População de rua cresce em Caruaru

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Wagner Gil

Em Caruaru, a população de rua vem crescendo de forma considerável nos últimos meses, piorando depois que a crise econômica atingiu a todos, principalmente as pessoas inclusas nas classes C, D e E. Segundo o secretário de Ação Social e Direitos Humanos, Fernando Silva, o cenário futuro não é nada animador.

De acordo com ele, a cada dia se investe menos na área social e o crescimento ou melhora da economia não tem chegado aos mais necessitados. “Não temos nem previsão de quando vai melhorar. O cenário futuro não é nada animador. Para você ter uma ideia, vai ter um seminário no Recife onde vai se debater a redução dos gastos na ação social. Isso mesmo, a verba que temos para atender as pessoas mais vulneráveis vai diminuir”, disse.

Em Caruaru, várias praças, marquises e prédios públicos servem de abrigo para moradores de ruas. Atualmente, a situação desse pessoal é bastante complicada por vários fatores, entre eles o frio que vem fazendo na cidade nos últimos meses. “Temos madrugada aqui que a temperatura chega aos 13 graus. Não sei como esse pessoal aguenta tanto frio”, comentou Roberto Carlos Amorim, segurança de uma farmácia que fica localizada na Avenida Rio Branco, no centro da cidade.

Nossa reportagem conversou com alguns moradores de ruas e boa parte deles – a grande maioria – é de outra cidade ou estado. “Estou aqui por conta do desemprego. Sou de Feira de Santana (Interior da Bahia) e vim tentar a vida em Caruaru. A Feira da Sulanca me ajuda no sustento”, disse João Pedro. “Não estou na rua por opção, estou por necessidade”, afirmou. Indagado se utilizava os abrigos oferecidos pela prefeitura, ele disse que sim.

Também tem gente que está na rua porque foi abandonado pela família ou resolveu deixar tudo para trás. É o caso da pessoa identificada como Ronaldo. “Minha mulher e meus filhos me abandonaram depois que fiquei desempregado. Então resolvi viver pelo mundo”, disse o senhor, que sempre dorme nas proximidades da Estação Ferroviária. Nossa equipe de reportagem encontrou pelo menos oito pessoas no local e a maioria deles não deixou ser fotografada ou quis falar.

Em alguns locais, a presença do pessoal chega a causar incômodo. No Centro, alguns lojistas reclamam que boa parte dos moradores de rua deixa um rastro de sujeira e até fezes na porta de seus estabelecimentos. A Banca de Revistas Terceiro Mundo, que fica localizada em frente à Igreja Nossa Senhora das Dores, tem um funcionário para limpar o entorno todos os dias antes que comece a receber clientes. “Foi uma forma que encontrei de tirar esse mau cheiro que fica na calçada. Todos os dias ela é lavada antes das seis da manhã”, revelou Ramiro Spíndola.

Na periferia, a presença dos andarilhos também incomoda. No início da Rua Alferes Jorge, um grupo de moradores de rua tomou conta da praça local. No espaço eles fazem churrasco, consomem bebidas e deixam um rastro de depredação. “Não trago meus filhos nessa praça porque ela está entregue a esse pessoal”, disse a dona de casa Maria José Melo. “Alguns desses moradores consomem drogas, como maconha e crack. Além disso, alguns equipamentos, que seriam destinados às crianças, estão com roupas, colchões etc”, completou o pedreiro Marcone Melo.

PREFEITURA

Atualmente a Prefeitura de Caruaru oferece duas estruturas para os moradores de ruas. Numa, localizada na Rua Alferes Jorge, no Bairro Indianópolis, eles têm direito à refeição, local para dormir e lavar suas roupas. “Nós oferecemos até material para lavar a roupa e higiene pessoal”, disse a assistente social Cíntia Medeiros. “São pessoas que estão em condições muito vulneráveis. São os invisíveis da sociedade.”

Segundo o secretário Fernando Silva, em Caruaru uma média de 80 a 100 pessoas são assistidas diariamente, sendo que 80% delas são de outras cidades e até de outros estados.

