Shopping Difusora entra na folia do Carnaval

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Carnaval é tradicionalmente uma época de festa e alegria em todo o país. Já em clima de folia, o Shopping Difusora, de Caruaru, contará com uma programação repleta de atividades culturais gratuitas para adultos e crianças. A partir do dia 11 de fevereiro, o 1º piso do mall ganhará uma arena recreativa totalmente decorada para realização de oficinas de máscaras e ritmos carnavalescos, pinturas no rosto, aulão de Frevo, desfile do bloco da Saudade do Sesc Caruaru, entre outras ações.

O Difusora também traz o projeto Carnaval Brincante do grupo “As trovadoras”, que resgata brincadeiras de antigamente como cantigas de roda, brincadeiras de rua, jogos com palavras. Na ocasião, pais e filhos poderão aproveitar canções carnavalescas ao vivo e lembrar as marchinhas tão tradicionais do período momesco. A apresentação, assim como as outras ações da programação de Carnaval, é aberta ao público e gratuita.

Além disso tudo, uma decoração especial com máscaras e sombrinhas vai homenagear o Frevo e ornar os corredores do centro de compras, dando aquela alegrada típica do festejo. “Com estas ações, queremos valorizar nossa cultura pernambucana. Por isso, o Frevo e a sombrinha serão os principais ícones da decor”, explica a gerente de marketing do Difusora, Hellen Lima.

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO – Durante o período de Carnaval, o Shopping Difusora abrirá suas portas, todos os dias, em horário especial. De 25 de fevereiro (sábado de Zé Pereira) até dia 28 (terça-feira de Carnaval), as lojas, quiosques, praças de alimentação, espaço para crianças, cinema e play toy estarão funcionando ao público, conforme tabela abaixo.

Dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro (Sábado, Domingo, Segunda e Terça-Feira de Carnaval)

Praça de alimentação 1°, 2° e 3° piso, retenção de crianças, cinema, play toy
11h (abre)
21h (fecha)
Lojas e Quiosques
11h (abre)
20h (fecha)

Dia 1º de março (Quarta-feira de Cinzas)

Todas as Lojas /Quiosques
Horário normal
Horário normal

PROGRAMAÇÃO COMPLETA CARNAVAL
AÇÕES
DATAS (fevereiro)
HORÁRIOS
Espaço recreativo com atividades de pinturas e desenhos
11 a 28
Segunda a Sábado
10h às 22h

Domingos e feriados 11h às 20h
Pintura de rosto
11 e 12
18 e 19
15 h as 19 h
Oficina de Máscara – em pareceria com o Sesc Caruaru
15 e 16
14h30 às 16h
Oficina de dança – em parceria com o Sesc Caruaru
15 e 16
14h30 às 16h
Desfile Bloco da Saudades – Sesc Caruaru
Dia 19
14h
As Trovadoras
Dia 19
15 h

Programa Fome Zero completa 14 anos

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Considerado o carro-chefe da primeira gestão do primeiro governo de Lula, o Fome Zero completou 14 anos de existência no último dia 30 de janeiro. “Um dos mais vitoriosos programas do ex-presidente, o Fome Zero levou comida para a mesa de milhares de pessoas e reduziu em 82% a população em situação de subalimentação no Brasil”, lembrou o líder do PT no Senado, Humberto Costa.

Os dados ao que o senador petista se refere constam no relatório “O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo – 2014”, divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e apontou essa redução de 82% entre os anos de 2002 e 2012. “O presidente Lula se comprometeu em levar as três refeições para a mesa do brasileiro e conseguiu mudar os números da fome no País”, assinalou Humberto.

O Fome Zero tem como objetivo dar acesso, diariamente e de forma digna, a alimentos em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades nutricionais básicas e à manutenção da saúde. Para atingir esse objetivo, o programa atuou em três grandes eixos: ampliação da demanda efetiva de alimentos, o barateamento do preço desses produtos e os programas emergenciais para atender à parcela da população que sempre foi excluída desse mercado.

O relatório da FAO, que acompanha os países há 50 anos, utiliza um indicador para acompanhar e dimensionar a fome no mundo. O Brasil, após as ações dos governos Lula e Dilma, atingiu o nível histórico de 1,7%. Quando esse indicador cai para menos que 5%, a organização considera que o país superou o problema da fome.

