Investimentos de empresas em ações inovadoras ficam estáveis, diz pesquisa

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As 132.529 mil empresas brasileiras consideradas inovadoras com 10 ou mais trabalhadores investiram, em 2014, R$ 81,5 bilhões em atividades inovadoras, o que corresponde a 2,54% da receita líquida total das vendas no mesmo ano. Na indústria, essa relação foi de 2,12%, menor patamar histórico já registrado.

As informações constam da Pesquisa de Inovação (Pintec) 2014, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (9) com informações sobre o esforço de empresas dos setores da indústria, serviços e eletricidade e gás – entre 2012 e 2014 – para a inovação de produtos e processos.

Os investimentos, ainda em patamares baixos na avaliação do IBGE, só não foram menores porque entre 2012-2014, 40% das empresas inovadoras receberam algum apoio do governo para suas atividades inovativas, proporção maior que a do período 2009-2011 (34,2%).

Na edição atual da pesquisa, atingiu-se o número de 17,3 mil empresas industriais utilizando algum incentivo público para desenvolver suas inovações de produto ou processo, número 20,8% maior do que o verificado no intervalo anterior 2009-2011.

Os dados do IBGE indicam que, do total de empresas investigadas, 36% (o equivalente a 47.693) fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos, taxa próxima aos 35,7% do triênio anterior (2009-2011).

O volume investido na indústria equivale a 36,4%, superando ligeiramente os 35,6% do trimestre encerrado em 2011, enquanto entre as empresas de eletricidade e gás o percentual cai de 44,1% para 29,2% no período; e de 36,8% para 32,4% no setor de serviços.

Os números refletem “a crise econômica e a instabilidade política” que o país vem enfrentando, no primeiro caso, desde a crise econômico-financeira internacional iniciada em 2008 e, no segundo, por conta da instabilidade política decorrente do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Housseff.

Mesmo apresentando uma certa estabilidade entre os dois períodos, os investimentos em inovação no país ainda se encontram em patamares “bastante baixos” na avaliação do gerente da pesquisa do IBGE, Alessandro Pinheiro.

Para ele, isto decorre de um conjunto de fatores: “Os gastos com inovação, em particular com P&D [pesquisa e desenvolvimento] estão sujeitos a um nível de incerteza bastante alto e exige investimentos igualmente elevados. Então, quando se tem uma conjuntura desfavorável as empresas se retraem”, afirmou.

A Pintec 2014 é enfática na constatação de que os principais obstáculos à inovação no país foram econômicos. “O elevado custo, como em todas as outras edições da pesquisa, ocupou o primeiro posto como obstáculo à inovação na indústria (86%), seguido pelos riscos (82,1%) e pela escassez de fontes de financiamento (68,8%)”, disse o pesquisador.

O IBGE ressaltou que apenas 5% das empresas envolvidas na pesquisa investem em inovação, embora elas representem 30% dos gastos com o setor. Do investimento de R$ 81,5 bilhões em inovação feito pelas empresas em 2014, 30,3% (R$ 24,7 bilhões) foram aplicados em atividades internas de pesquisa e desenvolvimento, o que correspondeu a 2,54% da receita líquida de vendas com os gastos nas atividades internas representando 0,77% da receita.

Apoio governamental

Por ser um fenômeno complexo, cujas atividades são geralmente motivadas pela busca do lucro diferenciado, a inovação contém um elemento fundamental de risco e incerteza. Em consequência, é forte a participação governamental nos investimentos em inovação.

Os dados da pesquisa do IBGE, por exemplo, indicam que, entre 2012-2014, 40% das empresas inovadoras receberam algum apoio do governo para suas atividades inovativas, proporção maior que a observada no período 2009-2011 (34,2%).

O principal mecanismo utilizado no intervalo 2012-2014 foi o financiamento para compra de máquinas e equipamentos, contemplando 29,9% das empresas inovadoras, valor 4,3 pontos percentuais acima do constatado no triênio anterior.

Para o gerente da pesquisa, Alessandro Pinheiro, foi exatamente esta participação do governo que impediu uma queda maior nos investimentos nas atividades inovadoras das empresas. “Nesta edição da Pintec, a gente está mostrando que cresceu muito o apoio governamental, mais de 40% das empresas inovadoras receberam algum tipo de apoio governamental, então isto segurou os números que poderiam ser piores se não houvesse este apoio”, explicou.

