Paixão de Cristo de Nova Jerusalém anuncia elenco para a próxima temporada

A 55ª temporada da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém, mega espetáculo teatral realizado todos os anos durante a Semana Santa, em Pernambuco, terá como artistas convidados Allan Souza Lima, no papel de Jesus, Mayana Neiva, como Maria e Dalton Vigh, interpretando o governador romano Pôncio Pilatos. Em 2024, a Paixão de Cristo acontecerá no período de 23 a 30 de março. O primeiro lote de ingressos com desconto promocional e temporário já está disponível no site oficial www.novajerusalem.com.br.

“Como pernambucano, tenho algumas coisas que preciso fazer como ator para representar e valorizar a minha cultura. E uma delas seria fazer Jesus”, afirmou Allan que vive um momento especial em sua carreira. Ele é o intérprete de Ubaldo Vaqueiro, personagem principal da série “Cangaço novo”, que entrou na lista das produções mais assistidas no Amazon Prime em 49 países. Este ano, ele viveu o papel marcante do Frei João na novela “Amor Perfeito” da TV Globo, depois de ter participado, no ano passado, dos filmes “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou meus Pais”, nos quais fez o papel de Christian Cravinhos.

A talentosa atriz paraibana Mayana Neiva, que será Maria em Nova Jerusalém, está no elenco da minissérie “Fim” que estreou esta semana no Globoplay e atuou recentemente no filme “O silêncio da chuva”, nas séries “Temporada de Verão” (Netflix) e “A vida secreta dos casais” (HBO). Ela foi destaque também na novela global “Éramos seis”, na qual fez o papel de Karine Assad. Atualmente a atriz se prepara se prepara para viver a personagem “Linete”, na novela “Guerreiros do Sol”, do Globoplay.

Já o veterano ator premiado Dalton Vigh, com quase 30 anos de carreira artística, foi destaque em dezenas de novelas e séries da TV brasileira, além de ter vivido papeis marcantes no cinema e no teatro. Este ano ele interpretou César Pendleton na novela “Poliana Moça”, do SBT e faz o mesmo papel em “As aventuras de Poliana – O filme”, produzido pela Warner Bros. Pictures e SBT que estreia em novembro. Vigh também estará no elenco da terceira temporada de “Dom”, série do Prime Video.

Festival MusiCaruaru é realizado na Casa Rosa nos fins de semana de novembro

Com o apoio da Prefeitura, por meio da Fundação de Cultura, o Festival MusiCaruaru será realizado durante todos os fins de semana de novembro. Serão diversos shows gratuitos que irão acontecer na Casa Rosa, a partir das 13h.

Este festival irá contar com a presença de vários nomes da música pernambucana, como forma de valorizar a cultura local, ressaltando cada vez mais a importância que os nossos artistas têm não apenas para a cena de Pernambuco, como também a nível nacional.

“A disseminação da cultura é algo muito importante na gestão do prefeito Rodrigo Pinheiro. Espero que todos venham celebrar conosco neste festival tão rico e que será tão importante para Caruaru”, disse o presidente da Fundação de Cultura de Caruaru, Hérlon Cavalcanti.

O MusiCaruaru é realizado por Jean Carlos Produções e Minhoquinha Eventos e também conta com o apoio dos governos federal e estadual. A Casa Rosa, que será o palco desta celebração, está localizada na Feira de Caruaru, na Avenida Parque 18 de Maio, s/n, bairro Petrópolis.

Confira a programação completa:

Sábado – 4 de novembro
13h – Fabio Melo
15h – Erisson Porto

Domingo – 5 de novembro
13h – Jeni Lima
15h – Isabela Moraes

Sábado – 11 de novembro
13h – Barthô
15h – Gabi da Pele Preta

Domingo – 12 de novembro
13h – Bonecos de Barro
15h – Rogéria

Sábado – 18 de novembro
13h – Fole de Ouro
15h – Renilda Cardoso

Domingo – 19 de novembro
13h – Driko
15h – Almério

Sábado – 25 de novembro
13h – Apresentação Afro
15h – Martins

Domingo – 26 de novembro
13h – Trio Quentão
15h – George Silva

Fracasso moral

Por Maurício Rands

Como não se solidarizar com a dor dos familiares dos 1.400 israelenses mortos por terroristas que invadiram seu país, casas, kibutzes e até um festival rave? Como não sentir o sofrimento dos parentes dos 229 israelenses sequestrados pelo Hamas? Como não entender o drama do povo judeu perseguido pelo holocausto nazista e vítima por séculos da diáspora e do estigma nos quatro cantos do planeta? Como não apoiar o pedido feito por manifestantes em Tel Aviv implorando que seu governo promova um cessar-fogo para negociar a libertação dos seus familiares mantidos em cativeiro pelo Hamas e sob o risco de morrerem vítimas de bombardeios disparados pelo seu próprio país?

