Bolsonaro mandou Guedes demitir Cintra, diz Mourão

O presidente interino, Hamilton Mourão, afirmou na quarta-feira (11) que a demissão do secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, foi uma decisão do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o general da reserva, foi Bolsonaro quem transmitiu a ordem ao ministro da Economia, Paulo Guedes, após ter se incomodado com o fato da discussão sobre a criação de um imposto nos moldes da CPMF ter se tornado pública antes de uma decisão presidencial.

“Foi decisão do presidente [demissão de Cintra]. [Foi] A questão do imposto de transição financeira que o presidente Bolsonaro não tem nenhuma decisão a esse respeito e ele acha que a discussão se tornou pública demais antes de passar por ele”, disse.

Nesta quarta-feira (11), Bolsonaro e Guedes se falaram pelo telefone para definir a exoneração. Antes da ligação, o ministro almoçou com Mourão. No encontro, ele demonstrou angústia com a situação de Cintra.

“Ele [Mourão] compartilhou essa angústia com essa situação e disse: ‘Vamos aguardar a decisão do presidente’. Aí veio a decisão do presidente”, contou Mourão.

“O ministro Guedes cumpre as orientações do presidente”, acrescentou.

Mourão ressaltou que Bolsonaro não gostou da repercussão que uma eventual criação do tributo teve nas redes sociais e afirmou que o presidente “não é fã desse imposto”. Em mensagem, Bolsonaro disse que o aumento da carga de impostos não fará parte de sua reforma tributária.

Cintra foi demitido nesta quarta-feira (11) por Guedes após a equipe da Receita Federal ter anunciado a possibilidade de criação do tributo, o que era considerado uma possibilidade por Bolsonaro.

O tema foi criticado no Congresso Nacional e atacado por eleitores do presidente que, lembraram nas redes sociais, que ele havia garantido na campanha eleitoral que não haveria aumento da carga tributária em sua gestão.

Após a pressão, Bolsonaro se queixou sobre o assunto com ministros da área política e avaliou que um afastamento de Cintra, o que já era cogitado pelo presidente desde o mês passado, seria uma forma de encerrar o assunto.

Nos últimos 12 meses, Bolsonaro negou diversas vezes os planos de criar um tributo sobre movimentações financeiras nos moldes da antiga CPMF. O imposto é defendido por Guedes e Cintra desde as eleições do ano passado.

Folhapress

Sebrae e Frente Parlamentar da MPE definem 15 projetos

O Sebrae e a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa definiram 15 projetos de lei (PL) que devem ser priorizados na agenda do Congresso Nacional para beneficiar os pequenos negócios ainda este ano. A maior parte das propostas já está tramitando na Câmara e no Senado, sendo que uma delas já está pronta para ser votada em plenário pelos deputados. A decisão de selecionar alguns PL mais relevantes foi tomada nesta quarta-feira (11), durante almoço entre integrantes da Frente e do Sebrae, que reuniu 42 parlamentares. Eles manifestaram a necessidade de defender as micro e pequenas empresas de medidas que venham a prejudicar o segmento durante as reformas que estão sendo discutidas pelo governo com o Legislativo.

Durante o encontro, os parlamentares sugeriram a realização de um mutirão para a votação de todas as propostas relacionadas aos pequenos negócios, já que a maior parte delas já tramitam nas comissões do Congresso, sendo que o PLP 379/2014 já se encontra no plenário da Câmara. O projeto autoriza a inclusão de empresas constituídas sob a forma de sociedade por ações no Simples Nacional, viabilizando a abertura do capital e a captação de recursos nas Bolsas de Valores pelas micro e pequenas empresas (MPE). “Tudo que defendemos em favor das micro e pequenas empresas tem sido feito junto com a Frente Parlamentar, desde o Simples Nacional e o MEI (Microempreendedor Individual)”, ressaltou o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “Ao longo de anos, a Frente ajudou a aprovar, por unanimidade, todos os projetos de interesse dos pequenos negócios”, ressaltou o presidente do Sebrae.