Vai iniciar a caminhada do Porto rumo à 1ª Divisão

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Pedro Augusto

Após um longo período distante dos gramados em compromissos oficiais, finalmente a equipe profissional do Clube Atlético do Porto entrará em campo valendo os três pontos. Rebaixado de divisão no ano passado depois de ter terminado na vice-lanterna no hexagonal da permanência, o Gavião fará a sua estreia no Estadual Série A2 2017 diante do Sete de Setembro, neste domingo (17), a partir das 15h, no Estádio Gigante do Agreste. Apontado pela crônica esportiva como um dos favoritos a retornar à elite do futebol pernambucano, o time da Rua Preta tem a sua frente no comando técnico, Alberto Lima, que foi campeão no ano passado na mesma competição defendendo as cores do Flamengo de Arcoverde.

Com passagens também como treinador pelo Ipojuca e Centro Limoeirense, o ex-zagueiro do Fluminense e do Náutico, nas décadas de 90 e 00, está projetando obter mais uma boa campanha na 2ª Divisão. “Estamos treinando há pelo menos dois meses. Possuímos um elenco qualificado, tanto é que vencemos dois dos três amistosos que realizamos nos preparativos. O Porto possui uma história vitoriosa no futebol pernambucano, já revelou atletas, inclusive para a Seleção Brasileira, então merece estar no seu devido lugar, ou seja na 1ª Divisão do Estadual. Pelo o que observamos durante essas últimas semanas de treinamentos, temos tudo para fazer uma campanha vitoriosa.”

Mas de acordo com o atual treinador do Gavião, não será nada fácil. Já experiente na competição, ele tratou de deixar de lado o título de favorito. “Futebol se ganha no campo. Quem não for obediente taticamente, não correr bastante durante os 90 minutos e não colocar em prática o talento que tem, acabará ficando para trás, haja vista que a Série A2 possui equipes niveladas e em condições de brigar pelo acesso. O nosso adversário de estreia, o Sete de Setembro, é um exemplo do que teremos de encarar pela frente. Fez uma boa preparação, possui jogadores experientes como o meia Araújo, e, com certeza, nos dará bastante trabalho. Porém, também temos a consciência do que podemos fazer. Só o campeão conquista a vaga para Série A1 2018 e iremos em busca disso”, acrescentou Lima.

Assim como o adversário de estreia e conforme permite o regulamento da 2ª Divisão, o tricolor da Rua Preta está contando em seu plantel com alguns atletas experientes, ou seja, que já rodaram por vários times do Estado e já passaram da casa dos 23 anos. Dentre eles, estão Vagner Rosa (volante), Baiano (lateral direito), Geninho (zagueiro) e Aílton (meia e lateral esquerdo). Somados a esses rodados, o plantel tricolor ainda está sendo composto por talentos formados no Ninho do Gavião, a exemplo dos atacantes Marlon e Danilo, dos zagueiros Wallace e Charles, do meia Nei e do lateral esquerdo Jorge.

Nesta primeira fase, o Porto está integrando o grupo B juntamente com o Chã Grande, o Pesqueira, o Decisão e o próprio Sete de Setembro. Em paralelo, a chave A está sendo formada por Cabense, Centro Limoeirense, Ferroviário, Íbis e Vera Cruz.

Além do duelo entre Sete de Setembro e Porto, a primeira rodada da Série A2 2017 contará com os seguintes jogos: Cabense x Íbis, às 19h, no Gileno de Carli; Vera Cruz x Ferroviário, às 15h, no Gonzagão, e Pesqueira x Chã Grande, às 20h, no Joaquim de Brito. Os três confrontos também serão realizados neste domingo.

