Quase 50% dos fumantes querem deixar o cigarro nos próximos meses, indica estudo

Nos próximos seis meses, 49% dos fumantes do país planejam deixar o cigarro, o maior índice registrado entre todos os países que compõem o Projeto ITC Brasil – pesquisa que mede o impacto psicossocial e comportamental de políticas para o controle do tabaco. Os resultados foram divulgados hoje (29) durante o Congresso Instituto Nacional do Câncer (Inca) 80 anos, realizado no Rio de Janeiro.

Os dados do Projeto Internacional de Avaliação das Políticas de Controle do Tabaco (Projeto ITC Brasil) englobam informações relativas a 24 países. Entre os principais motivos apontados pelos fumantes para deixar o hábito estão a preocupação com a própria saúde, com os danos que possam vir a causar em outras pessoas pelo tabagismo passivo e com a possibilidade de dar mau exemplo a crianças. A pesquisa indica, entre outros aspectos, que os fumantes brasileiros estão altamente motivados para deixarem de fumar e apoiam novas ações governamentais de combate ao tabagismo.

Para a diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho, os dados significam um “pedido de socorro” por parte dos fumantes do país, que querem deixar o vício mas não conseguem. “Os números mostram com muita clareza o que significa a dependência física e psíquica de uma droga. O fumante tem a consciência de que o tabaco é danoso à sua saúde, mas não consegue se libertar da dependência”.

Para a diretora-geral do instituto, “o fumante tem a consciência de que fumar é nocivo à sua saúde  e à de sua família, e todo o impacto social envolvido. Os números constituem sim em um pedido de socorro por parte dos que querem deixar o vício”, enfatiza.

De acordo com a pesquisa, os resultados relativos aos que planejam deixar o vício nos próximos seis meses no Brasil  indicam “um índice bastante elevado, principalmente se comparado ao de países desenvolvidos com programas estruturados de controle ao tabaco como Estados Unidos (índice de 37%), França (34%), Inglaterra (33%) e Alemanha (apenas 10%)”.

Além de registrar o maior percentual de entrevistados que planejam deixar o cigarro nos próximos seis meses, o estudo revela que fumantes e não fumantes apoiam a criação de novas ações governamentais para o combate ao tabagismo.

A secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CONICQ), Tânia Cavalcante, destaca que a mudança de visão da sociedade brasileira em relação ao cigarro é fruto do trabalho de diversos atores ao longo dos anos. “Essa mudança na postura em relação ao hábito de fumar, que era bem visto e amplamente estimulado no Brasil entre as décadas de 70 a 90, é fruto de um longo trabalho desenvolvido pelo Inca e pelo Ministério da Saúde, em parceria com secretarias de saúde e a sociedade civil”, aponta.

Proibição e regulamentação

Outra constatação da pesquisa é a de que existe um forte apoio até mesmo para a proibição total da comercialização dos produtos de tabaco. O Projeto ITC perguntou a todos os 1.358 entrevistados, entre setembro de 2016 e março de 2017, se eles apoiam ou se opõem a uma proibição total de produtos de tabaco nos próximos 10 anos caso o governo forneça tratamento para ajudar fumantes a deixarem o vício. Os resultados mostram que 68% dos fumantes e 77% dos não fumantes pesquisados “apoiam” ou “apoiam fortemente” essa proibição.

Vera Luiza da Costa e Silva, chefe do secretariado da Convenção do Controle de Tabaco da Organização Mundial de Saúde (OMS), ressaltou durante o congresso que a proibição do tabaco não está em pauta.

“Os dados do ITC não propõem essa proibição, eles simplesmente utilizam este indicador como medida da não aceitação social do produto por parte do fumante e do não fumante. E quando você vê que uma parte grande da população acha até que proibir seria uma solução, é porque a situação está chegando a um ponto em que o produto não está sendo bem aceito”, disse.

