Educador Financeiro explica por que o brasileiro não consegue economizar

“Brasileiro adora gastar” é uma das frases mais ouvidas no país quando se fala de dinheiro, ao lado de “é só parcelar no cartão” e “não resisti porque estava na promoção”. Segundo o educador financeiro Robinson Trovó, criador da Trovó Academy, estas frases são apenas os sintomas de um comportamento ruim que levou 60 milhões de brasileiros a ficarem endividados, conforme dados da Serasa Experian. “O brasileiro não sabe economizar, e isso infelizmente é algo cultural, resultado da falta de educação financeira nas escolas”, explica. No entanto, ele destaca que é possível mudar. O investidor, que já ajudou mais de 2.500 pessoas a encontrarem a independência financeira, lista 5 coisas que os brasileiros fazem errado e que impedem de economizar e juntar dinheiro rápido.

1-Gastar mais do que ganha

Trovó conta que um dos principais fatores que fazem o brasileiro não saber economizar é não estabelecer metas de gastos. “O ideal é economizar, todo mês, pelo menos 10% do salário”, explica. Para isso, é necessário saber exatamente quanto se ganha e determinar um teto para gastar. “Eu ensino as pessoas a utilizarem envelopes para se planejar financeiramente e assim começar o processo de poupar”, ensina.

2-Ceder a tentações

O educador financeiro destaca que os brasileiros, em geral, não resistem a tentações, e acabam gastando mais do que podem em roupas, tecnologia e outras coisas supérfluas. “Educação e saúde são exemplos de prioridades para onde o dinheiro deve ir, mas nas outras áreas é importante aprender a ser forte diante das ofertas, promoções e produtos atrativos”, alerta.

3-Querer “se mostrar”

Outro fator que faz parte da cultura dos brasileiros é preocupar-se demais com o que os outros pensam. “Muitas pessoas vivem em função dos outros e não de si mesmas”, explica o educador financeiro. Para mudar isso, ele ensina que é importante saber o que comprar. “Nunca troque de carro só porque todos os amigos compraram um novo, e mude de celular quando realmente precisar de outro, em vez de querer a nova edição do smartphone porque todo mundo está comprando”, exemplifica.

4-Acreditar que parcelamento é algo bom

Trovó ensina que é preciso ter a mentalidade de um investidor. “Quem pensa como investidor encara toda compra parcelada como uma dívida, e isso inclui os parcelamentos no cartão de crédito”, conta. Ao fazer isso, passamos a encarar parcelamentos e compras a prazo como algo negativo. “O ideal é utilizar o cartão de crédito com moderação, de forma que você consiga sempre pagar a fatura inteira, para jamais ficar devendo para o banco e ter que pagar juros”, ensina. De forma geral, Trovó conta que o ideal é economizar e fazer compras sempre à vista.

5-Achar que “o futuro a Deus pertence”

Por fim, o educador financeiro destaca que uma grande parte das pessoas tende a viver apenas o presente, levando ao pé da letra a ideia de aproveitar o dia. “Para saber economizar é importante pensar no futuro”, conta. Ao contrário do que muitos pensam, a ideia de curtir a vida e se divertir exige preocupação com o futuro. “Os investidores profissionais sabem trabalhar o suficiente e aproveitar as coisas boas da vida justamente porque souberam pensar no futuro, economizar e investir”, conclui Trovó.

Polo Caruaru realiza Oficina de Mágica e Ilusionismo

Neste domingo (30), o Polo Caruaru vai receber o mágico e ilusionista Diogo Hunter para uma Oficina de Mágica gratuita. A criançada vai poder aprender truques de ilusionismo com objetos simples, que todo mundo tem em casa.

A oficina vai ser realizada na Praça de Eventos a partir das 15h e tem duração de cerca de 1h. Além de aprenderem os truques, a criançada vai poder exercitar o aprendizado com o público presente. A participação é gratuita.

O Polo Caruaru fica no km 62, da BR 104 e abre das 9h às 18h. Além da variedade na praça de alimentação, o centro comercial conta com um amplo estacionamento com capacidade para três mil veículos.

Para Gilmar Mendes, Lava Jato deve estimular reforma política

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse hoje (30) que a Operação Lava Jatodeve funcionar como estímulo para que o Congresso Nacional faça uma reforma política. Segundo o ministro, antes da Lava Jato seria difícil imaginar que os parlamentares reformassem o sistema político que os elegeu.