“Não tem como comparar os governos de Lula e Dilma com o do golpista Temer nem com qualquer outro presidente que os antecederam. Fizemos nosso dever de casa elevando a dignidade do povo brasileiro levando comida para quem tinha fome e que sempre foi deixado à margem da sociedade. Os números estão aí para provar que nunca se fez tanto pelos mais necessitados como fizeram os presidentes Lula e Dilma”, afirmou Humberto.

Ainda no relatório da FAO, a organização avalia que os avanços alcançados no Brasil em relação ao combate à pobreza e à desigualdade são impressionantes. Segundo números da instituição, o estado de pobreza na população caiu de 24,68% em 2002 para 8,5% em 2012. Ao mesmo tempo, em relação à extrema pobreza o percentual caiu de 9,79% para 3,56% no mesmo período.

“Infelizmente, não conseguimos continuar avançando com a inversão de prioridades no País. Fomos ceifados após um golpe parlamentar e pagaremos um preço alto por isso. A PEC 55, que limita os gastos públicos, a reforma da Previdência e a reforma trabalhista ameaçam vir por aí para acabar com os direitos conquistados pelos brasileiros. Realmente estamos vivendo o final dos tempos”, lamentou o senador Humberto Costa.

Fafica abre processo para a formação do Coro Universitário

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Saiu o edital de seleção para o Coro Universitário da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica). O coral da Instituição é um grupo de extensão que exerce atividades artísticas e culturais. Formado por alunos, ex-alunos, funcionários e pessoas da comunidade em geral, o Coro Universitário tem como principal objetivo divulgar a cultura por meio da música coral em toda a região.

Para atuar no grupo, os candidatos devem participar do processo seletivo que vai ser realizado em dois dias, 15 e 17 de fevereiro, no auditório da Fafica, das 18 às 19h. Serão oferecidas dez vagas para homens e quinze para mulheres. Os participantes terão direito a um certificado com 40 horas de atividade complementar por semestre.

“O coral, como instrumento dinâmico do fenômeno social, tem o propósito de buscar uma identidade com valores humanos. Essa identidade, agregadora de transformação, valoriza a individualidade e as relações interpessoais de cada integrante. Baseado nessa perspectiva, o Coro Universitário Fafica convida a todos para participar desse projeto”, ressalta o maestro Philipe Moreira Sales.

Os ensaios regulares ocorrerão às quartas, quintas e sextas, das 18h às 19h, no auditório da Instituição, podendo o horário ser estendido em situações excepcionais como ensaios gerais, proximidade de apresentações, etc.

As inscrições são abertas ao público e devem ser feitas através do formulário online, no link: https://goo.gl/forms/qGB9iR2VMKdOBuX33.

Destra finaliza a campanha de volta às aulas

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A campanha de volta às aulas “Eu faço um trânsito legal”, realizada na manhã da segunda-feira (6), foi exaltada por pais e alunos das escolas públicas de Caruaru. Funcionários administrativos da Destra, arte-educadores e agentes de trânsito estavam desde as 6h esperando funcionários, pais e alunos na frente das Escolas Municipais Álvaro Lins, Professor Machadinho, Mario Sette e Duque de Caxias num ato de conscientização sobre o trânsito em torno das instituições.

”Essa ação é desenvolvida pela Destra e pela Gerência de Educação e tem o objetivo de desenvolver atitudes positivas em relação ao trânsito. Além disso, visa despertar o sentimento de coletividade no qual atitudes individuais têm repercussão em todo o coletivo”, explica o presidente da Destra, Coronel Hermes Melo.

A ação se estende no turno da tarde nas Escolas Municipais Laura Florêncio, Altair Porto Nunes, Dom Miguel Lima Valverde e o Colégio Franciscano Santa Maria dos Anjos, encerrando a campanha neste primeiro semestre.