Restaurante João Pizza terá novidades

Wagner Gil

Com o objetivo de trazer novidades em vários aspectos, no que diz respeito à estrutura e gastronomia, o Restaurante João Pizza vai abrir suas portas no final deste mês e, entre as novidades, está o ‘Espaço Pet’. A ideia de trazer esse e outros conceitos diferenciados partiu dos três jovens sócios: João Paulo, Hítalo Cássio e o chefe e professor de Gastronomia, Erick Buarque, todos com menos de 30 anos. “Caruaru tem bons restaurantes, excelentes chefes, mas nós queríamos oferecer algo diferente, e, além do ‘Espaço Pet’, teremos uma área kids diferenciada”, afirmou Hítalo.

Juntos, os três empresários estão investindo cerca de R$ 1 milhão em reforma e compra de equipamentos. “No nosso ‘Espaço Kids’ teremos jogos eletrônicos, uma recreadora e um ambiente exclusivo e climatizado”, disse João Paulo, que há mais de dez anos atua no ramo de alimentação com a Pizzarela e uma cozinha industrial que fornece alimentos para empresas públicas e privadas.

Segundo ele, a expectativa é que o restaurante gere pelo menos 40 empregos diretos. “Não estamos abrindo mais um restaurante ou pizzaria. Estamos investindo em conforto, segurança e comodidade. Muitas vezes você quer sair, mas tem um animal de estimação e não tem onde deixar. Criamos esse espaço seguindo uma tendência das grandes cidades do mundo”, destacou João Paulo.

A valorização do artista regional está presente na decoração, com pinturas e painéis do artista plástico Lucas Fonseca. Ele une elementos da cultura regional, como bonecos de barro, bois e cavalos, com a gastronomia que será oferecida pelo João Pizza. “Nossa ideia é fornecer ao nosso cliente um cardápio enxuto e com muita qualidade”, comentou Hítalo.

O restaurante vai começar funcionando todos os dias, a partir das 17h. “Teremos aqui dois ambientes e um deles pode ser utilizado para confraternizações, reuniões etc. Em poucos dias, nossa meta é funcionar para almoço também no sistema self service”, revelou Erick. “Aqui também teremos uma carta de vinhos selecionada e bebidas importadas. Também vamos oferecer cervejas nacionais, internacionais e artesanais”, finalizou.

O restaurante está situado no começo da Avenida Professor José Leão, com a Avenida Dom Bosco.

Com a palavra, os consumidores

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Pedro Augusto

Na semana passada, o Comando Presente anunciou a intenção de se promover a abertura da Feira da Sulanca, no Parque 18 de Maio, em Caruaru, no período de dois dias – aos domingos e nas segundas-feiras – no decorrer dos próximos meses de novembro e dezembro. Para se chegar à tal pretensão, a entidade, através da Associação dos Sulanqueiros de Caruaru, realizou pesquisas, bem como fez assembleia ouvindo feirantes dos mais variados tipos de setores do local. Em sua maioria, os sulanqueiros se mostraram a favor das datas propostas, mas em relação aos consumidores, o que eles acharam da possível mudança? Com o objetivo de obter opiniões, VANGUARDA circulou, na manhã da última segunda-feira (11), pelas áreas da antiga Fundac e da Brasilit.

Dos dez clientes consultados pelo periódico, sete se posicionaram a favor da medida. Dentre eles, o autônomo Fábio Lima. “O Parque 18 de Maio ainda está longe de oferecer as melhores condições em termos de infraestrutura para nós compradores, mas acertou na medida em que passará a funcionar em dois dias neste fim de ano. Até porque, nos meses de novembro e de dezembro, o volume de clientes circulando por aqui é gigantesco, o que acaba gerando alguns transtornos para quem vem até ao Parque à procura de mercadorias, como a falta de estacionamento adequado e as dificuldades de locomoção. Caso esta proposta seja realmente concretizada, com certeza virei por mais vezes até a Sulanca em comparação com os últimos anos”, comentou.

