UNINASSAU promove aulões gratuitos para o ENEM

Objetivando estimular os estudantes que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) o @vaicairnoenem, em parceria com a Faculdade UNINASSAU Olinda, realiza aulões gratuitos, o primeiro acontece no dia 24 de agosto, das 9h às 12h, nas instalações da Faculdade, que fica localizada no shopping Patteo, em Olinda.

O diretor da UNINASSAU Olinda, Gregório Batista, destaca a importância da iniciativa. “ O nosso propósito é oportunizar aqueles que não podem arcar com as despesas de um curso preparatório ou aulões pagos. É sempre uma satisfação poder estar cumprindo o nosso papel, contribuindo ou realizando ações que envolvam responsabilidade social” afirma.

Criado para fazer a diferença na vida do vestibulando, o @vaicairnoenem é uma ferramenta de estudos online que reúne conteúdos atuais e de relevância, com temas centrais amplamente esclarecidos por professores renomados de todo o Brasil, além disso os estudantes de forma didática participam de desafios, testes de conhecimento e promoções.

Os interessados podem realizar a inscrição gratuitamente no link: http://sereduc.com/CBzE7i

Socioeducandos formados como eletricistas poderão atuar em indústrias e concessionárias

Doze jovens do sistema socioeducativo são os mais novos eletricistas de Pernambuco com habilitação para a manutenção de instalações prediais em baixa tensão. Os socioeducandos terminaram um curso ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Caruaru, no Agreste, por meio de uma parceria com a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). Os concluintes estão capacitados para atuar em indústrias, hospitais, estabelecimentos comerciais, concessionárias de energia ou como autônomos, passo importante para a reinserção social desse público e para a prevenção de reincidências em atos infracionais.

Os concluintes receberam dois certificados: o do curso de Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão e o de NR10, norma regulamentadora referente à segurança em instalações e serviços em eletricidade. Com turmas pela manhã e à tarde e carga horária de 240 horas/aula, a formação profissionalizante durou, aproximadamente, quatro meses. Foram repassadas noções sobre eletricidade, ferramentas, equipamentos e modos de instalação de dispositivos como sensores de presença e interfones.

O curso foi realizado no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru, voltado para jovens do local. Três dos 12 concluintes, porém, tiveram a medida de internação substituída pela de semiliberdade quando ainda participavam do curso e manifestaram interesse em continuar nas aulas, com apoio da equipe da Casa de Semiliberdade (Casem) Caruaru.

“O curso tem grande empregabilidade e é um dos que apresentam maior procura entre os ofertados pelo Senai. Há instituições que só contratam eletricistas que têm essa certificação obtida pelos socioeducandos, que englobou, inclusive, a NR10. De fato, os adolescentes e jovens atendidos pela Funase terminaram um curso com imenso potencial para abrir caminhos”, avaliou o coordenador do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase, Normando de Albuquerque.

Para o coordenador geral do Case Caruaru, Márcio Oliveira, a experiência desenvolvida na unidade foi positiva por conectar os anseios dos socioeducandos às demandas do mercado de trabalho. “O curso representou não apenas a oferta de um conhecimento, mas o esforço conjunto para oferecer uma oportunidade que capacitasse esses adolescentes para o ingresso no mercado de trabalho, de olho em instituições que solicitam, especificamente, essa formação profissionalizante”, afirmou.

A parceria com o Senai, sem ônus para os cofres públicos, também contemplou, nos últimos quatro meses, 50 socioeducandos do Case/Cenip Arcoverde e 50 do Case Pirapama, com o curso de Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão. Já no Case/Cenip Garanhuns, outros 50 adolescentes e jovens foram inseridos no curso de Aplicador de Revestimento Cerâmico. No Case Cabo de Santo Agostinho, o curso de Panificação, da mesma instituição de ensino, teve 25 alunos. Outra turma deve ser iniciada em breve naquela unidade e, nesta segunda-feira (9), no Case Abreu e Lima, totalizando mais de 200 socioeducandos atendidos no Estado.

Centro tem mais de 100 vagas em aberto na área de TI

O CESAR, maior centro de inovação do país, sediado em Recife, está com mais de 100 vagas abertas em tecnologia. Os candidatos, contudo, não precisam morar na capital pernambucana, pois o trabalho envolve jornada flexível e homeoffice, além de outros benefícios.

