MEC vai investir R$ 1 bilhão em programas de formação de professores, com 190 mil vagas

O Ministério da Educação vai investir R$ 1 bilhão na Política Nacional de Formação de Professores, com a criação de 190 mil vagas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid), no Programa de Residência Pedagógica e na Universidade Aberta do Brasil (UAB). Os recursos investidos, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para o biênio 2018/2019, vão garantir 45 mil vagas para o Pibid, 45 mil vagas para a Residência Pedagógica e 100 mil vagas na UAB. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 28, no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presença do presidente Michel Temer e do ministro Mendonça Filho.

“É sempre uma satisfação anunciar investimentos para a educação””, disse o presidente Michel Temer. “Hoje estamos destinando mais de R$ 1 bilhão para a formação de professores, medida que vem somar-se ao muito que nosso governo, por meio do Ministério da Educação, tem realizado em favor do sistema educacional.” Ele ressaltou, ainda, a importância de uma boa formação para crianças e jovens. “É um grande alicerce para uma economia próspera e uma democracia vibrante. Daí o empenho que todos temos em modernizar a educação em nosso país.”

O ministro da Educação, Mendonça Filho, falou da importância dos programas para o futuro da educação brasileira. “Esta é uma política pública cujos resultados normalmente aparecem no médio e longo prazo, mas se houver foco, planejamento, dedicação de todos e união, evidentemente, os objetivos serão alcançados.” Também na cerimônia, destacou ações do MEC ao longo dos dois últimos anos. “Num prazo inferior a dois anos estamos consolidando políticas públicas muito fiéis ao que foi planejado desde o início da nossa gestão à frente do Ministério da Educação”, disse, citando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o estímulo à educação em tempo integral, a Reforma do Ensino Médio, as mudanças no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o Financiamento Estudantil (Novo Fies).

Com o lançamento dos três editais dos programas, o Governo Federal investe no compromisso com a valorização dos docentes no Brasil. Os editais fazem parte de um grande conjunto de ações para melhoria da política de fomento da educação básica, uma das prioridades da atual gestão do Ministério da Educação. Eles atendem a objetivos estratégicos, envolvendo desde a ampliação do número de discentes de licenciatura até o aprimoramento dos mecanismos de indução.

O novo edital do Pibid tem por objetivo promover a iniciação do licenciando no ambiente escolar ainda na primeira metade do curso, visando estimular, desde o início da jornada do docente, a observação e a reflexão sobre a prática profissional no cotidiano das escolas públicas de educação básica. Os selecionados serão acompanhados por um professor da escola e por um docente de uma das instituições de educação superior participantes do programa.

Já o Programa de Residência Pedagógica visa a induzir o aperfeiçoamento do estágio curricular supervisionado, por meio da imersão do licenciando – que esteja na segunda metade do curso – numa escola de educação básica. A imersão deve contemplar, entre outras ações, regência de sala de aula e intervenção pedagógica. Assim como no Pibid, cada selecionado será acompanhado por um professor da escola com experiência na mesma área de ensino do licenciando, e por um docente de instituição de educação superior. O lançamento desses dois editais, além de assegurar a continuidade do Pibid, visa o aperfeiçoamento da formação de professores para a educação básica e com a valorização dos cursos de licenciatura.

A apresentação foi feita pela secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. Ela destacou que, na educação básica, 85% dos alunos brasileiros estão em escolas públicas. “Nós estamos olhando, com esta política, tanto a formação inicial como a continuada dos professores. A formação continuada é desenvolvida por várias secretarias do Ministério da Educação, como a Secretaria da Educação Básica, a Secadi, a Setec e a Sesu”, disse, referindo-se às secretarias de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, de Educação Profissional e Tecnológica e de Educação Superior. “Hoje estamos falando da formação inicial e da importância de uma proposta articulada.”

Os dois programas, Pibid e Residência Pedagógica, fazem parte da nova Política de Formação de Professores, anunciada pelo ministro da Educação em outubro de 2017. Ambos são desenvolvidos em estreita colaboração com as redes de ensino dos estados e dos municípios, enquanto que as instituições superiores organizam seus projetos institucionais, articulados com a proposta pedagógica das redes de ensino, que sediarão os subprojetos. As instituições também serão selecionadas por meio de edital.