Quando estive em Tel Aviv e Jerusalém, fiquei impressionado com o stress das pessoas mesmo num momento em que não havia guerra declarada. Mas logo percebi que não é fácil viver sob o ódio dos vizinhos e a ameaça de grupos terroristas que atuam para destruir o estado de Israel.

Como não sofrer com os 2,3 milhões de palestinos condenados à miséria, isolados numa prisão a céu aberto, agora sofrendo com bombardeios que já mataram 7.800 pessoas? Como ficar indiferente ao desespero de milhões que vêem suas residências, escolas, unidades de saúde, escritórios e estabelecimentos comerciais serem dizimados pelos mísseis de Israel? Como aceitar que milhares de crianças percam seus pais sob os escombros das bombas ou elas próprias sejam mortas ou mutiladas? Como não se entristecer ao imaginar como crescerão essas crianças sobreviventes a tanta destruição e ao ódio que vai ser alimentado pela reação desproporcional de Israel?

Como deixar de se informar que, dentro de Israel, existem muitas vozes respeitáveis, como a do ex-primeiro-ministro Ehud Barak e a do atual deputado Ofer Cassif, que são contrárias à forma como o governo de Netanyahu está conduzindo a guerra contra o Hamas? Como não perceber que a punição coletiva que Israel está impondo à população civil palestina acaba por alimentar o antissemitismo no mundo inteiro? E que, assim, uma consequência inintencional da invasão de Gaza é a satisfação dos objetivos do Hamas de disseminar o ódio contra o povo judeu? Como não imaginar que essa reação desmedida vai dificultar ainda mais a retomada de negociações com o mundo árabe para que, um dia, seja possível a solução da paz com dois estados soberanos?

Como não entender que os limites do direito internacional foram transpostos com a proibição e retardo dos comboios de ação humanitária providenciados por organismos como Acnur e Médicos sem fronteiras? Como não concluir que é crime de guerra promover a punição coletiva de todo o povo palestino por uma ação terrorista de um grupo que lhe governa ditatorialmente e que não pode ser confundido com o próprio povo? Como ser ingênuo a ponto de acreditar que todos os mísseis disparados por Israel em Gaza destinam-se a “alvos militares”?

Como aceitar o apoio unilateral dos EUA ao exercício desproporcional da legítima defesa por Israel e ao cometimento de crimes de guerra proibidos pela Convenção de Genebra? Como relativizar o veto dos EUA à moção apresentada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU por uma pausa humanitária de socorro à população do território que está há três semanas sob bombardeio e bloqueio de eletricidade, água, remédios, mantimentos e comunicação? Como não criticar o Ocidente por ter silenciado diante da atitude do governo extremista de Netanyahu de ampliar e radicalizar a colonização da Cisjordânia? Como achar natural a tática do governo de Israel de isolar os palestinos em Gaza, condená-los à miséria e à violência, e deixá-los vulneráveis ao governo terrorista do Hamas? Como não perceber o equívoco estratégico das políticas violentas e radicais do governo de Israel que enfraqueceram a autoridade palestina na Cisjordânia, hoje governada por um desmoralizado e corrupto Al Fatah que, sob a liderança de Yasser Arafat, renunciara à resistência armada e aderira ao projeto de paz dos acordos de Oslo em 1993?

