Ministro da Fazenda diz que Brasil passa pela maior crise econômica da história

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou há pouco que há um desequilíbrio estrutural das despesas públicas. “A raiz da crise brasileira passa muito pela questão fiscal, pela desconfiança da sociedade da sustentabilidade do Estado brasileiro de pagar suas contas. É preciso cuidar disso limitando esse crescimento, no entanto preservando o crescimento real.”

Meirelles e o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, participam de audiência pública da comissão especial que analisa a Proposta de Emenda à Constituição do Teto de Gastos (PEC 241/16). O texto busca limitar os gastos públicos federais por 20 anos corrigidos até o limite dado pela inflação do ano anterior.

O ministro não descartou um possível aumento de impostos, mas afirmou que essa mudança não garantiria uma melhora definitiva para a economia. “Em hipótese de necessidade de se aumentar impostos iremos propor ao Congresso. Mas não é o caminho para uma solução definitiva.”

Crise histórica

Segundo Meirelles, a crise econômica atual é a maior da série histórica brasileira, desde o início do século XX, incluída a crise de 1929 que gerou a quebra da bolsa de Nova Iorque. “Estamos vivendo a maior recessão da história do País desde que isso começou a ser medido.” Ele afirmou que, de 1929 a 1933, houve queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3% e, de 2015 a 2016, queda de 7%. “A maior recessão desde que o PIB começou a ser medido desde o século passado.”

Asces-Unita promove simpósio de Jornalismo e Ciência Política

O Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces-Unita) promove, nos dias 13 e 14 de setembro, o Simpósio de Jornalismo e Ciência Política. O evento tem como tema “Mídia, política e ideologia”, e conta com duas mesas redondas: “O que é ideologia? Algumas interpretações e casos concretos” (no dia 13) e “O discurso e a prática do jornalismo político” (no dia 14), sempre a partir das 19h.

A mesa temática “O que é ideologia? Algumas interpretações e casos concretos” conta com a participação do professor doutor em Ciência Política, Marconi Aurélio e Silva, coordenador do curso de Relações Internacionais da Asces-Unita; e o professor doutor em Filosofia Política, Marco Martino, sob mediação do jornalista e professor mestre José Antônio Faro.

Já o segundo dia de evento terá como palestrantes: a jornalista Karina Falcone, doutora em Linguística e que atua como professora do curso de Letras da UFPE; e do jornalista Laércio Portela, profissional com passagens pelo Jornal do Commercio, Diário de Pernambuco e pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. A mediação será realizada pelo professor Paulo Ricardo de Paiva e Souza, mestre em Comunicação, doutorando em Sociologia e vinculado ao curso de Jornalismo da Asces-Unita.

Raquel Lyra pede investimentos no Aeroporto de Caruaru

Reformas anunciadas pelo Governo de Pernambuco nos aeroportos regionais de Garanhuns, no Agreste, e de Serra Talhada, Sertão do Pajeú, provocaram reivindicações da deputada Raquel Lyra (PSDB) a respeito de investimentos em Caruaru, também no Agreste. A parlamentar pediu ao Poder Executivo, nesta última terça (23), no plenário da Assembleia Legislativa, que inclua o equipamento de Caruaru no programa de estruturação de aeroportos, que deve ser levado à frente para receber, nas cidades do Interior, voos da Azul Linhas Aéreas com saída do Recife.

“Não faço aqui nenhum registro contra as reformas anunciadas, mas Caruaru como centro industrial e logístico do Agreste deveria também ser contemplada”, defendeu. “Nossa cidade é líder, juntamente com Toritama e Santa Cruz do Capibaribe, do segundo maior polo de confecções do País, e padece de infraestrutura para o escoamento da mercadoria de forma eficiente”, analisou a tucana, que prometeu levar o pleito à Secretaria de Turismo e ao governador Paulo Câmara.

 

Ministério financiará 99 UPAS e amplia acesso a medicamentos

Mais 99 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) vão receber recursos do Ministério da Saúde para atender à população. Essa medida atende 100% das solicitações de habilitações e qualificação de UPAs que estão funcionando, mas sem contrapartida do Ministério da Saúde. As reduções vieram da revisão de contratos, cargos, ajustes em projetos, compra de medicamentos e insumos estratégicos.

Os R$ 384,3 milhões economizados também foram utilizados para adquirir 7,4 milhões de unidades a mais de medicamentos. “Um dos meus compromissos ao assumir a gestão do ministério foi de otimizar os recursos que já existiam para melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS). E, em três meses, já temos um resultado expressivo. Enxugamos a máquina, revimos negociações, permitindo o reinvestimento em pontos estratégicos do atendimento”, ressalta o ministro Ricardo Barros.

