Nos EUA, Paulo Câmara apresenta as ações bem sucedidas em Pernambuco na preservação ambienta

Como representante dos nove Estados do Nordeste e mais o Espírito Santo, o governador Paulo Câmara participou, nesta segunda-feira (23.09), do primeiro dia de atividades da 11ª Semana do Clima, em Nova Iorque, Estados Unidos. Além da cerimônia oficial de abertura do evento, o governador também manteve um encontro com representantes da US Climate Alliance, grupo formado por representantes dos governos de 25 estados norte-americanos.

“Fizemos uma apresentação sobre o trabalho integrado da região Nordeste em favor de um desenvolvimento sustentável e de resposta às mudanças climáticas”, explicou Paulo Câmara, que também expôs aos participantes do encontro o trabalho que vem sendo desenvolvido em Pernambuco na área de preservação ambiental, a exemplo das novas unidades de conservação (Caatinga e Mata Atlântica) e do incentivo à produção e à utilização de energias renováveis.

“Em Pernambuco, estamos trabalhando com foco em reduzir a emissão de carbono com a ampliação das áreas de preservação do Estado e o manejo responsável da Caatinga, visando barrar a desertificação, e com ações inovadoras como o Programa Carbono Zero, que até 2030 vai retirar todos os carros movidos à combustão na Ilha de Fernando de Noronha”, acrescentou o governador

Por último, Paulo Câmara voltou a reforçar a necessidade de uma integração o mais ampla possível em torno de uma agenda que dialogue com o futuro. “Esperamos que seja uma semana muito produtiva, com avanços voltados para o curto e longo prazos nesse tema do meio ambiente, que exige atenção do poder público e de toda a sociedade”, concluiu.

Sesc Ler Belo Jardim realiza palestras em alusão ao “Setembro Amarelo”

Com o intuito de dar visibilidade a um tema considerado tabu na sociedade, o suicídio será abordado em duas palestras nos dias 24 e 26 deste mês, no Sesc Ler Belo Jardim e na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Ambos os momentos são gratuitos e ocorrerão às 19h. As atividades fazem parte da programação da unidade para o “Setembro Amarelo”, campanha mundial para o combate ao suicídio

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMG) apontam que uma pessoa tenta contra a própria vida a cada três segundos e a cada 40 segundos uma pessoa se suicida. “Ao realizar este tipo de atividade, abrimos espaço para o diálogo, para a interação. Mas, sobretudo, alertamos para o fato de que qualquer pessoa pode ajudar e ser ajudada com a abordagem correta”, comenta a assistente social do Sesc Ler Belo Jardim, Cristiane Santos.

O suicídio no Brasil – Os números de mortes por esta causa preocupam. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas. Mas quase um milhão de casos de óbito por suicídio são registrados no mundo por ano. No Brasil, os números chegam a 12 mil no mesmo perídio. É importante destacar que o número tende a ser ainda maior, haja vista a evidente subnotificação. Em quase sua totalidade os casos de óbito estão relacionados a transtornos mentais (depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias), muitas vezes não diagnosticados, tratados de maneira inadequada ou não tratados de forma alguma.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Serviço: Palestras Setembro Amarelo

Datas: 24 e 26 de setembro

Horário: 19h

Locais: Sesc Ler Belo Jardim (Rua Pedro Leite Cavalcante, sem número – Cohab II) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) (Av. Mr José Mendonça, 344 – Centro)

Entrada: gratuita

Informações (81) 3726-1576

Artigo – A Tristeza no Anhangabaú

Ainda me lembro de que há anos, quando passava uns dias em Porto Alegre, alguns gaúchos amigos me perguntavam com frequência o que era esse tal de “Anhangabaú” de que tanto ouviam falar nos noticiários, como referência ao centro de São Paulo.

Tentei explicar de forma simplista que era um nome indígena dado a um vale que existia no centro da capital paulistana. Na realidade, “Anhangabaú” é palavra em tupi-guarani que significa “rios dos malefícios do diabo”. Os indígenas acreditavam que as águas do riacho Anhangabaú provocavam doenças físicas e espirituais.

