Ministro diz que Brasil preservou 84% da Amazônia por esforço próprio

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participa do almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais – LIDE, no hotel Grand Hyatt.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ontem (9) que o Brasil preservou a Amazônia por esforços próprios. “O Brasil é um país que preservou 84% da sua floresta amazônica, e fez isso pelos seus méritos próprios, com seus esforços próprios e continua preservando e defendendo a floresta. Temos vários mecanismos financeiros que foram aventados internacionalmente, inclusive por ocasião do Acordo de Paris, e também do Protocolo de Quioto: o pagamento por serviços ambientais, por créditos carbonos, REDD [Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal ou, em inglês, Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation], enfim, todo esse arcabouço de recursos que são aventados no mundo para contribuir com a preservação.”

Em coletiva, Salles afirmou que será esta a postura do país na próxima Assembleia Geral da ONU, informando ainda que o país está aberto para receber recursos. “O Brasil está aberto para receber e quer fazer a materialização desses serviços o mais rápido possível para poder militar a serviço do meio ambiente, da floresta e da preservação.”

O ministro abordou o tema Agenda Nacional de Qualidade Ambiental no almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) que contou com a presença de CEOs, presidentes e demais lideranças corporativas, além de outras autoridades públicas em São Paulo.

O ministro do Meio Ambiente disse ainda que as atitudes do governo contra o desmatamento ilegal da Amazônia passam pela modernização do decreto de conversão de multas. “As tarefas de combate à criminalidade são desempenhadas sobretudo pelas autoridades policiais, dos órgãos de fiscalização ambientais, na parte de punições administrativas. A percepção penal relativa aos crimes ambientais é feita através do Judiciário. Além disso, estamos modernizando, inclusive, com a atualização do decreto de conversão de multas, dando maior celeridade ao programa”, disse

O Decreto 9.760 introduz mudanças na cobrança de multas do governo federal sobre crimes ambientais. O texto amplia as possibilidades de converter indenizações em ações de recuperação do ambiente, por exemplo. A principal mudança introduzida no decreto estabelece que os órgãos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente são obrigados a estimular a conciliação nos casos de infrações administrativas por danos ambientais e seguir um processo descrito no documento.

Quanto às críticas internacionais sobre o aumento das queimadas na Amazônia, Salles disse que o governo tomou todas as atitudes que poderia tomar em resposta ao aumento das queimadas e que a tendência é de controle. “O governo determinou uma inédita operação de garantia da lei e da ordem ambiental, colocando à disposição dos estados mais de 4 mil homens, diversas aeronaves, investimentos muito significativos no combate a esses focos de queimada e, também, no combate ao desmatamento ilegal. Todas as respostas à disposição do governo federal foram colocadas agora, em parceira com os governos dos estados, que também têm um papel importante nos dois temas, tanto no controle das queimadas, quanto no combate às atividades ilícitas. Esse esforço conjunto, com certeza, vai trazer resultados bastante rápidos e já estamos sentindo muitos deles em campo”.

Regulamentação fundiária e instituições ambientais

Durante a apresentação aos empresários, o ministro disse que o verdadeiro problema, que atrapalha o desenvolvimento econômico sustentável da Amazônia, é a falta de regularização de atividades de exploração na região. Citando reportagem do Wall Street Journal, Salles citou que 51% das queimadas na floresta ocorrem em áreas sem definição de titularidade, o que abre espaço para insegurança jurídica e desmatamento. “A regulamentação fundiária é pré-condição para que se tenha possibilidade de implantar responsabilidade para cuidar do que está lá”, afirmou.

Salles também culpou os governos anteriores por “incharem a máquina pública”, afetando duas das principais instituições ambientais brasileiras, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

“Tivemos governos anteriores que incharam a máquina pública, contrataram políticas públicas, uma série de despesas, sem preocupação com meritocracia e metas”, afirmou, ao ser questionado sobre a atuação do ICMBio e Ibama, no atual governo.

Salles criticou novamente governos anteriores para defender o uso da economia sustentável para ajudar brasileiros que moram na região. “E o que foi feito nos últimos anos? Quase nada. Entrou ano, saiu ano, e o pior Índice de Desenvolvimento Humano é na Amazônia. Alguma coisa precisa ser mudada para incluir essa população, que não pode ser deixada pra atrás”, afirmou.