A empresa busca desenvolvedores de sistemas em todos os níveis para os cargos como engenharia de testes, de software e UX designer. Os candidatos devem possuir graduação superior em Ciência da Computação, Engenharia da computação, Sistemas de Informação e áreas afins.

Entre os principais benefícios oferecidos pelo CESAR destacam-se seguro de vida, modalidades esportivas in company, incentivo a idiomas, plano de saúde, odontológico, vale alimentação e auxílio creche. O salário é compatível com o mercado e varia de acordo com o nível e o cargo a ser ocupado.

“O CESAR, há mais de 20 anos, usa design e tecnologia para transformar as vidas de pessoas e organizações. Resolvemos problemas complexos e desafiadores, em um ambiente de trabalho descontraído, descentralizado e repleto de benefícios para nossos colaboradores”, afirma Andrea Queiroz, gerente de Gente e Gestão.

Os profissionais terão acesso fácil a cursos inovadores e em linha com as novas demandas do mercado de tecnologia, por meio da CESAR School, instituição de ensino administrada pelo CESAR. “As oportunidades de aprendizado dentro da empresa e também na nossa escola de inovação são imensas para quem busca crescimento e desenvolvimento profissional de forma contínua”, complementa Andrea.

Na contramão do mercado

Dados da OCDE apontam que o Brasil é um dos países que menos forma profissionais na área de tecnologia, engenharia e matemática. Apenas 17% das matrículas nas universidades brasileiras são em cursos do segmento – o que coloca o país atrás até de outras economias em desenvolvimento, como China (40%) e Índia (35%).

Na contramão, somos um dos países que mais consomem tecnologia. Dois em cada três brasileiros têm acesso à Internet, mais do que a média mundial. Além disso, gastamos mais tempo na internet até do que os americanos (9,1 horas contra 6,3 horas, respectivamente).

O mercado de TI, que corresponde a 7% do PIB, demandará 420 mil novos empregos entre 2018 e 2024, segundo relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). A falta de profissionais formados na área, contudo, dificulta o preenchimento das vagas. Em um país com mais de 13 milhões de desempregados, sobram postos em TI em aberto.

Pesquisa mostra que brasileiro valoriza aprendizagem contínua

Em uma economia em acelerada transformação, na qual o mercado de trabalho ganha nova configuração em ciclos cada vez mais curtos, é preciso estar em permanente aprendizagem. O conceito de lifelong learning (aprendizagem contínua) está fortemente difundido entre os brasileiros. É o que revela uma pesquisa inédita divulgada em agosto deste ano pela empresa britânica Pearson, da área educacional.

O levantamento foi realizado com 21,5 mil pessoas entre 14 e 70 anos em nove países. Entre os brasileiros entrevistados, 84% disseram que enxergam a educação continuada como ferramenta essencial para a evolução na carreira. Os índices são expressivos: 81% enquadraram-se na categoria de “aprendizes ativos”. Ou seja, frequentaram algum curso nos três anos anteriores à pesquisa ou pretendem fazer isso em um prazo de três anos.

O índice supera o verificado em países como África do Sul, Canadá, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos. O levantamento também contemplou China, Emirados Árabes Unidos e Índia. Além de visar o aprimoramento na atual área de domínio, os entrevistados apontaram a necessidade de conquista de novas habilidades e competências para fazer frente às demandas do mercado de trabalho. “Na educação, também é preciso estar em um processo constante de inovação. Um profissional que se mantém atualizado e que procura por novas aptidões é muito mais valorizado na hora de procurar emprego”, diz o reitor do Centro Universitário Internacional Uninter, Benhur Gaio.

“Esse também é um dos motivos da flexibilidade do centro universitário em oferecer as modalidades de ensino a distância, semipresencial e presencial, além de cursos de graduação, pós e extensão, para encaixar os estudos em qualquer rotina de vida”, afirma Gaio.

Sobre o Grupo Uninter

O Grupo Uninter é o maior centro universitário do país, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e a única instituição de ensino a distância do Brasil recredenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 500 mil alunos e, hoje, tem mais de 250 mil alunos ativos nos mais de 200 cursos ofertados entre graduação, pós-graduação, mestrado e extensão, nas modalidades presencial, semipresencial e a distância. Com centenas de polos de apoio presencial, estrategicamente localizados em todo o território brasileiro, mantém cinco campi no coração de Curitiba. São 2 mil funcionários trabalhando todos os dias para transformar a educação brasileira em realidade. Para saber mais acesse uninter.com.