UAB – O terceiro edital da série consiste na articulação de ofertas do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), uma iniciativa do Ministério da Educação para oferecer aos professores que atuam fora de suas áreas de formação a oportunidade de obter a capacitação adequada. A existência de professores lecionando fora de sua área de formação tem sido identificada pelo índice de formação docente do Censo da Educação Básica, cuja última edição data de 2017.

Em 2016, o Sistema UAB completou 10 anos. O programa, instituído pelo Decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006, visa à expansão, democratização e interiorização da oferta de cursos e programas de educação superior no país por meio da modalidade educação a distância. Desde então, segundo a Capes, o uso de tecnologias de comunicação e informação no processo de ensino e aprendizagem tem contribuído para incrementar o alcance e a qualidade da formação de professores, principalmente para municípios e estados que carecem de cursos de pós-graduação voltados aos professores de suas redes de ensino.

Inscrições para a primeira edição do Novo Fies são prorrogadas até esta sexta-feira (02)

O período de inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao primeiro semestre de 2018 foi prorrogado até o próximo dia 2 de março. “A decisão foi tomada para não prejudicar os candidatos e instituições, uma vez que cerca de 400.000 inscrições ainda se encontram na fase de preenchimento no Sistema de Seleção do Fies”, explica o diretor de políticas e programas de educação superior do MEC, Vicente Almeida. Até as 17h desta quarta-feira, 28, o sistema havia registrado 387.488 inscrições concluídas e 427.431 inscrições em andamento.

O Novo Fies é um modelo de financiamento estudantil moderno, que divide o programa em diferentes modalidades, oferecendo condições a quem mais precisa e uma escala de financiamentos que varia conforme a renda familiar do candidato. Para esta edição, serão ofertadas 155 mil vagas. No total, em 2018, o número chegará a 310 mil vagas. Dessas, 100 mil terão juro zero para os estudantes que comprovarem renda per capita mensal familiar de até três salários mínimos.

As outras duas modalidades, chamadas de P-Fies, destinam-se a estudantes com renda familiar de até cinco salários mínimos. Para atender a essa parcela de candidatos, o Novo Fies terá recursos dos Fundos Constitucionais e de Desenvolvimento.

O resultado será publicado em 5 de março, em chamada única. No caso dos estudantes inscritos pelo P-Fies, a relação de selecionados sairá em 12 de março. Com exceção do P-Fies, os candidatos não convocados poderão manifestar interesse por lista de espera entre 6 e 30 de março.

A principal mudança no programa é a transparência nas informações. E mais: os candidatos incluídos na situação das vagas com juro zero começarão a pagar as prestações respeitando o seu limite de renda. Dessa forma, os encargos diminuem consideravelmente. Agora, o estudante terá a possiblidade de pagar o financiamento respeitando sua condição de vida.

Seleção – Para poder concorrer a uma vaga, o candidato deverá cumprir por antecipação os seguintes requisitos: ter feito uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos, e obtido nota maior que zero na redação.

As inscrições são realizadas exclusivamente pela internet, na página do Fies Seleção. Em caso de pré-seleção em uma das vagas disponíveis para financiamento, o estudante deverá complementar informações da sua inscrição e, posteriormente, fechar a contratação.

Poderão ser financiados os cursos de graduação com conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), ofertados pelas instituições de ensino superior participantes do Fies.

Também poderão fazer parte do programa os cursos que, ainda não avaliados pelo Sinaes, estejam autorizados para funcionamento pelo cadastro do MEC. Durante o curso, o estudante deverá ter rendimento para ser aprovado em todas as matérias.

Projeto relatado por Armando ampliando o microcrédito vai à sanção presidencial

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) parecer do senador Armando Monteiro (PTB-PE) a projeto de lei de conversão que, entre outros benefícios aos micro empreendedores, aumenta para R$ 200 mil anuais o limite da renda bruta para se ter acesso ao microcrédito. Antes, só podia obter microcrédito quem tinha receita apenas até R$ 120 mil por ano. Já votado na Câmara dos Deputados, a matéria na qual foi convertida a Medida Provisória 802 vai agora à sanção presidencial.