Segundo o senador Jorginho Mello, presidente da Frente Parlamentar, é necessário que os parlamentares fiquem atentos às propostas envolvendo os pequenos negócios. “Temos sempre que atualizar a Lei das Micro e Pequenas Empresas, pois diante dos 12 milhões de desempregados, quem vai resolver são as MPE”, assegurou o senador, ressaltando que todas as forças se somam no Congresso diante de projetos ligados ao segmento. “É uma pauta importante, por isso ela é defendida por todos os partidos”, observou Mello durante o almoço, que reuniu deputados e senadores de diversas siglas e estados.

Durante o evento, o subsecretário de Produtividade, Emprego e Produtividade do Ministério da Economia, Gustavo Ene, pediu aos deputados e senadores que incentivem os prefeitos de seus estados a adquirirem produtos dos pequenos negócios. “Tivemos uma conquista, mas ainda temos alguns desafios, como o de fazer com que os municípios comprem das micro e pequenas empresas, pois essa prática é muito importante”, destacou Ene. A senadora Kátia Abreu (TO), uma das que propuseram a realização do mutirão pelos pequenos negócios, defendeu o Sistema S, ressaltando que são instituições que trabalham em favor da população. “Nunca ninguém vai ouvir ou ver críticas ao Sebrae e todo o Sistema S”, afirmou a parlamentar.

Pauta Legislativa – Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa

1. Nota Fiscal Eletrônica para motoristas de aplicativos Aguardando parecer do relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). (PLP 521/18 e PLS 493/2017)

2. Nota Fiscal Eletrônica de Serviços O projeto está na Secretaria da Mesa Diretora, aguardando criação de ‘Comissão Temporária’ para discutir o tema desde agosto de 2018. (PLP 461/17)

3. Substituição Tributária do ICMS aplicado às MPE PLP promove melhorias na Lei das Micro e Pequenas Empresas de forma a reduzir eventuais desvios interpretativos e garantir segurança jurídica e administrativa na aplicação da lei. O projeto está na Comissão de Finanças e Tributação, aguardando parecer do relator. (PLP 471/18)

4. Dispensa de certidão negativa para empresas em recuperação judicial Proposta aumenta, dos atuais 36 para 48 meses, o prazo máximo de parcelamento do plano especial de recuperação judicial e determina que os fornecedores que fizerem negócios com pequenas empresas durante a recuperação judicial tenham prioridade no recebimento dos créditos. Aguarda parecer do relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. (PLP 477/18)

5. Recuperação Judicial Recuperação extrajudicial e falência do empresário e da sociedade. (PL 10220/18 e PL 6229/2005)

6. Mudanças na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa PLP reforça o papel do Simples Nacional como regime tributário especial. O projeto aguarda o parecer do relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) da Câmara dos Deputados. (PLP 558/2018)

7. Mudança na Lei das Sociedades Anônimas Proposta cria e disciplina a Sociedade Anônima Simplificada (SAS). O PL está aguardando deliberação na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), da Câmara dos Deputados. (PL 4303/2012)

8. Inclusão de empresas na modalidade “Sociedade” no Simples Nacional Projeto viabiliza a abertura do capital e a captação de recursos nas Bolsas de Valores por parte das Micro e Pequenas Empresas. O PLP está pronto para a pauta no Plenário da Câmara dos Deputados. (PLP 379/2014 e PLP 399/08)

9. Débitos e exclusão do Simples Projeto amplia de 30 para 90 dias o prazo para micro ou pequenas empresas, quitarem débitos previdenciários ou tributários sem risco de expulsão do regime especial (Simples Nacional). O projeto está na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados à espera de designação de relator. (PLP 46/2019)