Ministro diz que Brasil preservou 84% da Amazônia por esforço próprio

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participa do almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais – LIDE, no hotel Grand Hyatt.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ontem (9) que o Brasil preservou a Amazônia por esforços próprios. “O Brasil é um país que preservou 84% da sua floresta amazônica, e fez isso pelos seus méritos próprios, com seus esforços próprios e continua preservando e defendendo a floresta. Temos vários mecanismos financeiros que foram aventados internacionalmente, inclusive por ocasião do Acordo de Paris, e também do Protocolo de Quioto: o pagamento por serviços ambientais, por créditos carbonos, REDD [Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal ou, em inglês, Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation], enfim, todo esse arcabouço de recursos que são aventados no mundo para contribuir com a preservação.”

Em coletiva, Salles afirmou que será esta a postura do país na próxima Assembleia Geral da ONU, informando ainda que o país está aberto para receber recursos. “O Brasil está aberto para receber e quer fazer a materialização desses serviços o mais rápido possível para poder militar a serviço do meio ambiente, da floresta e da preservação.”

O ministro abordou o tema Agenda Nacional de Qualidade Ambiental no almoço-debate do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) que contou com a presença de CEOs, presidentes e demais lideranças corporativas, além de outras autoridades públicas em São Paulo.

O ministro do Meio Ambiente disse ainda que as atitudes do governo contra o desmatamento ilegal da Amazônia passam pela modernização do decreto de conversão de multas. “As tarefas de combate à criminalidade são desempenhadas sobretudo pelas autoridades policiais, dos órgãos de fiscalização ambientais, na parte de punições administrativas. A percepção penal relativa aos crimes ambientais é feita através do Judiciário. Além disso, estamos modernizando, inclusive, com a atualização do decreto de conversão de multas, dando maior celeridade ao programa”, disse

O Decreto 9.760 introduz mudanças na cobrança de multas do governo federal sobre crimes ambientais. O texto amplia as possibilidades de converter indenizações em ações de recuperação do ambiente, por exemplo. A principal mudança introduzida no decreto estabelece que os órgãos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente são obrigados a estimular a conciliação nos casos de infrações administrativas por danos ambientais e seguir um processo descrito no documento.

Quanto às críticas internacionais sobre o aumento das queimadas na Amazônia, Salles disse que o governo tomou todas as atitudes que poderia tomar em resposta ao aumento das queimadas e que a tendência é de controle. “O governo determinou uma inédita operação de garantia da lei e da ordem ambiental, colocando à disposição dos estados mais de 4 mil homens, diversas aeronaves, investimentos muito significativos no combate a esses focos de queimada e, também, no combate ao desmatamento ilegal. Todas as respostas à disposição do governo federal foram colocadas agora, em parceira com os governos dos estados, que também têm um papel importante nos dois temas, tanto no controle das queimadas, quanto no combate às atividades ilícitas. Esse esforço conjunto, com certeza, vai trazer resultados bastante rápidos e já estamos sentindo muitos deles em campo”.

Regulamentação fundiária e instituições ambientais

Durante a apresentação aos empresários, o ministro disse que o verdadeiro problema, que atrapalha o desenvolvimento econômico sustentável da Amazônia, é a falta de regularização de atividades de exploração na região. Citando reportagem do Wall Street Journal, Salles citou que 51% das queimadas na floresta ocorrem em áreas sem definição de titularidade, o que abre espaço para insegurança jurídica e desmatamento. “A regulamentação fundiária é pré-condição para que se tenha possibilidade de implantar responsabilidade para cuidar do que está lá”, afirmou.

Salles também culpou os governos anteriores por “incharem a máquina pública”, afetando duas das principais instituições ambientais brasileiras, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio).

“Tivemos governos anteriores que incharam a máquina pública, contrataram políticas públicas, uma série de despesas, sem preocupação com meritocracia e metas”, afirmou, ao ser questionado sobre a atuação do ICMBio e Ibama, no atual governo.

