Estradas federais registram 67 mortes e 987 acidentes nos feriados de fim de ano

Da Agência Brasil

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anotou 987 acidentes em rodovias federais de todo o país durante o feriado de ano novo. Deste total, 183 foram considerados acidentes graves porque resultaram em pelo menos uma morte ou uma pessoa ferida gravemente. No caso, foram 1.008 feridos e 67 mortos.

A Operação Rodovida, etapa Ano Novo, abrange o período entre os dias 29 de dezembro de 2017 e 1º de janeiro de 2018. No ano anterior, o levantamento foi feito entre os dias 30 de dezembro de 2016 e 1º de janeiro de 2017. Nele, foram registrados 1.081 acidentes que resultaram em 1.130 feridos e 87 mortos.

Segundo balanço divulgado nesta terça-feira (2) pela PRF, houve 36.724 flagrantes de excesso de velocidade em rodovias federais. Além disso, 3.208 motoristas foram flagrados fazendo ultrapassagens irregulares.

Neste ano, a fiscalização teve como foco o combate a condutas como ultrapassagens irregulares, excesso de velocidade e direção após o consumo de álcool. De acordo com a PRF, foram emitidos 565 autos de infração para motoristas que dirigiram depois de ingerir bebida alcoólica. Isso corresponde a um flagrante de condutor embriagado a cada 42 testes com bafômetro.

Ainda segundo o levantamento, 1.646 motoristas foram flagrados sem cinto de segurança. A PRF emitiu 257 autos de infração para motociclistas sem capacete, e fez 308 flagrantes de motoristas trafegando com crianças sem cadeirinha.

Maia diz que mudar a Previdência é a “mais importante reforma social do país”

Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou hoje (2) as redes sociais para voltar a defender a aprovação da reforma da Previdência. Segundo Maia, a reforma é importante para solucionar o desequilíbrio fiscal do país e adiar a votação da proposta é “empurrar para o futuro a urgência de uma agenda social que mude de fato a vida do brasileiro”.

Em mensagens publicadas no seu perfil no Twitter, o presidente da Câmara disse que a mudança nas regras da aposentadoria é a “mais importante reforma social do país”.

O projeto da reforma, enviado pelo governo e alterado algumas vezes no Congresso para deixar as mudanças menos duras, está previsto para ser votado pelos deputados no dia 19 de fevereiro.

“Há uma urgência, sim, que o Brasil volte a ser um país seguro para atrair investimentos. Mas mais do que isso, aprovar a reforma é a única forma de garantirmos que o aposentado, o servidor público e o trabalhador jovem irão receber suas aposentadorias num futuro próximo”, escreveu Maia.

Como se trata de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma da Previdência precisa ser aprovada duas vezes por 308 dos 513 deputados, antes de ser analisada no Senado, também em dois turnos.

Balança comercial fecha 2017 com saldo de US$ 67 bi, maior resultado da história

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A recuperação dos preços internacionais dos bens primários e a safra recorde fizeram a balança comercial fechar 2017 com o melhor saldo positivo registrado até hoje. No ano passado, o país exportou US$ 67 bilhões a mais do que importou, melhor resultado desde o início da série histórica, em 1989.

O resultado está dentro das estimativas do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que previa que o superávit comercial ficaria entre US$ 65 bilhões e US$ 70 bilhões no ano passado. Apenas em dezembro, a balança fechou com saldo positivo de US$ 4,99 bilhões.

As exportações totalizaram US$ 217,7 bilhões em 2017, com alta de 18,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após cinco anos. A alta do ano passado, no entanto, foi insuficiente para retomar o recorde de exportações registrado em 2011, quando as vendas externas tinham somado US$ 256 bilhões.

As vendas de produtos básicos cresceram 28,7% no ano passado pelo critério da média diária. As exportações de produtos semimanufaturados subiram 13,3%, e as vendas de produtos industrializados aumentaram 9,4%, também pela média diária.

Em 2017, os preços médios das mercadorias exportadas subiu 10,1%, beneficiado pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional). Os destaques foram minério de ferro, com alta de preços de 40,9%, semimanufaturados de ferro e aço (34,3%) e petróleo bruto (32,2%).

