Vasco vence Cruzeiro no encerramento da 36ª rodada

No jogo que encerrou a 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco derrotou o Cruzeiro em partida realizada no estádio de São Januário nesta segunda (2).

Com este resultado a equipe mineira permanece na zona do rebaixamento com 36 pontos, e a 2 do Ceará, a primeira equipe fora do Z4. Já o Vasco alcança 47 pontos.

Gol no primeiro tempo
O único gol da partida saiu aos 10 minutos de jogo, com o colombiano Guarín. Após rápido contra-ataque, o meia recebeu na entrada da área e acertou forte chute para vencer o goleiro Fábio.

Paulo Câmara anuncia novas escolas em tempo integral

O governador Paulo Câmara anuncia a ampliação no número de escolas em tempo integral no Estado para o ano letivo de 2020, nesta terça-feira (03). Serão mais 25 escolas da rede estadual, sendo 14 integrais do Ensino Médio – incluindo uma Escola Técnica Estadual – nove integrais com dois turnos (Ensinos Fundamental e Médio) e duas integrais com dois turnos (Ensino Médio).

Atualmente, Pernambuco conta com 412 escolas em tempo integral, a maior rede do país, sendo 368 escolas de referência e 44 escolas técnicas. Hoje, 57% das vagas ofertadas no Ensino Médio no Estado já são em escolas dessa modalidade, antecipando e superando a meta do Plano Nacional de Educação para 2024.

DRONES – Um pouco antes da solenidade das escolas, o governador Paulo Câmara receberá, no Palácio, a doação de 20 drones, feita pelo Banco Itaú à Defesa Civil do Estado. Os equipamentos serão utilizados para auxiliar o trabalho da Coordenadoria de Defesa Civil (CODECIPE), sendo destinados aos municípios litorâneos do Estado, além da Codecipe, Corpo de Bombeiros, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e CPRH. Os drones doados têm capacidade de voar até oito quilômetros de distância do operador, subir até seis quilômetros de altura e possuem uma autonomia de voo de 30 minutos.

Venda de veículos novos cresce 4,38% em novembro frente a 2018

Em novembro, a venda de veículos novos no Brasil, considerando-se apenas os automóveis e comerciais leves (picapes e furgões), cresceu 4,38% sobre novembro de 2018, mas com retração de 4,24% ante outubro, com o emplacamento de 230.923 unidades. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (2) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Considerando o emplacamento de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), houve crescimento de 7,81% em comparação ao mesmo mês do ano passado e queda de 6,05% em relação a outubro, com a venda de 345.386 unidades. Segundo a Fenabrave, a queda em relação a outubro se explica pelo menor número de dias úteis.

“Faltando apenas um mês, para o fechamento do ano, notamos a estabilidade do mercado. Isso é positivo, pois não houve grandes oscilações durante o ano, o que confirma as nossas expectativas para 2019, que deve crescer 10,76% sobre 2018”, disse Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.

Acumulado do ano
Entre janeiro e novembro deste ano, a venda de todos os segmentos registrou alta de 10,3%, com o total de 3.665.370 veículos novos emplacados. Considerando-se apenas os emplacamentos de automóveis e comerciais leves no acumulado do ano, houve alta de 7,21% sobre o mesmo período do ano anterior, com 2.406.984 unidades licenciadas.

Agência Brasil

AETPC promove treinamento para colaboradores do STPPC

No dia 7 de dezembro, a Associação das Empresas de Transporte de Passageiros de Caruaru (AETPC) e o Instituto Gustavo Vila Nova realizam o curso de “Qualidade no Atendimento“ aos operadores do Sistema de Transporte Público de Passageiros de Caruaru ( STPPC).

O curso é obrigatório e será ministrado pelo palestrante, escritor e master coach, Gustavo Vila Nova, do Instituto Gustavo Vila Nova. No encontro, serão abordados os seguintes temas: como lidar com as dificuldades do dia a dia, estratégias para inteligência emocional e como evitar o impacto dos conflitos e manter o equilíbrio.

O treinamento é um compromisso das empresas de ônibus, que integram a AETPC, com o Poder Público e tem como objetivo melhorar a qualidade no serviço e promover a reciclagem dos profissionais que trabalham no sistema.