Salles criticou novamente governos anteriores para defender o uso da economia sustentável para ajudar brasileiros que moram na região. “E o que foi feito nos últimos anos? Quase nada. Entrou ano, saiu ano, e o pior Índice de Desenvolvimento Humano é na Amazônia. Alguma coisa precisa ser mudada para incluir essa população, que não pode ser deixada pra atrás”, afirmou.

Rachado, PSL se reúne nesta terça-feira para decidir o futuro do partido

A bancada do PSL na Câmara se reúne, nesta terça-feira (10), para lavar a roupa suja num processo que pode definir uma reestruturação interna. Em jogo, está o reposicionamento do partido no Congresso e o futuro da relação com as demais legendas para construir composições e assegurar apoio às agendas do governo. A sigla estará dividida em dois grupos. Um representado pelo líder, Delegado Waldir (GO), e outro pelo primeiro vice-líder, Felício Laterça (RJ).

As duas forças têm concepções semelhantes, mas com diferenças tênues. Waldir defende a manutenção da identidade “raiz” do PSL, com a preservação de valores e combate à corrupção, mas prega a manutenção de um bom relacionamento com os demais partidos para criar maioria nas votações em comissões e no plenário. Laterça, por sua vez, considera que a sigla não tem o real apoio de outras legendas, e classifica a liderança como “manca”, sem organização nem composição. Diz, ainda, haver a necessidade de voltar a olhar as demandas apresentadas pelas ruas.

Da reunião desta terça, a expectativa entre alguns deputados é de mudança, como a permanência ou a saída do líder do posto. O lado favorável a Laterça sustenta que seria a primeira eleição, de fato, para a definição da liderança, uma vez que a atual formação decorre de uma lista de apoiamento. Waldir, entretanto, rechaça o desdém e destaca ter sido legitimamente conduzido com 37 assinaturas.

A intenção da ala favorável à mudança no partido é, primeiro, depor Waldir, para, depois, discutir uma reestruturação mais ampla, com mudanças nas presidências estaduais da legenda. Esse segundo movimento seria uma resposta direta ao presidente nacional do PSL, Luciano Bivar (PE). Alguns deputados questionam o poder dele, e o classificam como centralizador e arbitrário, a ponto de ter expulsado o deputado Bibo Nunes (RS) do grupo de WhatsApp da sigla e das comissões de Turismo e Agricultura.

O próprio presidente Jair Bolsonaro é um dos mais interessados com o que está por vir. A alguns deputados do PSL, ele se queixa de erros e brigas internas do partido. Aos mais próximos, manifestou o desejo de mudanças nas presidências estaduais e confidenciou que, sem uma reestruturação, sairá da sigla. O Patriota poderia ser o lugar de destino. Ele mantém contatos com o presidente nacional da legenda, Adilson Barroso, que espera um embarque, no partido, de 30 deputados do PSL. Em uma possível troca de legenda, no entanto, Bolsonaro avisou que chamaria apenas aqueles em quem mais confia.

Ruptura
O PSL, admitem parlamentares de ambos os lados, nunca foi unido. As desavenças, recordam, existem desde a transição. Mas, em prol da agenda governista, tentaram deixar as diferenças de lado. Foi assim até a aprovação da reforma da Previdência. Os sintomas de ruptura começaram a ficar mais transparentes depois das votações, em plenário, do pedido de urgência para o projeto de abuso de autoridade, e do Projeto de Lei nº 11.021/18, que dá mais liberdade para os partidos usarem verbas do Fundo Partidário e do Fundo Eleitoral.

A votação do projeto, que altera regras eleitorais, em que a liderança orientou voto contrário e, depois, mudou para o “não”, foi a gota d’água. Na quinta-feira, Bibo iniciou coleta de assinaturas para convocar a eleição de um novo líder. No mesmo dia, atingiu 23. No domingo, um deputado alinhado a Laterça disse que eles contam com maioria. “O Waldir tem, no máximo, 18 votos. É apoiado mais por conveniência dos cargos que têm da liderança, e menos por afinidade”, crava.