Rachado, PSL se reúne nesta terça-feira para decidir o futuro do partido

A bancada do PSL na Câmara se reúne, nesta terça-feira (10), para lavar a roupa suja num processo que pode definir uma reestruturação interna. Em jogo, está o reposicionamento do partido no Congresso e o futuro da relação com as demais legendas para construir composições e assegurar apoio às agendas do governo. A sigla estará dividida em dois grupos. Um representado pelo líder, Delegado Waldir (GO), e outro pelo primeiro vice-líder, Felício Laterça (RJ).

As duas forças têm concepções semelhantes, mas com diferenças tênues. Waldir defende a manutenção da identidade “raiz” do PSL, com a preservação de valores e combate à corrupção, mas prega a manutenção de um bom relacionamento com os demais partidos para criar maioria nas votações em comissões e no plenário. Laterça, por sua vez, considera que a sigla não tem o real apoio de outras legendas, e classifica a liderança como “manca”, sem organização nem composição. Diz, ainda, haver a necessidade de voltar a olhar as demandas apresentadas pelas ruas.

Da reunião desta terça, a expectativa entre alguns deputados é de mudança, como a permanência ou a saída do líder do posto. O lado favorável a Laterça sustenta que seria a primeira eleição, de fato, para a definição da liderança, uma vez que a atual formação decorre de uma lista de apoiamento. Waldir, entretanto, rechaça o desdém e destaca ter sido legitimamente conduzido com 37 assinaturas.

A intenção da ala favorável à mudança no partido é, primeiro, depor Waldir, para, depois, discutir uma reestruturação mais ampla, com mudanças nas presidências estaduais da legenda. Esse segundo movimento seria uma resposta direta ao presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE). Alguns deputados questionam o poder dele, e o classificam como centralizador e arbitrário, a ponto de ter expulsado o deputado Bibo Nunes (RS) do grupo de WhatsApp da sigla e das comissões de Turismo e Agricultura.

O próprio presidente Jair Bolsonaro é um dos mais interessados com o que está por vir. A alguns deputados do PSL, ele se queixa de erros e brigas internas do partido. Aos mais próximos, manifestou o desejo de mudanças nas presidências estaduais e confidenciou que, sem uma reestruturação, sairá da sigla. O Patriota poderia ser o lugar de destino. Ele mantém contatos com o presidente nacional da legenda, Adilson Barroso, que espera um embarque, no partido, de 30 deputados do PSL. Em uma possível troca de legenda, no entanto, Bolsonaro avisou que chamaria apenas aqueles em quem mais confia.

Ruptura
O PSL, admitem parlamentares de ambos os lados, nunca foi unido. As desavenças, recordam, existem desde a transição. Mas, em prol da agenda governista, tentaram deixar as diferenças de lado. Foi assim até a aprovação da reforma da Previdência. Os sintomas de ruptura começaram a ficar mais transparentes depois das votações, em plenário, do pedido de urgência para o projeto de abuso de autoridade, e do Projeto de Lei nº 11.021/18, que dá mais liberdade para os partidos usarem verbas do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.

A votação do projeto, que altera regras eleitorais, em que a liderança orientou voto contrário e, depois, mudou para o “não”, foi a gota d’água. Na quinta-feira, Bibo iniciou coleta de assinaturas para convocar a eleição de um novo líder. No mesmo dia, atingiu 23. No domingo, um deputado alinhado a Laterça disse que eles contam com maioria. “O Waldir tem, no máximo, 18 votos. É apoiado mais por conveniência dos cargos que têm da liderança, e menos por afinidade”, crava.

Ao Correio, Waldir desdenha da lista que pede uma eleição e diz que isso ocorreu em pelo menos outras 10 ocasiões. “Sob minha liderança, temos 98% de afinidade com o governo. Na própria terça (antes da votação do PL nº 11021/18), chamei cerca de 40 deputados, e só dois fizeram objeção”, afirma. Laterça, por sua vez, entende que está na hora de ajustes para aperfeiçoar e considera que votar com o governo é apenas um reflexo. “A liderança tem de ter maior participação como um todo, não de forma absolutista”, pondera. Procurado, Bivar não se posicionou.

