Vice-presidente da OAB-PE recebe diploma

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Na última sexta-feira (31), o vice-presidente da OAB-PE, Fernando Júnior, recebeu o diploma de Representante da Caixa de Assistência aos Advogados de Pernambuco (CAAPE), em cerimônia realizada em Gravatá, no Agreste.

O documento foi entregue pelo presidente da CAAPE, Bruno Baptista, e pelo presidente da OAB/PE, Ronnie Duarte. Também esteve presente Felipe Sampaio, presidente da subseccional da OAB em Caruaru.

Cantoria em Casa terá apresentações dos cantores Renato Teixeira e Maciel Melo

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No dia 30 de abril será realizada a primeira edição deste ano do projeto “Cantoria em Casa”. O evento contará com a presença dos cantores Renato Teixeira e Maciel Melo, que se apresentarão na Casa Dilúcio, no Alto do Moura, a partir das 18h. No local também vai ocorrer a exposição das novas peças do projeto Mulheres de Argila. O ingresso custa R$ 100 e pode ser adquirido por meio do número (81) 9.9909-4302.

Biografia

O cantor e compositor Renato Teixeira nasceu em 20 de maio de 1945 e passou sua infância em Ubatuba. Iniciou sua carreira em 1967. É conhecido pelas suas canções Romaria, sucesso na gravação de Elis Regina, onde teve seu maior sucesso, em 1977. Gravou a canção “Frete”, composta para o seriado Carga Pesada da TV Globo. Além disso, lançou em parceria com o cantor Sérgio Reis, o disco “Amizade Sincera”. Como ele mesmo diz, “sempre procurei conhecer a nossa história musical, ouvir todas as canções e todos os gêneros, do samba à música caipira. Em tudo que ouvi sempre me deparei com o talento e a vocação dos compositores brasileiros”.

O cantor e compositor Maciel Melo, nasceu em Iguaraci, Pernambuco, onde era conhecido como o “Neguinho de Heleno”. Seu pai Heleno Louro, era sanfoneiro e animava festas de Iguaraci, um exemplo para Maciel, que se destacou na história da música com o clássico Caboclo Sonhador, em 1982. Lançou seu primeiro disco em 1989, com participações de Vital Farias, Décio Marques e Dominguinhos. Recebeu homenagem do São João do Recife 2013, com a música “Rainha” na trilha da novela “Flor do Caribe”. Decidiu abraçar a carreira de músico aos 20 anos. Seu diferencial são as melodias habilidosas e poéticas. Tem músicas no papel e quase 200 gravadas.

Polo da Rua da Má Fama tem horários de apresentações definidos

A Rua Silvino Macedo, mais conhecida como a Rua da Má Fama, está passando por um processo de ressignificação e requalificação e todas as ações do projeto Caruaru por Paixão serão voltadas para isso. A rua será interditada, nos dias 13, 14 e 15 de abril, das 18h às 2h, com diversas atividades culturais, inclusive shows com artistas regionais. Além disso, mais de dez bares e restaurantes estarão funcionando para receber os visitantes, que poderão, ainda, conferir a feirinha de economia criativa que contará com mais de dez expositores, entre moda, arte, decoração e gastronomia.

Os shows serão realizados entre 20h e 2h e a segurança do local será feita pela Polícia Militar e agentes da Destra. A interdição será feita a partir da quarta-feira (12), quando a montagem do palco deverá ser finalizada. A feirinha será realizada na rua Padre Félix Barreto, que também estará interditada e cujo fluxo será liberado apenas para moradores.

Abaixo, seguem os horários de funcionamento da feirinha e das apresentações das atrações musicais do palco da Rua da Má Fama.