Ao Correio, Waldir desdenha da lista que pede uma eleição e diz que isso ocorreu em pelo menos outras 10 ocasiões. “Sob minha liderança, temos 98% de afinidade com o governo. Na própria terça (antes da votação do PL nº 11021/18), chamei cerca de 40 deputados, e só dois fizeram objeção”, afirma. Laterça, por sua vez, entende que está na hora de ajustes para aperfeiçoar e considera que votar com o governo é apenas um reflexo. “A liderança tem de ter maior participação como um todo, não de forma absolutista”, pondera. Procurado, Bivar não se posicionou.

Com discurso de político, Huck prega conciliação e alfineta Lula e Crivella

Em reedição do discurso oficial de que é um cidadão interessado em ajudar o Brasil, o apresentador e empresário Luciano Huck exibiu a uma plateia de executivos, nesta segunda-feira (9), em São Paulo, uma fala cheia de recados políticos e algumas alfinetadas.

Ele, que esteve perto de se candidatar a presidente da República em 2018 e é considerado peça do xadrez eleitoral para a sucessão de Jair Bolsonaro (PSL), pregou combate ao que chamou de “retórica belicista que não leva a nada”.

“Eu não convivo bem com a polarização. Eu não sou um cara do grito, de falar alto. Eu não enxergo as pessoas que pensam diferente de mim como inimigos”, afirmou Huck durante seminário promovido pela revista Exame no auditório do hotel Unique, no Jardim Paulista (zona oeste).

Descrevendo-se como alguém “com a cabeça aberta”, o apresentador da TV Globo reiterou que o Brasil precisa se debruçar sobre problemas urgentes como a falta de mobilidade social e o atraso na educação.

Enquanto desfiava histórias de pessoas que conheceu ao viajar o país para gravações do programa “Caldeirão do Huck”, ele cobrou soluções para a desigualdade (“É decorrente da cultura escravocrata”), a miséria (“Lá [no norte de Minas] é fome, fome mesmo”) e as favelas (“Viraram parte da paisagem, e não podem ser”).

“A gente não acha que a gente vai discutir redução de desigualdade ou solução para a favela no Brasil com um monte de gente branca, rica, sentada numa mesa na Faria Lima”, disse, ao exaltar a necessidade de esforços conjuntos. Faria Lima é uma avenida nobre de São Paulo que concentra escritórios de grandes empresas.

“Se a gente não fizer nada, este país vai implodir”, resumiu, pausando a voz. “O abismo social é gigantesco, a desigualdade social é gritante. É inaceitável. Estou falando do fundo do meu coração.”

Ele conclamou a elite a abandonar a indiferença e “colocar a mão na massa” para buscar uma transformação no país.

“Isso não é um projeto pessoal, isso não é um projeto de poder, isso não é um projeto político. É um projeto de país”, discursou a certa altura, deixando em parte da plateia a sensação de que já fala como pré-candidato, embora em público ele não confirme o status.

Huck, que falou ter um “sonho maior”, “de um país maior, mais eficiente, menos desigual, afetivo em relação às pessoas”, despistou quando foi questionado no palco sobre candidatura. Ele saiu sem dar entrevista aos jornalistas que cobriam o seminário.

“Espero não estar sendo ingênuo”, disse duas vezes em sua participação no evento.

Huck se movimenta no cenário político ancorado na posição de entusiasta dos movimentos cívicos que buscam renovação política. Ele é um dos integrantes do Agora! e também atua como garoto-propaganda do RenovaBR.

“Eu quero ser um cidadão cada vez mais ativo, eu quero contribuir como for possível para que o Brasil seja um país mais eficiente e mais afetivo”, afirmou o apresentador.

E acrescentou: “Era muito mais fácil para mim ficar protegido, em casa, mas eu estou aqui trocando ideia com vocês. Eu podia fingir que não era comigo”.

Huck não é filiado a partido, mas tem proximidade com líderes de siglas como Cidadania (antigo PPS), DEM, Rede e PSDB. “Eu achei que o movimento mais inteligente a ser feito era pela sociedade civil, e foi através dos movimentos cívicos [que fiz].”

O apresentador também usou o microfone para cutucar o ex-presidente Lula (PT). “A gente precisa de uma narrativa conciliadora no Brasil. Não dá para ficar brigando com todo mundo, discutindo, iludindo as pessoas. E, olha, não é de hoje. Já usaram muito a retórica do ‘nunca antes na história deste país’. Não é verdade.”