Em quase todas as cidades há folclore, elementos que ajudam a contar a história do lugar, e o Anhangabaú não foge à regra. E foi caminhando numa tarde de segunda-feira que me deparei com uma multidão, por volta de mil pessoas, muitas deitadas no chão, outras chorando e contando histórias aos que estavam ao seu lado numa fila interminável. Muito sutilmente, procurei me aproximar de um idoso na fila, que mais parecia um morador de rua, pois estava deitado no velho e famoso “papelão de chão”, utilizado pelos moradores de rua na capital para diminuir o impacto do frio que existe entre o chão e seu corpo.

Perguntei-lhe do que se tratava a tal fila enorme, e ele, com olhar cansado, até um pouco marejado, de maneira submissa e educada me disse que era desempregado há dois anos e que aquela multidão estava ali para tentar conseguir um emprego. Era possível ver, na sua timidez social e na dos que ali estavam, o desalento, o desespero, a tristeza. Ele disse também, com um olhar de esperança, que acreditava naquele “mutirão do emprego”. Contou-me, com uma voz trêmula, que passou a noite “para pegar lugar”. Balançando minha cabeça afirmativamente, desejei-lhe boa sorte.

À medida que caminhava, pensava: Que Brasil estamos vivendo? Temos um crescimento pífio, contamos com 13 milhões de desempregados, segundo o IPEA, a escalada da desigualdade social disparou, empresários não investem, na expectativa de mudanças, o dólar sobe numa velocidade sem controle, a economia não anda e, mais, no vácuo da falta de propostas, os noticiários se enchem, dando publicidade ao rigor das Operações da Lava Jato, às prisões diárias e outras investidas policiais que parecem ser uma das pautas do governo, o que me parece justo e razoável, pois votei no presidente Bolsonaro e fui às ruas para protestar contra a corrupção, mas, entre os desfiles militares, as palavras ríspidas aos jornalistas, os conflitos internacionais em que o presidente acabou se envolvendo na defesa da soberania, nos conflitos entre poderes, entendo que o povo brasileiro perdeu o consenso político e estamos mergulhados na escuridão.

O Ministro Dias Toffoli, a quem considero uma pessoa de bom senso, em entrevista fez menção exatamente a essa questão do apaziguamento entre os poderes, do diálogo, da preservação da democracia e, acima de tudo, do Estado Democrático de Direito. Temos que partir para a geração de emprego e menos agressividade, temos que viabilizar o diálogo com todos os matizes ideológicos, e não apenas desenrolar um rol de acusações ao Congresso, vez que vivemos uma democracia representativa, que, com todas as imperfeições da democracia, ainda é melhor do que o Estado de Exceção.

Pensei no Anhangabaú, pensei nos indígenas que deram nome àquele lugar e com um olhar triste refleti: “talvez alguma tribo um dia tenha previsto que tanta tristeza habitaria ali, na procura de um sonho, de um emprego”, enfim, que se sequem as lágrimas do vale e que a esperança de um Brasil melhor faça valer a pena passar uma noite de espera no velho Anhangabaú…

Fernando Rizzolo é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais.

Uninter disponibiliza 1,5 mil bolsas PROUNI em todo o Brasil

Pessoas que sonham em fazer uma graduação têm até o dia 30 de setembro para se inscreverem e concorrer a uma das 1,5 mil bolsas Prouni (Programa Universidade para Todos) ofertadas pelo Centro Universitário Internacional Uninter. São mais de 45 cursos disponíveis para ingresso nos polos de apoio presencial da instituição em todo o país. As bolsas são de 50% para cursos na modalidade a distância (EAD). Desde a abertura das inscrições, 2,2 mil vagas já foram preenchidas.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), podem ter acesso às bolsas brasileiros sem diploma de curso superior e que tenham participado de qualquer edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e sem ter zerado a prova de Redação.