Ao final do curso, serão entregues certificados de participação aos colaboradores.

Inauguração do hotel Curio Collection by Hilton no Uruguai

O hotel SORO Montevideo, Curio Collection by Hilton, inaugurado em Montevidéu em outubro, é o primeiro da marca no Uruguai e a terceira propriedade da rede Hilton no país. O moderno hotel boutique de 40 quartos marca nos principais destinos do Caribe e da América Latina o crescimento contínuo do portfólio de hotéis e resorts, com projetos e serviços de acordo com o perfil de cada turista.

Estiveram presentes na apresentação do empreendimento aos uruguaios, a Ministra do Turismo uruguaio, Liliam Kechichian, o Vice-ministro de Turismo, Benjamín Liberoff, o presidente da Câmara de Turismo do Uruguai, Juan Martínez, a Diretora de Turismo da Administração Departamental de Montevidéu, Elizabeth Villalba, dentre outros players e parceiros do setor.

“Estamos felizes em receber a primeira coleção de curiosidades Hilton no Uruguai e comemorar outro marco durante o ano do centenário da Hilton”, disse Jorge Giannattasio, vice-presidente sênior e diretor de operações do Caribe e América Latina da rede hoteleira. “Estamos comprometidos em ser o líder mundial em hospitalidade e SORO Montevideo, o Curio Collection by Hilton certamente dará as boas-vindas aos hóspedes em experiências memoráveis ​​que mostram a cultura de um dos principais destinos da América do Sul.”

Localizado no coração do bairro de Pocitos, na capital uruguaia, o SORO Montevideo possui um design contemporâneo que incorpora o charme histórico e o estilo urbano da cidade. O hotel de 14 andares oferece quartos bem equipados com luz natural e amenidades, como estações de café e chá, minibar, televisão de alta definição e mesa com cadeira.

O compromisso ambiental e o conforto singular do hotel o tornam um local popular para viajantes que visitam a cidade. O novo edifício incorporará tecnologias renováveis ​​e de baixo consumo de energia, incluindo um sistema coletor solar para aquecimento de água e iluminação natural em todos os espaços e salas públicos, em conformidade com o compromisso da Hilton com o objetivo de viajar com o meio ambiente.

“Com a economia de viagens e turismo da América Latina crescendo quase 3% ao ano passado *, concentramos nosso desenvolvimento regional em mercados como o Uruguai, onde podemos expandir ainda mais a presença de nossas marcas”, disse Jenna Hackett, diretora global da Curio Collection, por Hilton. “Por meio de nossa parceria com o World Trade Center de Montevidéu, estamos ansiosos para apresentar aos hóspedes do Curio Collection by Hilton e oferecer experiências únicas e autênticas que refletem o espírito independente de cada um dos nossos hotéis da coleção”.

O SORO Montevideo tem vistas da Praça Tomás Gomensoro, inspirada na praça europeia do final do século XIX, bem como acesso rápido à Rambla de Montevidéu, à praia de Pocitos, ao mercado local de Villa Biarritz e vários centros comerciais e restaurantes.

Atualmente, a rede Hilton possui um portfólio de quase 150 hotéis e resorts abertos para receber viajantes no Caribe e na América Latina. Em seu centésimo aniversário, a empresa continua buscando oportunidades de crescimento na região e atualmente possui um sólido portfólio de cerca de 90 hotéis em desenvolvimento em toda a região, incluindo aproximadamente 50 propriedades na América do Sul.

Sesc abre vagas para grupos de idosos e jovens em Caruaru

O Sesc Caruaru inicia nesta segunda-feira (02/12) as inscrições para os grupos de idosos e jovens da Unidade. Eles integram o Programa de Trabalho Social do Sesc Pernambuco que promove ações voltadas para a valorização e a inclusão do cidadão. Os interessados podem reservar uma vaga na Unidade, de segunda a sexta, das 8h às 12h, até o dia 10 de dezembro. As atividades começam no início de fevereiro do próximo ano.