“O ‘nunca antes na história deste país’ só foi possível porque antes disso teve um governo que organizou o Estado, equilibrou o Estado”, completou, em alusão ao Plano Real e à gestão Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Ele também lançou uma indireta para o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB-RJ), pela decisão de censurar, na Bienal do Livro, o gibi “Vingadores – A Cruzada das Crianças”, que retrata um beijo entre dois super-heróis homens.

“De coração, acho que o povo para valer não está preocupado com como é que é o desenho do casal que está no gibi da Marvel. As pessoas querem saber como a vida delas pode melhorar de verdade. É só isso”, disse Huck, despertando aplausos.

Sobre o governo de Bolsonaro, sua única referência explícita foi à área econômica, mas sem pronunciar o nome do presidente. “A agenda econômica deste governo é correta”, opinou.

Huck se tornou alvo de Bolsonaro nas últimas semanas, por ter falado em um evento que o governo dele é “o último capítulo do que não deu certo”, e vem preferindo manter silêncio diante das provocações.

Em reação, o titular do Planalto disse que o possível adversário deveria “parar de arrotar arrogância” e passou a atacá-lo por ter comprado um jatinho com subsídio do BNDES. Huck afirma que o empréstimo ocorreu dentro das regras e foi “transparente, pago até o fim, sem atraso”.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, o apresentador evitou declarar apoio no segundo turno. Como a Folha de S.Paulo publicou, ele se opôs à articulação de uma nota anti-Bolsonaro no Agora!, movimento de renovação política do qual faz parte. Huck fez parte da ala que barrou a elaboração de texto crítico ao então candidato do PSL.

Na época, o apresentador falou que não se posicionaria “a favor de nenhum candidato” ao Planalto e que via problemas tanto na candidatura de Bolsonaro quanto na de Fernando Haddad. “No PT eu nunca votei e jamais vou votar. Isso é fato”, disse.

Pupilos
A participação de Huck no evento da Exame foi precedida por uma mesa com parlamentares frequentemente citados pelo apresentador como bons exemplos da chamada nova política.

Ele chegou a tempo de ouvir a conversa para a qual foram convidados os deputados federais Vinicius Poit (Novo-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG) e Felipe Rigoni (PSB-ES) –os três apoiados pelo RenovaBR, escola de formação política que o comunicador incentiva.

Huck afirmou que ele e os parlamentares estão “imbuídos da mesma causa, que é qualificar o debate, tentar melhorar o capital humano na política brasileira, independentemente das matrizes ideológicas”.

“Os extremos não vão levar a nada no Brasil”, disse Poit no início do painel, que também teve o combate à polarização como tema central. “Vamos falar das coisas que a gente concorda”, reivindicou o deputado.

Rigoni defendeu a cultura do diálogo, “independentemente de origem, ideologia e atuação” do interlocutor.

O vereador paulistano Fernando Holiday (DEM-SP), outro que participou da mesa, lembrou que o MBL (Movimento Brasil Livre), organização que o catapultou, fez um mea-culpa pelo papel que desempenhou na radicalização do debate político.

Em entrevista à Folha de S.Paulo em julho, o coordenador nacional do movimento, Renan Santos, admitiu culpa pela polarização do país e pela retórica agressiva.

“Nós achávamos que a forma de o MBL crescer e atrair mais gente era usar como instrumentos a lacrada e a demonização dos nossos adversários políticos”, reforçou Holiday no palco do evento.

Segundo ele, o grupo quer romper com essa lógica e está organizando iniciativas em que propõe diálogos entre oponentes. Para Holiday, a beligerância contaminou o ambiente político a ponto de torná-lo quase inviável.

Huck, em conversas privadas, afirmou ter visto como salutar a decisão do MBL de admitir o erro e tirar o pé do freio.

Folhapress

Brasil e Peru reeditam final da Copa América em amistoso

Não faz muito tempo que a Seleção Brasileira deu um basta à má fase dos últimos anos. Há pouco mais de dois meses, a Canarinho batia o Peru por 3×1, no Maracanã, e conquistava a Copa América 2019. Na madrugada desta quarta-feira, à 0h, as duas equipes voltam a se encontrar. Desta vez, a ocasião e o palco do duelo são completamente diferentes. O embate acontecerá em Los Angeles (EUA) e o jogo tem apenas caráter amistoso, da mesma forma que ocorreu na última sexta-feira, quando Brasil e Colômbia empataram por 2×2, em Miami, também nos Estados Unidos.