 

“O ambiente político mudou muito depois da Lava Jato. Antes, você sabia que havia desvios, mas não estava comprovado. Há provas em concreto que atingem praticamente todas as forças políticas. O que me leva a acreditar que o sistema vai mudar: a Lava Jato. Todos eles [deputados] estão num quadro de fragilidade, acossados, expostos. Se não é o deputado, é o companheiro do partido, é o partido que está sendo acusado de ter recebido dinheiro”, disse Gilmar Mendes.

O presidente do TSE abriu simbolicamente a votação hoje em uma escola pública do Rio de Janeiro. Mendes chegou por volta das 8h15 à Escola Municipal Avertano Rocha, na Cidade de Deus, na zona oeste da cidade, e visitou algumas seções eleitorais.

TSE: 22 eleitores são presos e 519 urnas substituídas

As duas primeiras ocorrências de práticas irregulares envolvendo candidatos neste segundo turno das eleições municipais foram registradas no Ceará. De acordo com o quarto boletim divulgado hoje (30) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os dois casos foram de boca de urna e não resultaram na prisão dos envolvidos.

Outras 197 ocorrências foram praticadas por eleitores e a maior parte dos registros também se refere a aliciamento de pessoas e propaganda. O Ceará é o estado com maior número de ocorrências (137), seguido por Rio de Janeiro (8) e Pará (4). No total de casos praticados por não candidatos, 22 resultaram em prisões. Apenas no Rio de Janeiro, 13 eleitores acabaram presos.

Urnas são substituídas

Até o início da tarde de hoje, 519 urnas de um total de 90.532 foram substituídas. O número representa 0,56% dos equipamentos que precisaram ser trocados por problemas técnicos.

Mais 12 mil urnas estão reservadas para este tipo de necessidade. Maranhão, Pará e Mato Grosso são os únicos estados dos 20 onde estão sendo realizadas as votações que não tiveram substituições até o momento. O Rio de Janeiro lidera o número de trocas (167), seguido por São Paulo (81).

Neste segundo turno das eleições municipais para escolha de prefeitos e vice-prefeitos, mais de 32 milhões de eleitores voltam às urnas. Alguns locais de votação foram alterados exigindo a atenção de eleitores que têm até às 17h para escolher seus candidatos. Muitas dessas mudanças de locais ocorreram em função da ocupação de algumas escolas pelo movimento estudantil, como no Paraná, Goiás, Espírito Santo e Pernambuco.

Eleições 2016: só dois negros e seis mulheres entre os 114 candidatos no segundo turno

Congresso em Foco

A votação deste domingo (30) reforçará duas características históricas do poder no Brasil: ele é branco e exercido por homens. Quaisquer que sejam os resultados das urnas, o gênero e a cor predominantes no comando das prefeituras continuarão os mesmos. Dos 114 candidatos que disputam o segundo turno, somente seis (5%) são mulheres e dois se declararam negros (2%) à Justiça eleitoral – João Paulo Lima (PT), em Recife, e Juninho (PPS), em Cariacica (ES). Ao todo, 108 (95%) são homens, 20 (18%) se consideram pardos e 92 (81%) como brancos.

Ao todo, 32,9 milhões de pessoas estão aptas a votar nos 57 municípios com mais de 200 mil eleitores onde nenhum dos candidatos alcançou mais da metade dos votos válidos no primeiro domingo do mês. Nesse caso o jogo se inverte na comparação com as candidaturas: a maioria do eleitorado nessas cidades (53,8%) é feminino. A disparidade é grande.

No primeiro turno, foram eleitos 5.482 prefeitos. Embora as mulheres representem mais da metade do eleitorado do país, apenas 640 (12%) foram eleitas prefeitas ante os 4.842 homens que conquistaram o mesmo mandato. De cada dez novos prefeitos, sete se identificaram como brancos: 3.848 no total. Outros 1.507 (27%) eram pardos. Juntos, negros (93), amarelos (28) e indígenas (6) não passaram dos 2% entre os eleitos. Esse percentual também não corresponde ao identificado pelo IBGE no Censo da população brasileira: chega a 53% o índice dos que se autodeclaram pretos ou pardos.