Com discurso de político, Huck prega conciliação e alfineta Lula e Crivella

Em reedição do discurso oficial de que é um cidadão interessado em ajudar o Brasil, o apresentador e empresário Luciano Huck exibiu a uma plateia de executivos, nesta segunda-feira (9), em São Paulo, uma fala cheia de recados políticos e algumas alfinetadas.

Ele, que esteve perto de se candidatar a presidente da República em 2018 e é considerado peça do xadrez eleitoral para a sucessão de Jair Bolsonaro (PSL), pregou combate ao que chamou de “retórica belicista que não leva a nada”.

“Eu não convivo bem com a polarização. Eu não sou um cara do grito, de falar alto. Eu não enxergo as pessoas que pensam diferente de mim como inimigos”, afirmou Huck durante seminário promovido pela revista Exame no auditório do hotel Unique, no Jardim Paulista (zona oeste).

Descrevendo-se como alguém “com a cabeça aberta”, o apresentador da TV Globo reiterou que o Brasil precisa se debruçar sobre problemas urgentes como a falta de mobilidade social e o atraso na educação.

Enquanto desfiava histórias de pessoas que conheceu ao viajar o país para gravações do programa “Caldeirão do Huck”, ele cobrou soluções para a desigualdade (“É decorrente da cultura escravocrata”), a miséria (“Lá [no norte de Minas] é fome, fome mesmo”) e as favelas (“Viraram parte da paisagem, e não podem ser”).

“A gente não acha que a gente vai discutir redução de desigualdade ou solução para a favela no Brasil com um monte de gente branca, rica, sentada numa mesa na Faria Lima”, disse, ao exaltar a necessidade de esforços conjuntos. Faria Lima é uma avenida nobre de São Paulo que concentra escritórios de grandes empresas.

“Se a gente não fizer nada, este país vai implodir”, resumiu, pausando a voz. “O abismo social é gigantesco, a desigualdade social é gritante. É inaceitável. Estou falando do fundo do meu coração.”

Ele conclamou a elite a abandonar a indiferença e “colocar a mão na massa” para buscar uma transformação no país.

“Isso não é um projeto pessoal, isso não é um projeto de poder, isso não é um projeto político. É um projeto de país”, discursou a certa altura, deixando em parte da plateia a sensação de que já fala como pré-candidato, embora em público ele não confirme o status.

Huck, que falou ter um “sonho maior”, “de um país maior, mais eficiente, menos desigual, afetivo em relação às pessoas”, despistou quando foi questionado no palco sobre candidatura. Ele saiu sem dar entrevista aos jornalistas que cobriam o seminário.

“Espero não estar sendo ingênuo”, disse duas vezes em sua participação no evento.

Huck se movimenta no cenário político ancorado na posição de entusiasta dos movimentos cívicos que buscam renovação política. Ele é um dos integrantes do Agora! e também atua como garoto-propaganda do RenovaBR.

“Eu quero ser um cidadão cada vez mais ativo, eu quero contribuir como for possível para que o Brasil seja um país mais eficiente e mais afetivo”, afirmou o apresentador.

E acrescentou: “Era muito mais fácil para mim ficar protegido, em casa, mas eu estou aqui trocando ideia com vocês. Eu podia fingir que não era comigo”.

Huck não é filiado a partido, mas tem proximidade com líderes de siglas como Cidadania (antigo PPS), DEM, Rede e PSDB. “Eu achei que o movimento mais inteligente a ser feito era pela sociedade civil, e foi através dos movimentos cívicos [que fiz].”

O apresentador também usou o microfone para cutucar o ex-presidente Lula (PT). “A gente precisa de uma narrativa conciliadora no Brasil. Não dá para ficar brigando com todo mundo, discutindo, iludindo as pessoas. E, olha, não é de hoje. Já usaram muito a retórica do ‘nunca antes na história deste país’. Não é verdade.”