O principal destaque do Brasil, como não poderia ser diferente, é novamente Neymar. O astro havia perdido a última Copa América por lesão e entrou em crise com o seu clube, o Paris Saint-Germain, ao tentar uma saída para o Barcelona. No entanto, parece que o inferno astral do craque dá uma trégua quando o atacante enverga a camisa 10 amarela. No jogo contra a Colômbia, coube ao jogador fornecer a assistência para Casemiro, no primeiro gol. Depois no segundo tempo, também saiu dos seus pés o gol de empate, quando a Canarinho estava em desvantagem no placar.

Foi a primeira vez que o atleta disputou um jogo inteiro desde úlitmo mês de maio. E, como de costume, o técnico Tite rasgou elogios ao desempenho do atacante. “O rendimento de Neymar foi superior às minhas expectativas. Conversávamos sobre ficar de olho nele a partir dos 45 minutos, porque o jogador começa a pensar algo, mas não consegue executar. Mas ele estava pensando e executando, me surpreendeu”, explicou o treinador, pouco após o empate contra a Colômbia. Para o jogo, o técnico Tite deve dar mais espaço a jovens como Vinícius Júnior e Lucas Paquetá.

PERU
Diferentemente do Brasil, que empatou o seu amistoso nos EUA dias atrás, o Peru busca recuperação. Afinal, a equipe comandada pelo técnico Ricardo Gareca decepcionou e foi derrotada por 1×0 para o Equador, em Nova Jersey. Para o confronto, o time não terá um de seus principais jogadores, o centroavante Paolo Guerrero. O veterano, de 35 anos, atua pelo Internacional de Porto Alegre e pediu dispensa ao treinador, pois o Colorado disputaria uma vaga na final da Copa do Brasil. No entanto, o que mais incomodou o comandante do escrete peruano foi a atuação contra o Equador. “Reconhecemos que não tivemos claridade, mas o adversário chegou duas vezes a nosso gol e fez um. Então acho que temos que melhorar”, analisou o treinador. Uma seleção como a nossa não pode relaxar. Por isso sempre digo que o caminho é difícil, que temos que nos preparar bem, todos os jogos que disputamos são importantes”, afirmou o argentino.

FICHA TÉCNICA:

Brasil
Weverton; Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva (Militão) e Alex Sandro; Casemiro, Arthur, Lucas Paquetá (Coutinho); Neymar, David Neres e Roberto Firmino. Técnico: Tite.

Peru
Gallese; Advíncula, Santamaría, Abram e Trauco; Tapia, Gonzáles, Costa (Carrillo), Flores e Cueva; Ruidíaz. Técnico: Ricardo Gareca.

Local: Memorial Coliseum, em Los Angeles (EUA)
Horário: 0h (do Recife)
Arbitragem: não divulgada
Transmissão Tv: Rede Globo e SporTV

Pernambuco reúne gigantes da indústria de autopeças em feira que deve atrair mais de 40 mil pessoas

Começa na nesta quarta-feira (11) mais uma edição da Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste – Autonor. O evento, que comemora 20 anos em 2019, não só reúne profissionais do setor, como lojistas, distribuidores, balconistas e mecânicos, mas também homens e mulheres apaixonados por carros, que também desejam ficar por dentro das últimas novidades do segmento. Entre os expositores, estarão gigantes da indústria de autopeças como SKF, Bosch, Gates, Fras-le e Dayco, entre outras.

São esperadas cerca de 42 mil pessoas e a expectativa é de que sejam gerados cerca de R$ 50 milhões em negócios. A feira, que é considerada a segunda maior do País no segmento, será realizada durante quatro dias nos horários das 15h às 21h, de quarta a sexta-feira, e das 14h às 20h, no sábado. A entrada é grátis. A cerimônia de abertura da Autonor acontecerá terça-feira, no Cais do Sertão, às 18h30, com palestra magna do presidente da SKF Brasil e América Latina, Claudinei Reche.