Ao final de 2014, os investimentos significaram 40,2% dos gastos da indústria, quando na Pintec de 2011 esta participação havia sido de 46,9%. “Então, mesmo com a ação governamental, caiu a participação de maquinas e equipamentos no volume total dos investimentos inovadores em razão da crise”.

Já os incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento e inovação tecnológica atingiram 3,5% das inovadoras, ante 2,7% entre 2009 e 2011, enquanto os programas agregados na categoria “outros” alcançaram 8,1% das empresas inovadoras.

Indústria

Na indústria, o percentual do dispêndio no total das atividades inovadoras em relação à receita líquida de vendas foi de 2,37% em 2011 para 2,12% em 2014, o menor patamar histórico já registrado pelo levantamento e distante do anotado em 2008 (2,54%).

Situação inversa ao setor das empresas de serviços, onde a relação passou de 4,96% do faturamento em 2011 para 7,81% em 2014, acréscimo influenciado pelos serviços de telecomunicações, cujo valor subiu de 3,66% em 2011 para 9,99% em 2014.

“A indústria foi a que acusou maior retração neste período de crise, setor que vem encolhendo ao longo do tempo, perdendo participação no PIB (Produto Interno Bruto), e chegando a registrar taxas negativas de variação: em 2014, caiu 4,7% e isto se reflete nos indicadores em inovação, que é um investimento com um nível de incerteza ainda maior” justifica o pesquisador do IBGE.

Ainda assim, entre 2012 e 2014, a variação das empresas que fizeram algum tipo de inovação em produtos ou processos no total da indústria passou de 35,6% para 36,4%. Já entre as empresas de eletricidade e gás o comportamento foi inverso: apenas 29,2% das empresas de eletricidades foram inovadoras em 2014, contra 44,1% em 2011.

“Está queda decorreu dos problemas das tarifas represadas, o que acabou refletindo nos investimentos, houve uma certa acomodação: a situação do racionamento de energia prejudicou muito este setor”, disse o gerente da pesquisa.

Importância setorial

Ao fazer uma análise setorial, tomando como base a atribuição feita pelas empresas de importância alta ou média para as atividades de inovação, a aquisição de máquinas e equipamentos continua sendo a mais relevante para a indústria e abrange 73,8% delas que admitem a importância da aquisição de máquinas e equipamentos para a dinamização e ampliação de sua produção.

Para o IBGE, a forma mais simples de uma empresa inovar é adquirindo uma máquina, o que aumenta a sua produtividade. “É por isso que a prática é a atividade mais inovativa e comum: quando uma empresa compra uma máquina, que reduz custos e aumenta a sua produtividade, ela é considerada uma empresa que está inovando nos seus processos”.

Mão de obra ocupada

Os dados da Pesquisa de Inovação (Pintec 2014) indicam que, em 2014, quando do encerramento do triênio da pesquisa do IBGE, as 132.529 empresas brasileiras consideradas inovadoras, com 10 ou mais trabalhadores, e que investiram R$ 81,5 bilhões em atividades inovativas, mantinham aproximadamente 110 mil pessoas, em equivalência de dedicação total, ocupadas em atividades internas de pesquisa e desenvolvimento.

Em relação à edição anterior (2009-2011), houve crescimento de 6,5% no total das pessoas ocupadas. A participação das pessoas ocupadas de forma exclusiva, que em 2008 equivalia a 76,3% do total empregados, caiu para 65,1% em 2011, chegando a 61,4% em 2014. Destas 110 mil pessoas, 76,2 mil estavam na indústria, 33,2 mil nas empresas dos serviços selecionados e 531 nas empresas de eletricidade e gás.

Uma das novidades do estudo do IBGE aborda a presença de mulheres nas áreas de inovação das empresas. O censo de 2010 indica que estão cadastrados na base 128,6 mil pesquisadores – e a metade é de mulheres. Elas têm predominância nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, mas as Ciências Exatas são dominadas pelos homens.