10. FGTS para abertura de micro ou pequena empresa Projeto altera Lei do FGTS (8.036/ 1990) de modo a permitir o acesso do trabalhador ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para financiar a abertura de micro ou pequenas empresas. O projeto aguarda deliberação na Comissão de Assuntos Sociais. (PL 685/2019)

11. Isenção de Imposto para capital de investidor-anjo Projeto altera a Lei da Micro e Pequena Empresa (Lei 123/2006) prevendo a isenção de imposto sobre a renda e contribuições sobre os rendimentos decorrentes da remuneração prevista em contrato de participação e do direito de resgate do aporte de capital efetuado por investidor-anjo. O projeto de lei se encontra na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal. (PLS 494/2017)

12. Legislação Trabalhista favorável às MPE Proposta altera vários dispositivos da legislação trabalhista e previdenciária a fim de conferir tratamento mais favorável às microempresas e empresas de pequeno porte. Aguardando parecer na Comissão de Assuntos Sociais. (PL 2234/19)

13. Inclusão do Sebrae no Comitê Gestor do Simples Nacional Projeto altera a composição do Comitê Gestor do Simples Nacional, responsável pelos aspectos tributários das microempresas e empresas de pequeno porte, para incluir um representante do Sebrae e um representante das Confederações Nacionais de micro e pequenas empresas. Aguardando parecer do relator na Comissão de Assuntos Econômicos. (PLC 147/19)

14. Reforma Previdenciária Retira parte da Contribuição Previdenciária Patronal do regime do Simples e impõe seu pagamento fora do sistema simplificado. O impacto desta medida será de R$ 35 bilhões em 10 anos. Assim, é necessária a exclusão desse dispositivo da PEC paralela da Reforma Previdenciária. (PEC 133/2019 Senado Federal / PEC Paralela)

15. Acompanhamento da Reforma Tributária Ante as diversas propostas de reformas tributárias em tramitação no Congresso, é importante a observação do princípio constitucional de obrigatoriedade de tratamento tributário diferenciado aos pequenos negócios. Logo, a manutenção do Regime do Simples Nacional deve ser ponto focal das propostas de reformas.

Humberto detona falas autoritárias da família Bolsonaro

Um dia depois de mais uma manifestação contra o Estado Democrático de Direito proferida por um membro da família Bolsonaro, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disparou críticas contra o que ele considera uma estratégia de desgaste das instituições do país com a finalidade de inflamar o povo para que a ditadura volte a ser implementada sob o comando do capitão reformado.

De acordo com o senador, o filho 02 de Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, autor da frase de que não há saída para o Brasil pelas vias democráticas, é seu álter ego. “Todos nós sabemos que ele fala em nome do pai e que prega um golpe militar, a devolução do Brasil às sombras, ataca a Constituição e ameaça a liberdade do povo”, declarou.

Para Humberto, o governo Bolsonaro tem absoluta falta de apreço pela democracia, assim como a Lava Jato. Ele avalia que há um casamento ideal da operação com o presidente, inclusive com a utilização dos mesmos métodos, e que eles se merecem.

“Alguns integrantes da Lava Jato, que podemos dizer que formam uma organização criminosa, são os responsáveis pela ascensão de Bolsonaro, por quem trabalharam e a quem servem hoje. Não há o que estranhar quando Bolsonaro rasga a tradição e procura interferir em órgãos como o Ministério Público, a Receita Federal e a Polícia Federal”, afirmou.

Para Humberto, o sonho de Bolsonaro e sua turma pela volta da ditadura não vai se realizar, pois a população não aceitará essa manobra e aquele período tenebroso de novo.
“É preciso que os democratas deste país se unam. A democracia brasileira só se restaurará com a realização de novas eleições e com a correção dos graves crimes cometidos pela Lava Jato sob o manto do Estado. Esperamos que a consciência crítica e democrática do povo se manifeste”, disse.