Essa guerra Israel-Hamas realça nosso lado sombrio ao justificar a violência, o ódio e o extermínio desumanizando o outro, o adverso. George Lucas, em Star Wars, fez Darth Wader nascer das luzes para, depois de exposto às guerras e ao sofrimento, acabar se tornando um personagem sombrio, do lado obscuro da Força. E, como lembra a banda Pink Floyd, em sua canção Us and Them, (no disco The Dark Side of the Moon), a humanidade tem uma tendência de, separando-se entre o “nós” e o “eles”, acabar por desumanizar o outro. Foi assim na escravidão e em todas as guerras. Deveríamos ouvir o Papa Francisco: “La guerra non risolve alcun problema: semina solo morte e distruzione, aumenta l’odio, moltiplica la vendetta. La guerra cancella il futuro.” Para os que sonhamos com as luzes da paz, da empatia e da democracia, o momento é de muita tristeza. Fracasso moral generalizado.

Maurício Rands, advogado formado pela FDR da UFPE, PhD pela Universidade Oxford

 

Caixa paga novo Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 9

A Caixa Econômica Federal paga nesta segunda-feira (30) a parcela de outubro do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 9. Neste mês, o benefício terá um adicional para mães de bebês de até seis meses de idade.

Chamado de Benefício Variável Familiar Nutriz, o adicional corresponde a seis parcelas de R$ 50 para garantir a alimentação da criança. Com o novo acréscimo, que destinará R$ 14 milhões a 287 mil mães neste mês, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome informa que está concluída a implementação do novo Bolsa Família.

Além do novo adicional, o Bolsa Família paga um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com crianças de até 6 anos.

O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 688,97. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,45 milhões de famílias, com gasto de R$ 14,67 bilhões.

Desde julho, passa a valer a integração dos dados do Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com base no cruzamento de informações, 297,4 mil famílias foram canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras estabelecidas pelo Bolsa Família. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo INSS.

Em compensação, outras 241,7 mil famílias foram incluídas no programa em outubro. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa, baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício. Desde março, 2,39 milhões de famílias passaram a fazer parte do Bolsa Família.

Regra de proteção

Cerca de 1,97 milhão de famílias estão na regra de proteção em outubro. Em vigor desde junho, essa norma permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 374,80.

Parcelas desbloqueadas

Neste mês, o programa tem outra novidade. Famílias com parcelas desbloqueadas não precisam mais ir a uma agência para sacar os valores acumulados. Eles passam a ser creditados automaticamente na conta bancária do beneficiário.

Com a medida, serão liberadas 700 mil parcelas retroativas neste mês, resultando em cerca de R$ 278 milhões desbloqueados. Os beneficiários conseguem visualizar a informação da liberação do valor por meio dos aplicativos do Bolsa Família e Caixa Tem.

Reestruturação

Desde o início do ano, o programa social voltou a chamar-se Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 começou em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Calendário do Bolsa Família
Calendário do Bolsa Família – Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Auxílio Gás

O Auxílio Gás também será pago nesta segunda-feira às famílias cadastradas no CadÚnico, com NIS final 9. O valor caiu para R$ 106, por causa das reduções recentes no preço do botijão.

Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia cerca de 5,3 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição e da medida provisória do Novo Bolsa Família, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg até o fim do ano.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

Estudantes nota mil dão dicas para a redação do Enem

destaque enem 2023

Um texto dissertativo-argumentativo de até 30 linhas sobre um tema de ordem social, científica, cultural ou política. Esta é a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que deverá ser feita no próximo domingo (5) pelos 3,9 milhões de candidatos inscritos para as provas deste ano.

Gabaritar a redação não é tarefa simples, é preciso seguir à risca o que é exigido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mas também não é impossível. Ana Alice Azevedo, de Niterói (RJ), e Luiz Santos, de Manaus (AM), obtiveram a tão sonhada nota mil no Enem 2022. Eles contam como se prepararam para essa prova e qual foi o diferencial dos textos que escreveram e que mereceram a nota máxima.

“Saí da prova sabendo que tinha feito um bom texto, que tinha feito um bom trabalho. Eu estava bem feliz com o texto que tinha feito, estava esperando um bom resultado, mas não estava esperando a nota mil. Realmente foi algo bem surpreendente”, diz Santos, que é atualmente aluno de engenharia da computação na Universidade de São Paulo (USP).

O estudante, que cursou o ensino médio na Escola IDAAM, em Manaus, não apenas fez uma boa prova, como a redação que escreveu no Enem 2022 está na Cartilha do participante, do Inep, disponibilizada para quem vai fazer o Enem 2023. A cartilha traz orientações específicas para a prova da redação.

