FHC diz que Lula vive momento delicado e prefere “não jogar pedra” no petista

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou sobre a denúncia aceita pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula, que virou réu pela segunda vez na Operação Lava Jato. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, FHC avalia que, “ao tentar mostrar que o Lula era o responsável maior, [o MP] obscureceu a outra questão, que é a mais importante: houve ou não crime de favorecimento pessoal?”. O tucano, porém, evita emitir juízo de valor sobre o caso, e afirma que seu sucessor vive um momento delicado: “Não quero jogar pedra no Lula.”

Sobre o impeachment de Dilma Rousseff, Fernando Henrique Cardoso avalia que a decisão de fatiar o julgamento foi “visivelmente contra a Constituição”. “O ministro do Supremo [Ricardo Lewandowski] não teve nem o cuidado de submeter ao Congresso a questão. O que é isso? É um pouco do espírito de conciliação brasileiro. Um ‘jeitinho’”, disse o tucano ao jornal.

Sobre o atual governo, FHC avalia que Temer precisa tem em mente que assumiu o poder em um momento difícil e deve olhar apenas para a história. “Ele nunca foi um líder popular. Não se pode pedir à pessoa que seja o que ela não é, nunca foi. Temos que pedir que pense na história. Se fizer isso, mesmo sem popularidade, está feito historicamente”, afirma o tucano.

Questionado se a gestão de Temer não poderia alavancar a carreira política de algumas figuras, como o ministro Henrique Meirelles, tal como ocorreu com o próprio FHC durante o governo Itamar Franco, o ex-presidente foi categórico: “Não creio.”

“E não é que haja diferença entre mim e Meirelles. É a situação. Naquela época [governo Itamar], o problema mais aflitivo era a inflação. Acertamos em parte no equilíbrio fiscal, ela foi barrada e o bem-estar veio de imediato. Hoje, a situação é de tal gravidade que será preciso ter continuidade durante anos para restabelecer a confiança não só nacional, mas internacional, no funcionamento da economia. E isso não vai dar bônus”, acrescentou o tucano.

Ministra do TSE critica legislação eleitoral para mulheres: “É feita para não dar certo”

A ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou a legislação eleitoral no que tange ao incentivo à participação feminina nas disputas. “É feita para não dar certo”, disse a ministra, durante evento de lançamento da plataforma“Cidade 50-50 todas e todos pela igualdade”, realizado na manhã desta sexta-feira (23) na sede da Organização das Nações Unidas em Brasília.

A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabelece em seu artigo 10 que, nas eleições proporcionais (para deputados federais e estaduais e vereadores, quando leva-se em conta o cálculo do quociente eleitoral), “(…) cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo”. A determinação foi reforçada pela Lei 12.034/2009, que também determina 10% do tempo de propaganda partidária gratuita para promover e difundir a participação política feminina.

Segundo dados do TSE, a eleição deste ano conta com 31,6% de candidatas contra 68,4% de candidatos. O índice apresenta um pequeno aumento na disputa por cargos de vereador em todo o país: 32,79% são mulheres. Já na disputa majoritária (para prefeito), apenas 12,57% dos candidatos são do sexo feminino.

Além disso, a Lei 13.165/2015 estipula que pelo menos 5% do total do valor recebido por cada partido pelo Fundo Partidário deverá ser investido no incentivo à participação feminina na política.

“A nossa legislação eleitoral reserva um mínimo de 30% pelo menos para cota de gênero, ou seja, homens e mulheres tem que ter pelo menos 30% de candidatos para os cargos proporcionais, que são vereadores, deputados federais e estaduais. Mas ao mesmo tempo, no que toca ao Fundo Partidário, a lei só reserva um mínimo de 5% para o incentivo à participação da mulher e em relação ao tempo de rádio e TV, a propaganda partidária, apenas 10%”, explica a ministra.

“Ou seja, você impõe uma meta para os partidos políticos, mas você não dá meios para que os partidos alcancem esse objetivo maior”, completa.