O projeto de lei moderniza o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), criado há 12 anos. Em outra alteração importante, autoriza o uso no microcrédito dos recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Nordeste (FNE), Norte (FNO) e Centro-Oeste (FCO). Permite, também, orientação pela internet – e não apenas presencial – ao tomador do microcrédito, reduzindo os custos deste tipo de financiamento.

Segundo Armando Monteiro, o projeto fortalece o PNMPO, estimulando o empreendedorismo popular, a geração de renda da parcela mais vulnerável da população e tornando possível a saída de programas sociais como o Bolsa Família. “Mais do que um mero mecanismo de crédito, o PNMPO é um instrumento fundamental de combate à pobreza”, assinalou o senador pernambucano.

Simpósio sobre eleições e administração pública lota auditório da PGE-PE

O Simpósio “Os Reflexos do Período Eleitoral para a Administração Pública” – realizado pelo Centro de Estudos Jurídicos da Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) em conjunto com a Escola Superior de Advocacia da OAB Pernambuco (ESA/OAB-PE) e Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) – reuniu dezenas de pessoas no auditório da PGE-PE na tarde desta terça (27) e marcou o lançamento da Cartilha Eleições 2018, publicação dirigida à administração pública estadual. O evento contou com um público formado por procuradores-gerais dos estados do Nordeste, advogados e servidores.

A mesa – presidida pelo procurador-geral César Caúla – foi composta pelo desembargador do TRE-PE Gabriel Cavalcanti e pelos palestrantes Luiz Fernando Pereira (advogado) e por Wellington Saraiva (procurador regional eleitoral substituto em Pernambuco), além dos debatedores Carlos Neves, presidente da ESA-PE e Walber Agra, procurador do Estado e professor da Faculdade de Direito do Recife/UFPE.

Com orientações gerais aos agentes públicos estaduais, a cartilha vem sendo publicada pela PGE-PE em ano eleitoral desde 2006, sempre com as atualizações necessárias e em linguagem simples. “O objetivo é antever situações, garantindo segurança jurídica aos atos dos servidores e agentes públicos”, afirmou o procurador-geral César Caúla.

Para o presidente da ESA-PE, Carlos Neves, a legislação eleitoral afeta diretamente a administração pública no seu poder discricionário, uma vez que cria normas e restringe esse poder com um rol de condutas que lhes são proibidas. “É em razão dessas restrições que estamos realizando esse evento em parceria com os atores, agentes públicos, principalmente aqueles que são procuradores, que cuidam de dar pareceres, de orientar gestores, agentes políticos, para atuação nesse período eleitoral”, enfatizou.

A publicação 2018 foi atualizada pelas procuradoras Suely Barros, da Assessoria do Gabinete, e Giovana Ferreira, chefe da Procuradoria Consultiva, e impressa com apoio da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Está disponível on-line no site da PGE-PE (www.pge.pe.gov.br).

 

 

Paulo Câmara embarca 37 alunos para o Chile por meio do Programa Ganhe o Mundo

Pelos próximos seis meses, 37 alunos da Rede Pública Estadual oriundos de 18 municípios pernambucanos estudarão no Chile por meio do Programa Ganhe o Mundo (PGM). O governador Paulo Câmara acompanhou, nesta quarta-feira (28.02), o embarque dos estudantes ao país, no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre, na Imbiribeira. O programa dá oportunidade de os jovens cursarem um semestre letivo em escola de High School, proporcionando o aprimoramento da língua estrangeira. Ao todo, 1.035 alunos terão viajado ao final desta 7ª edição do programa, sendo 485 somente neste primeiro semestre. Entre os países já contemplados estão Estados Unidos, Nova Zelândia, Canadá, Alemanha, Austrália e Espanha. Ainda haverá embarques para a Argentina e para a Colômbia.

“O Ganhe o Mundo tem feito a história e a vida de muitos alunos. Eles vão para essa experiência e voltam dominando uma segunda língua, conhecendo uma nova cultura e sabendo que podem realizar sonhos e que estarão preparados para os desafios do mundo. É só se dedicar, estudar, que as oportunidades aparecem e o Governo de Pernambuco motiva isso. Mais de seis mil pernambucanos já ganharam o mundo e, com certeza, vão ganhar muito mais”, afirmou o governador Paulo Câmara.