“O ‘nunca antes na história deste país’ só foi possível porque antes disso teve um governo que organizou o Estado, equilibrou o Estado”, completou, em alusão ao Plano Real e à gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Ele também lançou uma indireta para o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB-RJ), pela decisão de censurar, na Bienal do Livro, o gibi “Vingadores – A Cruzada das Crianças”, que retrata um beijo entre dois super-heróis homens.

“De coração, acho que o povo para valer não está preocupado com como é que é o desenho do casal que está no gibi da Marvel. As pessoas querem saber como a vida delas pode melhorar de verdade. É só isso”, disse Huck, despertando aplausos.

Sobre o governo de Bolsonaro, sua única referência explícita foi à área econômica, mas sem pronunciar o nome do presidente. “A agenda econômica deste governo é correta”, opinou.

Huck se tornou alvo de Bolsonaro nas últimas semanas, por ter falado em um evento que o governo dele é “o último capítulo do que não deu certo”, e vem preferindo manter silêncio diante das provocações.

Em reação, o titular do Planalto disse que o possível adversário deveria “parar de arrotar arrogância” e passou a atacá-lo por ter comprado um jatinho com subsídio do BNDES. Huck afirma que o empréstimo ocorreu dentro das regras e foi “transparente, pago até o fim, sem atraso”.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, o apresentador evitou declarar apoio no segundo turno. Como a Folha de S.Paulo publicou, ele se opôs à articulação de uma nota anti-Bolsonaro no Agora!, movimento de renovação política do qual faz parte. Huck fez parte da ala que barrou a elaboração de texto crítico ao então candidato do PSL.

Na época, o apresentador falou que não se posicionaria “a favor de nenhum candidato” ao Planalto e que via problemas tanto na candidatura de Bolsonaro quanto na de Fernando Haddad. “No PT eu nunca votei e jamais vou votar. Isso é fato”, disse.

Pupilos
A participação de Huck no evento da Exame foi precedida por uma mesa com parlamentares frequentemente citados pelo apresentador como bons exemplos da chamada nova política.

Ele chegou a tempo de ouvir a conversa para a qual foram convidados os deputados federais Vinicius Poit (Novo-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Felipe Rigoni (PSB-ES) –os três apoiados pelo RenovaBR, escola de formação política que o comunicador incentiva.

Huck afirmou que ele e os parlamentares estão “imbuídos da mesma causa, que é qualificar o debate, tentar melhorar o capital humano na política brasileira, independentemente das matrizes ideológicas”.

“Os extremos não vão levar a nada no Brasil”, disse Poit no início do painel, que também teve o combate à polarização como tema central. “Vamos falar das coisas que a gente concorda”, reivindicou o deputado.

Rigoni defendeu a cultura do diálogo, “independentemente de origem, ideologia e atuação” do interlocutor.

O vereador paulistano Fernando Holiday (DEM-SP), outro que participou da mesa, lembrou que o MBL (Movimento Brasil Livre), organização que o catapultou, fez um mea-culpa pelo papel que desempenhou na radicalização do debate político.

Em entrevista à Folha de S.Paulo em julho, o coordenador nacional do movimento, Renan Santos, admitiu culpa pela polarização do país e pela retórica agressiva.

“Nós achávamos que a forma de o MBL crescer e atrair mais gente era usar como instrumentos a lacrada e a demonização dos nossos adversários políticos”, reforçou Holiday no palco do evento.

Segundo ele, o grupo quer romper com essa lógica e está organizando iniciativas em que propõe diálogos entre oponentes. Para Holiday, a beligerância contaminou o ambiente político a ponto de torná-lo quase inviável.

Huck, em conversas privadas, afirmou ter visto como salutar a decisão do MBL de admitir o erro e tirar o pé do freio.

Folhapress

Brasil e Peru reeditam final da Copa América em amistoso

Não faz muito tempo que a Seleção Brasileira deu um basta à má fase dos últimos anos. Há pouco mais de dois meses, a Canarinho batia o Peru por 3×1, no Maracanã, e conquistava a Copa América 2019. Na madrugada desta quarta-feira, à 0h, as duas equipes voltam a se encontrar. Desta vez, a ocasião e o palco do duelo são completamente diferentes. O embate acontecerá em Los Angeles (EUA) e o jogo tem apenas caráter amistoso, da mesma forma que ocorreu na última sexta-feira, quando Brasil e Colômbia empataram por 2×2, em Miami, também nos Estados Unidos.