Feirinha de Economia Criativa

Quinta-feira (13) – das 20h às 2h
Sexta-feira (14) – das 16h às 2h
Sábado (15) – das 16h às 2h

Shows:

Dia 13/04 (Quinta-feira) –
20h – Renilda Cardoso
21h30 – Savinho
23h – Valdir Santos
0h30 – Fim de Feira

Dia 14/04 (Sexta-feira) –
20h – Erisson Porto
21h30 – Lucas dos Prazeres
23h – Maciel Salu
0h30 – Radiola Serra Alta

Dia 15/04 (Sábado) –
20h – Izabela Morais
21h30 – Barthô
23h – Almério
0h30 – Marcelo Jeneci

Frutas do Vale do São Francisco despertam interesse da indústria de sucos

Uma região no semiárido brasileiro ganha cada vez mais importância pelo seu potencial de fruticultura, com destaque para os cultivos de uva de mesa e manga. O Vale do São Francisco, que há menos de 30 anos era terra de seca e infertilidade, hoje goza de produção abundante e fortalecida, muito devido ao recurso da irrigação em áreas margeadas pelo Rio São Francisco, nos estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco.

Hoje a região é uma das principais responsáveis pelas frutas produzidas no Brasil e exporta para Ásia, Europa e Estados Unidos. Em 2016, as vendas para fora do país cresceram mais de 120% comparadas ao ano anterior, segundo a Valexport (Associação dos Produtores e Exportadores de Hortifrutigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco). As cidades de Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, são as maiores produtoras, sendo que o município pernambucano concentra 2,8% da produção nacional de frutas e alcançou faturamento de R$ 749,6 milhões em 2016, segundo o IBGE.

Tamanha é a grandiosidade do Vale, que a região vem atraindo a indústria de sucos naturais. A produção local tem dado sinais de aumento, como comprova levantamento da Owens Illinois, líder na fabricação de embalagens de vidro no mundo. “O mercado de embalagens funciona como um termômetro econômico. Quando temos demanda de produtos, podemos avaliar se determinado setor tem tido bom desempenho ou não”, explica Alexandre Macário, gerente de marketing NO e NE da O-I no Brasil.

Entre 2015 e 2016, a empresa registrou aumento de 29% nas vendas de embalagens de vidro para bebidas naturais com destino ao Nordeste. “Notamos uma crescente demanda do mercado local e sentimos que a indústria de sucos sabe a importância e o poder produtivo do Vale do São Francisco, por isso tem apostado na criação de novas marcas e produtos com uso das frutas da região”, diz Macário.

A empresa, que também fornece embalagens para gigantes do mercado cervejeiro, tem intensificado a oferta de garrafas na região voltadas à venda de sucos naturais. Com unidade fabril instalada em Recife, Pernambuco, a O-I passou a flexibilizar seu atendimento a produtores locais no ano passado, disponibilizando garrafas em pronta entrega. “Reconhecemos a importância do Vale do São Francisco para a produção de sucos no Nordeste e queremos incentivar o desenvolvimento de novas marcas na região. Para isso, oferecemos garrafas que atendem às necessidades e padrões do mercado”, conta Macário.

A vinícola Miolo, empresa de Bento Gonçalves (RS), percebeu o potencial da fruticultura do Vale do São Francisco e há 15 anos tem investido na produção local. “Nosso suco de uva 100% integral, o Sunny Days, é parte de um amplo projeto de expansão da Miolo no Nordeste, onde atuamos há 15 anos com uma unidade de produção de uvas e elaboração de espumantes. As condições da região, nova na produção de sucos, são favoráveis possibilitando suco fresco todo o ano, pois o clima é seco e os vinhedos são irrigados pelas águas do Rio São Francisco”, explica Adriano Miolo, superintendente do grupo Miolo, uma das maiores vinícolas do Brasil.

Senador diz que sociedade precisa se aproximar da classe política

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Ao avaliar o cenário econômico e político brasileiro, o senador Armando Monteiro (PTB) destacou que a sociedade precisa se aproximar da classe política para, juntas, pavimentar caminhos para retomar o crescimento do Brasil. A análise foi feita durante palestra para cerca de 50 empresários, no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE), na segunda-feira (3). O encontro, que reuniu a diretoria da entidade, foi comandado pelo presidente da entidade, José Antônio Simón.