O governador também destacou a importância das relações que são estabelecidas a partir dessa experiência. “Os alunos criam uma rede de relacionamentos que vão levar para a vida. No mundo globalizado em que vivemos, isso vai facilitar muito a vida deles e, com certeza, todo aluno que teve a oportunidade de participar do Ganhe o Mundo, sabe que isso ajudou muito na sua formação e que está transformando sua vida”, concluiu.

Além da oportunidade de estudar um semestre fora do Estado, o programa de intercâmbio do Governo de Pernambuco oferece aos estudantes seguro saúde internacional, passagens aéreas, acomodação em casa de família (host family) com todas as refeições garantidas, além de uma bolsa mensal. Todos os estudantes embarcados pelo PGM também recebem malas de viagem doadas pela Companhia Pernambucana de Gás – Copergás, uma das parceiras do programa.

O secretário de Educação, Fred Amâncio, comentou que, ao mesmo tempo em que estão sendo realizados os últimos embarques da 7ª edição, a pasta já está se preparando para os próximos, com a seleção de novos alunos. O gestor também destacou que o programa passou a abranger mais estudantes de mais escolas. “Começamos a perceber que o Ganhe o Mundo está tendo uma maior amplitude e chegando a todas as escolas. Isso é muito bom, pois incentiva não apenas um grupo de estudantes, mas todos os estudantes, estimulando todos os alunos a se esforçarem cada vez mais”, pontuou Fred.

Entre os alunos que embarcaram para o Chile está Mirtis Karolayne, de 17 anos. A jovem irá ao exterior pela primeira vez e já sabe que o intercâmbio lhe proporcionará boas experiências. “Com certeza, essa oportunidade vai me ajudar porque ter outra língua no mercado de trabalho, hoje, é um diferencial. É um prazer muito grande ter essa oportunidade porque é um sonho meu conhecer outros países, línguas, pessoas e culturas diferentes. Então, é um privilégio receber essa oportunidade que o Ganhe o Mundo e o Governo de Pernambuco estão me dando”, comemorou Mirtis.

Células-Tronco oferecem esperança para o autismo

O “transtorno do espectro autista” é uma denominação que deriva do ‘autismo’, quadro clínico que está associado a uma falha na regulação da maturação e capacidade de diferenciação dos neurônios. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a patologia atinge 80 milhões de pessoas no mundo – 2 milhões delas no Brasil, sendo maior a incidência no sexo masculino, em uma proporção de quatro meninos para uma menina.

Em busca de um tratamento para essa condição, diversos estudos clínicos indicam que o transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical pode trazer melhorias dos sintomas comportamentais de indivíduos com autismo. Uma pesquisa com pacientes do Shandong Jiaotong Hospital e do Shandong Rehabilitation Therapy Center, na China, incluiu 37 crianças de 3 a 12 anos com autismo. Quando comparados ao grupo controle, os pacientes submetidos à terapia obtiveram melhora nos parâmetros medidos 24 semanas após a infusão. Foram monitorados itens como relacionamento com outras pessoas, retraimento social, consciência corporal, letargia, hiperatividade, irritabilidade, dificuldades de fala, entre outros.

Para Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, essa pesquisa abre portas para futuros estudos sobre o autismo. “Os protocolos de tratamentos com células-tronco estão cada vez mais frequentes, pois trata-se de células adultas e livres de impurezas, o que garante maior eficiência em seu uso terapêutico. Após a coleta, as células-tronco são avaliadas e armazenadas e podem ficar congeladas por tempo indeterminado sem que haja a perda de suas propriedades”, destaca.

Doenças tratadas com o sangue do cordão umbilical – Segundo a Fundação Parent’s Guide to Cord Blood, o sangue do cordão umbilical vem apresentando importantes resultados clínicos para o tratamento de diversos tipos de patologias. “Dentre as principais estão a Leucemia, Talessemia e Linfomas. Além disso, muitas doenças encontram-se em estudo avançando, como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids”, finaliza Tatsui.