“Todos os anos estudantes brasileiros perdem a oportunidade de ingressar no ensino superior porque pensam que para preencher as Vagas Remanescentes do Prouni deveriam ter feito o último Enem do ano letivo. Na realidade, para concorrer a essas bolsas, basta ter feito o Enem a partir de 2010 e atender aos critérios exigidos pelo MEC. A minha dica é ficar atento às datas de inscrição e separar os documentos solicitados. Alerto também para nunca deixarem para o último dia, pois a fase de comprovação tem um prazo curto e as vagas são limitadas”, orienta Ana Paula Cortes Alves, supervisora do Prouni na Uninter.

Para mais informações, acesse uninter.com/prouni ou entre em contato pelo telefone 0800 702 0500. Confira o calendário de divulgação nas redes sociais da instituição e no site do MEC http://prouniremanescentes.mec.gov.br/.

Cursos

Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Artes Visuais, Ciência Política, Ciências Contábeis, Ciências da Religião, Comércio Exterior, Comunicação Social — Publicidade e Propaganda, Direito, Educação Especial, Educação Física, Educador Social, Engenharia de Computação, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Filosofia, Geografia, Gestão Ambiental, Gestão Comercial, Gestão da Produção Industrial, Gestão da Tecnologia da Informação, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Saúde Pública, Gestão de Segurança Privada, Gestão de Serviços Jurídicos e Notariais, Gestão de Turismo, Gestão Financeira, Gestão Hospitalar, Gestão Pública, História, Jornalismo, Letras, Logística, Marketing, Marketing Digital, Matemática, Pedagogia, Processos Gerenciais, Psicopedagogia, Relações Internacionais, Saneamento Ambiental, Secretariado, Secretariado Executivo, Segurança Pública, Serviço Social, Sociologia, Teologia e Teologia: Doutrina Católica.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo Uninter é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com centenas de polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.

Mais agentes socioeducativos

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) está convocando mais 22 agentes para as unidades da instituição situadas no Grande Recife e em Caruaru. A lista dos profissionais chamados está disponível no site www.funase.pe.gov.br e no Diário Oficial do Estado. A apresentação presencial, com a entrega dos documentos necessários para a contratação, segue até a próxima quarta-feira (25), das 8h às 15h, em locais que variam conforme a região de convocação.

Para Caruaru, estão sendo chamados 16 candidatos da seleção simplificada realizada para o município. Esse grupo deve comparecer ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), que fica na Estrada Carroçável, Sítio Lagoa dos Porcos, Boa Vista II, na zona rural.

O não comparecimento será considerado desistência. A lista de documentos necessários para a contratação está disponível no site da Funase. Após essa fase, os novos agentes socioeducativos passarão por um processo de capacitação introdutória e, então, poderão começar a atuar nas unidades socioeducativas. Mais informações: (81) 3719-9433 e 3719-9432.

Tudo pronto para o JEMC 2019

Com o objetivo de fortalecer os princípios que norteiam o esporte escolar, contribuindo ainda para integração social entre alunos e professores, os XVIII Jogos Escolares de Caruaru (JEMC 2019) terá o seu pontapé inicial dado nesta quarta-feira (25), no Sesc Caruaru. Principal competição esportiva da comunidade escolar local, o evento se estenderá, neste ano, até o dia 15 de novembro, reunindo estudantes atletas das redes privada e pública de ensino nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Ao todo, 101 instituições educacionais estarão participando dos Jogos, que contará com competições nas modalidades de futsal, futebol de campo, basquete, handebol, voleibol, bocha paralímpica e xadrez, além de tênis de mesa, natação, caratê,
judô, badminton, atletismo e vôlei de praia.

De acordo com o gerente de Esportes Educacionais, Alexandre Barbosa, ao todo, 5.313 alunos atletas estarão participando do evento, sendo 3.664 nas modalidades coletivas e 1.649 nas individuais. Os vencedores receberão medalhas.