A maior participação das pesquisadoras nas atividades de pesquisa e desenvolvimento nas empresas brasileiras ocorreu na indústria, onde havia 22% de mulheres no quadro de pesquisadores. Nos serviços selecionados, a participação foi de 18,2%, percentual menor do que na indústria, enquanto nas empresas de eletricidade e gás a participação feminina foi a menor (16,1%).

“É importante perceber que as mulheres atuam predominantemente nos setores que fazem produtos voltados para elas: farmoquímica, sabão, detergente, limpeza, cosmético, higiene pessoal, farmacêutica e confecção. São atividades compatíveis com setores que lidam muito com o público feminino, mas de 50%”, ressalta Alessandro Pinheiro.

Segundo ele, no âmbito das empresas da indústria de transformação foi a atividade de fabricação de produtos farmoquímicos que acusou o maior percentual de mulheres pesquisadoras (75,3%), seguida das atividades de fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (66,2%), fabricação de produtos farmacêuticos (60,2%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (58,8%).

Ações de Limpeza Urbana continuam a todo vapor em Caruaru

Durante os últimos dias o Departamento de Limpeza Urbana tem realizado ações de melhorias na zona rural do município. Desta vez, as comunidades de Terra Vermelha, Rafael, Peladas e sítio paladar foram contempladas com os serviços de capinação, limpeza e pintura de meio-fio.

Já na área urbana, a limpeza do Rio Ipojuca não para. Na última semana, as equipes utilizaram uma máquina PC para realizar a limpeza na área da Ponte Irmã Jerônima e no Parque 18 de maio. Simultaneamente, o trabalho manual foi feito nos trechos da BR-104 até a área da Feira Livre.

Esta semana as ações de capinação e pintura de meio-fio estão sendo realizadas no Maurício de Nassau, Divinópolis, Petrópolis e São Francisco. A capinação de terrenos baldios está sendo feita no bairro Pinheirópolis e a limpeza do rio nos bairros São Francisco e Indianópolis.

Mercado de trabalho discrimina mulheres, revela pesquisa

O crescimento econômico do Brasil na última década não se refletiu em mais igualdade no mercado de trabalho. Com ou sem crise, as mulheres brasileiras continuam trabalhando mais – cinco horas a mais, em média – e recebendo menos.

A renda das mulheres equivale a 76% da renda dos homens e elas continuam sem as mesmas oportunidades de assumir cargos de chefia ou direção. A dupla jornada também segue afastando muitas mulheres do mercado de trabalho, apesar de elas serem responsáveis pelo sustento de quatro em cada dez casas.

As contatações são da Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada neste mês, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa estudou os indicadores entre os anos de 2005 e 2015.

As mulheres tendem a receber menos que os homens porque trabalham seis horas a menos por semana em sua ocupação remunerada. Porém, como dedicam duas vezes mais tempo que eles às atividades domésticas, trabalham, no total, cinco horas a mais que eles. Ao todo, a jornada das mulheres é de 55,1 horas por semana, contra 50,5 horas deles.

De acordo com a pesquisadora do IBGE Cristiane Soares, os homens continuam se esquivando de tarefas da casa, o que se reflete em mais horas na conta delas. “Na década, a jornada masculina com os afazeres domésticos permanece em 10 horas semanais”, destacou.

Mesmo trabalhando mais horas, as mulheres têm renda menor, de 76% da remuneração dos homens. Esse número era de 71% em 2005 e reflete o fato de mulheres ganharem menos no emprego e também por não serem escolhidas para cargos de chefia e direção. Dos homens com mais de 25 anos, 6,2% ocupavam essas posições, contra 4,7% das mulheres com a mesma idade. Porém, mesmo nesses cargos, fazendo a mesma coisa, o salário delas era 68% do deles.

Apesar deste cenário, a pesquisa mostra que cresce o número de mulheres chefes de família. Considerando todos os arranjos familiares, elas são a pessoa de referência de 40% das casas. Entre aqueles arranjos formados por casais com filhos, uma em cada quatro casas é sustentada por mulheres. O percentual de homens morando sozinho com filhos é mínimo.

