Wagner Gil
Para promover condições de trabalho mais adequadas aos integrantes do Ministério Público de Pernambuco e melhorar o atendimento aos cidadãos, o MPPE inaugurou, na tarde da última quarta-feira (11), o Edifício Rossini Alves Couto, anexo da atual sede da Promotoria de Justiça de Caruaru. O nome faz homenagem ao promotor de Justiça já falecido.
Durante a inauguração, diversas autoridades políticas e do Poder Judiciário estiveram presentes, entre elas, o chefe do MP em Pernambuco, Francisco Dirceu de Barros; a promotora Gilka Miranda; os prefeitos de Caruaru, Raquel Lyra, e de Panelas, Joelma Duarte Campos; bem como o bispo diocesano, dom José Ruy Gonçalves.
Francisco Dirceu Barros assegurou que Caruaru precisava dessa nova estrutura da sede de Promotorias de Justiça. “As salas estavam apertadas, com promotores de Justiça e servidores tendo de desenvolver o trabalho de forma desconfortável. Agora, tem-se um espaço adequado. Trata-se do prédio mais moderno do MPPE.”
A coordenadora da 6ª Circunscrição do MPPE, cuja sede é Caruaru, a promotora de Justiça Gilka Miranda, frisou que a expansão possibilitada pelo edifício novo era uma necessidade urgente. “Toda a circunscrição vai se beneficiar. A história de nossa sede começa com uma sala no Fórum de Caruaru e de mudanças para espaços que foram sendo trocados por outros por se tornarem insuficientes. Agora, daremos suporte melhor ao trabalho que desenvolvemos”, confirmou.
Também presente no evento, a prefeita Raquel Lyra destacou a importância do novo edifício e, consequentemente, a melhoria na estrutura e no trabalho do MP na região. “Quero parabenizar a todos os envolvidos, e à doutora Gilka Miranda, que administra o prédio, por esse esforço que reuniu tanta gente”, disse a chefe do Poder Executivo municipal.
Raquel falou que, como deputada estadual, teve uma aproximação muito grande com Ministério Público. “A Lei de Transição de Mandatos é de minha autoria, mas foi construída a quatro mãos e com o apoio do MP e do Poder Judiciário. A lei só vingou porque a criação foi coletiva”, afirmou.
A prefeita citou ainda que é servidora pública por vocação, lembrando suas passagens pelo BNB e pela Polícia Federal, quando atuou como delegada. “Agora sou procuradora do Estado e hoje estou como mandatária do povo de Caruaru. Para manter a democracia, é preciso transparência e garantir a institucionalização da gestão. A frente da administração municipal, estamos buscando fazer isso e um exemplo é a profissionalização da procuradoria com a contratação de dez procuradores através de concurso.”
Ela destacou a grande quantidade de fiscalização que o município vem recebendo. “Acho isso bom e importante. Nunca a cidade foi tão fiscalizada, talvez porque estamos abrindo acesso e espaço de transparência em todas as secretarias. Os órgãos de controle estão aí. Não temos receio. Pelo contrário, estamos aqui para responder o que for de questionamento.”
Ela deu exemplos. “Temos parceria com a doutora Gilka Miranda e outros promotores. Por exemplo, temos uma parceria com a Promotoria da Saúde, que vem cobrando que o Governo do Estado possa fazer sua parte na manutenção de serviços essenciais como o Samu regional e compra de medicamentos. A promotoria está aí, atuando em parceria com o município. Nós não somos adversários, muito pelo contrário, nós precisamos ser parceiros. Não há guerra pessoal ou disputa de poder. Vamos construir juntos novos horizontes para uma população muito carente, empobrecida pela crise econômica que avassala nosso país. Aqui temos exemplo que é possível fazer diferente. Fazer mais com menos.”
O novo prédio conta com sete pavimentos, dos quais cinco serão ocupados imediatamente, e está integrado ao edifício já existente. Ele já recebe as promotorias de Justiça Cíveis, Criminais (Central de Inquéritos), da Infância e Juventude e Gaeco, entre outras.
HOMENAGEM
Rossine Alves Couto nasceu no Recife. Ingressou no MPPE em 1992, tendo atuado nas promotorias de Justiça de Panelas e Lagoa dos Gatos. Foi assassinado em 2005, em decorrência do trabalho realizado nas comarcas onde atuava. Em 2008, os culpados pelo crime foram condenados a mais de 20 anos de prisão.