Boa Vista: Demanda por Crédito do Consumidor avançou 5,4% em agosto

A Demanda por Crédito do Consumidor avançou 5,4% em agosto na comparação com julho, já descontadas as influências sazonais, de acordo com dados nacionais da Boa Vista. Na comparação com agosto de 2018, o indicador subiu 7,2%. Já no acumulado em 12 meses, registrou alta de 4,5%. Considerando os segmentos que compõem o indicador, o Financeiro apresentou elevação de 5,9% no mês. O segmento Não Financeiro, por sua vez, avançou 5% na mesma base de comparação.

A trajetória do indicador acumulado em 12 meses mostra que a demanda por crédito vem crescendo apenas gradualmente, refletindo ainda o fraco crescimento da economia e o mercado de trabalho fragilizado por elevadas taxas de desocupação e subutilização da mão de obra.

A frustração com a recuperação da economia e o aumento do endividamento e do comprometimento de renda parecem levar a um comportamento ainda cauteloso dos consumidores, afetando, com isto, a demanda por crédito

Em agosto, contudo, o indicador registrou uma alta significativa após três meses consecutivos de queda, o que já pode ser reflexo da disponibilização dos recursos do FGTS, os quais poderão ser utilizados tanto para o pagamento ou renegociação de dívidas quanto para a retomada de projetos adiados de consumo.

Metodologia

O indicador de Demanda do Consumidor por Crédito é elaborado a partir da quantidade de consultas de CPF à base de dados da Boa Vista por empresas. As séries têm como ano base a média de 2011 = 100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal. A partir de janeiro de 2014, houve atualização dos fatores sazonais e reelaboração das séries dessazonalizadas, utilizando o filtro sazonal X-12 ARIMA, disponibilizado pelo US Census Bureau.

ARTIGO — A Tristeza no Anhangabaú

Ainda me lembro de que há anos, quando passava uns dias em Porto Alegre, alguns gaúchos amigos me perguntavam com frequência o que era esse tal de “Anhangabaú” de que tanto ouviam falar nos noticiários, como referência ao centro de São Paulo.

Tentei explicar de forma simplista que era um nome indígena dado a um vale que existia no centro da capital paulistana. Na realidade, “Anhangabaú” é palavra em tupi-guarani que significa “rios dos malefícios do diabo”. Os indígenas acreditavam que as águas do riacho Anhangabaú provocavam doenças físicas e espirituais.

Em quase todas as cidades há folclore, elementos que ajudam a contar a história do lugar, e o Anhangabaú não foge à regra. E foi caminhando numa tarde de segunda-feira que me deparei com uma multidão, por volta de mil pessoas, muitas deitadas no chão, outras chorando e contando histórias aos que estavam ao seu lado numa fila interminável. Muito sutilmente, procurei me aproximar de um idoso na fila, que mais parecia um morador de rua, pois estava deitado no velho e famoso “papelão de chão”, utilizado pelos moradores de rua na capital para diminuir o impacto do frio que existe entre o chão e seu corpo.

Perguntei-lhe do que se tratava a tal fila enorme, e ele, com olhar cansado, até um pouco marejado, de maneira submissa e educada me disse que era desempregado há dois anos e que aquela multidão estava ali para tentar conseguir um emprego. Era possível ver, na sua timidez social e na dos que ali estavam, o desalento, o desespero, a tristeza. Ele disse também, com um olhar de esperança, que acreditava naquele “mutirão do emprego”. Contou-me, com uma voz trêmula, que passou a noite “para pegar lugar”. Balançando minha cabeça afirmativamente, desejei-lhe boa sorte.

À medida que caminhava, pensava: Que Brasil estamos vivendo? Temos um crescimento pífio, contamos com 13 milhões de desempregados, segundo o IPEA, a escalada da desigualdade social disparou, empresários não investem, na expectativa de mudanças, o dólar sobe numa velocidade sem controle, a economia não anda e, mais, no vácuo da falta de propostas, os noticiários se enchem, dando publicidade ao rigor das Operações da Lava Jato, às prisões diárias e outras investidas policiais que parecem ser uma das pautas do governo, o que me parece justo e razoável, pois votei no presidente Bolsonaro e fui às ruas para protestar contra a corrupção, mas, entre os desfiles militares, as palavras ríspidas aos jornalistas, os conflitos internacionais em que o presidente acabou se envolvendo na defesa da soberania, nos conflitos entre poderes, entendo que o povo brasileiro perdeu o consenso político e estamos mergulhados na escuridão.