Nem trabalham, nem estudam

Acompanhando a tendência mundial, as mulheres jovens entre 15 e 29 também estão em desvantagem em relação aos homens da mesma idade. No Brasil, boa parte delas interrompe os estudos e para de trabalhar para cuidar da casa. Entre o total de mulheres, 21,1% não trabalha nem estuda, contra 7,8% dos homens.

Em uma década, a situação dos jovens chamados de nem-nem mudou pouco. Em 2005, 20,2% das mulheres estavam nesta situação e 5,4% dos meninos. De acordo com a pesquisa, a hipótese mais provável é que essas meninas estejam cuidando de filhos ou da casa. Em média, 91,6% delas contaram que dedicam 26,3 horas semanais a afazeres domésticos. Já entre os meninos, 26,3% dos nem-nem que responderam cuidar da casa dedicam 10,3 horas semanais à atividade.

A especialista do IBGE no tema, Luana Botelho, destaca que a situação não se alterou na década, mesmo quando a situação econômica do país era mais favorável, em 2005.”Podemos olhar a série histórica que a situação não se altera com a economia. O fato de ter mais ou menos emprego não vai fazer essa mulher deixar de ser nem-nem”, disse. Para ela, são necessárias medidas específicas para permitir que as jovens diminuam a dedicação às tarefas domésticas e voltem a trabalhar.

No total, cerca de 70% das mulheres brasileiras estão fora do mercado de trabalho. A maioria tem 50 anos ou mais e não tem instrução ou só completou o ensino fundamental.

Semana de Conciliação para débitos de tributos municipais será prorrogada

O Mutirão de Conciliação para contribuintes que têm débito de tributos municipais em execução fiscal será prorrogado por mais uma semana. As negociações especiais que até hoje, 09, estão sendo realizadas pela Secretaria da Fazenda Municipal serão prorrogadas até a próxima sexta-feira, 16.

As negociações podem ser realizadas para os seguintes tributos: IPTU, ITBI, ISS/QN e taxas. A iniciativa é uma parceria entre a Sefaz, a Procuradoria Municipal, a Câmara Setorial do SindLoja e a OAB Caruaru, com apoio do Poder Judiciário. Os débitos que chegam à execução fiscal são aqueles que já foram notificamos pela Sefaz, porém não tiveram negociação, passando a ser cobrados pela justiça.

O secretário da Fazenda Municipal, Emerson Araújo, alertou quanto à situação dos contribuintes com débitos em execução fiscal. “Nesse momento de crise, entendemos que qualquer possibilidade de facilitar e negociar são válidos. Por isso, fomos em busca da parceria com o Judiciário, porque enquanto a dívida está aqui na Sefaz podemos negociar. Porém, uma vez que está com a Justiça, a dívida pode ser executada a qualquer momento”, alerta o secretário.

O atendimento do Mutirão de Conciliação será na sede da Sefaz, no Centro Administrativo da Prefeitura, na Avenida Rio Branco, n° 312, Centro, das 7h às 13h.

Governo nega possibilidade de redução de idade mínima para aposentadoria

O Palácio do Planalto negou hoje (9) a possibilidade de redução da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres requererem a aposentadoria, conforme previsto na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 287/2016, da reforma da Previdência, enviada na última segunda-feira (5) ao Congresso Nacional.

Em nota, o governo federal explica que a idade de 65 anos se baseia no envelhecimento da população brasileira e é “ponto central para que se encontre equilíbrio futuro nos gastos com aposentadorias”. O texto diz ainda que “o governo fará todo o possível junto à sua base aliada no Congresso Nacional para a manutenção do texto original da reforma”.

O relatório da PEC da reforma da Previdência deve ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na próxima semana.

Adutora interligará sistemas Siriji, Palmeirinha e Jucazinho

Devido ao longo período de seca que o estado de Pernambuco enfrenta desde 2011, a bacia hidrográfica da Barragem Jucazinho sofreu uma redução no volume de água, prejudicando o abastecimento da região. A alternativa escolhida pelos governos Federal, Estadual e Compesa foi a reativação do Sistema Palmeirinha, que atualmente abastece apenas Bom Jardim, João Alfredo e Orobó. Por meio da adutora emergencial, que começa a ser construída a partir de hoje com a assinatura da ordem de serviço, o Sistema Produtor de Siriji será interligado ao Palmeirinha, permitindo que a estrutura opere com maior segurança hídrica e que possibilite a transferência de parte da vazão para o Sistema Jucazinho.