O volume exportado aumentou 7,6% em 2017, impulsionado tanto pela recuperação da indústria como pela safra recorde do ano passado. Os principais destaques foram automóveis de passageiros (44,6%), milho em grão (35%) e soja em grão (33,2%).

Importações

O reaquecimento da economia também fez as importações subirem no ano passado. As compras do exterior somaram US$ 150,7 bilhões em 2017, com alta de 10,5% sobre 2016 pela média diária, o primeiro crescimento após três anos. As importações de combustíveis e lubrificantes aumentaram 42,8%. As compras de bens intermediários e de consumo subiram 11,2% e 7,9%, respectivamente. Somente as importações de bens de capital (máquinas e equipamentos usados na produção) caíram 11,4% em 2017.

“Em 2016, as exportações tinham caído 3,5% e as importações tinham caído 20%. No ano passado, houve uma diferença brutal, com crescimento das exportações e também das importações. Os economistas leem esses dados como sinal da recuperação da economia brasileira”, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.

Ex-governador e quatro ex-secretários do Amazonas voltam à prisão

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Congresso em Foco

O ex-governador do Amazonas José Melo e quatro ex-secretários de governo estão presos na Superintendência da Polícia Federal do Amazonas, em Manaus. Eles foram detidos novamente no final da tarde de domingo (31). A Justiça Federal determinou as prisões após acatar pedido do Ministério Público para reverter decisão do juiz de plantão Ricardo Salles, que no dia 26 de dezembro libertou o ex-governador e os ex-secretários.

Mello e seus ex-secretários estavam detidos desde 21 de dezembro, acusados de desvio de R$ 50 milhões da saúde pública do Amazonas.

A juíza federal Ana Paula Serizawa considerou que não existem documentos ou fatos novos a serem considerados e que não cabe a juiz plantonista revisar decisão anterior. Com base nesses argumentos, a magistrada anulou a prisão domiciliar concedida aos acusados e determinou a expedição imediata dos novos mandados de prisão.

De acordo com a Polícia Federal, ainda não há previsão de transferência dos presos do prédio da superintendência para presídio federal. O ex-governador do Amazonas foi cassado em maio do ano passado por compra de votos na eleição de 2014. Na época, ele afirmou que considerava a decisão injusta e negou a prática de qualquer ato reprovável.

País não vai tremer se Lula for preso, diz FHC

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Congresso em Foco

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem de provar que é capaz de aglutinar o centro do espectro político e de “transmitir uma mensagem” aos brasileiros para se viabilizar como candidato à Presidência. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, FHC também minimizou os reflexos na sociedade de uma eventual prisão do ex-presidente Lula.

Segundo o tucano, o país não “tremerá” caso a Justiça determine o início do cumprimento da pena a nove anos de prisão imposta em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro ao petista no caso do triplex do Guarujá (SP).

“Do ponto de vista do país, é sempre ruim. É ruim para o país e para a memória, mas não acredito que a população vai tremer nas suas bases por causa disso. Não acho que o país vai tremer em função disso. É claro que existe também uma estratégia política do PT: a perseguição. Se o julgamento terminar em condenação, tem que aceitar”, afirma.

FHC atribuiu ao populismo e ao nível educacional “relativamente pouco desenvolvido” a liderança de Lula nas pesquisas eleitorais mesmo com as denúncias da Lava Jato. “Aqueles que dão às pessoas a sensação de que atenderam às suas carências ganham uma certa permissão para se desviar da ética. É pavoroso, mas é assim. É populismo. É a cultura que prevalece nesses países. A nossa está em fase de mudança. Aqui a sociedade já tem mais informação. Nos regimes parlamentaristas têm menos chance de que isso aconteça. Tem mais filtros. A emoção global não leva de roldão. Pode alguém irromper, mas difícil é governar depois.”

Na entrevista, o ex-presidente diz que o PSDB faz, à sua maneira, uma autocrítica com a mudança no comando do partido, marcada pela saída de Aécio Neves da presidência meses após ser bombardeado com acusações da Lava Jato. “Mudou a direção e, ao mudar, escolheu pessoas com responsabilidade. Não que os outros não tivessem. Aécio não é um irresponsável. Fez coisas positivas para o PSDB. Mas o partido tem que dizer que, se houve erro de algum peessedebista, problema dele. O partido não tem que se solidarizar com o erro de seus filiados.”

