Instituições promoveram oficina de capacitação para costureiras de Caruaru

No sábado (21), 40 mulheres envolvidas no ramo de confecções de Caruaru participaram da “1ª Oficina Mulheres na Confecção: Negociando Melhores Condições de Trabalho”, promovida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), e Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). A atividade fez parte do projeto “Vozes da Moda: Agreste 2030”, encabeçado pelo DIEESE, e aconteceu no auditório da SPM.

A ação foi desenvolvida com o objetivo de promover o debate sobre o trabalho das mulheres na atividade de confecção, identificando espaços de construção de ações coletivas que possibilitem melhores condições de trabalho por meio do diálogo social. “A gente veio desenvolver essa ação aqui no Polo de Confecções do Agreste, pensando em olhar como esse trabalho se dá na região, como envolve as pessoas, se elas têm uma relação assalariada, formalizada, informal, enfim, como essas mulheres estão inseridas em todo esse processo produtivo”, explicou a economista do Dieese, Milena Prado, palestrante do evento.

A economista destacou também o papel da SPM em possibilitar esse momento. “A SPM É um órgão extremamente importante no sentido de promover, de articular políticas públicas, que não só prepara a condição das mulheres para melhor se inserir na questão do trabalho, mas resgatando um pouco dessa cidadania, da importância delas”, frisou Milena. O projeto, segundo Milena, foi discutido com o Instituto C&A, que investe em pesquisas e estudos voltados para a área da melhoria das condições de trabalho nas cadeias têxteis e confecções. A segunda etapa da oficina será realizada em breve, e terá como foco a construção de ações coletivas.

A ação desenvolvida hoje em Caruaru, tem o projeto original veiculado ao Instituto Etos, que trabalha com responsabilidade empresarial, o Repórter Brasil, que atua com investigação jornalística na área de cadeias produtivas com relação ao trabalho, e o Instituto Impacto, que trabalha na erradicação do trabalho escravo. A costureira autônima Maria Valdinete, do Bairro das Rendeiras, participou do evento e aprovou a iniciativa e o conteúdo repassado. “Essa oportunidade de hoje foi muito esclarecedora e nos abriu novos horizontes. Foi também o momento de conhecer novas pessoas, trocar ideias e saber mais dos nossos direitos”, destacou.

Armando e Mendonça presenciam a força da fé do sertanejo

O pré-candidato ao governo do Estado pela frente “Pernambuco Vai Mudar”, senador Armando Monteiro (PTB), marcou presença na manhã do domingo (22) a uma das mais tradicionais demonstrações da cultura popular pernambucana, a Missa do Vaqueiro. A 48ª edição do evento ocorreu, como de costume, no Parque Estadual João Câncio, na zona rural do município de Serrita, no Sertão Central.

Armando chegou ao parque acompanhado do pré-candidato ao Senado, deputado federal Mendonça Filho (DEM), do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do deputado federal Fernando Bezerra Coelho (DEM) e do pré-candidato a deputado estadual Antônio Coelho (DEM). Também integraram a caravana da mudança o prefeito Erivaldo Oliveira (PSD) e o ex-prefeito de Serrita, Carlos Cecílio, além dos ex-prefeitos Eudes Caldas (Cabrobó), Guilherme Coelho (Petrolina) e Neguinho (Cedro), do vice-prefeito de Salgueiro, Chico Sampaio, e lideranças de vários municípios da região.

Conversando com os vaqueiros que seguiriam para o parque, ele ouviu palavras de incentivo e críticas ao atual Governo do Estado. “Quando o senhor chegar lá no Palácio das Princesas, faça diferente”, disse, montado em seu cavalo, o vaqueiro José Luciano de Melo Batista, morador de São José do Belmonte.

No caminho para o parque, o senador ouviu mais palavras de estímulo. O supervisor de vendas Cleudyr Nascimento veio do município metropolitano do Cabo de Santo Agostinho e fez questão de tirar uma selfie com Armando. “Sou eleitor dele já há algum tempo. Precisamos mudar o nosso Estado”, afirmou.

Para Armando, a Missa do Vaqueiro é “uma demonstração inequívoca da força da fé do povo sertanejo”. “É comovente estar aqui e constatar essa força. A Missa do Vaqueiro é uma referência e uma inspiração para todos os pernambucanos”, enalteceu o pré-candidato.