Assim como Fábio, o autônomo Márcio Oliveira também reside no Recife e vem frequentemente ao Parque 18 de Maio à procura de vestuários para consumir. Ele foi outro a destacar a importância de se realizar a feira no período de dois dias. “Em minha opinião, ficará até mais cômodo para os consumidores fazerem as suas compras tendo duas datas disponíveis para circular pelo local. O problema é que quando a Sulanca é realizada em apenas um dia e nos últimos anos somente nas segundas-feiras, o caos sempre acaba tomando conta da mesma, porque na época de fim de ano o número de pessoas consumindo é muito grande. Ou seja, com duas datas haverá uma distribuição no fluxo e a visita aos bancos ficará mais tranquila.”

Proprietárias de uma loja de moda infantil em Pombos, na Zona da Mata do Estado, mãe e filha, respectivamente, Eloísa e Elida Ribeiro, aprovaram a execução das duas datas desde que a mudança seja amplamente divulgada. “Não adianta fazer a modificação sem avisar com antecedência a nós consumidores, até porque já estamos acostumados em realizar as nossas compras aos domingos em Santa Cruz do Capibaribe e em Toritama. Damos preferência às mercadorias da Sulanca em relação às outras feiras, porque a qualidade dos produtos daqui é melhor, e se essa ideia for mesmo para frente, nem nos deslocaremos neste fim de ano para o Moda Center (Santa Cruz) e o Parque das Feiras (Toritama)”, pontuaram as empreendedoras.

Para o consumidor alagoano Walber Silva, a abertura da Feira da Sulanca no período de dois dias também deveria ser empregada durante o período junino. “No São João, o movimento aqui também é muito grande, então por que não adotar os dois dias no mês de junho? Não teria problema algum de passar mais um dia hospedado em Caruaru, até porque o custo-benefício que as mercadorias da Sulanca costumam proporcionar para o meu negócio na época de fim de ano acaba valendo a pena”, opinou.

Em reunião promovida na semana passada, na sede do Sindloja, no Bairro São Francisco, os integrantes do Comando Presente definiram as seguintes propostas: realização da Feira da Sulanca nos dias 26 e 27 de novembro, 3 e 4, 10 e 11, 17 e 18, além de 24 de dezembro; horário de execução de atividades (compra e venda de produtos) se estendendo das 5h até as 13h; aumento nos quantitativos de efetivos lançados pelas polícias Civil e Militar para garantir a segurança do local; atuação redobrada de equipes da Destra para possibilitar uma maior fluidez do trânsito no entorno do Parque 18 de Maio, além do acréscimo no montante de fiscais da PMC com operação em todos os setores do Parque.

Até o fechamento desta matéria, a Prefeitura de Caruaru não havia se posicionado oficialmente se irá acatar ou não as medidas enviadas pela entidade.

Max Gehringer palestra em seminário da Fiepe

Max Gehringer, um dos palestrantes mais requisitados do país, estará em Caruaru como uma das atrações do Seminário “Liderança, Gestão e Competitividade”. O evento será realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), no dia 19 de outubro, no Teatro do Shopping Difusora.

O seminário conta com seis horas de capacitação. Os objetivos da Fiepe são os de estimular os participantes a refletirem sobre a arte de liderar e incentivar a capacidade de ousar, por meio do conhecimento de modernas práticas de liderança e de ferramentas fundamentais para se obter excelência emocional e profissional. Por isso, convocou um time de especialistas para abordar os temas liderança, gestão e competitividade por meio da experiência de cada um dos palestrantes.

O primeiro será o empreendedor e especialista em Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Thiago Mota, ministrando o workshop “Liderança criativa: a arte de cocriar soluções”. Com experiência em diferentes mercados no EUA, Brasil e Europa, ele é expert em gestão de conteúdo, relacionamento, liderança e formação de jovens talentos e atua como facilitador de aprendizagens com foco em desenvolvimento humano e empreendedor.

Em seguida, os inscritos irão conhecer a trajetória de sucesso da Asa Indústria com o responsável pelo RH da empresa, Franklin Santos de Almeida. Por meio de uma apresentação institucional, o profissional, com mais de 20 anos de experiência, vai falar sobre as vantagens e benefícios de ter um RH estruturado e quais são os principais desafios e avanços deste processo.