O líder do PT também falou sobre a última e “mais importante” denúncia publicada pelo site Intercept na esteira do escândalo da Vaza Jato, que mostra que os integrantes da operação utilizaram uma única gravação, ocultando provas importantes, para impedir que Lula assumisse a Casa Civil quando foi convidado por Dilma no fim do governo dela. Segundo o senador, foi uma manobra criminosa para manipular a opinião pública e o Supremo Tribunal Federal.

“Deixaram a questão jurídica de lado para agir politicamente, como assumiu o próprio chefe da operação na época. O objetivo dos procuradores com a divulgação dos grampos ilegais era propagar a tese de que Lula tinha aceitado o convite de Dilma ao ministério para fugir da Lava Jato. Só que trechos da escuta demonstravam justamente o contrário: Lula jamais tratou do tema”, ressaltou.

Morar Bem Caruaru: mais de 20 casas foram entregues pela Prefeitura

Mais 23 casas do programa Morar Bem Caruaru foram entregues nesta quarta-feira (11). Ao todo, a Prefeitura de Caruaru já entregou 131 imóveis. As residências são construídas para moradores da zona rural do município através do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) e têm mudado a realidade das famílias do campo.

É o caso do agricultor Manoel Antônio Vidal, que é viúvo e morava com o filho de 18 anos em uma casa de taipa. Aos 51 anos, Manoel passou a vida inteira sem tomar banho de chuveiro, tentando fugir das goteiras do telhado e indo dormir com a insegurança de ser picado por inseto ou mordido por algum animal. “Quando chovia molhava tudinho, banheiro não tinha. A dificuldade era grande. Agora é uma felicidade para mim”, disse.

Morar Bem Caruaru significa mais do que ter uma casa com conforto: significa também fortalecer os laços familiares. Pessoas que moravam nas casas dos sogros ou dos pais e que agora têm o seu próprio espaço. É o caso do agricultor Henrique, que se sente mais otimista para realizar outro sonho. “Agora vou construir uma família. Vai melhorar tudo na vida”.

Ao fim serão 416 casas construídas. “Nossa equipe tem trabalhado muito para que esses sonhos se tornem realidade. Estamos transformando essas comunidades rurais de Caruaru”, destacou a prefeita Raquel Lyra durante as entregas. Desta vez, moradores de Lajedo do Cedro; Cacimba Cercada; Cacimbinha; Cachoeira Seca; Dois Riachos; Poços; Craibeiras e Pé-de-Serra de Melancia foram contemplados.

Os imóveis têm dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. O PNHR foi criado pelo Governo Federal no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, através da Lei 11.977/2009, com a finalidade de possibilitar ao agricultor familiar, trabalhador rural e comunidades tradicionais o acesso à moradia digna no campo, seja construindo uma nova casa, reformando, ampliando ou concluindo uma já existente.

Luciana Santos transmite cargo de governador em exercício para Eriberto Medeiros

A governadora em exercício Luciana Santos transmitiu, na quarta-feira (11/09), o comando do Executivo estadual para o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Eriberto Medeiros. O deputado assume o governo complementando o período em que o governador Paulo Câmara estará em Singapura, na Ásia, participando do seminário Gestão Pública, Educação e Gestão de Pessoas de Singapura, entre os dias 10 e 14 de setembro. A vice-governadora, por sua vez, se ausentará do Estado em razão de uma viagem de ordem pessoal ao exterior.

“Fico muito tranquila, assim como o governador Paulo Câmara, em passar o cargo para o comando do presidente da Assembleia Legislativa. Isso demonstra a harmonia existente no Estado entre os poderes. Fui a primeira mulher a assumir o Governo de Pernambuco, e agora Simone Santana é a primeira mulher a assumir a Assembleia. As duas situações são muito simbólicas e só reforçam que a mulher pode chegar onde ela quiser”, destacou Luciana Santos.