Mera burocracia

A ministra admite, ainda, que muitos partidos lançam candidaturas de mulheres apenas para cumprir a determinação legal. “Nós já enfrentamos casos concretos com esse problema, de partidos políticos pegarem candidatas para apenas e tão somente atingirem essa meta de 30% porque a justiça vem cada vez mais apertando, mais atenta para essa verdadeira fraude que os partidos praticam ao colocarem candidatas que na verdade não são candidatas, elas estão ali apenas e tão somente para ocuparem este papel e atingirem essa meta de 30%.”

Luciana Lóssio destacou decisão do TSE, formalizada na última terça-feira (20), determinando que os diretórios gaúchos do PP e do PSB, e do Pros de Minas Gerais, devem destinar nas suas próximas propagandas partidárias o quíntuplo do tempo para promover e difundir a participação feminina na política. Isso se deve ao não-cumprimento do tempo legal mínimo de 10% dos programas anteriores para atender a essa finalidade.

“Se o partido não destinar pelo menos 10% do seu tempo para as mulheres, ele será penalizado com quíntuplo do tempo que ele deveria ser destinado, portanto ele perderá aí 50% de sua propaganda e este tempo será utilizado pela justiça eleitoral para que ela sim promova a participação da mulher na política, incentivando-a a participar do cenário polític0-eleitoral”, explicou a ministra.

“Ainda precisamos fazer muito, temos um longo caminho a trilhar. O Brasil, no que toca o ranking mundial de aproximadamente 190 democracias nós ocupamos o 155º lugar, algo que não condiz com a importância no Brasil no cenário econômico por exemplo, já que o Brasil está entre as 10 maiores economias mundiais”, concluiu Luciana Lóssio.

Reforma da Previdência: proposta estabelece mais 10 anos de contribuição

A proposta de reforma da Previdência que vem sendo elaborada pela equipe do governo Temer estabelecerá que, para se aposentar, o brasileiro terá de ter pelo menos 65 anos de idade e ter contribuído com a Previdência Social por pelo menos 25 anos. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ainda não foi definido qual será o tempo de contribuição a ser fixado para ter direito a receber o benefício integral, se 45 ou 50 anos – seja por meio de carteira assinada ou por contribuição individual.

O texto final da proposta de emenda à Constituição ainda será discutido com entidades sindicais e líderes aliados nos próximos dias e em seguida será encaminhada ao Congresso – Temer disse que o faria antes das eleições municipais, cujo primeiro turno será realizado no domingo (2).

De acordo com o nova regra, a idade mínima de 65 anos valerá para homens e mulheres. Serão diretamente afetados pela mudança homens com menos de 50 anos de idade e mulheres e professores com menos de 45. Os mais velhos (que ainda não se aposentaram, mas que também não se enquadram no grupo citado) também sentirão os efeitos da reforma, porém, neste caso será aplicada uma regra de transição específica para o novo regime, de 15 anos para os homens e 20 para mulheres. As mudanças não atingirão aqueles que reúnem os requisitos para se aposentar até a aprovação da proposta.

A fórmula atual estabelece que o brasileiro pode se aposentar por idade ou por tempo de contribuição. Para se aposentar por idade, os homens precisam ter 65 anos e pelo menos 15 anos de contribuição. Já as mulheres precisam ter 60 anos. No segundo caso (por tempo de contribuição), não é fixada uma idade mínima. Exige-se apenas 35 anos de contribuição, ou 30 no caso das mulheres.

A reforma é vista como saída para conter o crescimento do rombo do sistema previdenciário, que, neste ano, deve alcançar R$ 149 bilhões com o pagamento das aposentadorias do setor privado e R$ 90 bilhões com o regime dos funcionários públicos. Além disso, a idade média dos trabalhadores que se aposentam por tempo de contribuição hoje é de 54 anos, o que colabora com o desequilíbrio das contas da Previdência e afasta do mercado de trabalho pessoas em idade produtiva.

Prévia da inflação oficial registra menor taxa desde 2009

A inflação começa a dar um alívio para o bolso dos brasileiros. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) desacelerou de 0,45% em agosto para 0,23% em setembro. Esse é também o menor resultado para o mês desde 2009.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles mostram ainda que a taxa registrada no mês foi fortemente influenciada pelo preço de produtos que compõe os grupos alimentos, transportes e comunicação.