Para fazer a matrícula para o Grupo da Amizade, formado por pessoas com mais de 60 anos de idade, são necessários a Carteira de Identidade, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência, foto 3×4 e comprovante de renda familiar, para o caso de o interessado se encaixar nos critérios de gratuidade para quem tem renda familiar de até 3 salários mínimos. A taxa de inscrição é de R$ 42 e as mensalidades são de R$ 34. Os trabalhadores do comércio e seus dependentes têm desconto e pagam R$ 21 no ato da matrícula e R$ 17 de mensalidade.

O grupo se reúne todas as quartas-feiras, sempre das 14h às 16h. Nele, os idosos participam de aulas de dança, canto coral, atividades de artesanato, palestras, orientações em saúde, festividades, tardes dançantes, passeios, empreendedorismo, entre outras ações. O primeiro encontro do ano que vem será no dia 5 de fevereiro.

Já para o Grupo Sesc Jovem, os interessados devem ter idade entre 14 e 29 anos. No ato da matrícula, precisam apresentar a Carteira de Identidade, o CPF, o cartão do SUS, um comprovante de residência e uma foto 3×4. Para os menores de idade, é necessária a presença do responsável para efetuar a matrícula. Neste caso, o responsável precisa estar com Carteira de Identidade, CPF e um comprovante de residência. Não há taxa de inscrição e as atividades são gratuitas.

Os encontros do grupo são nas terças-feiras, das 14h às 16h e os jovens participam de aulas de dança, música, teatro, pintura em tela e artesanato, de passeios e festividades. Além disso, assistem a palestras com orientações sobre saúde e mercado de trabalho. “A nossa missão é poder proporcionar aos jovens e idosos momentos dinâmicos e com muito conhecimento para que possam se tornar protagonistas na sociedade”, afirma Conceição de Paulo, assistente social do Sesc Caruaru.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 21 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo, e o Centro de Produção Cultural e Negócios do Sesc, em Garanhuns. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço – Inscrições para os Grupos de Idosos e Jovens do Sesc Caruaru

Período: de 2 a 10 de dezembro

Local: Sala de Serviço Social do Sesc – Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis

Informações: (81) 3721.3967

Inscrições Grupo da Amizade

Taxa: R$ 42 (público geral) e R$ 21 (trabalhadores do comércio e dependentes)

Documentos: Carteira de Identidade, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência, foto 3×4 e comprovante de renda familiar (caso o interessado se encaixe no Programa Sesc de Comprometimento e Gratuidade)

Mensalidades: R$ 34 (público geral) e R$ 17 (trabalhadores do comércio e dependentes)

Início das atividades: 5 de fevereiro de 2020

Inscrições grupo Sesc Jovem

Taxa e mensalidades: gratuitas

Documentos: Carteira de Identidade, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência e foto 3×4 (para menores de idade, o responsável precisa apresentar Carteira de Identidade, CPF e comprovante de residência)

Início das atividades: 4 de fevereiro de 2020

Prefeitura libera empréstimo do Finisa e obras continuarão em ritmo acelerado

Nota a Imprensa

A Prefeitura de Caruaru informa que obteve êxito em liberar a execução do contrato de financiamento para obras e serviços de saneamento – FINISA firmado perante a Caixa Econômica Federal, por meio de decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da 5a Região, sob a relatoria do Desembargador Federal Edilson Pereira Nobre Junior – 4ª Turma.

Desse modo, as obras estruturadoras que fazem parte do processo seguem seu cronograma normal, sem qualquer interrupção.

O Controlador Geral do Município de Caruaru comentou que “não se trata de uma vitória jurídica, mas de uma vitória para o povo de Caruaru”.

O Desembargador Relator teve a sensibilidade de reconhecer que havia grave lesão a ordem pública, a saúde e a economia da cidade de Caruaru, caso a execução do FINISA permanecesse suspensa”.

Desse modo, as obras que se encontram em execução seguirão seu cronograma normal.

Terceiro Encontro de Corais de Caruaru encanta público no Espaço Cultural Tancredo Neves

Iniciou neste domingo (01.12) a programação do ciclo natalino de Caruaru com o 3º Encontro de Corais no Espaço Cultural Tancredo Neves. Seis grupos se apresentaram na escadaria e encantaram o público com um repertório especial, marcando a abertura da programação do “Caruaru Terra Natal”, o calendário festivo do período que tem a direção musical do Maestro Mozart Vieira e segue até o dia 31 deste mês com a festa do Réveillon no Marco Zero da cidade. A Prefeitura de Caruaru está à frente das intervenções, através da Fundação de Cultura e Turismo (FCTC) e Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH).