O principal destaque do Brasil, como não poderia ser diferente, é novamente Neymar. O astro havia perdido a última Copa América por lesão e entrou em crise com o seu clube, o Paris Saint-Germain, ao tentar uma saída para o Barcelona. No entanto, parece que o inferno astral do craque dá uma trégua quando o atacante enverga a camisa 10 amarela. No jogo contra a Colômbia, coube ao jogador fornecer a assistência para Casemiro, no primeiro gol. Depois no segundo tempo, também saiu dos seus pés o gol de empate, quando a Canarinho estava em desvantagem no placar.

Foi a primeira vez que o atleta disputou um jogo inteiro desde úlitmo mês de maio. E, como de costume, o técnico Tite rasgou elogios ao desempenho do atacante. “O rendimento de Neymar foi superior às minhas expectativas. Conversávamos sobre ficar de olho nele a partir dos 45 minutos, porque o jogador começa a pensar algo, mas não consegue executar. Mas ele estava pensando e executando, me surpreendeu”, explicou o treinador, pouco após o empate contra a Colômbia. Para o jogo, o técnico Tite deve dar mais espaço a jovens como Vinícius Júnior e Lucas Paquetá.

PERU
Diferentemente do Brasil, que empatou o seu amistoso nos EUA dias atrás, o Peru busca recuperação. Afinal, a equipe comandada pelo técnico Ricardo Gareca decepcionou e foi derrotada por 1×0 para o Equador, em Nova Jersey. Para o confronto, o time não terá um de seus principais jogadores, o centroavante Paolo Guerrero. O veterano, de 35 anos, atua pelo Internacional de Porto Alegre e pediu dispensa ao treinador, pois o Colorado disputaria uma vaga na final da Copa do Brasil. No entanto, o que mais incomodou o comandante do escrete peruano foi a atuação contra o Equador. “Reconhecemos que não tivemos claridade, mas o adversário chegou duas vezes a nosso gol e fez um. Então acho que temos que melhorar”, analisou o treinador. Uma seleção como a nossa não pode relaxar. Por isso sempre digo que o caminho é difícil, que temos que nos preparar bem, todos os jogos que disputamos são importantes”, afirmou o argentino.

FICHA TÉCNICA:

Brasil
Weverton; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva (Militão) e Alex Sandro; Casemiro, Arthur, Lucas Paquetá (Coutinho); Neymar, David Neres e Roberto Firmino. Técnico: Tite.

Peru
Gallese; Advíncula, Santamaría, Abram e Trauco; Tapia, Gonzáles, Costa (Carrillo), Flores e Cueva; Ruidíaz. Técnico: Ricardo Gareca.

Local: Memorial Coliseum, em Los Angeles (EUA)
Horário: 0h (do Recife)
Arbitragem: não divulgada
Transmissão Tv: Rede Globo e SporTV

Pernambuco reúne gigantes da indústria de autopeças em feira que deve atrair mais de 40 mil pessoas

Começa na nesta quarta-feira (11) mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste – Autonor. O evento, que comemora 20 anos em 2019, não só reúne profissionais do setor, como lojistas, distribuidores, balconistas e mecânicos, mas também homens e mulheres apaixonados por carros, que também desejam ficar por dentro das últimas novidades do segmento. Entre os expositores, estarão gigantes da indústria de autopeças como SKF, Bosch, Gates, Fras-le e Dayco, entre outras.

São esperadas cerca de 42 mil pessoas e a expectativa é de que sejam gerados cerca de R$ 50 milhões em negócios. A feira, que é considerada a segunda maior do País no segmento, será realizada durante quatro dias nos horários das 15h às 21h, de quarta a sexta-feira, e das 14h às 20h, no sábado. A entrada é grátis. A cerimônia de abertura da Autonor acontecerá terça-feira, no Cais do Sertão, às 18h30, com palestra magna do presidente da SKF Brasil e América Latina, Claudinei Reche.