Entre os produtos considerados importantes na mesa das famílias, o IBGE destacou a queda de preço de alguns deles: batata-inglesa (14,49% de recuo), cebola (-12,30%), hortaliças (-6,03%) e leite longa vida (-4,14%).

O feijão-carioca, que desde o início do ano registrava movimento de elevação de preço em decorrência de problemas climáticos e quebras de safra, ficou 6,05% mais barato no mês. Apesar desse recuo, ele ainda precisa cair mais para reverter o aumento acumulado no ano.

Preços de passagem aérea

Outros itens também colaboraram para diminuir a pressão inflacionária em setembro. O IBGE registrou queda de preços de passagem aérea (-2,31%), gasolina (-0,75%), conserto de automóvel (-0,59%), venda de automóvel usado (-0,55%) e cigarro (-1,55).

Esse dado de setembro ainda é importante porque veio abaixo do esperado por analistas do mercado financeiro. Enquanto esses economistas apostavam, na mediana, que o IPCA-15 do mês seria de 0,33%, o número observado foi de 0,23%.

O que é IPCA-15

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo –15 (IPCA-15) é uma pesquisa de preços. Todos os meses, o IBGE levanta os valores dos produtos que compõe a cesta de consumo dos brasileiros e diz quanto um preço variou de um mês para o outro. Quando esse valor sobe, há inflação; quando ele cai, esse movimento é chamado de deflação.

Esse índice é também chamado de prévia da inflação oficial. Isso porque o Brasil usa como principal indicador do custo de vida o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – no caso dessa pesquisa, não há o “15” compondo o nome.

A diferença entre os dois é o período de coleta de dados. Para setembro, por exemplo, o IPCA-15 fez as observações de preços entre 13 de agosto e 14 de setembro. Já a inflação oficial será calculada entre o último dia útil de agosto e o último dia de setembro.

Produção industrial cresce e interrompe 21 meses de queda

Sondagem divulgada ontem (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que em agosto o cenário para o setor começou a melhorar mais expressivamente. Pela primeira vez, desde novembro de 2014, a produção superou os 50 pontos.

Esse indicador é semelhante a um termômetro e sempre que supera a linha dos 50 pontos significa aumento da produção. Quando ele fica abaixo desse nível, quer dizer que há retração.

Segundo a pesquisa, a produção industrial passou de 46,6 pontos em julho para 50,8 em agosto. Essa alta interrompe uma sequência de 21 meses seguidos de queda. O resultado do período foi influenciado diretamente pelas grandes empresas, que atingiram os 54,4 pontos.

Com esse desempenho, as fábricas passaram a usar mais da sua capacidade produtiva. Entre julho e agosto, essa utilização da capacidade subiu 1 ponto percentual, chegando aos 60%.

Aumento do otimismo na indústria

“Os empresários permanecem otimistas com relação à demanda, às compras de matérias-primas e à quantidade exportada”, explica um trecho da sondagem.

Já o índice de intenção de investimento aumentou 1,4 ponto em setembro. Nos últimos cinco meses, ele mostra tendência de crescimento. No período, avançou 4,4 pontos. Com esse incremento, ele chegou a 43,4 pontos.

Lava Jato poderá receber informações do Panama Papes

A área internacional da Lava Jato está otimista com a possibilidade de receber dados do Panama Papers. A solicitação será feita à Justiça panamenha assim que os procuradores definirem a qual parte dos papéis querem ter acesso.

Diferentemente do que aconteceu com pedidos ligados à Odebrecht — que sofreram resistência do país –, a Justiça local tem mostrado boa vontade para compartilhar esse material.

Caminhada de Jorge Gomes chega aos bairros Caiucá, João Mota e Vila Kennedy

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O ritmo da campanha tornou-se intenso nos últimos dias. Muitos quilômetros já foram percorridos e, ontem, 24, foi a vez dos bairros Caiucá, João Mota e Vila Kennedy receberam a nação 40.

Uma multidão vestida de vermelho invadiu as ruas, mostrando a força de Jorge Gomes e Louise Caroline. Acompanhados do prefeito José Queiroz e do deputado federal Wolney Queiroz, os candidatos visitaram os moradores, convidando-os para participar da festa. “Amanhã, começa a última semana da nossa campanha. Vamos continuar neste ritmo, conversando com os amigos, vizinhosm e mostrando que o progresso de Caruaru não pode parar”, disse Jorge Gomes.