Bateria de poços será perfurado no sertão de Pernambuco

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Já está em processo de licitação a obra para a perfuração de 16 poços profundos no município de Ibimirim, no Sertão do Moxotó, uma das alternativas encontradas pela a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para o enfrentamento dos efeitos da seca, que já perdura seis anos consecutivos no estado. O empreendimento vai dar continuidade à construção do Sistema Adutor dos Poços de Tupanatinga, formado por uma bateria de 20 poços – dos quais, quatro já foram perfurados – com capacidade de operar uma vazão de 200 litros de água por segundo. O volume é suficiente para atender a população de sete municípios situados no Agreste: Venturosa, Pedra, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati.

A obra será executada com recursos do Ministério da Integração Nacional, que vai destinar R$ 54 milhões para a perfuração dos poços, em média, com 300 metros de profundidade. Os poços irão extrair água do Aquífero Tacaratu, situado em Ibimirim e pertencente à Bacia Sedimentar do Jatobá. O projeto ainda contempla a construção de estrada de acesso, estações de bombeamento e uma adutora de cerca de 80 km de extensão, que vai interligar o Sistema Adutor dos Poços de Tupanatinga à Adutora do Agreste.

“Assim vamos conseguir antecipar o uso dos trechos de tubulações já assentadas da Adutora do Agreste, enquanto não chega água da Transposição do Rio São Francisco”, informou Roberto Tavares. De acordo com o presidente, a expectativa é concluir o processo de licitação em dois meses, tendo em vista que tudo será feito dentro do modelo de RDC (pregão). A previsão é iniciar a obra no mês de abril e colocar o Sistema Adutor dos Poços de Tupanatinga para operar no prazo de 10 meses.

Com o Sistema Adutor dos Poços de Tupanatinga, a Compesa vai iniciar a operação de abastecimento de água em Iati, que possui 18.360 moradores – a cidade tem um sistema próprio de abastecimento administrado pelo próprio município. A obra também vai permitir retirar da situação de colapso e pré-colapso os outros seis municípios do Agreste. Águas Belas, com mais de 27 mil habitantes, está sendo abastecida somente por carros-pipa desde outubro do ano passado. Os municípios de Venturosa e Pedra entraram em colapso nos anos de 2012 e 2013, respectivamente. Juntas, as cidades somam uma população de 25 mil pessoas que são atendidas exclusivamente também por carros-pipa.

A Compesa deixou de captar água na Barragem de Mulungu, manancial responsável pelo fornecimento de água para Buíque, no ano de 2013. Para impedir o colapso do abastecimento na cidade, foi preciso buscar água nos poços do Vale do Catimbau que, hoje, só conseguem destinar 25% da água que os 25 mil moradores de Buíque necessitam. Por este motivo, a cidade convive com um calendário de cinco dias com água para 16 dias sem. As cidades de Itaíba e Tupanatinga são atendidas com água de poços do sistema antigo de Tupanatinga, localizados na Baixa Funda, em Ibimirim. Em Itaíba, é cumprido o calendário de quatro dias com água para 22 dias sem. Já para os 11 mil moradores de Tupanatinga é realizado o rodízio de quatro dias com água e quatro dias sem.

Raquel Lyra acompanha os trabalhos de limpeza de barragens

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O serviço de limpeza da barragem da Vila do Rafael, no Segundo Distrito Rural de Caruaru, foi entregue ontem (06). Há cerca de 18 anos que o local não recebia nenhum tipo de ação nesse sentido. A intervenção foi feita pela Secretaria de Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural com o início dos trabalhos no dia 30 de janeiro e conclusão na última sexta (03).

Agora quem recebe a manutenção é a Barragem de Jacaré Grande, também no Segundo Distrito, que foi construída há vinte anos pelo então prefeito João Lyra Neto. A atual prefeita do município, Raquel Lyra, esteve nos dois locais e acompanhou de perto o andamento dos trabalhos.

“A Barragem de Jacaré Grande foi construída pelo prefeito João Lyra e chegou até a sangrar, mas com a seca que surgiu cinco anos depois da construção, ela secou. Agora com a limpeza que está sendo feita, ela já começa a minar um pouco de água e quando a chuva vier, vai ter como armazenar e assim poder trabalhar em plantação, consumo e na lida com os animais. A nossa parte estamos fazendo”, pontuou a prefeita.