Para ela, os resultados da pesquisa são um estímulo para se discutir como avançar na regulamentação do uso de outras substâncias, como o álcool e alguns produtos alimentícios. “[Pensar] em como se avançar dentro da mesma lógica de regulamentar. Não é proibir, é regulamentar. E ter um olhar, dentro desta regulamentação, voltado principalmente para os adolescentes e para a população de baixa renda”, disse.

A importância da regulamentação também foi defendida pela diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho. Para ela, ao contrário das drogas ilícitas, no caso do cigarro o que se pretende é reduzir o consumo via estrangulamento do acesso ao produto.

“É o caso de dificultar o consumo via estrangulamento, dificultando o início do hábito, daí a importância de uma política educativa tendo como meta dificultar o vício do hábito de fumar: e aí o público-alvo é a criança e o adolescente, porque 90% dos fumantes adquirem o hábito nesta fase da vida”, destaca.

No entendimento de Ana Cristina, “é necessário primeiro desmistificar, tirar o glamour do hábito pelo tabaco”. Esse trabalho passa por medidas relacionadas à indústria tabagista, como a padronização das embalagens e a questão dos aditivos que adicionam sabores aos cigarros. No entanto, ações desse tipo envolvem a formulação de legislação específica.

“Já existem muitos projetos que contemplam algumas dessas medidas, mas o lobby no Congresso Nacional é muito forte por conta de parlamentares ligados diretamente à indústria tabagista. E eles [projetos] estão lá parados e são de difícil aprovação. Mas é um desafio que precisa ser encardo porque o custo para o país é muito alto”, argumenta.

Programa é lançado para facilitar relação entre negócios locais e redes nacionais de varejo

Ocorrerá em Caruaru, no dia 5 de outubro, às 16h, no Armazém da Criatividade, o lançamento do Circuito Prepara ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil), programa destinado a qualificar empresas do setor têxtil e de confecções para certificação que atesta boas práticas de gestão ligadas à responsabilidade social, relações de trabalho e sustentabilidade. Além disso, o comprovante proporciona uma maior facilidade para as indústrias negociarem com as principais redes varejistas no Brasil.

O lançamento será feito pelo diretor executivo da ABVTEX, Edmundo Lima, que irá apresentar o programa para os empresários presentes. Em seguida, ocorrerá um debate com representantes da região e o presidente do Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções de Pernambuco (NTCPE), Fredi Maia. As instituições que aderirem à iniciativa, passarão por fases específicas com consultorias especializadas in company e rodadas de negociação com grandes redes varejistas do país.

Para o analista do setor de confecções do Sebrae, Gilson Gonçalves, o programa é um diferencial para as indústrias certificadas. “Será um momento muito importante para explicar o projeto que é uma parceria do Sebrae, NTCPE, Sindicato do Vestuário (Sindivest), AD Diper, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e ABVTEX , com apoio do Armazém da Criatividade e das Associações Comercial e Empresarial de Caruaru (ACIC); Comercial e Industrial de Toritama (ACIT) e Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe (ASCAP), além da Federação das Indústria do Estado de Pernambuco (Fiepe). Será uma preparação das empresas do Polo de Confecções do Agreste para acessar o mercado de varejo de superfície, que são os grandes magazines especializados no varejo de moda no Brasil”, enfatizou.

A certificação é importante para as empresas formalizadas que querem melhorar a qualidade de seus produtos e processos produtivos, ampliar a capacidade produtiva e acessar novos mercados. Os dados da ABVTEX demonstram o potencial do setor têxtil e de confecção. O brasil faturou, no ano passado, R$ 129 bilhões (US$ 37 bilhões), com a produção de 6 bilhões de peças. O varejo das grandes magazines é responsável pela comercialização de 46% de todo o vestuário produzido. Em Pernambuco, são 18 mil empreendimentos – em torno de 16 mil instalados no Polo do Agreste, gerando 150 mil empregos e produzindo 700 milhões de peças. A expectativa é que o setor cresça 5% este ano.

Os interessados podem se inscrever gratuitamente por meio do link do evento no Facebook: http://goo.gl/A83fHX.