Realizada no Centro de Convenções Pernambuco, no Recife, o evento atrai visitantes de toda a região. Estão confirmadas 60 caravanas vindas do interior de Pernambuco e de outros estados. “Com a Autonor, os mecânicos, lojistas e distribuidores do Norte e Nordeste não precisam se deslocar a eventos realizados no Sudeste ou em outros países para ter acesso aos últimos lançamentos da indústria mundial de autopeças. Além disso, a feira possibilita a negociação direta com diversos fornecedores em um só lugar”, afirma Bruna Miranda, diretora da Autonor Empreendimentos, empresa promotora da feira.

Além disso, o Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas estará promovendo seminários de capacitação para mecânicos, donos de oficinas e lojistas durante a Autonor. Nas palestras serão apresentadas as inovações tecnológicas aplicadas aos veículos recém-lançados no mercado e também serão abordados assuntos relacionados à gestão empresarial e às perspectivas futuras do setor automotivo.

Segundo a diretora do evento, a Autonor deverá apresentar resultados superiores aos do ano passado, “As feiras constituem-se num importante instrumento de promoção comercial, por isso a maioria das empresas está dando prioridade ao evento em suas estratégias para consolidar posição no mercado”, explica.

De acordo com Bruna Miranda, outro fator que deverá contribuir com os bons resultados do evento é a consolidação de Pernambuco como principal pólo distribuidor de autopeças da região. “Com a implantação da montadora da Jeep e das suas indústrias satélites, a importância do Estado nesse segmento cresceu ainda mais, o que traz benefícios diretos para a feira”, argumenta.

Devido à sua importância para o setor automotivo e para a economia da região, a Autonor conta com o apoio de importantes parceiros como o Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Turismo, além do Sincopeças, Sindirepa, e Sebrae.

Carlos Bolsonaro diz que país não terá transformação rápida por vias democráticas

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), escreveu na segunda-feira (9) em seu perfil no Twitter que, por “vias democráticas”, não haverá as mudanças rápidas desejadas no país.

“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”, escreveu Carlos.

Apontado como responsável pela estratégia do presidente nas redes sociais, Carlos provocou turbulências no primeiro semestre após ataques a integrantes do governo do pai, mas vinha evitando polêmicas nos últimos meses.

O presidente Jair Bolsonaro está internado em um hospital de São Paulo após passar por cirurgia no domingo (8), a quarta decorrente da facada que levou há um ano durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O vice-presidente, general Hamilton Mourão, ficará no comando da Presidência até quinta-feira (12).

Antes de escrever que não haverá transformações rápidas no país por vias democráticas, Carlos afirmou que o atual governo tenta colocar o Brasil “nos eixos”, mas que os “avanços são ignorados, e os malfeitores esquecidos”.

A postagem de Carlos repercutiu rapidamente entre seus seguidores. Parte dos internautas encarou a manifestação como um apoio a um modo autoritário de governo.

A influência de Carlos no governo Bolsonaro foi motivo de críticas no começo do ano de políticos e de alguns militares ligados à administração federal.

Em um dos episódios mais ruidosos, em meio à crise das candidatas laranjas do PSL reveladas pela Folha de S.Paulo, Carlos divulgou em seu perfil no Twitter uma gravação de seu pai indicando que o presidente não havia conversado com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, diferentemente do que este havia dito.

Chamado de mentiroso por Carlos e depois pelo próprio presidente, Bebianno acabou demitido.

Ligado ideologicamente ao escritor Olavo de Carvalho, Carlos também centrou ataques a Mourão e ao general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo que foi demitido em junho.

Jair Bolsonaro chegou a defender seu filho em março, afirmando que há pessoas que querem afastá-los, mas “não conseguirão”.

Junto com a mensagem, na ocasião, publicou uma foto em que é amparado por Carlos no corredor de hospital.

“Algumas pessoas foram muito importantes em minha campanha. Porém, uma se destacou à frente das mídias sociais, com sugestões e conteúdos: Carlos Bolsonaro, meu filho. Não por acaso muitos, que nada ou nunca fizeram para o Brasil, querem afastá-lo de mim”, escreveu Bolsonaro.