O líder comunitário da Vila do Rafael, Fábio Torres, reconhece a importância do trabalho para a comunidade. “Todo mundo aqui na Vila do Rafael está muito agradecido. A limpeza é uma coisa muito importante e que a gente queria que fosse feita antes da chuva chegar para encher o barreiro. Quando estiver ativa, barragem irá beneficiar os cerca de sete mil habitantes que vivem aqui”, explicou Rafael.

UPAE Garanhuns realiza mais de 70 mil consultas

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A UPAE Garanhuns vem agradecer aos milhares de pacientes e seus familiares, que em 2016, confiaram na qualidade do seu serviço, podendo promover saúde e melhor qualidade de vida no Agreste Meridional. Seguindo a política do Estado de Pernambuco e do IMIP, de transparência nas ações, aproveita para divulgar os números, bastante expressivos, de atendimentos no ano que findou.

Foram realizadas 72.196 consultas médicas, nas 20 especialidades, que superam seis mil consultas por mês! A população ainda pode contar com 30.001 atendimentos divididos nas especialidades nutrição, fonoaudiologia, farmácia, psicologia, fisioterapia, terapia ocupacional, serviço social e enfermagem. Em cirurgias, os números também impressionam: somam um total de 6.174 procedimentos cirúrgicos, em oftalmologia, cirurgia geral, dermatologia, urologia, ginecologia e otorrinolaringologia. Para apoiar os médicos nos diagnósticos, o setor de exames complementares registrou um total de 152.804 exames em 2016, desde um simples exame de glicose, até um exame complexo, como é o caso de uma Endoscopia Digestiva.

“Tudo isto só foi possível porque a população já elegeu a UPAE como sendo o melhor serviço de saúde da Região, fazendo com que nos empenhemos cada vez mais para oferecermos qualidade e resolutividade”, comenta o Coordenador Geral da Unidade, Gustavo Amorim.

Para atendimento na UPAE, os usuários do SUS devem procurar os postos de saúde mais próximos de suas residências.

Caixa Econômica inicia processo de demissão voluntária

O presidente da Caixa Econômica Federal, Gilberto Occhi, anunciou que o programa de demissão voluntária (PDV) dos funcionários do banco iniciará processo de adesão a partir desta terça-feira (7). Segundo ele, o objetivo é alcançar no máximo 10 mil funcionários, dentre os cerca de 30 mil que trabalham atualmente na empresa.

Com o objetivo de cortar gastos, a saída dos servidores do banco pode gerar uma economia de cerca de até R$ 1,8 bilhão. De acordo com Occhi, porém, esse valor só será atingido se o limite de 10 mil funcionários for alcançado.

“À medida que forem sendo feitas as inscrições, vamos enquadrá-los [os funcionários] em todas as regras. O limite é 10 mil, pode ser 6 mil, 7 mil, mas nosso limite é 10 mil de um público, um universo de cerca de 30 mil”, disse.

Segundo o presidente do banco, a orientação do ministério do Planejamento é fazer a escolha com base em critérios. Ele informou que até o fim do dia uma nota à imprensa seria divulgada dando mais detalhes do plano, mas adiantou que entre os “elegíveis” estão “aposentados ou não”, com, no mínimo, 15 anos de Caixa”.

10 motivos que mostram por que a indicação de Alexandre Moraes é polêmica

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Alexandre Moraes, teve a sua indicação para ocupar a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal (STF) confirmada no final da tarde desta segunda-feira. Escolha do presidente Michel Temer, o advogado filiado ao PSDB e membro do primeiro escalão do governo federal enfrenta questionamentos sobre a sua isenção para analisar processos relacionados à Lava-Jato na Corte.

Confira 10 razões por que a indicação de Moraes está cercada de polêmica:

1. Vem do 1º escalão do governo Temer, que tem ministros citados na Lava-Jato

A proximidade com o governo Temer, que tem ministros citados na Lava-Jato e enfrenta o receio dos efeitos das delações da Odebrecht, aparece entre os motivos que pesam contra a indicação de Moraes. Uma das prerrogativas do tucano no Supremo seria a análise de processos relacionados à operação em plenário, lembra o ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp.