 

Bruno Lambreta comemora prioridade em obras para os distritos de Caruaru

Aprovado na última sessão ordinária, o vereador Bruno Lambreta (PDT) solicitou as autoridades responsáveis, para que seja priorizada a pavimentação e infra estrutura dos Distritos I, II e III em Caruaru, em especial ao III, que não possui nenhum tipo de estrutura até o momento, segundo o parlamentar.

De acordo Bruno é necessário reestruturar os distritos da cidade, com serviços de iluminação, pavimentação, saneamento e água, trazendo melhores condições para os moradores, bem como, a todos que trafegam pelos locais.

“Pedimos prioridade nas obras do 3º distrito, devido às condições atuais da área. Vimos que é de grande necessidade o início destas obras, facilitando assim, o acesso destas comunidades”, pontuou o edil.

Fernando Bezerra Coelho almoça com prefeito de Santa Cruz do Capibaribe

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) visitou na tarde desta sexta-feira a cidade de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste do Estado. O município é um dos principais produtores de jeans e confecções do Brasil, integrando o chamado polo da Sulanca. A data é marcante para a cidade, que festeja seus dois padroeiros: São Miguel e Bom Jesus dos Aflitos. Fernando Bezerra participou de um almoço na casa do prefeito Edson Vieira (PSDB), que reuniu secretários municipais, vereadores e lideranças políticas de toda a região, entre elas o ex-prefeito Toinho do Pará e o ex-deputado Oséas Moraes, pai do também deputado estadual e primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Diogo Moraes (PSB).

“Santa Cruz do Capibaribe é uma cidade muito importante para a economia local. O esforço dos moradores daqui fez surgir um grande arranjo produtivo, que gera renda e milhares de empregos. Estas iniciativas devem ser mantidas e fortalecidas”, afirmou o senador. Fernando Bezerra foi muito aplaudido ao chegar ao local e fez questão de cumprimentar pessoalmente cada convidado. O senador concedeu entrevistas a blogueiros e radialistas do Agreste, fazendo uma análise dos cenários políticos do Brasil e do Pernambuco.

“Estou otimista que a economia brasileira irá continuar apresentando sinais de recuperação, gerando mais empregos e produzindo renda. No campo da política, aqui em Pernambuco estamos trabalhando para construir uma grande frente partidária capaz de apresentar uma alternativa ao Governo do Estado”, disse.

Estado de saúde de Alexandre Farias inalterado

BOLETIM MÉDICO

O paciente Carlos Alexandre Farias Silveira, de 39 anos, não apresentou qualquer intercorrência nas últimas 24h. Ele está realizando exames conforme orientação do neurocirurgião assistente. Seu tratamento segue de acordo com o plano de cuidados definido pela equipe médica. Um próximo boletim médico será divulgado amanhã (30), às 17h.

Dra. Adriana Passos
Diretora Médica do Hospital Esperança Recife

Atenciosamente,

Sob o comando de Mendonça Filho, MEC agora defende o desmonte das universidades federais, alerta Humberto

A polêmica declaração da secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, de que o custeio do ensino superior público é insustentável gerou reações por todo o Pais. No Senado, o líder da Oposição, Humberto Costa (PT), alertou para o desmonte das universidades federais e sobre uma possível privatização das instituições.

“O que a gente vê é um completo esfacelamento do patrimônio público no Brasil, em especial da educação. O governo Temer diz que não tem dinheiro, mas distribuiu R$ 15 bilhões em programas e emendas parlamentares para se salvar da primeira denúncia de corrupção no Congresso Nacional. Não falta dinheiro, falta prioridade”, afirmou o senador.

Humberto lembrou que diversas universidades públicas já apresentam dificuldades financeiras para terminar o ano letivo por conta do contingenciamento de recursos do governo Temer para a Educação. “O ministro Mãos de Tesoura Mendonça Filho faz vergonha aos pernambucanos. Há mais de um ano à frente da pasta e a única coisa que ele fez e mostrou que sabe fazer é por a educação para andar para trás”, assinalou.