O evento começou no final da tarde com a apresentação do Coral da AABB, seguida pelo Canthus Coral, da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O Coral Cantando a Vida, da SDSDH, se apresentou no início da noite, seguido pelo Coral Infantil do Centro Social São José do Monte, do Coral do Colégio Adventista de Caruaru, e encerrando, o Coral Madrigal. Cada apresentação foi pontuada com as coreografias dos bailarinos do Studio de Dança Marcos Mercury. O Maestro Mozart Vieira fez duas intervenções musicais entre as cantatas.

“É um ano que se encerra, e hoje a gente faz a abertura do ciclo de Natal que vem a cada ano se fortalecendo. A gente tem buscado enriquecer o nosso circuito cultural em Caruaru. Serão 30 dias de apresentações, eventos, que vai culminar no show do Réveillon, que é uma tradição na nossa cidade, com apresentações espalhadas por todos os lugares para celebrar junto com as famílias de Caruaru”, destacou a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra.

“Muito cultural, muito bom para Caruaru, belíssimo. Assistimos a beleza desses corais com as crianças e idosos. Foi emocionante, a prefeitura está de parabéns”, enfatizou Maria de Fátima Araújo de Melo, que se declarou encantada com o evento, assim como Maria Bernadete da Silva: “É maravilhoso, uma paz, uma harmonia que começa hoje em Caruaru. Que essa mensagem se estenda para o ano de 2020. Que sejam os 365 dias de Natal eterno no coração de todos”, enfatizou.

A programação segue até o dia 31 de dezembro com diversas ações culturais, que vão de espetáculos natalinos à apresentações musicais. Entre os destaques estão as “Caravanas da Cultura” que levarão o espetáculo “O Auto de Natal” para a Praça do Rosário (08.12), Casa Museu Mestre Vitalino (14.12), e para os residenciais Luiz Bezerra Torres e Alto do Moura, nos dias 27 e 28 de dezembro. A festa também vai subir o Monte Bom Jesus com os espetáculos “Brincantes do Boi Estrelado” (22.12) e “O Auto da Compadecida” (14.12), entre muitas outras intervenções que serão levadas para diversos locais do município.

Programação do Caruaru Terra Natal

. 01/12 (17h) – III Encontro De Corais De Caruaru. Local: Escadaria do Espaço Cultural Tancredo Neves

. 08/12 (17h) – Caravana Da Cultura – Espetáculo “O Auto De Natal”. Local: Praça Do Rosário

. 10/12 (19h) – Espetáculo do Ballet Municipal “A Noite Do Menino Deus”. Local: Centro De Convenções do Senac

. 13/12 (19h) – Show Musical de Arte Pra Lua. Local: Praça do Rosário

. 14/12 (18h) – Caravana da Cultura – Espetáculo “O Auto De Natal”. Local: Casa Museu Mestre Vitalino (Alto Do Moura)

. 15/12 (19h) – Musical De Natal. Local: Palácio Episcopal

. 16/12 (16h) – Revivendo “Quem-me-quer” Retreta Musical, Encontro de Pastoris e Feirinha de Economia Criativa. Local: No Marco Zero

. 22/12 (17h) – Caravana Da Cultura Espetáculo “Brincantes Do Boi Estrelado” – No Monte Bom Jesus.

. 24/12 (17) – Caravana Da Cultura O Auto Da Compadecida. Local: Monte Bom Jesus.

. 27/12 (18h) – Caravana Da Cultura Espetáculo “O Auto De Natal”. Local: Residencial Luiz Bezerra Torres.

. 28/12 (17h) – Caravana Da Cultura Espetáculo “O Alto De Natal”. Local: Residencial Alto do Moura.