O Grupo Gênese de Ensino, responsável pelo Colégio GGE, também apresentará sua trajetória de sucesso. Iniciando suas atividades em Caruaru em 2018, com uma nova unidade que terá a mesma infraestrutura e qualidade de ensino das demais, o Colégio GGE está há 21 anos no mercado como uma instituição de ensino reconhecida pelo alto nível na formação educacional, desde o ensino infantil até a preparação para o Enem e para as principais e mais concorridas universidades brasileira.

Encerrando o evento, o escritor e administrador de empresas, autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresarial e colunista da rádio CBN e do programa Fantástico, da TV Globo, Max Gehringer dialoga com o público sobre “Carreira, Emprego e Empreendedorismo”. Ele, que começou sua carreira como office-boy, já palestrou para mais de mil empresas em mais de 15 anos dedicados a orientar as pessoas com sua expertise. Na oportunidade, irá abordar sobre mercado de trabalho, network, relacionamento, ser chefe, marketing pessoal, entrevista de emprego, currículo, diferenciais de mercado e empreendedorismo.

O investimento é de R$ 170 e pode ser dividido em até 3x nos cartões. A Fiepe dispõe de uma política de descontos: até 20% para as indústrias associadas; estudantes e idosos são beneficiados com 15% de desconto (no caso dos estudantes, é necessária a apresentação de comprovante estudantil).

Para participar, é necessário entrar em contato através dos telefones (81) 3722-5667 e (81) 99123-7888, ou pelo e-mail regional.agreste@fiepe.org.br. As inscrições também estão disponíveis pelo site www.fiepe.org.br.

Indústria puxou a criação de empregos em julho

A recuperação da indústria da transformação trouxe com ela a volta das contratações no setor. Em julho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram criados 12.594 empregos com carteira assinada nessa área. O alimentador de linha de produção foi o profissional com o melhor desempenho.

A atividade apareceu na primeira colocação no ranking nacional por ocupação do saldo de empregos do mês, com a criação de 12.002 vagas e salário médio de admissão de R$ 1,2 mil. Elas estão principalmente nas empresas da indústria de produtos alimentícios e das do material de transporte, subsetor que inclui a produção automobilística.

Para o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, esse é mais um sinal de que a economia está se equilibrando e, com ela, os empregos. “Quando vemos vagas novas surgindo em setores que não dependem tanto da sazonalidade, podemos respirar um pouco mais aliviados porque isso mostra estabilidade”, avaliou.

O ranking das ocupações para julho também mostrou um índice alto de contratações nas atividades relacionadas à agricultura, como trabalhador volante no campo e no cultivo de árvores frutíferas. Elas figuraram na segunda e terceira colocações, respectivamente, e somaram 9.628 novos postos.

Em quarto lugar, ficou outra ocupação importante para os resultados positivos da economia: a de servente de obras, com saldo de 4.458 postos. Ela reflete o desempenho da Construção Civil, que, após 33 meses de desempenhos negativos, criou 724 vagas formais em julho. A última vez que o saldo de empregos formais havia sido positivo no setor foi em setembro de 2014, quando tinham sido abertos 8.437 postos.

ARTIGO — Educação e empreendedorismo: um casamento perfeito

Por Erik Penna

Você sabia que um dos maiores sonhos do brasileiro é ter o próprio negócio? Sim, segundo pesquisa da GEM Brasil, 44% dos brasileiros desejam abrir sua empresa. E, segundo dados do Sebrae:

– 99% do total de empresas no país são micro e pequenas empresas;
– Mais da metade dos empregos formais são criados pelos pequenos empreendedores;
– 40% da massa salarial no Brasil advém dos micro e pequenos negócios;
– 27% do PIB (Produto Interno Bruto) é gerado pelas MPEs;
– 45% não se sentem preparados para o desafio de empreender.

Números com tamanha relevância nos faz pensar por que nos debruçamos durantes anos em tantas disciplinas, estudamos horas e horas assuntos que não são tão substanciais para a vida e, na grande maioria das escolas do Brasil, nenhuma aula é ministrada sobre empreendedorismo. Quase nada se aprende no ensino fundamental e ensino médio sobre como montar e gerir um negócio.