“A sociedade é quem tutela os governos e a qualidade da representação política expressa a qualidade da sociedade. Se a sociedade não se aproxima do Congresso, se esse canal não for permanente, se o cidadão não exerce controle social maior na representação parlamentar, não tem salvação. Precisamos ter mais sociedade e menos governo”, afirmou Armando.

Avaliando o cenário econômico, o senador destacou que há sinais que apontam para a recuperação do setor. Como exemplo, Armando citou a expectativa de 2017 de registrar uma safra recorde em relação a 2016, o aumento do preço das commodities e o crescimento das importações. “O cenário aponta para uma recuperação da economia brasileira”, disse.

Foto: Divulgação

Vendas de carros e comerciais leves crescem 38,86% em março, diz Fenabrave

As vendas de veículos no Brasil, considerando-se apenas os carros e comerciais leves (picapes e furgões), cresceram 38,86% no mês de março em comparação com fevereiro. No mês passado foram emplacadas 183.850 unidades. O dado foi divulgado hoje (3) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em relação a março do ano passado, houve crescimento de 6,11%.

Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a alta no mês de março sofreu impacto dos cinco dias úteis a mais em relação a fevereiro mas, segundo ele, também demonstra sinais de recuperação. “Na comparação, em dias úteis, a variação diária, em março, foi positiva em 8,53%, o que demonstra uma sinalização positiva. Apesar da manutenção das incertezas políticas e econômicas do país, acreditamos que a curva de queda no acumulado deverá arrefecer para que possamos ter um crescimento moderado até o final deste ano”, disse.

Segundo balanço da federação, quando englobados os carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, as vendas apresentaram alta de 5,5% na comparação com março de 2016 e de 39,43% em relação a fevereiro, com emplacamento de 189.143 unidades.

Considerando-se, no entanto, todo o setor de distribuição de veículos [o que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos], houve crescimento de 37,91% em março na comparação a fevereiro, com o emplacamento de 282.631 unidades. Na comparação entre o mês de março de 2017 e o mesmo período de 2016, houve queda de 3,83% nos emplacamentos este ano.

Gilmar Mendes diz que julgamento não tem prazo para ser concluido

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse hoje (3) que não há prazo para a conclusão do julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer e que a corte é “cautelosa” em ações deste tipo.O julgamento nesta terça (o4) às 9h e, inicialmente, estão previstas quatro sessões do tribunal para análise do caso.

“Em geral, o tribunal é muito cauteloso nessas questões. Veja que nós temos outros processos, mais dois processos de cassação de governadores, e os relatores que se debruçaram sobre o tema trouxeram seu voto, que é o caso do Tocantins, e é o caso do Amazonas e, em seguida houve pedido de vista”, disse o ministro antes de participar de uma aula inaugural na Faculdade de Direito do Instituto de Direito Público de São Paulo.

Segundo Gilmar Mendes, eventuais pedidos de vista no processo que investiga a chapa Dilma-Temer serão analisados durante o julgamento. “Isto terá de ser analisado tendo em vista a realidade. Certamente, todos se apressam. Em geral, não há pedido de vistas a perder de vista, mas nós estamos falando de um relatório de 1.086 páginas, de um processo de dezenas de milhares, estamos falando de um processo complexo”, disse o presidente do TSE.

Segundo Gilmar Mendes, até agora apenas o relator do processo no TSE, ministro Herman Benjamin, debruçou-se com profundidade sobre o caso. “Agora que o tribunal passa a fazer uma análise mais cuidadosa de todo o tema com todas as suas implicações.”

Perguntado se uma eventual cassação da chapa Dilma-Temer poderia gerar impactos negativos na economia e na governabilidade do país, Mendes não quis comentar a possibilidade, mas disse que os juízes irão considerar a repercussão que a decisão poderá ter. “O tribunal, na verdade, faz análise de toda a complexidade do tema, tendo em vista toda a sua repercussão.”