. 31/12 (22h) – Réveillon. Local: Marco Zero

Foto: Arnaldo Felix

Polêmica. Cristovam faz inventário dos erros da esquerda e do centro que levaram Bolsonaro ao poder

Poucos parlamentares pagaram um preço tão alto por terem votado sim ao impeachment de Dilma Rousseff quanto Cristovam Buarque. Em 2016, ano do impeachment, ele estava no PPS (atual Cidadania), mas foi pelo PT de Dilma e Lula que se elegeu governador do Distrito Federal, em 1994, e senador pela primeira vez, em 2002. Um dos efeitos daquele voto foi ser carimbado como “golpista” pela esquerda petista e psolista. O que obviamente incluiu muitos professores e estudantes da Universidade de Brasília, instituição da qual foi reitor, é professor emérito e que até então havia sido uma das suas principais bases de apoio político. A rigor, o voto pelo impeachment guardava coerência com o tom crescentemente crítico das análises de Cristovam, mas o massacre a que foi submetido foi tal que ele recebeu formalmente solidariedade de outros senadores.

Outra consequência foi o fracasso na tentativa de se reeleger em 2018, pleito em que derrotá-lo nas urnas era uma das tarefas prioritárias de grande parte de uma militância petista que começou a afrontar Cristovam antes mesmo de ele anunciar o voto pró-impeachment. Tais questões, de caráter mais pessoal, não aparecem no livro Por que falhamos, que será lançado na quinta-feira (5) e ao qual o Congresso em Foco teve acesso em primeira mão. Ali, esse pernambucano de Recife, hoje com 75 anos, faz as vezes de analista e pensador. Propõe um polêmico inventário dos erros dos governos que se sucederam entre 1992 e 2018, isto é, de Itamar Franco a Michel Temer. Governos, vale lembrar, ligados a partidos (sobretudo, MDB, PT e PSDB) e personalidades de alguma maneira comprometidas com os ideais de democracia e justiça social da Constituição de 1988, aquela mesma que Jair Bolsonaro e vários dos seus seguidores não cansam de desdenhar.

Muito severo consigo mesmo e com os governos dos últimos 26 anos, Cristovam escreve que a pergunta a fazer não é por que o capitão venceu, mas sim por que todo o campo político dito democrático e progressista foi punido pelos eleitores. “Na verdade, ele não ganhou, nós perdemos, porque ficamos sem projetos que seduzissem os eleitores. Deixamos um país em crise e decadência, com a população descontente, milhões nas ruas contra nossa corrupção, incompetência e falta de inspiração para o futuro. Perdemos por nossos erros. Estamos errando de novo ao nos perguntarmos por que ele ganhou, quais foram seus acertos táticos, suas manipulações de slogans e fake news e não por que nós perdemos, quais foram nossos erros estratégicos”, escreve ele.

1 dez, 2019

Credenciais intelectuais não faltam a Cristovam, discorde-se ou não de suas reflexões. Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorou-se depois em Economia pela prestigiada Universidade de Sorbonne, em Paris. Além de governador, senador por dois mandatos e reitor da UnB, trabalhou durante seis anos no Banco Interamericano de Desenvolvimento e foi ministro da Educação de Lula, que o demitiu por telefone. Por que falhamos é o seu 27º livro. Lançado pela Tema Editorial, o livro será lançado inicialmente apenas em versão digital, e com uma novidade: a partir de quinta-feira (5) estará disponível gratuitamente no site da editora.

É livro denso, mas de meras 54 páginas, redigidas sempre na primeira pessoa do plural. O ex-senador se inclui entre os responsáveis pelos equívocos cometidos. Para Cristovam, a eleição de Bolsonaro sairá cara, dado o perfil do presidente eleito: “Não tinha programa nem partido e representava uma visão sectária e retrógada – posições que pareciam superadas desde a redemocratização –, além de não expressar qualquer experiência gerencial”. Mas o questionamento sobre os erros é a parte que lhe interessa e que explora. Numa referência indireta a Lula, um dos seus alvos é o “culto à personalidade”. Nas suas palavras: “A amarra aos líderes foi uma das principais causas de nossa derrota em 2018. Confundimos Estado com governo, governo com partido, partido com líder. Para proteger nossos líderes, subestimamos a corrupção diante da qual fomos omissos”.