Atenção para as mudanças no Imposto de Renda 2018

Começa nesta quinta-feira, 1º de março, o prazo de entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física e a Receita Federal já anunciou as mudanças para este ano. Será exigido a partir de agora o CPF dos dependentes incluídos na declaração que tenham com oito anos ou mais. Até então essa obrigatoriedade era a partir dos 12 anos. E em 2019, acaba o limite de idade. A obrigatoriedade será para todos os dependentes, de qualquer idade. Além disso, a Receita Federal informou que este ano o Programa Gerador de Declarações – PGD Dirf2018 vai pedir aos contribuintes informações mais detalhadas sobre seus bens declarados, como endereço de imóveis, matrícula, IPTU, e data de compra, além do número do Renavam de veículos. Porém o contribuinte não será o obrigado a fornecer tais informações. O vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro, Samir Nehme, alerta:

“É importante reunir todos os documentos desde já e não deixar essa tarefa para a última hora, já que é preciso fazer o lançamento de todos os rendimentos. O maior risco de cair na malha fina está na omissão, em esquecer de declarar algum ganho. Para facilitar o trabalho de reunir documentos, a dica é criar uma pasta, com a inscrição ‘Imposto de Renda’ e nela colocar durante todo o ano os vários recibos de médicos, pagamentos de planos de saúde, notas fiscais, enfim tudo, de tudo o que é necessário constar na declaração. Há muita gente que não sabe nem mesmo o que pode deduzir”, explica o contador.

A mais aguardada alteração, a atualização da tabela, não foi feita. Samir Nehme comenta: “Pelo terceiro ano o governo não atualiza a tabela e com isso as pessoas que recebem a partir de R$ 1.903,98, que tem menos condições financeiras, continuam sendo obrigadas a declarar o imposto. Se houvesse o reajuste da tabela, esse valor subiria para até R$ 3.556,56”, pontua.

O período de entrega da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física 2017 se estende até 30 de abril.

Em 2018, a Receita espera receber 28,8 milhões de declarações, 340 mil a mais do que no ano passado.

Veja quais são os documentos necessários para fazer sua Declaração de Imposto de Renda com tranquilidade:

Cópia da declaração do IR de 2017, impressa, arquivada na memória do computador, gravada em CD ou em pendrive;

Informes de rendimentos das fontes pagadoras (para assalariados autônomos);

Informe de rendimentos do INSS (para quem recebe benefícios previdenciários)

Informes de rendimentos bancários;

Informes de pagamento de contribuições a entidades de previdência privada;

Recibos de despesas escolares dos dependentes ou do contribuinte (é preciso nome e CNPJ dos estabelecimentos);

Recibos de aluguéis pagos/recebidos;

Nome e CPF dos beneficiários de despesas com saúde;

Nome e CNPJ de pagamentos a pessoas jurídicas como hospitais, planos de saúde, clínicas de exames laboratoriais, entre outros;

Nome e CPF de beneficiários de doações/heranças e respectivo valor;

Nome e CPF dos dependentes maiores de 8 anos;

Nome e CPF de ex-cônjuges e de filhos para provar pagamento de pensão alimentícia;

Dados do empregado doméstico com os recolhimentos das contribuições ao INSS;

Escrituras ou compromissos de compra e/ou venda de imóveis, terrenos, adquiridos ou vendidos em 2017;

Documento de compra e/ou venda de veículos; além de marca, modelo, placa e nome e CPF/CNPJ do comprador ou do vendedor;

Documento de compra de veículos ou de bens por consórcios em 2017;

Documentos sobre rescisões trabalhistas, com valores de salários, FGTS, entre outros;

Título de Eleitor para quem for declarar pela primeira vez.

Novo feriado é alvo de críticas de empresários

O novo feriado estadual, comemorado em 6 de março, foi alvo de críticas dos empresários de Caruaru. A Data Magna estadual, que passa, efetivamente a ser comemorada em 2018, é vista com preocupação pelos lojistas da cidade. A data marca o início da Revolução Pernambucana de 1817, considerada pelos historiadores como primeiro ato em busca da Independência do Brasil.

Apesar de ser um dia festivo e lembrar um fato importante da história, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caruaru, Adjar Soares, afirma que o novo feriado vai trazer prejuízos ao comércio. “Vivemos um momento de dificuldades e a economia passar a dar sinais de recuperação. Com mais um feriado, podemos afirmar que prejudica as lojas”, disse.