Relator da PEC da Previdência não pretende mudar idade mínima para aposentadoria

O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que trata da Reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), defendeu a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, tanto para homens quanto para mulheres. Para ele, essa é uma questão fechada. “Eu continuo com essa ideia fixa em relação à idade mínima. Se não tiver a idade mínima, não há porque fazer a PEC. Eu, por exemplo, posso antecipar: eu não pretendo mudar isso no meu relatório”, disse.

Arthur Maia esteve hoje (3) no Palácio do Planalto conversando com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e parlamentares da base do governo sobre a reforma. O deputado disse que deve concluir o relatório até quarta-feira da semana que vem, quando o submeterá à comissão, presidida por Carlos Marun (PMDB-MS).

Ao conversar com jornalistas na saída da reunião, o relator inicialmente disse que a idade mínima para aposentadoria, no caso dos homens, era algo definido. Mas, ao ser questionado sobre a proposta de ter a mesma idade para as mulheres, Arthur Maia disse que vai ouvir as bancadas, embora entenda que não deva haver diferenciação de gênero nos requisitos para requerer o benefício.

Agora, a tarefa do relator é ouvir os partidos da base aliada para saber se ainda há pontos da PEC que encontram resistência. A ideia, segundo ele, é fazer do relatório um documento que reflita o pensamento da base aliada de Temer. “Esse relatório vai ser da base do governo. Todos estaremos comprometidos com esse relatório”, afirmou.

Para reforçar esse propósito, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) vai indicar três senadores que conversarão com Arthur Maia sobre o relatório. Eles serão responsáveis por levar o entendimento da base no Senado para a proposta.

Além de conversar com os aliados, o relator também disse estar disposto a dialogar com a oposição. Mas, segundo ele, o único partido de fora da base que o procurou foi o PSOL, por meio do deputado Ivan Valente (SP). “Eu irei a todos aqueles que me procurarem. O deputado Ivan Valente manifestou o desejo de que eu vá à bancada do PSOL. Irei a toda bancada que me convidar”.

Entenda o que diz a ação e como será o julgamento da chapa de Dilma-Temer no TSE

O julgamento do pedido de cassação da chapa Dilma-Temer começa amanhã (4), às 9h. O presidente Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, marcou quatro sessões para analisar o processo. Na ação, o PSDB pede a cassação da chapa que disputou e venceu as eleições presidenciais de 2014, alegando que há irregularidades na prestação de contas.

Independentemente da decisão do TSE, cabem embargos de declaração no próprio tribunal eleitoral e recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF). É o que explica o professor de direito eleitoral da Universidade de Brasília (UnB) Bruno Rangel Avelino. “Com o recurso ao STF, pode ser concedida liminar suspendendo os efeitos de uma possível cassação. Quem vai dar a última palavra sobre o assunto será o Supremo”, adianta. “Trata-se de recursos para casos em que a decisão tem erro, omissão, contradição ou obscuridade.”

Na última semana, o ministro Gilmar Mendes afirmou não ser possível prever a duração do julgamento da chapa. “Não sabemos quantos incidentes vamos ter.” Mendes confirmou que, logo na abertura dos trabalhos, o plenário terá que examinar questões preliminares interpostas pelos advogados de Dilma Rousseff e de Michel Temer. Uma das questões que permeiam o julgamento é a separação, ou não, dos membros da chapa.

Os questionamentos

Em dezembro de 2014, as contas de campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer foram aprovadas com ressalvas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o processo foi reaberto após o PSDB apontar irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato.

Tanto Dilma quanto Temer apresentaram defesa ao TSE. A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado.

Já a defesa do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não há qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.

Na ação, apresentada à Justiça Eleitoral em dezembro de 2014, o PSDB pede que, caso a chapa seja cassada, o TSE emposse como presidente e vice os senadores tucanos Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), atual ministro dasRelações Exteriores, derrotados na eleição presidencial.

O que está sendo julgado?

O pedido de cassação da chapa Dilma-Temer começou com uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije), com o objetivo de investigar fatos ilícitos ocorridos durante a campanha. Após a diplomação de Dilma Rousseff como presidenta da República, foi proposta uma ação de impugnação de mandato eletivo (Aime). As duas ações tratam do mesmo assunto e serão julgadas em conjunto nas mesmas sessões no TSE.