Traremos um pouco de spoilers aqui listando os dez dos 24 erros apontados por Cristovam Buarque:

Legamos um país sem coesão e sem rumo

“Não nos unimos por um programa que fosse além da democracia e que servisse para orientar o Brasil em novo rumo civilizatório. No lugar de reunirmos forças para fazer um país progressista, preferimos nos dividir em partidos, siglas, sindicatos, corporações – cada um querendo parte do butim que a nova democracia ofereceu aos que apresentavam mais força eleitoral ou capacidade de pressão. (…) Passamos 26 anos fazendo oposição entre nós, uns aos outros. Somente depois de retirados do poder, ministros de diversas pastas nos governos Itamar, FHC, Lula, Dilma e Temer se reuniram para manifestar posições contrárias ao adversário que nos derrotou”.

Mantivemos o descompasso do Brasil com o progresso mundial

“Jogamos fora a chance de cortar as correntes que nos amarram ao passado como uma sina histórica. Fomos ‘democratizadores’, mantendo um país injusto, ineficiente e insustentável. Não estivemos à altura como promotores de uma nação progressista, eficiente, justa e sustentável. Desperdiçamos mais uma vez a chance de o Brasil ficar em sintonia com o futuro. (…) Nós tomamos o poder e durante 26 anos não entendemos a revolução em marcha no planeta”.

Passamos ao largo da utopia educacionista

“Continuamos a falar no velho e relegado direito à educação, sem ver e sem defender que a educação com qualidade é mais do que um direito individual, é o vetor do progresso da eficiência econômica e da justiça social. (…) Passamos ao largo da percepção de que a globalização da economia e das informações simultâneas, os limites ecológicos ao crescimento, a robótica e automação, além do esgotamento do desenvolvimentismo econômico e do socialismo real, levaram ao fracasso das utopias que nos orientavam. Não percebemos que já não é mais possível manipular a economia pela política, sem levar em conta a realidade da globalização e da ecologia, nem é possível impor uma igualdade plena de renda e salário. Uma nova utopia, que não fomos capazes de visualizar, precisa despolitizar a economia para que ela seja eficiente, subordinar a produção e o consumo às restrições ecológicas, tolerar a desigualdade dentro de parâmetros e oferecer a mesma chance para que todos possam ascender socialmente, conforme o próprio talento”.

Ficamos prisioneiros do populismo e do corporativismo

“Por falta de visão de uma utopia, caímos no corporativismo e no oportunismo, passando a organizar nossas bandeiras em busca de resultados eleitorais imediatos, mesmo que isso exigisse o aparelhamento e a tolerância com a corrupção na gestão da máquina do Estado e a irresponsabilidade nas contas públicas. Concentramos nossa função política em atender as reivindicações de sindicatos de categorias profissionais, os interesses e as propostas de segmentos identitários e de organizações não governamentais”.

Desprezamos o ‘espírito do tempo’

“Não vimos que a globalização, as comunicações instantâneas, globais e manipuláveis, e as novas tecnologias fizeram da terra um planeta dividido em um Primeiro Mundo Internacional dos Ricos, com basicamente as mesmas características de renda e consumo, atendimento médico e escolaridade. Até mesmo com as mesmas ideias e gostos estéticos, seja qual for o país geográfico do habitante. No outro lado, temos um Arquipélago Mundial de Pobres com padrões culturais sociais e econômicos diferenciados, solidários apenas pela escassez de bens e serviços essenciais que caracteriza suas vidas, também independente do país geográfico onde vivam. Cada país é cortado socialmente por uma cortina de exclusão, a Cortina de Ouro”.

Permitimos o domínio da corrupção

“Nosso erro mais visível para a opinião pública foi cair na corrupção, tanto no comportamento quanto nas prioridades. Abandonamos fins revolucionários e adotamos meios corruptos, trocando prioridades básicas, como escolas por estádios, para atender ao gosto imediatista e eleitoral da sociedade e também para receber propinas nessas construções”.