— O novo ministro não poderia ser de dentro do governo, mas alguém sem qualquer vinculação político-partidária, porque o nome indicado ao STF já chega com clima de desconfiança. Em um momento em que se especula que integrantes do governo estejam envolvidos em atos ilícitos, a indicação de Alexandre Moraes representa tudo que o governo não deveria fazer para mostrar isenção e distância dos fatos — argumenta.

2. Teve atuação questionada na crise dos presídios

Moraes recebeu críticas em razão de sua atuação na crise nos presídios, na qual ocorreram três massacres e mais de cem mortes. O tucano deu declarações contraditórias ao negar, por exemplo, que a situação havia saído do controle. O ministro ainda teve de se retificar depois de afirmar que o governo de Roraima não havia solicitado intervenção nacional para o sistema penitenciário. Documentos provaram que o pedido havia sido feito e fora negado por Moraes.

3. Acumula declarações polêmicas e antecipação de fase da Lava-Jato

Em sua vida pública, Moraes ficou conhecido por uma série de falas polêmicas, tanto que a fama lhe rendeu a orientação para passar por um curso de tratamento à imprensa. Ele não quis. Em setembro do ano passado, o ministro ainda teria antecipado a correligionários nova fase da Lava-Jato. Em viagem a Ribeirão Preto, em São Paulo, disse que na semana seguinte ocorreria uma etapa da operação — o que se comprovou dias depois com a prisão do ex-ministro petista Antonio Palocci. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu uma sindicância para investigar se houve divulgação de informações privilegiadas.

4. Filiado ao PSDB, tem a imparcialidade questionada

Após integrar o primeiro escalão de governos tucanos em São Paulo, Moraes estava sendo preparado para assumir protagonismo do partido no Estado. Especula-se, inclusive, que seu nome chegou a ser cogitado para concorrer à prefeitura paulistana em 2016. Analistas concordam que a filiação partidária coloca a imparcialidade sob suspeita em um momento de instabilidade no avanço da Lava-Jato causado pela morte de Teori Zavascki.

— Preocupam eventuais ligações de natureza política. O que a sociedade brasileira espera é que, uma vez nomeado para o STF, qualquer ministro adote somente posições absolutamente técnicas, marcando sua independência frente às posições jurídicas — reflete o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia.

5. Teria advogado para cooperativa ligada ao PCC e para Eduardo Cunha

Em atuação como advogado, Moraes defendeu o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Lava-Jato, em processo sobre uso de documento falso. Também consta no currículo profissional do ministro a defesa de cooperativa associada à lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele afirma que havia renunciado dos processos e que estava de licença no período.

6. Escreveu tese que impediria sua nomeação ao Supremo

Estado de S. Paulo revelou que a tese de doutorado de Moraes, defendida na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em junho de 2000, barraria a sua nomeação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Isso porque, no trabalho, o ministro sustentou a proibição da indicação a ministro da Corte de pessoas que exercem cargos de confiança no mandato do presidente da República em exercício — ele mesmo seria um exemplo desse caso.

— Nomeações viraram esquizofrenia. Não há critérios. Ministros devem julgar pela lei e não por política ou moral. Enquanto existir essa “descriteriologia”, a possibilidade de erro é quase 100%. No caso dele, o peixe morre pela boca, quando disse que cargos de confiança não deveriam ir para o STF — critica Lênio Streck, professor de Direito Constitucional da Unisinos.

7. Sofreu críticas pela violência excessiva em protestos

Secretário de Segurança Pública de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin, Moraes foi alvo de críticas por conta da atuação da Polícia Militar (PM), considerada excessivamente violenta, em manifestações populares — como as ocupações estudantis e os protestos contra o aumento de passagens. Durante a sua gestão, pela primeira vez foram usados blindados israelenses para enfrentar manifestações.

8. É acusado por alunos da USP de defender a tortura

Moraes recebeu acusações de seus alunos na Universidade de São Paulo (USP) de ter relativizado a tortura em sala de aula, em 2004, durante uma discussão. Segundo a Folha de S.Paulo, o Centro Acadêmica XI de Agosto publicou uma nota contra o professor, que foi usada, no ano seguinte, em comissão que debatia a sabatina do advogado para ocupar uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ele disse que a sua fala foi distorcida.