Esta é a primeira vez que a corte abre uma ação do tipo contra uma chapa empossada. A Aime está prevista na Constituição Federal e tem por objetivo impugnar o mandato obtido “com vícios e ilicitudes”.

Segundo a legislação, a ação deve ser proposta quando o mandato tiver indícios de ter sido obtido com abuso de poder econômico, corrupção ou fraude. Mesmo com o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a ação prosseguiu porque os dois integrantes da chapa podem ficar inelegíveis por oito anos se o TSE entender pela cassação do resultado da eleição de 2014.

Como funciona o rito do julgamento?

A última etapa do processo foi concluída em 28 de março pelo relator, o ministro Herman Benjamin, que enviou aos demais integrantes do TSE o relatório final. Ao concluir o processo, Herman pediu a Gilmar Mendes a inclusão do processo na pauta, de acordo com a Lei de Inelegibilidade (Lei Complementar 64/1990).

Foram investigados por Benjamin desvios na contratação de gráficas e o recebimento de recursos não declarados durante a campanha. O ministro investigou também repasses possivelmente ilegais feitos pela empreiteira Odebrecht, cujos indícios foram revelados pela Operação Lava Jato.

O voto de Herman Benjamin será conhecido somente no dia do julgamento.

O presidente do TSE marcou para amanhã, às 9h, o início do julgamento da ação. No mesmo dia haverá outra sessão, às 19h, horário em que tradicionalmente ocorrem os julgamentos.

De acordo com o cronograma anunciado por Gilmar Mendes, haverá ainda uma sessão extraordinária na noite de quarta-feira (5) para dar sequência ao julgamento. Os ministros também poderão dar continuidade à análise da ação na sessão semanal de quinta-feira (6) de manhã.

Fases

O presidente do TSE concederá a palavra, da tribuna, aos advogados de acusação e de defesa de Dilma e Temer. Logo após, será facultada pelo presidente a palavra ao representante do Ministério Público Eleitoral (MPE) para suas ponderações. De acordo com o regimento da Corte, cada uma das partes poderá falar pelo prazo improrrogável de 10 minutos.

Na condição de relator, de acordo com o regimento interno do TSE, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Herman Benjamin, deverá começar o julgamento com a leitura do relatório da ação, que traz um resumo das diligências feitas, dos depoimentos e provas coletados, das perícias e das providências solicitadas por ele durante a fase de instrução processual.

Encerradas essas etapas, o ministro Herman Benjamin apresentará o seu voto. Na sequência votam os ministros Napoleão Nunes Maia, Henrique Neves, Luciana Lóssio, Luiz Fux (vice-presidente do TSE),Rosa Weber e, por último, Gilmar Mendes.

O tribunal examinará uma série de questões preliminares interpostas pelos defensores de Dilma e Temer na primeira sessão. Além disso, os advogados de ambos solicitaram mais prazo para análise de provas, em especial as relacionadas aos depoimentos de ex-executivos da Odebrecht, que prestaram esclarecimentos a Benjamin somente no estágio final da fase de instrução. Gilmar Mendes confirmou que, independentemente do resultado do julgamento, o STF deve receber recursos da ação.

REDE entra com primeira ação que pede a suspensão da Lei de Terceirização

A Rede Sustentabilidade ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) na noite deste domingo, 2 de abril, a primeira Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei de Terceirização, sancionada pelo presidente Michel Temer. Por meio desse processo, apresentado com um pedido de liminar, o partido pretende anular os efeitos da nova legislação, que entrou em vigor após um projeto neste sentido ter sido aprovado na Câmara. No entendimento da REDE, essa medida afronta a Constituição porque retira direitos dos trabalhadores.