Ainda de acordo com ele, devido a ser a primeira vez que o feriado vai ser comemorado não tem como medir o impacto, mas pelo fato do dia ser a terça, sempre com intensa movimentação, não será bom para os lojistas. “O começo do mês é sempre de movimentação, as pessoas recebem os salários e estão dispostas a consumir. Não é apenas o comércio que fecha, mas também indústria e bancos. Será uma data cujo prejuízo não tem como recuperar depois”, avalia.

Abertura

Vale lembrar que o Sindicato dos Lojistas do Comércio de Caruaru (Sindloja) informou que o comércio tradicional e os centros de compras (shoppings, Fábrica da Moda e Polo Caruaru) podem funcionar no dia 6 de março.

No entanto, o lojista deverá fazer a solicitação até o dia 1º de março, ao Sindloja e ao Sindecc, enviando comunicado contendo a relação dos empregados que irão trabalhar no feriado, acompanhando as datas das respectivas folgas contempladas no prazo de 30 dias. Os funcionários que trabalharem no feriado terão ajuda de custo no valor mínimo de R$ 45 reais.

Interne traz workshop de “sensações do sono”

Há 20 anos no mercado, a Interne Soluções em Saúde promove o 1º Workshop Norte-Nordeste de Sono e Qualidade de Vida, na Interne Educação (Rua Marques Amorim, 356-B – Boa Vista, Recife), no dia 10 de março, a partir das 9h. Nomes de referência no tratamento do sono participam do workshop. As inscrições, que são gratuitas, já estão abertas no site www.interneeduca.com.br

O evento é promovido pelo DurmaBem, programa desenvolvido pela Interne há oito anos que tem objetivo diagnosticar e tratar pacientes com dificuldades para dormir e/ou portadores de doenças como insônia, apneia e outros distúrbios intrínsecos ao sono. O workshop é baseado no mais moderno método de ensino atual, o PBL (Problem Based Learning), muito utilizado em faculdades de Medicina no mundo todo. O público poderá participar ativamente da discussão de casos clínicos, desenvolvendo a habilidade de trabalhar em grupo. Nos casos, atores convidados irão descrever como é a sua noite de sono, interagindo com os profissionais e ouvintes presentes.

No “Quarto dos Sonhos”, montado em um espaço de 50 m² – projetado pelo arquiteto Mario Baô –, os participantes têm acesso a um cômodo que leva em consideração as condições ideais para dormir bem. Segundo a fisioterapeuta especialista em Sono e coordenadora do Programa Durmabem, Lidiane Santana, vários fatores são importantes para o paciente atingir o sono REM, a fase restauradora, quando o corpo fica relaxado e os sonhos acontecem. “Além da rotina saudável de ir todos os dias para a cama no mesmo horário sem o celular, a iluminação, a arrumação e as cores do quarto influenciam na qualidade do sono do paciente”, afirma.

Entre os nomes confirmados, a médica Luciana Palombini, do Instituto do Sono/SP, que é especialista em Medicina do Sono pela Sleep Medicine Board/ American Association of Sleep Medicine. Requisitada para falar sobre sono em programas de televisão de audiência nacional, como o “Encontro com Fátima Bernardes”, Luciana Palombini é referência mundial em pesquisas na área.

Outro destaque é Katie Almondes, psicóloga, coordenadora do Departamento de Neurociência do Comportamento do Sono na Associação Brasileira de Sono (ABS) e presidente da ABS/seção-RN, ela conduz a palestra “Por que dormir bem?”. De acordo com Almondes, para dormir bem é preciso estar atento a vários fatores. “Respeitar o ritmo de início e finalização do sono; ter um ambiente satisfatório e prepará-lo para dormir adequadamente; evitar atividades físicas próximas ao horário de dormir; fazer lanches leves antes de ir para a cama; evitar o uso de aparelhos eletrônicos horas antes de dormir; fazer atividades relaxantes; seguir a quantidade de sono, que, normalmente, o senso comum diz ser entre 7 e 8 horas, mas, na verdade, cada fase do desenvolvimento humano tem uma quantidade necessária. Para uma criança, por exemplo, o ideal é de 10 a 11 horas, já para um adolescente, de 9 a 10 horas”, diz.