Segundo o senador, há um sucateamento sistemático do patrimônio público do país. “O ministro da Saúde diz que temos hospitais de mais, o Ministério da Educação diz que não há recursos para o ensino superior. Temer e sua corja parecem determinados a vender o país a preço de banana. Mas eles podem tirar o cavalinho da chuva porque a gente vai continuar denunciando e combatendo essas atrocidades”, disse.

 

 

Ministério da Saúde repassa R$ 30,4 milhões de recurso extra para combate ao Aedes

O Ministério da Saúde liberou, neste mês de setembro, R$ 30,4 milhões, referente à segunda parcela de recurso adicional para o combate ao mosquito Aedes aegypti. Ao todo, 3.148 municípios em 20 estados e o Distrito Federal serão beneficiados porque cumpriram critérios para intensificar as medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

Em janeiro de 2017, o Ministério da Saúde repassou R$ 91,2 milhões aos municípios de todos os estados, referente à primeira parcela. No total são R$ 152 milhões ao combate ao Aedes. Já o envio da segunda parcela foi condicionado ao cumprimento de alguns critérios, especialmente a realização do Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), no caso de cidades com mais de dois mil imóveis. Os municípios com menos de dois mil imóveis devem fazer o Levantamento de Índice Amostral (LIA) e o monitoramento por ovitrampa ou larvitrampa nas cidades sem infestação do mosquito. Também estão previstas metodologias alternativas, utilizadas pelas vigilâncias locais para monitorar o nível de infestação do mosquito Aedes.

O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, destaca a importância desse recurso extra para os municípios. “Não podemos baixar a guarda diante de um vetor responsável por várias enfermidades. Por isso, subsidiamos estados e municípios com um reforço financeiro para a intensificação de ações que visam o controle das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, principalmente, no verão, período de maior circulação desse vetor”, afirmou o ministro.

ANTECIPAÇÃO DE RECURSOS – Em decorrência da epidemia de febre amarela, ocorrida nos últimos meses, o Ministério da Saúde antecipou o repasse da segunda parcela do recurso extra para todos os municípios dos estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, totalizando R$ 29,3 milhões. No entanto, alguns municípios da BA, CE, MG e SP terão que restituir ao Fundo Nacional de Saúde os valores recebidos antecipadamente por não terem cumprido os critérios para o recebimento destes recursos. As informações deveriam ser consolidadas pelas secretarias estaduais de saúde e repassadas ao Ministério da Saúde até o dia 30 de junho deste ano.

LIRAa – Considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, o Ministério da Saúde realiza, em conjunto com estados e municípios, o Levantamento Rápido do Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção.

DENGUE – Em 2017, até 02 de setembro, foram notificados 219.040 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 84,8% em relação ao mesmo período de 2016 (1.442.208). Com relação ao número de óbitos, também houve queda significativa (87%), reduzindo de 678 óbitos em 2016 para 88 em 2017. Da mesma forma, são os registros de dengue grave e com sinais de alarme que caíram 79,2% e 77,7%, respectivamente, de um ano para outro. Dengue grave diminuiu de 885, em 2016, para 184 em 2017. Já dengue com sinais de alarme baixou de 8.603, em 2016, para 1.913 em 2017.

Em todo país, a região Nordeste registrou o maior número de casos prováveis de dengue (81.447 casos; 37,1% em relação ao total do país), seguida das regiões Centro-Oeste (66.899; 30,5%), Sudeste (47.644 casos; 21,7%), Norte (20.526 casos; 9,3%) e Sul (2.524 casos; 1,1%).

A análise da taxa de incidência de casos prováveis de dengue (número de casos/100 mil hab.), segundo regiões geográficas, evidencia que as regiões Centro-Oeste e Nordeste apresentam as maiores taxas de incidência: 427,2 casos/100 mil hab. e 143,1 casos/100 mil hab, respectivamente. Entre as Unidades da Federação (UFs), destacam-se Goiás (810,2 casos/100 mil hab.), Ceará (484,4 casos/100 mil hab.) e Tocantins (342,1 casos/100 mil hab.)