ANS está segura da cobrança de 40% em coparticipação, diz diretor

Apesar da recente decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, de suspender liminarmente a regra que fixa em até 40% o pagamento de exames e consultas em planos de saúde de coparticipação, o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Rodrigo Aguiar, continuou a defender, em entrevista exclusiva à Agência Brasil por e-mail, a manutenção do índice. “Não há razões técnicas que justifiquem a alteração do índice. A ANS está segura quanto à adequação do percentual definido”, disse.

Aguiar disse que a competência da agência para editar a Resolução Normativa nº 433, que trata do assunto, foi balizada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que analisou previamente a proposta. O diretor comentou ainda sobre recente polêmica envolvendo o papel da ANS: a função de agências reguladoras, segundo ele, é promover o equilíbrio do setor, sem atuar em prol de um único público.

O diretor da ANS classificou ainda como “totalmente equivocada” a afirmação de que houve “expansão de maneira irresponsável” dos limites de coparticipação. Segundo ele, tais mecanismos existem há mais de 20 anos sem qualquer limite imposto às operadoras. “Hoje, são aplicados percentuais de 50%, 60%, 70%. A norma determinou um teto de 40%”. Ele também negou que a ANS tenha, nos últimos anos, recomendado que esse índice ficasse em 30%.

Movimento do Comércio avança 3,1% no semestre, diz Boa Vista SCPC

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, avançou 3,1% no acumulado do 1º semestre de 2018, de acordo com os dados apurados pela Boa Vista SCPC. Na avaliação mensal dessazonalizada, a atividade cresceu 1,0% ante maio. No acumulado em 12 meses, o indicador avançou 4,5% (julho de 2017 até junho de 2018 frente ao mesmo período do ano anterior). Já na avaliação contra junho do ano anterior, houve alta de 3,1%.

Os resultados de junho apontam o varejo voltando a crescer, após as turbulências associadas à greve dos caminhoneiros no final de maio. Também ocorreu evolução no semestre, mas em ritmo menor do que esperado, devido ao baixo desempenho da economia e mercado de trabalho fragilizado. Espera-se que com a continuidade da expansão do crédito, melhora no emprego e na confiança dos consumidores, ocorra a consolidação de um ritmo de recuperação maior no segundo semestre.

Setores

Na análise mensal, dentre os principais setores, o setor de “Móveis e Eletrodomésticos” apresentou aumento de 2,0% em junho, descontados os efeitos sazonais. Nos dados sem ajuste sazonal, a variação acumulada em 12 meses foi de 6,2%.

A categoria de “Tecidos, Vestuários e Calçados” cresceu 1,3% no mês, expurgados os efeitos sazonais. Na comparação da série sazonal, nos dados acumulados em 12 meses houve avanço de 2,2%.

A atividade do setor de “Supermercados, Alimentos e Bebidas” ficou estável no mês na série dessazonalizada. Na série sem ajuste, a variação acumulada subiu 3,9%.

Por fim, o segmento de “Combustíveis e Lubrificantes” subiu 0,5% em junho considerando dados dessazonalizados, enquanto na série sem ajuste, a variação acumulada em 12 meses ainda apresenta queda de 1,3%.

Abaixo a tabela contemplando os valores mencionados.

Shopping Difusora oferece muitas atrações para o fim de semana

Com o tema “Dê o play na diversão”, o Shopping Difusora vem com uma série de atrações para quem quer aproveitar o período de férias para se divertir, inclusive no fim de semana. Por lá, a diversão é garantida para toda a família. Entre as atrações, destaque para competições, espetáculos teatrais e a tão falada Casa do Terror, que aparece como uma das principais atrações.

Montada no primeiro piso do mall, a Casa do Terror traz cenários, objetos e situações que fazem jus a toda expectativa que foi gerada. Além do mais, monstros e fantasmas habitam o espaço, complementando a atmosfera digna de um verdadeiro filme de terror. A atração é voltada para todo o público que tiver coragem, com funcionamento que vai das 14h às 20h. Os ingressos custam o valor único de R$ 10.

Muitas outras atrações fazem parte das férias do Shopping Difusora. No terceiro piso do mall, na Play Toy, os apaixonados por vídeo game terão oportunidade de participar de um campeonato de árcade. O primeiro lugar na competição ganhará premiação especial. O regulamento para os interessados em participar está disponível no Facebook e Instagram do Shopping Difusora.

“No mês de julho, o difícil mesmo é encontrar motivos para ficar em casa. No Shopping Difusora, não só as crianças, mas os adolescentes também encontram opções para diversão. Tudo isso se une a atrações que já fazem parte do Shopping, a exemplo do cinema, que virá com muitos lançamentos e as demais opções de entretenimento”, completa o gerente de Marketing, Welter Duarte.