Estádio Mané Garrincha, em Brasília, custou, ao todo, R$ 1,403 bilhão aos cofres públicos

Repudiamos reformas

“Contentamo-nos com o salto democrático representado pela Constituição, que alguns de nós nem assinamos, mas não fizemos as reformas que dariam o salto progressista que a sociedade espera e carece. Não enfrentamos a necessária reforma do Estado. Ficamos sem fazer a reforma política, sem a qual o Estado brasileiro mantém seus desperdícios, seus privilégios, suas brechas corruptivas. Mantém também seu distanciamento em relação ao povo, seu sistema eleitoral manipulável e mercantil, sua promiscuidade entre poderes – juízes, políticos, empresários, líderes sindicais –, sua justiça ineficiente e protetora dos ricos. Estado gigante, corrupto, ineficiente.

(…) Mesmo as tímidas, mas positivas, reformas do ensino médio durante o governo Temer foram criticadas e enfrentadas por movimentos conservadores de parte de nossos militantes, sem qualquer justificativa progressista. Por acomodamento e submissão às corporações universitárias, oferecemos recursos financeiros, mas não nos propusemos a reformar as estruturas acadêmicas, sem o que a universidade brasileira não participará da construção da sociedade do conhecimento no século 21. A consequência é que até os grandes feitos educacionais, como o aumento no número de vagas no ensino superior e em cursos profissionalizantes, foram anulados por falta de avanços no número e na qualidade dos que terminam o ensino fundamental e o ensino médio.

(…) Apesar da positiva reforma da responsabilidade fiscal no segundo mandato de FHC, não enfrentamos a necessidade de fazer as reformas que garantiriam o equilíbrio das contas públicas, devastadas pelo descontrolado aumento do custo da máquina do Estado determinado pela Constituição”.

“Confundimos estatal com público e até hoje temos que explicar por que muitos de nós fomos contra a privatização nas telecomunicações, que permitiu a disseminação do direito a um telefone, antes um privilégio de pouquíssimos brasileiros ricos. (…) Ignoramos o fato de que a estatização não criou a oferta de serviços com qualidade que a sociedade precisava, especialmente para os pobres, nem implantou a infraestrutura econômica nas dimensões e eficiências desejadas. Assistimos passivamente ao Estado ser apropriado por empreiteiras, políticos, sindicatos e servidores que o usam para usufruírem poder e vantagens patrimonialistas. Há quase 100 anos o Brasil mantém custosas empresas estatais de saneamento, e mais da metade de nossa população continua a viver no meio de lixo, urina e fezes. Mesmo assim, resistimos à alternativa de usar empresas privadas para executarem e administrar projetos sanitários em nossas cidades, ainda que sob regulação pública”.

Ignoramos que justiça social depende de economia sólida “Os nossos governos Itamar, FHC e Lula fizeram esforços para assegurar uma economia eficiente, mas sofreram pressões desestabilizadoras de parte de nossos partidos e sindicatos, que mantinham a antiga visão de que os gastos públicos seriam o caminho para atender aos interesses dos trabalhadores do setor moderno e oferecer assistência aos pobres, mesmo que isso fosse feito às custas do endividamento público e privado. Aceitamos a ilusão de que o Tesouro Nacional seria como um chapéu de mágico, com disponibilidade ilimitada de recursos financeiros. (…) Por não entendermos a realidade, não fazermos as contas, não acreditarmos na aritmética ou simplesmente por oportunismo eleitoral, muitos de nós continuamos a cometer esses erros, agora na oposição.”

Obras paradas espalhadas pelo país inteiro impactam diretamente na vida da população

Adotamos o culto à personalidade

“A amarra aos líderes foi uma das principais causas de nossa derrota em 2018. A recusa da realidade e o culto à personalidade terminaram por aprisionar nossa linguagem, nossas análises, táticas e estratégias, sem metas e propostas para o longo prazo. Confundimos Estado com governo, governo com partido, partido com líder. Para proteger nossos líderes, subestimamos a corrupção diante da qual fomos omissos, sem acusar, julgar, punir nem ao menos criticar os responsáveis pela cobrança de propinas, depredação de estatais e de fundos de pensões. Não combatemos as prioridades equivocadas. Continuamos a defender que prisões de empresários aliados eram o resultado de manipulação política contra nós, os democratas-progressistas, ignorando que a Justiça julgou e prendeu dezenas de políticos e homens de negócio das mais diversas vertentes políticas.”

Fonte: Congresso em Foco