9. Apareceu em vídeo cortando pés de maconha

De facão em punhos, Moraes apareceu, em julho de 2016, em vídeo gravado no Paraguai no qual devasta pés de maconha. Meses depois, tornou-se pública a sua intenção de erradicar o comércio e o uso da maconha na América Latina, iniciativa que caminha na contramão de políticas internacionais de combate às drogas. O objetivo integraria o Plano Nacional de Segurança e teria sido apresentado a pesquisadores e especialistas. Depois da publicação da notícia na imprensa, o ministro negou a intenção.

10. Patrimônio acumulado no funcionalismo público

Documentos obtidos pelo BuzzFeed Brasil apontaram que Moraes teria adquirido patrimônio milionário no período em que ocupou uma vaga no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e foi supersecretário do então prefeito Gilberto Kassab em São Paulo. De acordo com a reportagem, o ministro comprou, entre novembro de 2006 e agosto de 2009, oito imóveis que somam R$ 4,5 milhões. Entre as propriedades, estão dois apartamentos de andar inteiro em bairros nobres da capital paulista e terrenos em um condomínio localizado dentro de uma reserva ambiental. O ministro declarou que “todos os imóveis foram adquiridos com os vencimentos de promotor de Justiça, professor universitário e a venda de mais de 700 mil livros” e acrescentou que as aquisições estão “devidamente registradas no Imposto de Renda”.

Um trapalhão no Supremo

Por Magno Martins

O presidente Temer deu uma tremenda pisada de bola na indicação do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. Não se trata de um pato manco, mas Moraes é um trapalhão. Na função de ministro, a sociedade teve este sentimento nas várias mancadas que cometeu, principalmente no ápice da crise do sistema penitenciário.

Ficou de cara pálida com o desmentido público feito pela governadora de Roraima, Suely Campos. Depois de afirmar que o Estado não havia solicitado apoio para a crise do “sistema carcerário”, mas apenas para a “segurança pública”, como ele mesmo frisou, a governadora apresentou documentos enviados ao Governo em que solicitava ajuda para a crise nas penitenciárias do Estado. O trapalhão ficou sem saber aonde enfiar a cabeça.

Também como ministro de Temer, Moraes cometeu uma gafe pública participando de uma solenidade em Ribeirão Preto (SP), de uma campanha de um candidato do PSDB, partido ao qual ele é filiado. Quando foi questionado por eleitores tucanos sobre a Lava Jato, sem atentar para o protocolo do cargo que exerce, anunciou que viria mais ações da Polícia Federal: “Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem esta semana, vão se lembrar de mim”, disse, aos risos.

O vídeo chegou à internet, provocando grande mal-estar para Temer, que resistiu aos pedidos de exoneração. Seria prudente para um chefe de Estado quando estivesse para nomear alguém que passasse um olhar, mesmo que rápido, sobre o currículo do suposto escolhido. E observasse atentamente o seu passado. O passado de advogado do indicado de Temer o condena. Alexandre de Moraes já representou o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e conseguiu a absolvição dele em uma ação sobre uso de documento falso.

Alexandre de Moraes também é daqueles aplicados à teoria de que o que “escrevi no passado não se aplica ao presente”, sendo letra morta. Em resumo: esqueçam o que falei. Em tese de doutorado apresentada na Faculdade de Direito da USP, defendeu que, na indicação ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, fossem vedados os que exercem cargos de confiança “durante o mandato do presidente da República em exercício” para que se evitasse “demonstração de gratidão política”.

Por esse critério, ele próprio, escolhido por Temer para suceder Teori Zavascki, já estaria impedido de ser indicado. O veto sugerido por Moraes está no ponto 103 da conclusão da tese. Ele diz: “É vedado (para o cargo de ministro do STF) o acesso daqueles que estiverem no exercício ou tiveram exercido cargo de confiança no Poder Executivo, mandatos eletivos, ou o cargo de procurador-geral da República, durante o mandato do presidente da República em exercício no momento da escolha, de maneira a evitar-se demonstração de gratidão política ou compromissos que comprometam a independência de nossa Corte Constitucional”.