“Não conseguirão: estando ou não em Brasília continuarei ouvindo suas sugestões, não por ser um filho que criei, mas por ser também alguém que aprendi a admirar e respeitar pelo seu trabalho e dedicação”, concluiu.

Folhapress

Pagamento de R$ 500 por conta do FGTS começa na próxima sexta-feira (13)

Brasília – Agências da Caixa Econômica Federal do Distrito Federal e entorno estão abertas de 9h às 15h para atendimento exclusivo sobre contas inativas do FGTS neste sábado (18) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal começa, na próxima sexta-feira (13), a efetuar o pagamento de até R$ 500 por conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS. Inicialmente, o valor vai ser depositado automaticamente para pessoas nascidas em janeiro, fevereiro, março e abril, que têm conta poupança na Caixa.

Já para aquelas pessoas que nasceram em maio, junho, julho e agosto, o pagamento só vai ser feito a partir do dia 27 de setembro de 2019. No caso, para aqueles trabalhadores nascidos em setembro, outubro, novembro e dezembro, o pagamento será realizado a partir do dia 9 de outubro de 2019.

Segundo o professor de Gestão Financeira do Centro Universitário Internacional Uninter, Daniel Cavagnari, existem várias formas de usar este dinheiro.

“A primeira delas é, justamente, poder pagar algumas dívidas, preferencialmente a que está na família. Pode até ir lá e quitar alguma dívida, alguma coisa que tenha com o banco, mas antes de pagar qualquer dívida, é importante que sente com o gerente do banco ou com o administrador do cartão e verifique outros meios de pagar menos juros. É sempre bom negociar antes de quitar qualquer dívida. Por outro lado, este dinheiro vai ser muito bem-vindo também para se programar, agora, para o fim do ano e quem sabe guardar ele já para o começo do ano, para todas aquelas contas que se tem”, comenta.

De acordo com a Caixa Econômica Federal, aproximadamente 33 milhões de trabalhadores vão receber esse crédito automático na conta poupança. Já aquelas pessoas que são clientes do banco que não quiserem retirar o dinheiro têm até 30 de abril do ano que vem para informar esta decisão em um dos canais divulgados pela Caixa: que é o site do banco, o Internet Banking ou o aplicativo para celular.

Para quem tem o cartão Cidadão e a senha, o saque poderá ser feito nos terminais de autoatendimento, em unidades lotéricas ou correspondentes Caixa Aqui. E para aqueles que não possuem o cartão Cidadão, é orientado que eles procurem uma agência da Caixa.

Lembrando que esse crédito automático só vai ser feito para quem abriu conta poupança na Caixa até o dia 24 de julho deste ano. Para quem não é correntista do banco, é importante ficar atento ao cronograma, acessando o site www.caixa.gov.br.

Pernambuco reúne gigantes da indústria de autopeças em feira

Começa na nesta quarta-feira (11) mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste – Autonor. O evento, que comemora 20 anos em 2019, não só reúne profissionais do setor, como lojistas, distribuidores, balconistas e mecânicos, mas também homens e mulheres apaixonados por carros, que também desejam ficar por dentro das últimas novidades do segmento. Entre os expositores, estarão gigantes da indústria de autopeças como SKF, Bosch, Gates, Fras-le e Dayco, entre outras.

São esperadas cerca de 42 mil pessoas e a expectativa é de que sejam gerados cerca de R$ 50 milhões em negócios. A feira, que é considerada a segunda maior do País no segmento, será realizada durante quatro dias nos horários das 15h às 21h, de quarta a sexta-feira, e das 14h às 20h, no sábado. A entrada é grátis. A cerimônia de abertura da Autonor acontecerá terça-feira, no Cais do Sertão, às 18h30, com palestra magna do presidente da SKF Brasil e América Latina, Claudinei Reche.

Realizada no Centro de Convenções Pernambuco, no Recife, o evento atrai visitantes de toda a região. Estão confirmadas 60 caravanas vindas do interior de Pernambuco e de outros estados. “Com a Autonor, os mecânicos, lojistas e distribuidores do Norte e Nordeste não precisam se deslocar a eventos realizados no Sudeste ou em outros países para ter acesso aos últimos lançamentos da indústria mundial de autopeças. Além disso, a feira possibilita a negociação direta com diversos fornecedores em um só lugar”, afirma Bruna Miranda, diretora da Autonor Empreendimentos, empresa promotora da feira.