CHIKUNGUNYA – Até 02 de setembro, foram registrados 171.930 casos prováveis de febre chikungunya, o que representa uma taxa de incidência de 83,4 casos para cada 100 mil habitantes. A redução é de 34,2% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 261.645 casos. A taxa de incidência no mesmo período de 2016 foi de 127 casos/100 mil/hab.. Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 99 óbitos. No ano passado todo, foram 204 mortes confirmadas, o que indica uma redução de 51,4%.

A região Nordeste foi a que apresentou o maior número de casos prováveis (130.910 casos; 76,1% em relação ao total do país). Em seguida aparecem as regiões Sudeste (22.789 casos; 13,2%), Norte (14.888 casos; 8,6%), Centro-Oeste (3.081 casos; 1,7%) e Sul (262 casos; 0,1%). Entre as Unidades da Federação (UFs), destacam-se Ceará (1.187,4 casos/100 mil hab.) e Roraima (673,2 casos/100 mil hab.)

ZIKA – Até 02 de setembro, foram registrados 15.586 casos prováveis de Zika em todo país, uma redução de 92,6% em relação a 2016 (211.487). A incidência reduziu 92,5%, passando de 102,6 em 2016 para 7,6 neste ano.

As regiões que apresentam maiores taxas de incidência são Centro-Oeste e Norte, com 35,9 casos/100 mil hab. e 13,9 casos/100 mil hab., respectivamente. Entre as UFs, destacam-se Tocantins (62 casos/100 mil hab.), Mato Grosso (59,4 casos/100 mil hab.) e Goiás (53,3 casos/100 mil hab.).

Em relação às gestantes, foram registrados 2.105 casos prováveis, sendo 728 confirmados por critério clínico-epidemiológico ou laboratorial.

Vara da Infância e Juventude registra mais de 100 casos de comportamento autodestrutivo em escolas públicas

A Vara Regional da Infância e Juventude de Petrolina acompanha atualmente 105 ocorrências de adolescentes que apresentam comportamento autodestrutivo nas escolas públicas da cidade, dentre os quais a automutilação e a manifestação de sintomas depressivos. Os casos atingem a marca preocupante no mês de prevenção do suicídio, em que é promovida a campanha Setembro Amarelo, e estão sendo monitorados pela unidade judiciária.

Em maio, a Vara da Infância e Juventude encaminhou a Orientação 001/2017 para profissionais de educação e de saúde sobre os procedimentos a serem adotados em situações que envolvam comportamentos autodestrutivos em crianças e adolescentes. A ação faz parte do Projeto Previne (Prevenção de Violência nas Escolas) e tem o objetivo de minimizar este tipo de demanda no ambiente escolar.

A Vara da Infância do município encaminhou ainda para as escolas ficha de monitoramento para identificar mais rapidamente os casos de vulnerabilidade. Nos meses de outubro e novembro serão realizadas palestras e oficinas para orientar os pais dos jovens que forem enquadrados nessa situação.

De acordo com a psicóloga do Núcleo Psicossocial, Andrea de Gois Alcântara, as ações contribuem para preservar a integridade física e mental dos jovens. “Eles precisam de atendimento especializado e os pais e educadores precisam de orientação para identificar os sinais e buscar ajuda profissional”, explica a psicóloga.​

ABAV apresenta números inéditos do mercado brasileiro de agenciamento de viagens e turismo na ABAV Expo 2017

A Associação Brasileira de Agências de Viagens – ABAV – apresentou um recorte inédito do mercado brasileiro de agenciamento de viagens e turismo no primeiro dia da 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo & 48º Encontro Comercial Braztoa. Trata-se do Projeto Big Data ABAV, realizado por meio de censo com as agências de viagens, operadoras e consolidadoras cadastradas às 26 ABAVs regionais. Os dados foram divulgados pelo diretor de Tecnologia e Integração da entidade, Luis Vabo.