ARTIGO – Os motores diesel e o futuro

Por Gilberto Leal

Para poder desenhar e pavimentar com segurança os caminhos que as futuras gerações deverão trilhar no desenvolvimento das tecnologias diesel, é preciso entender a fundo todas as transformações energéticas envolvidas nos mecanismos de transporte de bens e pessoas. Os motores diesel serão fabricados por muito tempo ainda, mas requerem desenvolvimento assertivo até sua substituição quase que completa em horizonte de muito longo prazo.

Por pior que seja o cenário econômico que a indústria da mobilidade esteja vivenciando mundialmente – incluindo aí os setores de máquinas agrícolas, construção civil e apoio a toda sorte de atividades – e com impacto ímpar no Brasil, é de fundamental importância discutir seriamente o que o futuro nos indaga para fazer agora, para que ele seja mais ameno, sustentável e correto para as futuras gerações, o meio ambiente e a economia global.

Não se pode mais falar de um único motor diesel projetado eficientemente se pensado de forma unitária, como nos primórdios de sua criação. Essa máquina térmica de elevada eficiência, que tanto já contribuiu para a evolução mundial, precisa trabalhar de forma uníssona e integrada com todo o sistema de transmissão de forças existente no maquinário do trem de força, porém já não mais de forma mecânica e rudimentar, como nos tempos de alavanca e engrenagem puras.

Cada vez mais computadorizado, o comando dos diferentes mecanismos torna as ações resultantes dos conjuntos em movimento mais eficientes e autônomas, deixando livre a capacidade mental do indivíduo que conduz a máquina para a execução de tarefas mais nobres e engenhosas.

A busca eterna e incansável pela eficiência energética tem como aliada a tecnologia da integração. As diferentes máquinas que integram um único veículo – como motores, transmissões, eixos e mecanismos de disponibilização de movimento para implementos – são cada vez mais comandadas por centrais computadorizadas. Estes decisores já começam a receber informações até do ambiente externo para que sejam antecipadas as reações do maquinário, no sentido de operar com previsão antecipada dos fatos para aumentar a segurança, o rendimento e a facilidade de manuseio.

Esses novos veículos, quase que pensantes e já com maior capacidade de autogoverno, requerem indubitavelmente novos materiais, novos combustíveis e lubrificantes, além de novas técnicas construtivas, para que possam emitir menos poluentes indesejáveis e utilizar cada vez mais cada centésimo da fonte de energia propulsora, seja o diesel ou outro tipo de combustível com características semelhantes, obtido de forma ecologicamente correta.

Somente com domínio de cada um dos capítulos tecnológicos mencionados acima é que poderemos desenhar o futuro que desejamos. Nesse sentido, os profissionais envolvidos com o desenvolvimento das tecnologias diesel, bem como a integração destas com os diferentes maquinários que coabitam o mesmo veículo, estão convidados a participar ativamente do 15º Fórum SAE BRASIL de Tecnologias Diesel e Alternativas para Veículos Comerciais e Fora de Estrada, que será realizado dias 14 e 15 de agosto, no Teatro Positivo, em Curitiba. Contribua com sua opinião e faça parte deste desenho do futuro!

ARTIGO — Devo aceitar qualquer emprego?

Por Fernanda Andrade

Com a crise econômica, o índice de desemprego está na casa dos 13 milhões. É muita gente buscando uma recolocação profissional. E, como o mercado obedece a lei da oferta e da procura, muitos salários foram reduzidos. Dessa forma, está praticamente impossível encontrar a oportunidade dos sonhos. Mas, isso quer dizer que devo aceitar qualquer emprego? Não necessariamente.

Todos precisamos trabalhar, mas é preciso lembrar que o trabalho não é apenas um meio para a nossa sobrevivência, ele é também um meio para a nossa realização pessoal e profissional. Sendo assim, é muito importante que busquemos uma oportunidade que realmente nos complete e nos faça cumprir os objetivos profissionais que traçamos. A questão financeira é sim muito importante, mas nunca deve ser avaliada de forma isolada.

Quando surge uma oportunidade de emprego precisamos nos fazer várias perguntas. A primeira questão é sobre a cultura da empresa. É muito importante fazer o que se gosta e em um ambiente saudável. E, não há nada pior do que trabalhar em um local com o qual não nos identificamos. Tudo parece se tornar um fardo. E, por mais que a necessidade financeira seja grande, muito provavelmente o profissional não irá aguentar isso por muito tempo.