A obra, que terá investimento de R$ 33,7 milhões da União, abastecerá municípios que hoje recebem água apenas pela Operação Carro-Pipa federal: Casinhas, Cumaru, Frei Miguelinho, Passira, Riacho das Almas, Salgadinho, Santa Maria do Cambucá, Surubim, Toritama, Bezerros, Gravatá, Caruaru, Santa Cruz do Capiberibe, Vertente do Lério e Vertentes. Cerca de 200 mil pessoas serão contempladas. A previsão de entrega é até abril de 2017.

Projeto de Integração do Rio São Francisco

Após a assinatura das ordens de serviço, o presidente Temer e o ministro Helder Barbalho vistoriam a Estação de Bombeamento (EBV -3) e o Reservatório de Salgueiro, localizados em Floresta (PE), no Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que já está com 95,6% de execução operacional.

A EBV-3 está com 94,1% de execução e elevará a água em 63,5 metros de altura, medida equivalente a um prédio de 21 andares. A estação vai bombear a água até a quarta estação (EBV-4), depois de passar por três reservatórios já concluídos e um aqueduto que está em fase final de execução. O Reservatório de Salgueiro está pronto para operação e recebimento de água. Tem capacidade de armazenamento de quatro milhões de metros cúbicos.

Faltam apenas 9,2% para a conclusão da maior obra de infraestrutura hídrica do país que levará água para mais de 12 milhões de pessoas nos Estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Com 90,8% de avanço nos dois eixos (Norte e Leste), a água Projeto São Francisco deverá chegar a Monteiro (PB) no primeiro trimestre de 2017 e em Campina Grande em abril do próximo ano.

Governo autoriza hoje R$ 45,7 milhões para obras hídricas em Pernambuco

Com o objetivo de garantir segurança hídrica à população do agreste pernambucano, o presidente da República Michel Temer e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, assinam hoje (9) duas ordens de serviços para obras hídricas na região. Uma delas é para recuperar e modernizar a Barragem Jucazinho, com investimento de R$ 12 milhões na primeira fase. A segunda ordem de serviço destina R$ 33,7 milhões para a construção de uma adutora emergencial que interligará o Sistema Siriji aos Sistemas Integrados Palmeirinha e Jucazinho. As medidas integram um conjunto de ações do Governo Federal para apoiar os estados que enfrentam um período de longa seca e estiagem.

Incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra na Barragem Jucazinho será executada em duas etapas. A primeira, composta por ações emergenciais como recuperação e reforço das estruturas, será executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e deve ser concluída até junho de 2017. O Ministério da Integração Nacional está preparando o edital da segunda etapa, que inclui ações necessárias de modernização do reservatório. O investimento nas duas fases será de R$ 52 milhões.

Operado pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o açude é alimentado pelo Rio Capibaribe e seus afluentes. Quando está em plena operação, tem capacidade de armazenamento de 327 milhões de metros cúbicos de água e atende os municípios de Cumaru, Passira, Riacho das Almas, Santa Cruz do Capibaribe, Salgadinho, Surubim, Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertente do Lério, Frei Miguelinho, Vertentes e Toritama.

O açude é importante também no controle de enchentes nas regiões ribeirinhas e no aproveitamento hidroagrícola e da piscicultura. Mais de 850 mil pessoas serão contempladas com a modernização e melhorias no reservatório.

ARTIGO — Deus em forma de anjo

Por Hérlon Cavalcanti

Quando chega dezembro
É festa, luz, é multicor
As luzes brilham no céu
Trazendo aroma de flor
E a festa do nosso Natal
Não tem no mundo outra igual
Que traga Jesus com amor.

Todo ano a mesma coisa
Lapinhas na casa presente
Famílias em volta da mesa
Saudando a vida contente
E as ceias traduz o motivo
E Deus permanece vivo
Na força e na alma da gente.

Nas ruas em noites de lua
Clareia a pura aliança
Deus em forma de anjo
Renasce em cada criança
E vem trazendo o recado
Jesus seu filho amado
Coberto de amor e esperança.