Dentro da lógica multidisciplinar na abordagem do sono, que também passa pela alimentação, a natural chef Dani Britto e a nutricionista Tina Hartmann apresentam as opções de produtos no mercado, como chás, grãos e cereais, além de receitas que podem ajudar a dormir melhor. O workshop também conta com os espaços “Seja Zen” e “DurmaBem”. No primeiro, serão vivenciadas as práticas integrativas da saúde do sono, como Yoga, meditação, relaxamento, Osteopatia e Posturologia, entre outras. No segundo, os alunos de saúde inscritos no workshop poderão fazer as suas apresentações, respeitando a lógica das sensações do evento.

ARTIGO — Formação de Poupança de longo prazo é parte da solução

Luís Ricardo Marcondes Martins

A controvérsia dos últimos dias em torno da devolução de recursos pelo BNDES ao Tesouro Nacional, algo que pode colocar em risco o seu papel de banco de fomento, colocou em destaque um debate que o Brasil precisa travar com urgência: uma necessária discussão sobre onde mais, além do Estado às voltas com uma grave crise fiscal, o País pode buscar os investimentos capazes de sustentar a renovação de sua maltratada infraestrutura e o crescimento de sua economia. Os estudiosos do tema têm a resposta e ela é o indispensável estímulo ao crescimento da poupança previdenciária, uma solução recomendada como evidência em estudos internacionais e apoiada pela melhor prática global.

O Brasil é historicamente um País carente de poupança interna e nada tem mudado nesse quesito, basta ver que estatísticas recentes nos mostraram como a segunda Nação que menos poupa na América Latina. A taxa brasileira varia em torno de 14%, algo muito próximo do que a própria poupança das entidades fechadas de previdência complementar representa em proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Para sentir como estes percentuais são modestos, basta dizer que no caso dos EUA as reservas constituídas para pagar futuras aposentadorias e pensões já superam 90% do PIB. O Reino Unido já encostou nos 100% e vários países admirados pelo seu alto grau de desenvolvimento, como Holanda, Suíça e Austrália, entre outros, há muito já deixaram essa marca para trás.

A receita é muito simples: ao aderir a uma entidade fechada de previdência complementar o trabalhador passa a acumular uma reserva em seu nome para fins previdenciários, um dinheiro que ao longo do tempo que falta para chegar à aposentadoria vai aumentando através dos investimentos que são feitos e com isso ajudam a economia a crescer. E não há poupança melhor, uma vez que permanece estável por décadas a fio. É assim no Mundo e também no Brasil, sendo a escala brasileira apenas muito mais modesta, como consequência da falta de uma política governamental que de fato a incentive. Se esse incentivo existisse com certeza não faltariam recursos para irrigar a economia e fazer crescer o emprego e a renda dos brasileiros.

A lição a tirar é clara: é preciso que o Estado brasileiro, os mercados e dentro deles os formadores de opinião, se comportem como verdadeiros protagonistas e defendam a poupança previdenciária como a solução que não pode mais tardar. Várias lideranças empresariais têm manifestado preocupação com a ameaça de o BNDES perder parte importante de sua capacidade de emprestar, algumas lembraram inclusive que entidades fechadas de previdência complementar seriam compradoras naturais de debêntures voltadas para o financiamento de projetos de infraestrutura. Todas essas manifestações foram muito válidas, é claro, mas para que tenham consequências será preciso que o sistema fechado de previdência complementar volte a crescer com vigor, pois essa será a única forma de assegurar o crescimento das reservas.

O País depende extraordinariamente disso, ainda mais nesse momento de encolhimento do Estado. Entre os anos de 2010 e 2015, o BNDES, Banco do Nordeste e fundos regionais responderam por cerca de 70% dos recursos que alimentaram projetos de longo prazo, ficando 16% com os bancos privados e apenas 14% com o mercado de capitais. Em 2015, a parcela deste último desabou para 4%. É isso que precisa mudar, rápido.

Às entidades fechadas de previdência complementar interessa essa mudança, até porque nesse momento de queda dos juros buscam gradualmente investimentos alternativos aos títulos públicos, e aplicações na infraestrutura e na economia real podem muito bem ser uma resposta se forem seguras, rentáveis e dotadas de adequada liquidez. Assim, fica mais uma vez claro que a previdência complementar fechada é parte da solução.