O Ministro Dias Toffoli, a quem considero uma pessoa de bom senso, em entrevista fez menção exatamente a essa questão do apaziguamento entre os poderes, do diálogo, da preservação da democracia e, acima de tudo, do Estado Democrático de Direito. Temos que partir para a geração de emprego e menos agressividade, temos que viabilizar o diálogo com todos os matizes ideológicos, e não apenas desenrolar um rol de acusações ao Congresso, vez que vivemos uma democracia representativa, que, com todas as imperfeições da democracia, ainda é melhor do que o Estado de Exceção.

Pensei no Anhangabaú, pensei nos indígenas que deram nome àquele lugar e com um olhar triste refleti: “talvez alguma tribo um dia tenha previsto que tanta tristeza habitaria ali, na procura de um sonho, de um emprego”, enfim, que se sequem as lágrimas do vale e que a esperança de um Brasil melhor faça valer a pena passar uma noite de espera no velho Anhangabaú…

Fernando Rizzolo é advogado, jornalista, mestre em Direitos Fundamentais.

UNINASSAU realiza II Simpósio de Direito

A Faculdade UNINASSAU Caruaru realiza a segunda edição do Simpósio de Direito, que debaterá diversos temas da área do direito. O evento acontece nesta terça-feira (24), no auditório da UNINASSAU, das 9h às 17h. O tema central do evento é “Democracias e minorias”, com foco na discussão quanto aos afrodescendentes e povos indígenas. As inscrições devem ser realizadas no site da UNINASSAU e são gratuitas.

O evento é fruto de uma parceria da UNINASSAU com a Associação Juízes para a Democracia (AJD), mediante seu Núcleo regional Theodomiro Romeiro dos Santos, além da Coordenação da Licenciatura Intercultural Indígena da UFPE – Campus Caruaru.

Entre os temas que serão debatidos estão: A questão da mulher negra no contexto da atual conjuntura; Os povos indígenas e o direito à diferença: desafios no contexto atual; Globalização e o regime democrático: o caso dos estudantes africanos nas universidades públicas brasileiras.

A coordenadora do curso de Direito da UNINASSAU Caruaru, Teresa Tabosa, ressalta a importância do evento. ‘’Nós, do curso de Direito, estamos honrados em sediar e apoiar mais uma edição desse Simpósio, importante evento para os estudantes e para profissionais das mais diversas áreas do direito, com importantes parceiros. As atividades que compõem a programação possibilitarão aos participantes um aprofundamento dos conhecimentos acerca de diversos temas, inclusive com a presença de palestrantes internacionais’’, destaca.

Programação completa do Simpósio

Manhã

09h – Abertura oficial

Palestra/ Palestrante

09h30 –Caruaru: “Globalização e o regime democrático: o caso dos estudantes africanos nas universidades públicas brasileiras (UFPE, UFPB e UFCG)”/ Banjaqui Nhaga, doutor e mestre em ciências sociais (UFCG), professor da UNINASSAU.

10h15 – “A questão da mulher negra no contexto da atual conjuntura”/ Lucimary Passos, advogada militante na área de direitos humanos.

11h00 – “Como enfrentar o racismo religioso com respeito e axé”/ Ivan Moreira dos Santos, Babalorixá e advogado militante na área de direitos humanos.

Momento cultural

11h45 – Cânticos com voz e atabaque.

Tarde –

14h – “Os povos indígenas e seus direitos constitucionais: da conquista à resistência”/ Rosane Freire Lacerda, professora Adjunta do curso de Medicina do Campus Agreste da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), doutora e mestra em Direito, Estado e Constituição (UNB).

14h50 – “O bem viver dos povos ameríndios”/ Saulo Ferreira Feitosa, indigenista, doutor em Bioética, professor do curso de Medicina, do curso de Licenciatura Intercultural Indígena e do programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea, todos da UFPE, colaborador da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco e do Conselho Indigenista Missionário.