Outra questão é o alinhamento de competências. Muitas vagas podem ser para cargos e responsabilidades inferiores aos que você estava acostumado e, a princípio, isso pode parecer muito desestimulante. No entanto, tudo depende do ponto de vista e das oportunidades que podem ser oferecidas futuramente. Nesse sentido, é imprescindível analisar as possibilidades de plano de carreira e desenvolvimento que a empresa pode proporcionar. Às vezes, vale a pena encarar um sacrifício temporário.

O candidato também deve sempre avaliar o clima organizacional. Pesquise sobre a empresa e, se possível, procure conversar com atuais e ex-colaboradores. Ninguém melhor do que eles para dizer se vale a pena investir nesta empresa. Empresas com bons ambientes de trabalho são muito mais saudáveis e proporcionam colaboradores mais felizes e produtivos. Aquelas que oferecem opção de home office estão entre as que possuem maior índice de satisfação. No final, satisfeitos, todos saem ganhando.

Quem não está encontrando uma opção interessante no mercado de trabalho precisa avaliar também a possibilidade de seguir uma carreira solo. Dependendo da área em que você atua, talvez seja possível se tornar um consultor. Nessa hora, também é comum alguns profissionais resolverem empreender. Nesse caso, é preciso muita cautela e planejamento para que o negócio dê certo. Estudar muito bem o mercado e a área em que se pretende atuar é fundamental.

Por fim, cabe destacar que a relação entre candidato e empregador deve ser sempre muito clara, honesta e transparente. Trata-se de uma situação equilibrada, onde um não tem vantagem sobre o outro. Desempregadas, muitas pessoas tendem a achar que devem aceitar “qualquer coisa”, mas isso não é bem uma verdade. Procure negociar de igual para igual. A empresa não é soberana e cabe uma relação justa, onde o potencial empregado se sinta valorizado e respeitado.

Wyden Educacional lança graduação semipresencial

Os cursos de graduação ofertados na modalidade semipresencial da Wyden Educacional, que em Caruaru atua no Centro Universitário UniFavip|Wyden, estão com inscrições abertas até o dia 29 de setembro. São mais de dez cursos ofertados: Administração, Ciências Contábeis, Gestão Comercial, Gestão Financeira, Gestão Hospitalar, Gestão Pública, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Tecnologia da Informação, Logística, Marketing, Processos Gerenciais, Serviços Jurídicos e Notariais e Engenharia de Produção.

No modelo semipresencial 70% do curso será ofertado na modalidade online e 30% na modalidade presencial. O estudante contará com o suporte do professor e do tutor online, e também participará de três encontros presenciais por semana, com o suporte do tutor presencial.

Com o objetivo de proporcionar educação de qualidade internacional para os alunos, a modalidade semipresencial da Wyden conta com a expertise e diploma emitido pelo Unifavip, Centro Universitário com todos os cursos reconhecidos e avaliados pelo MEC.

Todas as instituições de ensino Wyden disponibilizarão seus polos para os alunos. Caso o interessado seja de Caruaru e região, as inscrições podem ser feitas pelo site http://damasiounifavip.com.br/unifavip-semipresencial.

Regras de IOF sobre empréstimos são atualizadas pela Receita

Agência Brasil

A Receita Federal atualizou as regras da cobrança do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) nas operações de renegociação de empréstimos. A edição de sexta (20) do Diário Oficial da União traz a Instrução Normativa nº 1.814 com a atualização.

“O objetivo é evitar contenciosos administrativos ou judiciais causados por interpretação equivocada das regras de cálculo do IOF na prorrogação, renovação, novação ou consolidação de operações de crédito”, disse a Receita, em nota.

Segundo o órgão, há ações judiciais semelhantes em diversas regiões do país em que os contribuintes alegam que na prorrogação, renovação, novação, composição e consolidação de operações de crédito não haveria nova cobrança de IOF sobre os montantes que conformaram a base de cálculo na contratação original.

A Receita diz que o cálculo do IOF sobre operações de crédito é realizado pela aplicação de uma alíquota diária ao montante da operação, com cobrança limitada aos primeiros 365 dias. “Na apuração do imposto devido deve-se levar em consideração diversos fatores, como o prazo decorrido até cada amortização, atrasos e adiantamentos nos pagamentos ou a prorrogação de contrato, aspectos que podem modificar o valor do imposto a pagar”.

Nas operações de crédito com prazo inferior a 365 dias, a base de cálculo do IOF será o valor não liquidado da operação anteriormente tributada. Essa tributação será considerada complementar à anteriormente feita, aplicando-se a alíquota em vigor à época da operação inicial até completar 365 dias.