O aprimoramento dos gastos públicos está entre as 11 prioridades apresentadas por ele no momento em que assumiu o cargo. “Estamos fazendo um trabalho com a Presidência da República para não reduzir o orçamento da saúde e utilizar os recursos com mais eficiência. Nesses 100 dias de gestão, conseguimos um resultado muito significativo, que se traduz em mais atendimento para a população e mais acesso a medicamentos”, acrescenta.

Congresso aprova texto-base da LDO com teto para gastos públicos e rombo de R$ 139 bilhões

O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quarta-feira (24) o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017, na versão proposta pelo presidente interino, Michel Temer. Os parlamentares ainda vão analisar, em uma data a ser definida, propostas que podem alterar o texto principal.

Por falta de quórum, a sessão, que se estendeu por quase 15 horas, foi encerrada pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) sem a análise dos destaques, o que só deve ocorrer após o julgamento no Senado da presidente afastada Dilma Rousseff, na próxima semana.

A LDO prevê um rombo nas contas do governo central de R$ 139 bilhões, em vez dos R$ 65 bilhões estipulados por Dilma, e um deficit de R$ 3 bilhões para estatais federais e de R$ 1,1 bilhão para Estados e municípios. Também antecipa a regra do teto de gastos, que faz parte de uma proposta de emenda à Constituição em tramitação na Câmara. O governo interino retirou a estimativa de receitas com um possível retorno da CPMF, proposta da petista abandonada por Michel Temer.

O projeto estima o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 1,2%, taxa de juros de 13,1%, inflação de 6% e dólar médio de R$ 4,40. A LDO inclui entre as prioridades da administração pública federal a conclusão de obras inacabadas com percentual de execução superior a 50%. O texto-base recebeu 252 votos favoráveis e oito contrários de deputados. Entre os senadores, a aprovação foi simbólica. O governo vai enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso até o próximo dia 31.

O ponto mais polêmico do projeto, considerado prioritário pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é o que limita as despesas do governo federal em 2017 aos gastos de 2016, com a correção dos valores pela taxa de inflação. Ficam de fora desse limite as transferências constitucionais; as despesas extraordinárias; as despesas com as eleições pela Justiça Eleitoral; outras transferências obrigatórias de receitas vinculadas e despesas com aumento de capital de empresas estatais não dependentes.

Parlamentares do PT, do PCdoB, do PDT e Psol tentaram obstruir a votação da LDO em protesto contra a limitação dos gastos públicos. “Se essa regra fosse aplicada na área de educação nos próximos dez anos como está nessa LDO, perderia R$ 311 bilhões nos próximos dez anos”, disse vice-líder do PT na Câmara Henrique Fontana (RS).

PF prende presidente do PSDB de Goiás e faz buscas na sede do partido

A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira (24) 120 mandados em Goiás, São Paulo e Florianópolis no âmbito da Operação Decantação. Entre os presos está o presidente do PSDB em Goiás, Afreni Gonçalves Leite. Também estão sendo feitas buscas e apreensões na sede do partido no estado.

O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio de cerca de R$ 4,5 milhões em recursos federais a partir da empresa de saneamento de Goiás (Saneago). Segundo a PF, a ação, que contou com apoio do Ministério Público Federal e do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, evitou um prejuízo de quase R$ 7 milhões.

As investigações apontam que recursos públicos federais, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas. De acordo com a PF, ainda havia outra forma de atuação da organização criminosa, que consistia no favorecimento pela consultoria contratada pela Saneago a empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais.

A PF identificou que dirigentes e colaboradores da Saneago promoveram licitações fraudulentas mediante a contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso.

Cerca de 300 policiais federais cumprem os mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão na sede de empresas envolvidas, em residências e outros endereços relacionados aos investigados. Também foi determinado o afastamento da função pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre nove envolvidos.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraudes em processos licitatórios.

O nome Decantação faz alusão a um dos processos de tratamento de água, em que ocorre a separação de elementos heterogêneos.

Cunha indica 13 parlamentares como testemunhas ao STF

O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) indicou 13 parlamentares para deporem como testemunhas em uma ação penal que ele responde no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo em questão apura o recebimento de propina pela venda de navios-sonda da Petrobras.