15h40 – “Os povos indígenas e o direito à diferença: desafios no contexto atual”/ Ana Maria Barros – doutora em Ciência Política, professora do mestrado em Direitos Humanos (UFPE), coordenadora da Licenciatura Intercultural Indígena da UFPE.

16h30 – Debates

17h – Encerramento

Loja colaborativa mostra trabalhos de alunos dos cursos de Moda do Senac Caruaru

Nove alunos dos cursos de capacitação, aperfeiçoamento e graduação em Moda oferecidos pela Unidade Caruaru do Senac expuseram e comercializaram trabalhos em uma loja colaborativa, a Colab, que foi montada no Centro de Convenções e serviu como atrativo para os participantes do Congresso de Tecnologia na Educação que, pela primeira vez, foi realizado no interior do Estado. Sob curadoria do coordenador dos cursos da instituição, Luiz Clério, os alunos mostraram suas produções e como os ensinamentos em sala de aula os ajudaram a desenvolver aspectos empreendedores que têm contribuído para o sucesso de suas marcas.

Umas das expositoras foi Ivana Galindo, aluna da graduação de Design de Moda que utiliza objetos que seriam descartados no lixo e os transforma em acessórios como colares, pulseiras e brincos. O trabalho a levou a ser a representante da Faculdade Senac no Dragão Fashion, evento de moda realizado em Fortaleza, no Ceará, considerado o mais importante do Nordeste. Sua marca, a IV Galindo, tem como característica principal a ressignificação de objetos: “Comecei a moldar as peças com brinquedos como ioiô de madeira e pedaços de peças de barro. Com isso, dei um olhar mais artístico e afetivo às minhas peças”, explica. Ivana ressalta a contribuição dos professores para que tivesse uma compreensão maior de empreendedorismo: “eu passei a entender melhor os processos de criação, fazendo meu trabalho algo mais maduro. Consegui ampliar meus olhares, a partir dos conceitos de ressignificação”.

Victor Santos, que também é aluno do curso de Design de Moda, compartilha da mesma opinião. Ele cria roupas com tecidos que chama de “não-convencionais”: “eu criava peças para uso próprio e busquei a Faculdade Senac para me aperfeiçoar. Passei a fazer pesquisas para incrementar meu trabalho. O resultado é muito elogiado”, diz. As aulas têm sido, segundo ele, fundamentais para uma mudança de comportamento: “passei a ser mais empresário mesmo, a partir de conceitos de gestão, de precificação, de administração do tempo de produção e de logística das entregas. Os professores me ajudam a abrir a mente e isso tem me motivado ainda mais”, reforça.

Quitéria Nascimento, outra expositora, está para iniciar seu terceiro curso técnico no Senac. Fez o básico e o intermediário em Modelagem; agora se prepara para o de Styling e Produção de Moda. Ela conta que o que vem aprendendo em sala de aula tem transformado sua vida: “os professores, todos muito qualificados, nos fazem ter outra visão do processo de criação dos moldes e riscos do tecido para a confecção das roupas, o que nos ajuda a ter menos desperdício de material e peças com um design muito melhor. E dizer aos clientes que somos alunos do Senac dá uma credibilidade muito maior à nossa marca”, enfatiza.

Um dos grandes objetivos da loja colaborativa foi poder fazer com que o aluno tivesse acesso ao varejo, ao cliente, ao mercado, ou seja, tivesse contato com a realidade de um empreendimento. É o que explica Luiz Clério: “é como inserir o aluno em um laboratório vivo para que ele possa experimentar, na prática, como é administrar um negócio, ter contato com as pessoas que têm gostos tão distintos, ter noções de visual merchandising em uma linguagem mais moderna de loja que é a colaborativa”. Ele conclui com o que considera ser um processo prazeroso para os professores: “os alunos precisam de técnicas para desenvolver suas marcas e o que aprendem em sala de aula lhes dão todas as ferramentas para que possam vivenciar todo o contexto do empreendedorismo”.