Das 2.473 associadas, 24,4% participaram do levantamento que visa auxiliar o setor com informações sobre o mercado no último semestre de 2016 e primeiro de 2017. A análise central mostra a movimentação anual de R$ 47.5 bilhões em vendas, considerando segundo semestre de 2016 e primeiro semestre de 2017. O censo segmentou este montante em emissão de passagens aéreas, reservas de hotéis, reservas de veículos, vouchers de seguro viagem, venda de pacotes nacionais e internacionais, cruzeiros, passes de trem, passagens rodoviárias e rentabilidade do negócio:

– Emissão de passagens aéreas por mês: o resultado do censo mostrou que 65,60% das agências associadas emitem até 250 passagens aéreas; 19,90%, de 251 a 500; 7,30%, de 501 a 1.000; 4,10%, de 1.001 a 2.000 e 6% mais de 2.000 bilhetes.

– Reservas de hotéis: 76,70% fazem de 0 a 250 reservas de hotéis/mês; 14,10% de 251 a 500; 4,90% de 501 a 1.000; 1.90% de 1.001 a 2.000 e 1,90% realizam mais de 2.000 reservas.

– Reservas de veículos: 93,20% reservam de 0 a 250 carros/mês; 3,90% de 251 a 500; 1,90% de 501 a 1.000; 0,60% de 1.001 a 2.000 e 0,60% efetuam mais de 2.000 reservas.

“Neste ponto vemos, por exemplo, que há uma fatia enorme do mercado a ser explorada pelos agentes com reservas de veículos”, comenta o diretor de Tecnologia e Integração da ABAV, Luís Vabo, que coordenou o Censo Big Data.

O mesmo espaço existe para a emissões de vouchers de seguro viagem por mês: 85,30% das agências associadas emitem de 0 a 250; 10% de 251 a 500; 0,90% de 501 a 1.000; 1,90% de 1.001 a 2.000 ou mais de 2.000 reservas.

Cruzeiros marítimos, passes de trem e passagens rodoviárias também são serviços ainda pouco ofertados pelas agências, operadoras e consolidadoras. Segunda a pesquisa:

– Venda de pacotes de cruzeiros por mês: 97,20% de 0 a 250; 2,40% de 1.001 a 2.000 e 0,40% mais de 2.000 reservas.

– Venda de passes de trem por mês: 98,10% de 0 a 250; 1,70% de 1.001 a 2.000 e 0,20% mais de 2.000 reservas.

– Venda de passagens rodoviárias por mês: 93,40% de 0 a 250; 3,90% de 251 a 500; 1,30% de 501 a 1.000; 0,80% de 1.001 a 2.000 e 0,60% mais de 2.000 reservas.

Outro resultado aponta que o número de vendas de pacotes de viagens nacionais é maior que pacotes de viagens internacionais.

– Venda de pacotes de viagens nacionais por mês: 87% de 0 a 250; 8,60% de 251 a 500; 2,30% de 501 a 1.000; 1,70% de 1.001 a 2.000 e 0,40% mais de 2.000 reservas.

– Venda de pacotes de viagens internacionais por mês: 92,70% de 0 a 250; 4,90% de 251 a 500; 0,90% de 501 a 1.000; 1,10% de 1.001 a 2.000 e 0,40% mais de 2.000 reservas.

Por fim, foi apresentado o resultado das agências por mês em termos de rentabilidade do negócio: 60,30% têm resultado mensal (comissões, RAV, DU, fees etc) de até R$ 60 mil; 30,30%, de R$60 mil a R$ 360 mil; 8,60%, de R$360 mil até R$3,6 milhões; 0,80%, de R$ 3,6 milhões a R$ 16 milhões; e 0,40% alcança mais de R$ 16 milhões.

O censo identificou, ainda, que 60% das associadas incluem-se na categoria de micro e pequenas empresas, 30% são médias e 10% grandes e mega agências.