Segundo o ex-presidente, a Lava Jato demonstrou ao país a existência de um sistema de poder político baseado na propina, mas também comete excessos. “A Lava Jato foi um marco importante na vida brasileira, o que não quer dizer que não tenha excessos aqui e ali. Acho um pouco exagerada essa vontade de vingança que existe hoje”, avalia.

Fernando Henrique minimizou as denúncias de corrupção envolvendo o PSDB, sobretudo o paulista. “As instituições ficaram comprometidas. O PSDB não participou desse sistema nem em São Paulo. No caso de São Paulo, se houve algum malfeito no Rodoanel (uma das obras em investigação – teria havido cartel para linhas de metrô também), não foi o PSDB que fez ou o governador que organizou. Aqui não se organizou esquema. Não tem um tesoureiro do PSDB que pegou dinheiro. Houve um cartel, mas contra o governo”, defendeu.

Na avaliação do tucano, os tucanos podem até apoiar outro nome caso Alckmin não demonstre capacidade de unir o centro. Para ganhar a eleição, considera, é preciso reunir esse espectro político em torno de bandeiras de governo. “Se houver alguém com mais capacidade de juntar, que prove essa capacidade e que tenha princípios próximos aos nossos, temos que apoiar essa pessoa.”

O ex-presidente também comentou sobre o perfil de Lula e Bolsonaro, candidatos que polarizam as pesquisas eleitorais. Disse desconhecer o que pensa o deputado fluminense sobre qualquer tema e reconheceu a capacidade de articulação política e comunicação de seu sucessor no Palácio do Planalto.

“O Lula mesmo se declarou uma metamorfose ambulante. Ele é extremamente sensível aos estímulos do momento. Sabe se posicionar definindo o inimigo. Esse inimigo varia, de acordo com o momento. O que ele tem não é demagogia no sentido banal, mas a capacidade de explicar. É muito importante em uma sociedade de massa que o líder fale. A sociedade nem sempre quer ouvir, mas agora está aberta porque está perplexa. É preciso que alguém toque nas cordas sensíveis à população. O Lula toca de ouvido”, entende.

“O candidato sem capacidade de expressão tem dificuldade de se firmar, ainda que esteja certo. Eu não conheço o Bolsonaro. Ele era deputado no meu tempo e não tinha uma expressão maior. Queria me fuzilar, mas nunca dei atenção. Não sei o que ele pensa sobre qualquer tema. Não sei se ele é capaz de expressar o que pensa sobre qualquer tema. Às vezes a pessoa, mesmo sem ter a capacidade de expressar, simboliza”, acrescenta.

Morre o ex-ministro e ex-deputado Armando Monteiro Filho

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Congresso em Foco

Morreu na manhã desta terça-feira (2), em Recife, o ex-deputado e ex-ministro Armando Monteiro Filho. Pai do senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), ele tinha 92 anos e faleceu em decorrência de complicações no sistema respiratório. O corpo do político, empresário e engenheiro será velado no Cemitério Morada da Paz, na capital pernambucana.

Genro do ex-governador Agamenon Magalhães, Armando Monteiro Filho foi ministro da Agricultura no governo João Goulart, entre 1961 e 1962. Também foi deputado estadual e federal. Em 1962 ficou na terceira colocação na disputa ao governo estadual, vencida por Miguel Arraes. Durante a ditadura, fez oposição ao regime militar. Foi filiado ao MDB e ao PDT. Em 1994 participou de sua última eleição, mas não conseguiu se eleger senador.

Apesar de governadores presos, RJ teve os parlamentares mais bem avaliados em 2017

Congresso em Foco

Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Durante algumas semanas o Rio de Janeiro chegou a ter, simultaneamente, três ex-governadores na cadeia em 2017. Cabral é o único que começa 2018 atrás das grades, condenado a penas que somam mais de 80 anos de prisão. Mesmo assim, um grupo de políticos fluminenses teve motivo de sobra para comemorar. Entre eles, os antagônicos deputados Eduardo Bolsonaro (PSC) e Jean Wyllys (Psol).

Com oito representantes, o estado foi o que reuniu mais parlamentares entre os 48 deputados e senadores apontados entre os melhores na histórica décima edição do Prêmio Congresso em Foco. O número de premiados pelo Rio de Janeiro foi o mesmo registrado por São Paulo. A diferença é que os paulistas têm a maior bancada do Congresso (73 parlamentares nas duas Casas, ante os 49 dos fluminenses). Minas Gerais ficou na terceira colocação, com seis homenageados.