Entre as testemunhas arroladas pela defesa de Cunha estão o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e os deputados federais do PMDB Washington Reis (RJ), Pedro Chaves (GO), Hugo Motta (PB), Fernando Jordão (RJ), Manoel Júnior (PB), Alberto Filho (MA), Flaviano Melo (AC) e Saraiva Felipe (MG). Ainda completam a lista Felipe Bornier (PROS-RJ) e Marcelo Agro (PHS-MG). Todos compõem o chamado “centrão”, grupo de apoio criado por Eduardo Cunha quando esteve à frente da Câmara.

O ministro do Supremo Teori Zavascki marcou para a próxima semana, nos dias 30 e 31 agosto e 1º de setembro, o início dos depoimentos das testemunhas de defesa na ação penal a que Eduardo Cunha responde na Corte.

Os depoimentos ocorrerão na ação penal em que Cunha é réu no crime de corrupção, acusado de receber US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras, no âmbito da Operação Lava Jato.

De acordo com as investigações, Eduardo Cunha pressionou, a partir de 2010, o ex-consultor da empresa Mitsui e um dos delatores da Lava Jato, Júlio Camargo, para que este voltasse a pagar propina por um contrato de navios-sonda com a Petrobras, cuja negociação foi interrompida por problemas jurídicos.

Cunha também é réu em outra ação penal, que investiga contas secretas na Suíça, e responde a pelo menos outros seis inquéritos no STF.

Capacitação foi realizada na Secretaria de Saúde

Ontem, 23, a Secretaria de Saúde, por meio do Núcleo de Educação Permanente, promoveu uma capacitação sobre Câncer de Mama, Linfoma e Colorretal para médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde da rede municipal de saúde de Caruaru.

Os médicos Dr. Rodrigo Tancredi, oncologista do IMIP e Hospital do Câncer de Pernambuco, e Dra. Bruna Rosa Viana de Carvalho, hematologista do Hemope e Hospital do Câncer de Pernambuco, foram os responsáveis pela capacitação voltada para a detecção precoce da doença e pela atualização de conhecimentos relacionados ao câncer.

Caruaru recebe mais três profissionais do “Mais Médicos”

A partir desta quarta, 24, três novos médicos com nacionalidade cubana, que fazem parte do Programa Mais Médicos do Governo Federal, atenderão em unidades de saúde de Caruaru. Os profissionais se somam aos outros 24 que começaram a chegar à Capital do Agreste desde 2013.

Inicialmente, eles passarão por um período de adaptação, no qual serão acompanhados por médicos que já atendem nas unidades de saúde do município. Jesus Eligio Jojas Guerra atenderá na unidade Morro Centenário; Elba Luisa Barrero Rodriguez ficará no José Carlos de Oliveira II e Diosladis Calas Ponce irá para a Vassoural I. Após esse período de 15 dias, serão locados em unidades que ainda serão definidas.

Governador discute projetos da Petrobras no Estado

O governador Paulo Câmara teve ontem (23) a primeira reunião de trabalho com o novo presidente da Petrobras, Pedro Parente. Na pauta da conversa, os investimentos da empresa em Pernambuco, especialmente a Refinaria Abreu e Lima e a Petroquímica Suape (PQS). “Foi uma conversa inicial, mas o presidente se mostrou muito sensível e receptivo às nossas preocupações, especialmente no que toca a geração de emprego e renda”.

“A Abreu e Lima já é responsável por 30% de todo o diesel produzido no Brasil”, informou Parente, ressaltando a importância da unidade para a Petrobras. De acordo com o presidente da empresa, o chamado “segundo trem” da refinaria está sendo analisado no âmbito do planejamento estratégico da Petrobras para os próximos anos, que será anunciado no mês de setembro.

Com relação à PetroquímicaSuape, foram confirmadas as negociações com o grupo mexicano Alpek, que tem unidades semelhantes à de Pernambuco. Além de Câmara e de Parente, também participaram da reunião o diretor Financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, o secretário estadual da Fazenda, Marcelo Barros, e o procurador-geral do Estado, César Caúla.

Paulo aproveitou para convidar o presidente da Petrobras para voltar a Suape. Parente ainda não conhece a Refinaria Abreu e Lima.

GOVERNADORES – Pela manhã, Paulo Câmara esteve em Brasília para uma reunião com os governadores Wellington Dias (Piauí) e Rui Costa (Bahia). Na pauta, o andamento das negociações com o Governo Federal para adotar compensações aos Estados que não foram beneficiados pelo acordo da renegociação das dívidas.