Para o presidente da ABAV Nacional, Edmar Bull, os dados do Censo Big Data e a 45ª edição da ABAV Expo acabam por refletir o momento da economia brasileira, que agora apresenta melhora. “De certa forma, a instabilidade econômica provocou o setor do Turismo para encontrar seus caminhos. Com o Censo, vemos oportunidades em serviço a serem desbravados. Também passamos a falar de segmentos e até nichos. Para chegar a eles, a ABAV aposta que é preciso investir em tecnologia, capacitação, treinamento e integração”, disse.

O Censo Big Data ABAV passará pela construção de uma plataforma de Advanced Analytics para gerenciar e disponibilizar os dados online, por meio do Portal da ABAV, para consumo das agências associadas e do mercado.

O projeto foi anunciado na coletiva de imprensa da maior e mais importante feira de negócios de Turismo do Brasil, que ocorre até esta sexta-feira, dia 29, no Expo Center Norte. Também participaram a presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Magda Nassar; o presidente da Clia Abremar Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) e Marco Ferraz, vice-presidente da área de Turismo Especializado da ABAV.

Em Petrolina, Oposição propõe Pacto pela Vida regionalizado e cobra promessas feitas à população

oposição

A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco vai propor ao governo do Estado a realização de reuniões regionalizadas do programa Pacto Pela Vida. O objetivo é sugerir que a temática seja debatida com prefeitos, incluindo as administrações municipais no combate à violência e ouvindo as demandas dos gestores. A proposta foi discutida durante a sétima edição do Pernambuco de Verdade, nesta quinta-feira (28), em Petrolina.

Durante as visitas, os parlamentares encontraram uma série de problemas em equipamentos da cidade, muitos deles recorrentes, como a questão da segurança. A agenda foi iniciada pelo 5º Batalhão da Polícia Militar, que hoje trabalha com um déficit de 550 homens. “Vamos encaminhar ao governador Paulo Câmara solicitação para criação de um Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (Biesp) no São Francisco, além de cobrar as promessas feitas à população”, destacou o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da bancada.

Além da segurança pública, a situação da saúde também foi avaliada. O Hospital Dom Malan, responsável pelo atendimento à população de 54 municípios de Pernambuco, Bahia e Piauí, funciona hoje com uma demanda 150% superior à sua capacidade, além dos problemas de infraestrutura. O teto de uma das alas, por exemplo, desabou há dois anos e o piso da Pediatria cedeu há um ano. “Ouvimos dos representantes da Fundação Imip, que administra o hospital, que há recursos disponíveis para as obras, mas falta autorização da Secretaria de Saúde para que o investimento seja realizado”, detalhou o deputado Augusto César (PTB). “É um verdadeiro descaso com a população”, completou Júlio Cavalcanti (PTB).

Ainda em relação à saúde, a administração municipal aguarda a regularização de um débito da ordem de R$ 5 milhões do Estado com o município, de ações como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), entre outros programas. Outros locais visitados pelos parlamentares foram a rodoviária da cidade, o Instituto de Medicina Legal, o Corpo de Bombeiros, a Delegacia de Roubos e Furtos, a Compesa e a UPE.

A agenda incluiu ainda um encontro com o prefeito Miguel Coelho (PSB). O prefeito destacou a importância do Biesp para a região e falou sobre outras demandas para a área de segurança, como a promessa de aquisição de um helicóptero para ajudar no combate à violência e ao tráfico na região. “Apesar de constar no Plano de Segurança do Governo do Estado, anunciado em abril, até hoje segundo o Portal da Transparência nenhum helicóptero foi adquirido pelo Governo”, destacou a deputada Priscila Krause (DEM).

A programação do Pernambuco de Verdade no Sertão do São Francisco foi encerrada com a realização de uma plenária na Câmara Municipal de Petrolina, onde foram colhidas as demandas da população, lideranças populares, movimentos sociais e da sociedade civil organizada. As próximas edições do programa serão realizadas na Zona da Mata Sul e Região Metropolitana do Recife.