá disse não haver “nenhum motivo para fazer essa denúncia, o que existe é a palavra de um delator desmoralizado”, em referência aos depoimentos de Machado.

Governo divulga calendário de pagamento do Bolsa Família para 2020

O governo divulgou o calendário do Bolsa Família para todos os meses deste ano. Em janeiro, o pagamento inicia no dia 20 para as famílias cujo Número de Identificação Social (NIS) termina em 1. O número vem impresso no cartão do programa,

Quem tem cartão com final 2 pode sacar o benefício no segundo dia de pagamento, e assim por diante, até o dia 31. Em fevereiro, os primeiros pagamentos serão feitos no dia 12 e seguem até o 28 de fevereiro. O calendário completo pode ser conferido abaixo:

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Pagamento do Bolsa Família começa no dia 20 para NIS de final 1 (Arte/ Divulgação)

Criado em 2003 como programa de distribuição de renda, o Bolsa Família atende a famílias em situação de extrema pobreza, com renda mensal de até R$ 89,00 por pessoa, e de pobreza, com renda mensal entre R$ 89,01 e R$ 178,00.

No caso das famílias pobres, tem acesso ao benefício aquelas com gestantes e crianças e adolescentes entre 0 e 17 anos.

Em 2019, pela primeira vez, o Bolsa Família pagou a 13ª parcela do benefício. Neste ano, o chamado abono natalino, que consiste no pagamento em dobro da parcela de dezembro, ainda não foi confirmado.

Segundo a Caixa Econômica Federal, que administra os pagamentos, 13,1 milhões de famílias foram atendidas pelo Bolsa Família em dezembro. O desembolso no mês passado foi de R$ 2,5 bilhões com os pagamentos normais, além de outros R$ 2,5 bilhões com a 13ª parcela.

HRA foi a pauta da reunião do deputado Lessa com o secretário de Saúde

O deputado estadual Delegado Erick Lessa se reuniu com o secretário estadual de Saúde, André Longo, na tarde desta segunda-feira, 17. Na reunião, o parlamentar relatou as dificuldades no Hospital Regional do Agreste (HRA) e solicitou melhorias para o equipamento. De acordo com o deputado, os setores de ortopedia e neurologia necessitam de mais atenção, além do serviço de hemodiálise, realizado por uma empresa que tem contrato com o Governo e tem o número de vagas inferior à demanda de pacientes.

Após escutar o relatório de Lessa, o secretário André Longo garantiu que irá empregar esforços para melhorar a situação do hospital. Segundo o secretário, haverá mutirões de tratamentos ortopédicos, contratação de 14 profissionais de neurologia e investimentos no setor nefrológico.

O deputado tem se empenhado na busca por soluções para o HRA. Em janeiro, ele realizou uma visita institucional à unidade, conhecendo de perto os mais diversos setores e conversando com pacientes, funcionários e a direção do hospital. Erick Lessa também levou o assunto para a tribuna da Assembleia Legislativa no seu primeiro discurso do ano, ressaltando que os parlamentares com base em Caruaru e nos outros 87 municípios atendidos pelo HRA devem dar as mãos para melhorar o atendimento à população. Lessa ainda destinou R$ 100 mil em emendas parlamentares à LOA 2020 para o HRA.