O tema da redação em 2022 foi Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil. No total, dos 2,3 milhões que fizeram a prova, apenas 32 tiraram a nota mil, segundo dados do Inep. Para falar sobre o tema, Santos citou a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), a Constituição Federal de 1988 e ainda a série Aruanas, que aborda as dificuldades enfrentadas por mulheres que lutam contra esquemas criminosos na Amazônia.

Como solução para o problema, parte exigida pelo Inep, ele propõe que o governo federal promova o enrijecimento de punições e o fortalecimento da fiscalização das práticas ilegais nos ecossistemas e garanta a continuidade dos conhecimentos socioculturais com o incentivo à demarcação dos territórios e à atualização da legislação vigente.

Segundo Santos, conhecer e seguir as regras do exame foi um dos fatores que fez com que ele tirasse boa nota. “Acredito que meu texto tenha seguido todos os requisitos que o Inep cobra para a redação atingir a nota mil. Ter, no mínimo, duas propostas de intervenção, bem colocadas, bem desenvolvidas, explicando como vai fazer, quem vai fazer, por meio do que e com qual objetivo. Dois parágrafos de desenvolvimento, com repertório sociocultural, bem escritos e com introdução sucinta. Acredito que esse conjunto de coisas foi o diferencial da redação”, diz o estudante.

Uma redação por semana

Para a estudante Ana Alice Azevedo, ex-aluna do PB Cursos, em Niterói, o diferencial para um bom desempenho foi a prática constante. Ela escrevia uma redação por semana para se preparar para a prova. “O diferencial foi a prática constante. Como eu fazia muita redação, já sabia na hora como fazer. O tema não foi uma surpresa muito grande, já tinha feito uma redação com tema parecido [durante os estudos], sabia como prosseguir”, diz. Foram três anos de cursinho até que conseguiu a aprovação que queria, no curso de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Outro diferencial para a redação é o bom texto, o domínio da língua portuguesa. De acordo com a estudante, a prática constante também ajuda nesse quesito. Além disso, leituras e buscas por referências, tanto na literatura, quanto no cinema, na legislação. “A prática regular ajuda a ter a estrutura consolidada e regras quea redação exige consolidadas. Além disso, a bagagem cultural, o repertório para usar no texto, acaba diferenciando a redação. Ler muitos livros e estar atualizado sobre as notícias”.

Orientações do Inep

A cartilha do participante traz mais detalhes de como deve ser a estrutura da redação, além dos exemplos comentados de redações que obtiveram a nota máxima. “Com base na situação-problema, você deverá expressar sua opinião, ou seja, apresentar um ponto de vista. Para isso, inicie o texto apresentando seu ponto de vista, desenvolva justificativas para comprovar esse ponto de vista e elabore conclusão que dê um fechamento à discussão proposta no texto, compondo o processo argumentativo”, explica.

Outra orientação do Inep é ler atentamente o que a prova está pedindo. “Para alcançar bom desempenho na prova de redação do Enem, você deve, antes de escrever seu texto, fazer uma leitura cuidadosa da proposta apresentada, dos textos motivadores e das instruções, a fim de que possa compreender perfeitamente o que está sendo solicitado”, diz a cartilha. A prova de redação do Enem conta com textos que contextualizam o assunto sobre o qual se deve escrever. Os textos, no entanto, devem apenas servir de apoio. Caso o participante copie esses textos, ele poderá zerar a redação.

Segundo o Inep, o texto deve estar estruturado da seguinte forma:

• apresentação clara do ponto de vista e seleção dos argumentos que o sustentam;

• encadeamento das ideias, de modo que cada parágrafo apresente informações coerentes com o que foi apresentado anteriormente, sem repetições desnecessárias ou saltos temáticos (mudanças abruptas sobre o que está sendo discutido);

• desenvolvimento dessas ideias por meio da explicitação, explicação ou exemplificação de informações, fatos e opiniões, de modo a justificar, para o leitor, o ponto de vista escolhido.