“Espero que com a experiência do poder legislativo, em harmonia com o Governo do Pernambuco, eu possa dar continuidade, nesses próximos dias, ao que vem sendo feito no Estado pelo governador Paulo Câmara”, pontuou o governador em exercício, Eriberto Medeiros.

Sistema de Esgotamento sanitário de Itapetim começa a funcionar em setembro

Ampliar os índices de cobertura de esgoto em Pernambuco tem sido um grande desafio para o Governo Paulo Câmara. Várias obras estão em execução, por todo o Estado, a exemplo da cidade de Itapetim, no Sertão do Pajeú, cuja primeira etapa do sistema de esgotamento sanitário começará a ser testada, dentro de 15 dias, pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Estão sendo realizados agora os últimos ajustes no sistema implantado, que recebeu o investimento de R$ 12 milhões, recursos do governo do estado provenientes de empréstimo com a Caixa/FGTS e Compesa, e beneficiará 10 mil pessoas nos bairros de São José, Santo Antônio e Centro, população que corresponde a 60% da cidade.

A primeira etapa do sistema é composta por cerca de 15 Km de rede coletora de esgoto, duas estações elevatórias de esgoto (sistema de bombeamento) e uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). A ETE terá capacidade para tratar 18 litros de esgoto, por segundo. “Essa obra vai melhorar a qualidade de vida da população e evitar a proliferação de doenças, além de ser uma importante ação que contribui para a revitalização do Rio Pajeú”, afirma a presidente da Compesa, Manuela Marinho.

Está prevista, ainda neste ano, o início da segunda etapa da obra de esgotamento sanitário para contemplar os 40% restantes da cidade de Itapetim com serviços de coleta e tratamento de esgoto. Nessa próxima fase, estima-se que serão aplicados mais de R$ 3 milhões para beneficiar mais 4,5 mil pessoas. Ao final da segunda etapa, todo o sistema de esgotamento sanitário de Itapetim contará com mais 30 Km de rede rede coletora, uma ETE e três estações elevatórias de esgoto (sistema de bombeamento).

Quase 10 milhões de brasileiros devem usar FGTS para pagar dívidas

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que a liberação dos saques das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que começam nesta sexta-feira, dia 13, deve contribuir para que muitos inadimplentes regularizem o pagamento de suas contas em atraso. Entre os beneficiários que pretendem resgatar o dinheiro, 38% têm a intenção de quitar todas ou pelo menos parte de dívidas que estão pendentes — isso significa que aproximadamente 9,7 milhões de brasileiros devem utilizar esse dinheiro extra para ‘limpar o nome’ e, assim, voltarem ao mercado de crédito.

Já um terço (33%) dos consumidores deve guardar ou investir os recursos, ao passo que 24% vão direcionar o dinheiro para cobrir despesas básicas do dia a dia e 17% realizar compras em supermercados. Há ainda 13% que pretendem realizar compras de produtos e serviços e 10% antecipar pagamento de compras que não estão em atraso como, prestações de casa, carro, crediário, cartão de crédito etc.

Entre as principais dívidas que serão pagas com o FGTS, o cartão de crédito figura como o mais citado, com 42%. Depois aparecem as contas atrasadas de telefone (20%), contas de luz (18%), água (16%), empréstimos bancários (16%) e empréstimos com parentes ou amigos (16%).

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a liberação dos saques das contas ativas e inativas do FGTS é uma medida importante para aquecer a economia, pois estimulará tanto a recuperação de crédito quanto o consumo de bens. “Esse dinheiro poderá ser utilizado nas obrigações mais urgentes do consumidor, como limpar o nome ou para necessidades do dia a dia. Livre das dívidas, o consumidor poderá retornar ao mercado de crédito, reaquecendo as vendas no varejo. Para quem não está no vermelho, a principal dica é começar uma reserva para imprevistos. Outra que pode ser válida, é aproveitar o dinheiro extra para antecipar o pagamento de contas não atrasadas, caso haja algum desconto”, analisa Pellizzaro Junior.