E sabe o que é mais triste? O sonho de muita gente tem virado pesadelo. É isso mesmo pois, segundo o IBGE, seis em cada dez negócios abertos no Brasil fecham antes de completar cinco anos.

Essa estatística triste pode ser amenizada à medida que houver uma abordagem empreendedora no ambiente escolar. Muitos educadores já compreendem a importância dessa nova missão de vida, até porque descobrem em vários casos onde o negócio fecha as portas. Por consequência, alguns lares também são destruídos, afinal, onde falta pão, ninguém tem razão.

Já parou para pensar como seria sensacional ver crianças e adolescentes poderem estimular a criatividade, a cultura da inovação, descobrir sua aptidão profissional, estudar casos práticos de negócios, aprender com o erro e acertos de outros empreendedores, ser incentivado a pensar fora da caixa e a identificar oportunidades? E, a partir daí, quantos equívocos fatais poderiam ser evitados?

Outro dia, um comerciante me relatou que passou anos comprando um produto por R$ 20,00 e vendendo por R$ 40,00 e que, até fazer uma qualificação no Sebrae e aprender a fazer o cálculo de custo, achava erroneamente que o lucro nessa operação era de 100%. Outro caso semelhante ocorreu com um amigo dentista. Ele reconheceu enfrentar sérias dificuldades na gestão do seu consultório, afinal, estudou muito anos sobre a dentição humana, mas quase nada sobre gestão, finanças e pessoas.

Aliás, estudos apontam que é bem maior a taxa de mortalidade do empreendedor que abre um negócio por necessidade, quase que obrigado, para poder gerar alguma renda para garantir sua subsistência. Já aquele que empreende após ter identificado uma oportunidade, planeja e pesquisa tem chances bem maiores na longevidade da sua empresa.

E mesmo aqueles que ao estudar o empreendedorismo não pegam gosto pela abertura de um negócio próprio, com certeza a capacitação dessa disciplina aguçará o intraempreendedorismo, ou seja, proporcionará profissionais mais eficientes, funcionários mais engajados, colaboradores mais comprometidos. O empreendedorismo interno nos gera uma insatisfação por estar na posição de um mero coadjuvante para ser um protagonista na vida, visionário, ou seja, um líder que inspira e transforma pessoas e resultados.

Uma frase do filósofo chinês Confúcio diz: “Encontre um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.” Evidentemente que fazer o que ama é um passo na direção certa do sucesso, mas fica claro que um professor que fala de negócios em sala de aula transforma a vida dos alunos, auxiliando na criação e manutenção da sua tão sonhada empresa e evitando um prematuro fracasso pessoal e profissional, além de contribuir para aulas mais estimulantes e interativas.

Prefeitura de Belo Jardim lança projeto “Professor Amigo do Trânsito”

A Prefeitura de Belo Jardim, por meio da Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transportes (AMSTT) e da Secretaria de Educação, lança, na quinta-feira (14), o projeto “Professor Amigo do Trânsito”. O tema será “Conscientização de cidadãos para a vida e para o trânsito”. O projeto é voltado aos alunos da rede municipal de educação, do 1º ao 9º ano, e acontecerá de 25 a 29 de setembro.

De acordo com a coordenadora pedagógica de Trânsito da AMSTT, Roselha Araújo, o projeto será implementado em todas as escolas da rede municipal. “O nosso objetivo é garantir o processo educativo dos motoristas, desde cedo. É importante conscientizarmos os alunos para que, no futuro, sejam condutores responsáveis”, explica.

Durante o lançamento do projeto, haverá palestras com Leone Andrade Sena, capitão da Polícia Militar, e Antônio Régis dos Santos, agente de trânsito da Ciretran. Todos os coordenadores das escolas municipais irão participar do evento. O lançamento será, a partir das 8h, no Centro Comunitário Municipal Castelinho, no Centro.