Iniciativa beneficia advogados sem plano de saúde

Parcela significativa dos advogados pernambucanos não dispõe de assistência médica, dependendo exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) para o cuidado com seu bem-estar. Pesquisa realizada pela direção da CAAPE indica que 17,5% dos profissionais da classe – cerca de 30 mil – no Estado, não têm plano de saúde.

“Temos a consciência de que a CAAPE, por ser o órgão assistencial da OAB-PE, tem que se voltar principalmente para as advogadas e os advogados que mais precisam”, enfatizou o presidente da CAAPE, Bruno Baptista. “Por isso, entramos na briga para conseguir um plano de saúde que possa caber no bolso desses colegas desassistidos pelos demais planos”, complementou.

Ainda de acordo com Bruno, o único plano que se adequou a esse perfil foi o Hapvida. Por meio da parceria com a Qualicorp, os preços partem, para o jovem advogado, por exemplo, de R$ 100 mensais. Acordo neste sentido foi fechado pelos dirigentes da CAAPE – o presidente Bruno, o tesoureiro Leonardo Moreira e o diretor Augusto Lócio – e da Qualicorp.

O objetivo é atender especialmente os advogados que fazem uso do SUS. “Lembro que a CAAPE, em convênio com a Qualicorp, possui diversas outras opções de planos de saúde, como Unimed, Amil, Bradesco e Sulamérica, que oferecem preços especiais para advogados”, disse Bruno Baptista.

Teatro vai à Escola leva alegria à área rural de Caruaru

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A partir desta segunda-feira, 26, a arte tomará conta da Escola Municipal Landelino Rocha, que será palco do projeto o Teatro vai à Escola. O evento, que é realizado pela Secretaria de Educação em parceria com o Projeto Argemiro Pascoal, envolverá estudantes, funcionários e artista de todo o município com o objetivo de democratizar o acesso dos estudantes da rede municipal de ensino ao teatro, além de estimular as produções teatrais nas escolas.

Para Kiko Gouveia, coordenador do projeto, é incrível ver que crianças e adolescentes assistirão, pela primeira vez, um espetáculo teatral. “Estou muito feliz por podermos contribuir com a formação artística dos discentes, como também ajudar a dinamizar a cultura no município. É uma sensação ímpar”, garantiu.

A programação pode ser conferida em anexo e o público-alvo são os professores, funcionários e estudantes da Escola Municipal Professor Landelino Rocha, situada no Sítio Peladas.

Jorge Gomes participa de plenária LGBT

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Na tarde de sábado, 24, Jorge Gomes, acompanhado da sua vice, Louise Caroline, se reuniu com um grupo LGBT. Entre os assuntos discutidos, foram citadas algumas ações que foram implantadas durante o governo de Zé Queiroz/Jorge Gomes, como a Secretaria da Mulher e de Direitos Humanos e da Participação Social. Os participantes deram várias sugestões para avançar na discussão sobre as políticas públicas, como debater o tema nas escolas cada vez mais, a criação de uma coordenadoria e de um Centro de Referência LGBT. “Precisamos garantir que esse tema seja discutido. No governo de Zé, tivemos inúmeras conquistas. Sabemos que também teremos com Jorge”, afirmou o assessor LGBT, Felipe Antônio.

Emerson Santos, que participa de um movimento LGBT da cidade, falou da importância em tratar desse assunto em uma gestão. “Já conseguimos avançar, mas ainda tem muito o que fazer para que a gente tenha uma sociedade mais igualitária, com respeito à diversidade”. Jorge afirmou que haverá continuação dos trabalhos. “Vamos lutar mais e mais pelos direitos humanos. A sociedade precisar respeitar a todos.”

Finalizando este momento, Louise também falou do seu apoio e de Jorge em tratar desse tema na nossa cidade. “A grande ousadia de Zé Queiroz e Jorge Gomes de dar espaço e levantar as pautas LGBT em Caruaru mostram o quanto esse grupo político é, sim, o grupo que mais colabora para que as pautas da comunidade LGBT tenham sempre seu espaço garantido”.