Além disso, o Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas estará promovendo seminários de capacitação para mecânicos, donos de oficinas e lojistas durante a Autonor. Nas palestras serão apresentadas as inovações tecnológicas aplicadas aos veículos recém-lançados no mercado e também serão abordados assuntos relacionados à gestão empresarial e às perspectivas futuras do setor automotivo.

Segundo a diretora do evento, a Autonor deverá apresentar resultados superiores aos do ano passado, “As feiras constituem-se num importante instrumento de promoção comercial, por isso a maioria das empresas está dando prioridade ao evento em suas estratégias para consolidar posição no mercado”, explica.

De acordo com Bruna Miranda, outro fator que deverá contribuir com os bons resultados do evento é a consolidação de Pernambuco como principal pólo distribuidor de autopeças da região. “Com a implantação da montadora da Jeep e das suas indústrias satélites, a importância do Estado nesse segmento cresceu ainda mais, o que traz benefícios diretos para a feira”, argumenta.

Devido à sua importância para o setor automotivo e para a economia da região, a Autonor conta com o apoio de importantes parceiros como o Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Turismo, além do Sincopeças, Sindirepa, e Sebrae.

Agressores poderão ter que usar tornozeleira eletrônica

Um projeto de lei em tramitação no Senado Federal prevê que os agressores de mulheres poderão ser obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas. O texto, que já foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) na semana passada, altera dois artigos da Lei Maria da Penha. Tudo isto para garantir às mulheres ofendidas o direito de solicitar o equipamento eletrônico, com o intuito de alertá-las sobre o descumprimento das medidas protetivas de urgência estabelecidas pela Justiça.

Segundo o relator do projeto, senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), o uso do dispositivo eletrônico pode ajudar a preservar a vida e a integridade física e psíquica de mulheres que foram vítimas de violência doméstica e familiar.

“Tristemente, parte da população ainda acredita que o Estado não deva intervir em caso de violência doméstica, segundo a máxima que briga de marido e mulher ninguém mete a colher. Bom, eu metia algema, né, quando eu era policial. Enquanto os costumes avançam a passos lentos e hesitantes, mulheres seguem sendo ameaçadas, agredidas e assassinadas. É necessário, portanto, intervir, para salvar vidas, para prevenir tragédias e para evitar impunidade”, comenta.

A escritora Simone Soares, de 41 anos, autora do livro “O que Deus fez por mim”, já foi abusada de várias formas: ela já sofreu violência física, psicológica, sexual e moral. Por muito tempo ela ficou calada, mas agora, se sente mais à vontade para falar sobre o assunto.

Os casos de abuso começaram ainda quando ela criança, aos 13 anos, em Abadiânia, Goiás. Segundo ela, durante um ano, o médium João Teixeira de Farias, mais conhecido como João de Deus, a abusava sexualmente.

Anos depois, quando ela já estava casada, Simone conta que voltou a ser insultada, violentada física e moralmente. Segundo ela, ao terminar o relacionamento, o ex-companheiro a ameaçava de morte, o que acarretou alguns traumas, principalmente, muita insegurança e medo. Por isso, ela é favorável ao projeto de lei que prevê que os agressores de mulheres poderão ser obrigados a usar dispositivos eletrônicos indicativos de suas localizações.

“Tudo o que for feito a respeito da proteção para a mulher é muito válido, porque é uma forma de intimidar, é uma forma de trazer um alerta e eu sou totalmente de acordo”, diz.

Atualmente, a Simone dá palestras, faz trabalhos de assessoria para mulheres que também sofreram algum tipo de violência e é fundadora do Projeto Hadassah. O intuito dela, agora, é terminar de construir a Casa de Apoio em Porto Seguro, onde ela poderá receber mulheres de todos os Estados brasileiros, durante alguns dias, e oferecer apoio à elas.

O projeto de lei, que prevê que os agressores de mulheres poderão ser obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas, segue para análise da Comissão de Constituição e Justiça, onde receberá decisão terminativa.