A ADI nº 5685/2017 é assinada pelo porta-voz nacional da REDE, José Gustavo Fávaro Barbosa. Para entrar com essa petição judicial, a REDE usa como um de seus principais argumentos o fato de a Lei 13.429/2017 – assinada por Temer na última sexta-feira, 31 de março – desrespeitar o Artigo 7º da Constituição Federal. Esse dispositivo da Lei maior do país garante os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais do país.

Na ação, a REDE requer que sejam declaradas inconstitucionais as interpretações que autorizem a terceirização das atividades fim. No processo, o partido pede que isso aconteça tanto nas organizações públicas e privadas.

Na avaliação de Zé Gustavo, a lei da Terceirização traz muita insegurança não só para os direitos trabalhistas, mas também nas contratações na iniciativa privada e no setor público. Em seu entendimento, a legislação é confusa. “Além disso, a discussão (sobre a terceirização) não cumpriu plenamente o debate no Legislativo. Um tema tão importante precisava ter um novo texto debatido no Senado. Agora, o STF poderá se manifestar sobre questões controversas sobre tema”, destacou.

Outro argumento utilizado na ADI é o do Executivo ter enviado, em 2003, um documento à Câmara para pedir a retirada do projeto sobre a terceirização (4.302/1998, até antes da sanção de Temer), encaminhado em 1998 pelo então presidente da época. A ação questiona que a aprovação dessa mesma proposta por 231 votos a favor e 188 contra, em sessão do dia 22 de março é ilegítima, pois uma mensagem ao Legislativo solicitava a retirada da matéria da Casa. No entanto, o pleito foi ignorado e resultou na sua votação.

“É inconstitucional porque também fere o princípio de separação dos poderes, visto que o Executivo a encaminhou para o Parlamento em 1998 e o mesmo Executivo pediu o seu arquivamento em 2003. Nós esperamos da Suprema Corte de nosso país faça o restabelecimento da ordem. A lei foi aprovada por uma manobra legislativa, na calada da noite, retirada das catacumbas dos arquivos da Câmara. O Senado não foi ouvido, muito menos a sociedade”, critica o senador Randolfe Rodrigues (AP), líder da REDE no Senado.

Necessidade da ADI

A REDE decidiu entrar com a primeira ADI do país que pede a anulação da terceirização justamente devido a sua sanção pelo presidente, na última sexta-feira. Antes disso, parlamentares do partido também haviam entrado, no dia 24 de março, com um mandado de segurança contra o projeto aprovado na Câmara. Nesse caso, assinam essa petição Randolfe e os deputados Alessandro Molon (REDE-RJ) e Aliel Machado (REDE-PR).

Um dos advogados que cuida da ação protocolada neste domingo, Raphael Sodré, explica que houve a necessidade de entrar com a ADI em razão da sanção da lei por parte do presidente. “Com isso, o mandado de segurança perdeu o seu objeto e, por isso, era necessário entrar com uma ação”, esclarece.

Sodré ressalta ainda que, inicialmente, o mandado de segurança tinha o objetivo de barrar a tramitação de um projeto, sob alegação que o mesmo era inconstitucional. Com a entrada em vigor após sanção de Temer, a ADI vai atacar agora contra a inconstitucionalidade de uma lei”, detalha Sodré, que também é coordenador de Relações Internacionais da Executiva Nacional da REDE.

Detalhes da lei

Entre os principais pontos da lei sancionada pelo presidente, a terceirização pode ser aplicada a qualquer atividade da empresa ou no serviço público, seja ela atividade meio ou fim. A terceirizada será responsável por contratar, remunerar e dirigir os trabalhadores. A contratante deverá garantir segurança, higiene e salubridade dos empregados terceirizados.

Sobre o trabalho temporário, o tempo de duração passa de até 90 dias para até 180 dias consecutivos ou não. Após o término do contrato, o temporário só poderá prestar novamente o mesmo tipo de serviço à empresa após três meses de espera. A nova legislação estabelece responsabilidade subsidiária da empresa contratante por débitos trabalhistas e previdenciários aos trabalhadores terceirizados. Com isso, a contratante será acionada a arcar com essas despesas se a cobrança da empresa terceirizada contratada fracassar.