Realizada no Centro de Convenções Pernambuco, no Recife, o evento atrai visitantes de toda a região. Estão confirmadas 60 caravanas vindas do interior de Pernambuco e de outros estados. “Com a Autonor, os mecânicos, lojistas e distribuidores do Norte e Nordeste não precisam se deslocar a eventos realizados no Sudeste ou em outros países para ter acesso aos últimos lançamentos da indústria mundial de autopeças. Além disso, a feira possibilita a negociação direta com diversos fornecedores em um só lugar”, afirma Bruna Miranda, diretora da Autonor Empreendimentos, empresa promotora da feira.

Além disso, o Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas estará promovendo seminários de capacitação para mecânicos, donos de oficinas e lojistas durante a Autonor. Nas palestras serão apresentadas as inovações tecnológicas aplicadas aos veículos recém-lançados no mercado e também serão abordados assuntos relacionados à gestão empresarial e às perspectivas futuras do setor automotivo.

Segundo a diretora do evento, a Autonor deverá apresentar resultados superiores aos do ano passado, “As feiras constituem-se num importante instrumento de promoção comercial, por isso a maioria das empresas está dando prioridade ao evento em suas estratégias para consolidar posição no mercado”, explica.

De acordo com Bruna Miranda, outro fator que deverá contribuir com os bons resultados do evento é a consolidação de Pernambuco como principal pólo distribuidor de autopeças da região. “Com a implantação da montadora da Jeep e das suas indústrias satélites, a importância do Estado nesse segmento cresceu ainda mais, o que traz benefícios diretos para a feira”, argumenta.

Devido à sua importância para o setor automotivo e para a economia da região, a Autonor conta com o apoio de importantes parceiros como o Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Turismo, além do Sincopeças, Sindirepa, e Sebrae.

Carlos Bolsonaro diz que país não terá transformação rápida por vias democráticas

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), escreveu na segunda-feira (9) em seu perfil no Twitter que, por “vias democráticas”, não haverá as mudanças rápidas desejadas no país.

“Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos… e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!”, escreveu Carlos.

Apontado como responsável pela estratégia do presidente nas redes sociais, Carlos provocou turbulências no primeiro semestre após ataques a integrantes do governo do pai, mas vinha evitando polêmicas nos últimos meses.

O presidente Jair Bolsonaro está internado em um hospital de São Paulo após passar por cirurgia no domingo (8), a quarta decorrente da facada que levou há um ano durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O vice-presidente, general Hamilton Mourão, ficará no comando da Presidência até quinta-feira (12).

Antes de escrever que não haverá transformações rápidas no país por vias democráticas, Carlos afirmou que o atual governo tenta colocar o Brasil “nos eixos”, mas que os “avanços são ignorados, e os malfeitores esquecidos”.

A postagem de Carlos repercutiu rapidamente entre seus seguidores. Parte dos internautas encarou a manifestação como um apoio a um modo autoritário de governo.

A influência de Carlos no governo Bolsonaro foi motivo de críticas no começo do ano de políticos e de alguns militares ligados à administração federal.

Em um dos episódios mais ruidosos, em meio à crise das candidatas laranjas do PSL reveladas pela Folha de S.Paulo, Carlos divulgou em seu perfil no Twitter uma gravação de seu pai indicando que o presidente não havia conversado com o então ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, diferentemente do que este havia dito.

Chamado de mentiroso por Carlos e depois pelo próprio presidente, Bebianno acabou demitido.

Ligado ideologicamente ao escritor Olavo de Carvalho, Carlos também centrou ataques a Mourão e ao general Santos Cruz, ministro da Secretaria de Governo que foi demitido em junho.

Jair Bolsonaro chegou a defender seu filho em março, afirmando que há pessoas que querem afastá-los, mas “não conseguirão”.

Junto com a mensagem, na ocasião, publicou uma foto em que é amparado por Carlos no corredor de hospital.

“Algumas pessoas foram muito importantes em minha campanha. Porém, uma se destacou à frente das mídias sociais, com sugestões e conteúdos: Carlos Bolsonaro, meu filho. Não por acaso muitos, que nada ou nunca fizeram para o Brasil, querem afastá-lo de mim”, escreveu Bolsonaro.

“Não conseguirão: estando ou não em Brasília continuarei ouvindo suas sugestões, não por ser um filho que criei, mas por ser também alguém que aprendi a admirar e respeitar pelo seu trabalho e dedicação”, concluiu.

Folhapress