Ao final, estudante deve apresentar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

Ao elaborar a proposta, o Inep propõe que as seguintes questões sejam respondidas:

1. O que é possível apresentar como solução para o problema?

2. Quem deve executá-la?

3. Como viabilizar essa solução?

4. Qual efeito ela pode alcançar?

5. Que outra informação pode ser acrescentada para detalhar a proposta?

Enem 2023

O Enem 2023 será aplicado nos dias 5 e 12 de novembro. No primeiro dia, além da redação, os participantes responderão questões objetivas de linguagens e de ciências humanas. No segundo dia de prova resolverão questões objetivas, de matemática e ciências da natureza.

As notas das provas podem ser usadas para concorrer a vagas no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), a bolsas de estudo em instituições privadas de ensino superior pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), a financiamentos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), além de vagas em instituições estrangeiras que têm convênio com o Inep.

Judô brasileiro garante mais dois ouros e chega a dez medalhas no Pan

Em dois dias, o judô brasileiro chegou a dez medalhas, em 12 possíveis, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Após seis pódios no sábado (28), mais quatro foram alcançados no domingo (29): dois ouros, uma prata e um bronze.

A categoria até 73 quilos (kg) teve dobradinha brasileira, com Gabriel Falcão levando a medalha dourada e Daniel Cargnin ficando com a prata. Eles, porém, não chegaram a se enfrentar na final, pois Daniel – bronze na Olimpíada de Tóquio, no Japão, em 2021 – sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo durante a semifinal e não teve condições de voltar ao tatame.

Na categoria até 81 kg, Guilherme Schmidt encarou o anfitrião Jorge Pérez na decisão. Contra o atleta da casa, o brasileiro teve que lidar com a pressão da torcida, reforçada até pelo presidente chileno, Gabriel Boric, mas conseguiu a vitória com um wazari (quando o judoca é derrubado de lado) e uma imobilização.

O bronze deste domingo veio com Ketleyn Quadros, na categoria até 63 kg, superando a colombiana Paola Mera com um wazari. A experiente judoca, de 36 anos, possui um bronze olímpico conquistado em Pequim, na China, em 2008, mas ainda não tinha um pódio no Pan.

Ao contrário de sábado, porém, o Brasil não atingiu 100% de aproveitamento. Havia possibilidade de duas medalhas de bronze, na categoria até 70 kg, mas Luana Carvalho e Alexia Castilhos foram superadas, respectivamente, pela venezuelana Elvismar Rodriguez e a equatoriana Celinda Corozo.

Nesta segunda-feira (30), mais sete brasileiros brigam por medalha em Santiago: Samanta Soares, Eliza Ramos (ambas da categoria até 78kg), Beatriz Souza (acima de 78 kg), Rafael Macedo (até 90 kg), Kayo Santos, Leonardo Gonçalves (ambos até 100 kg) e Rafael Silva (acima de 100 kg). Na terça-feira (31), ocorre a competição de equipes mistas. As eliminatórias começam às 10h (horário de Brasília).

Accape convoca associados para eleição da nova diretoria nesta terça (31)

A Associação dos Contabilistas de Caruaru e Agreste de Pernambuco (Accape) convoca os associados aptos a votar a comparecerem à reunião da Assembleia Geral nesta terça-feira (31), das 8h30 às 9h30, na sede da associação, com o objetivo de eleger a nova Diretoria Executiva, Conselho Fiscal, suplentes do Conselho Fiscal e Departamento de Eventos, cujos membros ficarão à frente da entidade no próximo biênio 2024-2025.

Uma única chapa fez o registro de candidatura e tem à frente a contadora Maria Sheila Leite e Silva, atual vice-presidente da Accape. O resultado da eleição será validado desde que a assembleia reúna dois terços dos associados em 1ª convocação, um terço dos associados uma hora depois em segunda convocação; e com qualquer número de associados desde que decorridos 30 minutos da segunda convocação.

É importante destacar que a votação terá duração de apenas uma hora e ocorrerá na sede da Accape, localizada na Avenida Agamenon Magalhães, 444 – Empresarial Difusora, 12º andar (Shopping Difusora), Bairro Maurício de Nassau.