PROJETO – O projeto “Professor Amigo do Trânsito” será realizado de 22 a 25 de setembro nas escolas municipais. Serão oferecidas oficinas, palestras e encenações de teatro para os alunos do 1º ao 9º ano. O projeto ocorrerá durante a Semana Municipal de Trânsito.

Anfavea revisa positivamente previsão de licenciamento para 2017

A previsão de licenciamento de autoveículos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, para 2017 foi revisada para cima, de acordo com os dados divulgados pela entidade na quarta-feira, 6, em São Paulo.

A expectativa atual é que o total de autoveículos comercializados em 2017 atinja 2,20 milhões de unidades, cerca de 70 mil acima da previsão do começo do ano, que era de 2,13. Isto significa um aumento de 7,3% sobre as 2,05 milhões de unidades de 2016.

Conforme tendência antecipada por Antonio Megale, presidente da Anfavea, na coletiva de imprensa do início de agosto, os veículos leves foram alterados para cima, saindo de um aumento de 4,0% para 7,4%, enquanto os pesados para baixo, caindo de 6,4% para 3,6%.

As exportações, mesmo após a revisão de julho, mantiveram ritmo forte e foram novamente alteradas: a nova perspectiva é de exportar 745 mil autoveículos, que confirmaria o melhor ano da história para a indústria automobilística neste quesito.

Com o resultado de vendas e de exportação, o desempenho da produção foi consequentemente revisado também: o crescimento esperado para 2017 ante 2016 agora é de 25,2%. Este desempenho aponta um total de 2,70 milhões de unidades produzidas neste ano.

Para Megale, “as novas previsões da Anfavea demonstram que a indústria caminha para um cenário de retomada, mesmo se considerarmos que a base de comparação de 2016 é muito baixa. O que precisamos agora é de estabilidade no quadro econômico para que consumidores e investidores aumentem a confiança e o País como um todo entre em uma rota de aceleração da atividade econômica”.

Os dados de vendas internas e exportação de máquinas autopropulsadas também foram revisados, com respectivos aumentos de 6,9% e 34,6%.

Desempenho mensal

No oitavo mês do ano a produção de autoveículos alcançou 260,3 mil unidades, alta de 45,7% sobre as 178,7 mil do mesmo mês do ano anterior e de 15,4% ante as 225,5 mil de julho passado. O período acumulado da produção aponta para alta também: 25,5% ao se comparar as 1,75 milhão de unidades de 2017 com as 1,39 milhão de 2016.

No licenciamento o mês de agosto registrou 216,5 mil unidades, alta de 17,2% na comparação com as 184,8 mil de julho e de 17,8% sobre as 183,9 mil de agosto do ano passado. A soma dos oito meses atingiu 1,42 milhão de unidades, acréscimo de 5,3% ante as 1,35 milhão de 2016.

De acordo com Antonio Megale, presidente da Anfavea, o cenário de vendas é um reflexo de vários fatores:

“Agosto é tradicionalmente forte e o quadro econômico demonstra diversos sinais positivos, possibilitando este bom desempenho. Esta é a primeira vez no ano que superamos a casa das 200 mil unidades em vendas. O horizonte é promissor ao enxergarmos as quedas da inflação, da taxa de juros, do nível de desemprego, do endividamento das famílias e dos índices de inadimplência”.

As exportações de autoveículos permaneceram em ritmo forte: as 66,6 mil unidades enviadas para outros países em agosto representam elevação de 61,7% no comparativo com as 41,2 mil de igual mês de 2016 e alta de 1,6% com as 65,6 mil de julho. Nesses oito meses, 506 mil unidades foram exportadas, número 56,1% superior as 324,2 mil do ano passado, o que configura o melhor período acumulado da série histórica.

Caminhões e ônibus

As vendas de caminhões novos subiram 6,6% na comparação das 4,8 mil unidades de agosto com as 4,5 mil de julho. Também houve aumento, de 9,9%, sobre as 4,4 mil unidades do mesmo mês em 2016. No acumulado do ano, porém, o registro é de baixa de 11,1%: 30,8 mil unidades foram negociadas nesse ano e 34,7 mil no ano passado.