Ao todo, 16 estados e o Distrito Federal emplacaram deputados e senadores na lista dos melhores do ano (veja os números na imagem abaixo). Os premiados foram escolhidos por três públicos distintos: um júri formado por cinco representantes da sociedade civil; jornalistas que cobrem as atividades da Câmara e do Senado e a população por meio da votação na internet. Saíram do Rio de Janeiro os deputados mais votados nos três filtros (veja ao fim do texto a relação de todos os premiados).

Também o PT, que viveu seu inferno com a condenação do ex-presidente Lula em primeira instância, teve motivos para comemorar. Foi o partido que emplacou o maior número de parlamentares entre os premiados: nove ao todo. Mas o principal vencedor entre as legendas foi o Psol, cujos seis integrantes foram apontados pelos três públicos dentre os melhores de 2017. Seis também foi o número de peemedebistas destacados. O partido, porém, tem a maior bancada do Congresso.

Ao todo, 17 legendas tiveram ao menos um nome entre os premiados. Desde que o prêmio foi criado, em 2006, somente os deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Luiza Erundina (Psol-SP) foram premiados em todas as suas dez edições. Outros três ficaram de fora da disputa apenas uma vez: os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Paim (PT-RS) e o deputado Ivan Valente (Psol-SP).

Retrospectiva 2017: 85% dos brasileiros tiveram que fazer cortes no orçamento

Se 2018 começa com boas expectativas para a economia do Brasil e para a vida financeira pessoal, o ano que passou deixou más lembranças na vida dos consumidores: para 55% dos entrevistados pelo SPC Brasil a economia piorou em 2017 se comparada a 2016 e apenas 13% acham que ela melhorou.

Considerando as finanças pessoais, quatro em cada dez (41%) afirmam que também piorou na mesma base de comparação. Dentre os principais motivos, os mais citados são o aumento do valor de produtos e serviços sem o aumento paralelo dos rendimentos (55%), a diminuição da renda familiar (31%) e o endividamento (28%). Entre os 20% que acreditam que melhorou, os principais fatores são ter conseguido organizar o orçamento (36%), porque mais pessoas da casa estão trabalhando (20%) e porque seus negócios prosperaram (18%).

A pesquisa mostra que 85% tiveram que fazer cortes ou ajustes no orçamento em 2017, principalmente as refeições fora de casa (63%), a compra de itens e vestuário, calçados e acessórios (56%), e itens supérfluos de supermercado (49%).

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o aumento dos níveis de consumo estará em grande parte associado à criação de postos de trabalho e à melhora da atividade econômica, como um todo. “O consumo está começando a reagir, mas a intensidade dessa reação dependerá da volta dos investimentos e das políticas de combate ao desemprego. Só assim a confiança do consumidor poderá ser reestabelecida”, avalia.

”Pernambuco perdeu um dos seus mais expressivos quadros na vida política e empresarial”, afirma Humberto Costa

“Pernambuco perdeu um dos seus mais expressivos quadros na vida política e empresarial. Tive a oportunidade de externar meu reconhecimento a esse grande homem público quando o indiquei para receber o Diploma José Ermírio de Moraes, no Senado Federal, em homenagem à sua brilhante, exitosa e honrada trajetória de vida. A morte de Armando Monteiro Filho nos deixa a tristeza da sua ausência. Mas fica impresso na memória do nosso Estado o exemplo da forma elevada como pautou sua atuação na vida pública.”

Humberto Costa – Senador da República

Laura Gomes, líder da bancada do PSB na Assembleia Estadual, lamenta a morte de Armando Monteiro Filho

É com pesar que recebi a notícia do falecimento de Armando Monteiro Filho. Eu e Jorge Gomes conhecemos o ex-ministro da Agricultura em 1982, e durante todo esse tempo, tivemos uma excelente convivência com ele e Maria do Carmo Monteiro, sua esposa. Aprendemos a admirá-lo pela simplicidade e humildade. Meus sentimentos para toda família e amigos deste pernambucano que tanto nos orgulhou e que teve uma trajetória honrada e valiosa para a história política e empresarial no nosso Estado.

Laura Gomes