Nas operações de crédito com prazo igual ou superior a 365 dias, haverá incidência de IOF complementar sobre o saldo não liquidado da operação anteriormente tributada. A exceção é se a operação já tiver sido integralmente tributada pelo prazo de 365 dias.

Pesquisa mostra a importância da MPE para manutenção dos empregos no Brasil

O número de micro e pequenas empresas cresceu no Brasil nos últimos anos, mesmo com a crise iniciada em 2016. Nesse contexto, as MPE foram responsáveis por evitar uma redução ainda maior do nível de emprego do país. Essas são algumas conclusões que constam do Anuário do Trabalho nos Pequenos Negócios, elaborado pelo Sebrae, a partir de informações do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese).

O documento revela, que no período de 2006-2016, a participação desse nicho de empresas no estoque de emprego no país cresceu de 53,5% para 54,5%. Em dez anos, houve um aumento de 1,1 milhão de pequenos negócios no Brasil, o que representa crescimento de 21,9% no número de empresas, responsáveis pela geração de mais cinco milhões de novos empregos. Em consequência, em 2016, chegou a 16,9 milhões o total de postos de trabalho nas empresas de pequeno porte.

O Anuário também mostra que o percentual de demissões nos pequenos negócios foi proporcionalmente menor do que nas médias e grandes empresas. Na crise econômica, enquanto as MPE perderam 300 mil trabalhadores, entre 2014 e 2015, e 600 mil, de 2015 para 2016, nas médias e grandes empresas essa perda foi bem maior: de 1,1 milhão e de 900 mil, respectivamente.

“A crise econômica que atingiu o país em 2015 e 2016 foi a responsável pela quebra na longa sequência de crescimento anual do número de pequenos negócios no Brasil. Desde 2006, essa elevação foi contínua, mantendo-se a taxa média de 2,4% ao ano, o que persistiu até 2015”, explica Vinicius Lages, diretor administrativo financeiro e presidente em exercício do Sebrae. Porém, ele acrescenta que “somente em 2016, 102 mil estabelecimentos deixaram de existir, reduzindo-se a 6,8 milhões o número MPE, o que configura uma queda da ordem de 1,5% no número de empreendimentos. Ainda assim, a participação relativa dos pequenos negócios no total de estabelecimentos do país se manteve em 99%, ao longo desse período”.

Remuneração – Entre 2006 e 2016, conforme o Anuário, a remuneração média real dos trabalhadores lotados nos pequenos negócios cresceu 25,3%, enquanto a dos trabalhadores das médias e grandes corporações subiu 14,3%, levando à redução das diferenças de salários pagos por esses dois grupos de empresas.

A maior parte dos empregados está no setor de Serviços, que agrupava em 2006, 34,4% das micro e pequenas empresas, percentual elevado a 41,7% em 2016. Já a participação no Comércio caiu de 51,7% (2006) para 42,8% (2016). Mesmo assim, esse setor se manteve como a atividade com maior número de pequenos empreendedores: 2,9 milhões empresas.

O estudo revela ainda que, de 2012 a 2016, a quantidade de empreendedores por “conta própria”, categoria em que o empreendedor não contrata funcionários, registrou aumento de 9,8%. Já a elevação de empregadores foi bem mais expressiva: 19,8%. Essa categoria, que representa 16% do total de donos de negócio no país, está crescendo expressivamente na região Sul, onde estão as menores taxas de informais, e 88% das empresas legalmente constituídas.

No período de 2006 a 2016, a diferença da remuneração média real entre homens e mulheres caiu de quase 20% para 16,8%. Em 2016, havia proporcionalmente mais trabalhadores do sexo masculino nos pequenos negócios do que nas médias e grandes empresas (51,9% nos pequenos negócios contra 48,1% nas MGE), mas essa diferença ainda era maior quando se trata dos trabalhadores do sexo feminino (58,4% contra 41,6%). Embora representem menos de um terço dos empregadores, a participação de mulheres nesta categoria aumentou de 27,6%, em 2012, para 30,2%, em 2016.

O Anuário mostra que a maior parte dos empregadores das micro e pequenas empresas de todas as regiões do país, de ambos os sexos, possuía ensino médio completo ou superior incompleto, em 2016. No Nordeste e Norte, porém, as mulheres apresentavam maior nível de escolaridade (incluindo o superior completo). No caso dos “contas próprias”, o perfil também difere. A maior parte dos homens possuía, em 2016, ensino fundamental incompleto, enquanto as mulheres, em sua maior parte, tinham o ensino médio completo ou superior incompleto.