O FGTS é uma poupança compulsória à qual tem direito todos os trabalhadores contratados pelo regime CLT, assim como trabalhadores rurais. Mensalmente, o empregador deposita diretamente em nome do trabalhador o equivalente a 8% do seu salário.

Em 2017, quando o Governo Federal liberou os saques apenas das contas inativas, 57% dos beneficiários fizeram o resgate, sendo que 18% usaram o dinheiro para contas do dia a dia, 16% no pagamento de dívidas em atraso e 12% para realizar compras. Já 11%, guardam ou pouparam o dinheiro extra.

Governo de Trump avalia proibir produtos para vaporizadores com sabor

Foto: Arquivo / AFP
Foto: Arquivo / AFP
O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (11) que seu governo está considerando proibir produtores para vaporizadores com sabor depois do aumento de problemas pulmonares graves que resultaram em pelo menos seis mortes nos Estados Unidos. “Está causando muitos problemas”, disse o presidente a jornalistas na Casa Branca, onde esteve acompanhado do secretário de saúde, Alex Azar, e o chefe interino da agência de medicamentos e alimentos, a FDA, Norman Sharpless.
Trump acrescentou que a primeira-dama, Melania Trump, participou nas discussões porque “tem um filho… está muito decidida em relação a isso”. Azar disse que ainda faltam várias semanas para que se publique a nova instrução sobre a venda de recargas saborizadas para cigarros eletrônicos.
A FDA se encarregou em 2016 de regular a comercialização dos sistemas eletrônicos de fornecimento de nicotina, incluindo os cigarros eletrônicos ou vaporizadores, e têm a autoridade de exigir que se retirem dispositivos ou produtos associados.
Além das seis mortes, mais de 450 pessoas que informaram ter consumido nicotina, produtos de maconha ou ambos nesses dispositivos, adoeceram nos últimos meses, com sintomas que incluem dificuldade para respirar e dor no peito. Alguns tiveram que ser hospitalizados e receber assistência respiratória.
Vários adolescentes foram induzidos ao coma, incluindo um cujos médicos disseram que, caso se recupere, poderá precisar de um trasplante de pulmão.  Os vaporizadores são comercializados nos Estados Unidos desde 2006 e frequentemente são usados como ajuda para parar de fumar cigarros tradicionais, mas também são muito populares entre os adolescentes, em quem os fabricantes miram com sabores de frutas e doces.
Cerca de 3,6 milhões de estudantes do ensino médio usaram vaporizadores em 2018, um aumento de 1,5 milhão em relação ao ano anterior. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) americanos têm pedido às pessoas que deixem de vaporizar enquanto não se conheçam os resultados das investigações em curso.
As autoridades federais ainda não identificaram uma só substância comum a todos os casos, mas o Departamento de Saúde de Nova York está concentrando sua investigação nas recargas de maconha vendidas clandestinamente que contêm óleo de vitamina E, prejudicial ao se inalada.
A FDA advertiu nesta segunda-feira a fabricante de cigarros eletrônicos JUUL, líder do mercado, que deixe de se anunciar como uma alternativa menos prejudicial ao tabagismo, e o acusou de ter infringido a lei em sua comercialização.

Trump promete intensificar combate aos talibãs nos 18 anos do 11/9

Também foram pronunciadas durante uma cerimônia em que os parentes das quase 3.000 vítimas dos ataques em Nova York, Washington e Pensilvânia recordaram seus entes queridos - Créditos: AFP.
Também foram pronunciadas durante uma cerimônia em que os parentes das quase 3.000 vítimas dos ataques em Nova York, Washington e Pensilvânia recordaram seus entes queridos – Créditos: AFP.

Diário de Pernambuco

O presidente Donald Trump prometeu novamente nesta quarta-feira (11) intensificar a luta contra o Talibã, quando completam 18 anos dos ataques de 11 de Setembro que levaram os Estados Unidos a uma guerra longa e cara no Afeganistão.