A produção do segmento em agosto ficou em 7,9 mil unidades – acréscimo de 14,2% em relação as 6,9 mil de julho e de 52% quando comparado com as 5,2 mil de agosto do ano passado. Até esse mês, 50,9 mil caminhões foram produzidos, 22,5% acima dos 41,5 mil de 2016.

Os fabricantes de caminhões exportaram no último mês 2,4 mil unidades, resultado inferior em 14,1% em comparação com as 2,8 mil de julho, mas superior em 61,7% ante as 1,5 mil de agosto de 2016. No acumulado do ano, os dados apontam crescimento de 48%: foram 18,9 mil este ano contra 12,8 mil um ano antes.

No segmento de ônibus as vendas em agosto somaram 1,55 mil unidades, alta de 25,4% frente as 1,24 mil de julho e de 28,1% em relação as 1,22 mil de agosto do ano passado. Até esse mês, 7,7 mil unidades foram comercializadas, 10,5% abaixo das 8,6 mil de 2016.

Na produção, 2,2 mil chassis para ônibus saíram das linhas de montagem em agosto, 4,8% menor no comparativo com as 2,3 mil de julho, mas 49,7% acima das 1,5 mil de agosto do ano passado. No ano já foram fabricadas 14,5 mil unidades, crescimento de 17,3% na análise com as 12,3 mil unidades do ano passado.

A exportação acumulada de ônibus alcançou 5,8 mil unidades, praticamente estável com as 5,9 mil do mesmo período em 2016.

Máquinas agrícolas e rodoviárias

As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias em agosto registraram baixa de 11,4% com relação ao mesmo mês do ano passado: 4,1 mil unidades contra 4,6 mil. Já contra julho deste ano, com 3,9 mil unidades, a elevação foi de 3%. O total de máquinas negociadas no acumulado cresceu 12,1%, com 29,3 mil unidades este ano e 26,1 mil em 2016.

Os fabricantes produziram 5,1 mil máquinas em agosto, abaixo em 10% sobre as 5,6 mil em julho e em 14,7% diante das 5,9 mil de agosto do ano passado. No acumulado deste ano a produção bateu 39,5 mil máquinas produzidas: expansão de 25,8% em relação as 31,4 mil do ano anterior.

As exportações até esse mês aumentaram 39,3%, com 8,6 mil unidades este ano e 6,1 mil no ano passado.

SEURB realiza encontro de alinhamento estratégico com todo quadro funcional

Com o intuito de alinhar ainda mais as relações de trabalho, a Secretaria de Urbanismo e Obras (SEURB) realizou, esta semana, a primeira reunião de alinhamento estratégico com todos os funcionários da pasta.

Além do quadro funcional, estava presente a secretária de Urbanismo e Obras, Nyadja Menezes, o secretário executivo de Obras, Rodrigo Miranda, a secretária executiva de Urbanismo, Raquel Brederode e o vice-prefeito, Rodrigo Pinheiro.

Na ocasião, foi apresentado todas as demandas atribuídas pela secretaria, as metas a serem atingidas neste segundo semestre, as funções de cada setor, bem como os projetos para 2018. “Nosso objetivo é estreitar ainda mais nossos laços de trabalho, aqui somos uma família que precisa trabalhar e executar nossas ações em conjunto”, frisou Nyadja.

Ainda na reunião, a secretária e os executivos puderam explanar as ações previstas no cronograma de execuções para 2017 e 2018, como o projeto de revitalização e construções de praças para cidade e zona rural, conclusão de calçamento nos bairros, tapa buraco e manutenções por toda cidade, reforma e construção de escolas e creches, entre outras.

“Ainda temos muito para executar, e isso só será possível com a ajuda de todos vocês, vamos juntos transformar Caruaru, trazendo mais qualidade de vida para todos da cidade. Estamos com um calendário de obras para ser cumprido pela cidade, vamos trabalhar ainda mais nesse segundo semestre”, finalizou a secretária.