Em cada lar esta noite
Traga amor no coração,
E a noite seja o palco
Que celebre a emoção
E esse papai Noel
Fique só no papel
E Deus seja a união.

Caiu na malha fina? Saiba o que fazer

A Receita Federal informou que 771.801 declarações do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2016 ficaram retidas na malha fina. Os dados foram divulgados na quarta-feira (08), e o número representa 2,61% das 29.542.894 declarações feitas neste ano.

Das declarações retidas, 75% apresenta imposto a restituir, 22% tem imposto a pagar e 3% não apresenta imposto a restituir ou a pagar. A Receita apresentou uma lista dos principais motivos para essas restituições terem ficado retidas.

Para 409.054 declarações, a justificativa foi omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes; para 293.284, divergências entre o IRRF informado na declaração e o informado na Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF).

A receita informou, ainda, que para 277.848, a justificativa foi dedução de previdência oficial ou privada, dependentes, pensão alimentícia e outras; e para 162.078 foram por despesas médicas. Esses dados não significam que a declaração foi retida por um único motivo.

O contribuinte pode consultar informações atualizadas sobre a situação da Declaração por meio do serviço Extrato do Processamento da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF), disponível na página da Receita, na internet. O serviço é acessível mediante uso de certificação digital ou código de acesso.

Ao acessar o extrato, é importante prestar atenção na seção “Pendências”. É nessa seção que o contribuinte pode identificar se a declaração está retida em malha fiscal ou se há alguma outra pendência que possa ser regularizada por ele mesmo.

Se a declaração estiver retida em malha fiscal, nessa seção, o contribuinte encontra um link para verificar com detalhes o motivo da retenção e consultar orientações de procedimentos.

Caso o contribuinte constate erro na declaração apresentada, ele pode regularizar sua situação apresentando declaração retificadora. Se não houver erro na declaração apresentada e desde que o contribuinte esteja com todos os documentos comprobatórios, ele pode optar entre aguardar intimação ou agendar pela internet uma data e local para apresentar os documentos.

Esse procedimento de agendar tem o objetivo de antecipar a análise da declaração pela Receita Federal. O agendamento para declarações do exercício 2016 começa a partir do primeiro dia útil de janeiro de 2017.

Laura Gomes participa no Recife de debate

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A Secretaria Executiva de Direitos Humanos e a Prefeitura do Recife realizam até o próximo sábado uma série de ações alusivas ao Dia Internacional da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é comemorado no dia 10 de dezembro. As atividades consistem em palestras, debates, oficinas e sessões de mediações de conflito. Tudo é aberto ao público e gratuito.

Na quarta-feira, 07, foi realizado na sede da Controladoria Geral do Estado, que fica no bairro do Espinheiro, no Recife, um debate que teve como tema “Direitos Humanos e Democracia”. Na abertura, a secretária executiva de Direitos Humanos, Laura Gomes, enfatizou a importância de eventos como esse na busca pela garantia dos direitos humanos. “Foi um debate reflexivo que nos leva, realmente, a ter um exercício diário de como a gente deve se comportar, primeiro, como ser humano diante do outro ser humano. Isso é a maior reflexão que a gente tem que levar para a vida, para o dia a dia e, lógico, para o trabalho”.

No evento, as questões relacionadas aos idosos, às pessoas com deficiência e às causas LGBT tiveram destaque. “A gente entender a diversidade, todas as pessoas, independente da situação social e econômica em que estejam é riquíssimo. Eu tenho certeza de que esse exercício não é só para celebrar os 68 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas também para que a gente tenha isso como exercício diário, para que sigamos lutando por uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais pacífica, sem preconceitos e discriminação”, ressalta a secretária.

A temática foi abordada pelo promotor de Justiça, Maxwell Lucena Vignoli, e pelo presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), Roberto Franca Filho. “Esta é uma temática que não se esgota, nasce com a pessoa e tem que ter esse exercício. A gente tem que ter o respeito pelas diferenças e também lutar pela dignidade da pessoa humana”, conclui Laura Gomes.

No sábado, 10, na Praça Mem de Sá, no bairro do Arruda, uma série de atividades serão desenvolvidas das 9h às 12h.