As palavras de Trump chegam apenas alguns dias após o cancelamento de uma cúpula com o Talibã que seria histórica. Também foram pronunciadas durante uma cerimônia em que os parentes das quase 3.000 vítimas dos ataques em Nova York, Washington e Pensilvânia recordaram seus entes queridos.

“Nos últimos quatro dias, as forças americanas atingiram nosso inimigo com mais força do que jamais foram atingidos antes, e isso continuará”, afirmou Trump, acrescentando, sem entrar em detalhes, que os ataques foram ordenados em retaliação pela morte de um soldado americano na semana passada.

Ele também alertou sobre as consequências de realizarem um novo ataque nos Estados Unidos. “Se, por algum motivo, eles retornarem ao nosso país, iremos aonde estiverem e usaremos um poder como os Estados Unidos nunca usaram antes”, enfatizou. “E eu nem falo sobre energia nuclear. Eles nunca viram nada parecido com o que acontecerá com eles”, ameaçou ainda.

As declarações beligerantes também acontecem no momento em que a Al-Qaeda, que realizou os ataques, divulgou um vídeo convocando que sejam cometidos atentados contra interesses de Estados Unidos, Europa, Rússia e Israel.

O líder do grupo, Ayman al-Zawahiri, aparece no vídeo do Site Intelligence Group, que monitora mensagens terroristas on-line.

No sábado, Trump surpreendeu o mundo ao anunciar no Twitter que quase se encontrou no domingo, na residência presidencial de Camp David, com líderes dos talibãs.

O anúncio, alguns dias antes do 18º aniversário dos ataques dos 11 de Setembro, recebeu várias críticas.

Religiosos são acusados de usar indigentes para ‘trabalhos forçados’ nos EUA

Na primeira foto está Víctor González, ex-pastor da Igreja Imperial Valley Ministries e um dos 12 acusados de abusar de indigentes - Créditos: Facebook/Reprodução/Google Maps.
Na primeira foto está Víctor González, ex-pastor da Igreja Imperial Valley Ministries e um dos 12 acusados de abusar de indigentes – Créditos: Facebook/Reprodução/Google Maps.
Diário de Pernambuco
Líderes de uma igreja neopetencostal nos Estados Unidos foram presos acusados de privar de liberdade dezenas de pessoas sem-teto e forçá-los a mendigar nas ruas seis vezes por semana para seu próprio benefício.
Entre os 12 acusados, detidos na terça-feira na Califórnia e no Texas, está Víctor González, ex-pastor da Imperial Valley Ministries, com 30 templos em Estados Unidos e México. Os religiosos foram detidos por exploração de trabalho forçado e fraude, entre outras acusações.
“A acusação alega um terrível abuso de poder por autoridades eclesiásticas que tiraram vantagem de pessoas vulneráveis sem teto com a promessa de uma cama e refeições quentes”, informa o promotor federal Robert Brewer através de um comunicado.
“Estas vítimas foram mantidas em cativeiro, despojadas de seus humildes meios econômicos, sua identificação, sua liberdade e sua dignidade”, acrescentou.
As autoridades indicaram que a seita, cujo propósito declarado é “recuperar” drogados, começou atrair suas vítimas em 2013.
Os pastores, que proibiam os sem-teto de falar sobre “coisas do mundo” e apenas permitiam a leitura da bíblia, os obrigavam a mendigar por até nove horas por dia, seis dias por semana, sob a ameaça de desaparecer com os filhos deles caso abandonassem suas funções.
Dois sem-teto explorados conseguiram escapar do cativeiro em que eram mantidos: um jovem de 17 anos que quebrou uma janela e foi para uma propriedade vizinha para chamar a polícia e uma mulher com diabetes que não recebia atenção médica.
As autoridades acrescentaram que todas as vítimas identificadas foram liberadas e estão recebendo assistência.