Diretoria Executiva
Presidente: Maria Sheila Leite e Silva
Vice-presidente: Rodrigo Ferreira Vieira Medeiros de Aquino
1ª Secretária: Nalma Lucia Rodrigues da Rocha
2ª Secretária: Érika Spíndola de Farias Fernandes
1º Tesoureiro: Eriko Caruso de Melo Veras
2º Tesoureiro: Fabio Americo dos Santos

Conselho Fiscal
Michele Arruda Silva Tabosa
Ítalo Deidson Vilela Costa
Jeronimo Ivo e Silva

Suplentes de Conselho Fiscal
Lucas Fernandes
Manuela de Lima Silva Leite
Deyvison Alemberg Tabosa de Queiroz

Departamento de Eventos
Thyago Luiz de Carvalho Tavares
Cynthia Celeste de O. Alves Moreira

Caruaru encerra campanha de multivacinação com horário noturno na Via Parque nesta segunda (30)

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), prorrogou por mais um dia a Campanha de Multivacinação para crianças e adolescentes com até 14 anos para esta segunda (30), com vacinação na Via Parque, no trecho de frente ao INSS, das 17h às 21h.

No ato da vacinação, os pais ou responsáveis precisarão levar o cartão do SUS ou CPF dos filhos, assim como o cartão de vacinação.

As vacinas disponibilizadas para a atualização vacinal são: rotavírus (diarreia), poliomielite oral e intramuscular (paralisia infantil), pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, Haemophilus influenza tipo b- Hib), pneumocócica, meningocócica, DTP, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), HPV (previne o câncer de colo de útero e verrugas genitais), meningo ACWy, febre amarela e hepatite A, bem como a vacina contra a Covid-19 para crianças a partir de 6 meses.

Serviço:

Encerramento da Campanha de Multivacinação para crianças e adolescentes até 14 anos com vacinação noturna na Via Parque

. Dia: 30.10.2023 (segunda)

. Hora: 17h às 21h

. Local: Via Parque (em frente ao INSS)

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 105 milhões no próximo sorteio

Bilhetes de aposta da mega-sena

O prêmio da Mega Sena acumulou neste sábado (28) por nenhum apostador ter acertado as seis dezenas sorteadas pela Caixa Econômica Federal. O valor agora está estimado em R$ 105 milhões e novo concurso corre na quarta-feira.

Os números sorteados no sábado, no Concurso 2650, foram 09, 18, 29, 37, 39 e 58.

Quem acertou cinco dezenas faturou o prêmio de R$ 44.304,85, e os apostadores que completaram a quadra ganharam R$ 1.137,96.

Cursinhos preparam indígenas e quilombolas para provas do Enem

Palmas (TO) - Indígenas brasileiros fazem cursos de informática na

Com 25 anos de aplicação, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que terá provas nos dias 5 e 12 de novembro, tem transformado o acesso às instituições de ensino superior e também os cursinhos preparatórios do país.. Alguns desses cursinhos passaram a se preocupar com a adaptação para receber alunos indígenas e quilombolas. .

Um desses cursinhos é o Colmeia, concebido na Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Limeira, interior de São Paulo, em 2010. No final do ano passado, a iniciativa, idealizada pela professora Josely Rimoli, conseguiu ser elevada de patamar e se tornou um programa da universidade, o que pressupõe maior apoio institucional.

O Colmeia tem aulas à noite e incorporou a modalidade online em 2019. São 17 professores, entre graduandos e pós-graduandos da Unicamp, que dão aulas de linguagem, exatas, biologia e ciências humanas.

Em entrevista concedida à Agência Brasil, a Josely Rimoli destacou que a atuação da equipe do cursinho pré-vestibular não deve parar no ensino, e sim se estender ao acompanhamento do aluno aprovado quando ingressa no ensino superior. O objetivo do Colmeia, portanto, é oferecer o suporte necessário e garantir que o estudante está se integrando bem na comunidade acadêmica e, mais, que tem condições de se manter até o final do curso, inclusive financeiramente. Assim, pode-se dizer que pensa na efetividade de ações de permanência estudantil.

Além disso, para falar de igual para igual, respeitando o chamado “lugar de fala”, reivindicado por pessoas que fazem parte de grupos minorizados, como os indígenas e quilombolas, o Colmeia permite que os alunos conversem com alguém de perfil parecido, na hora de receber orientações e acolhimento, algo a que dedicam um dia da semana. Um estudante indígena dialoga com um instrutor também indígena, mesmo cuidado com que se trata a parcela quilombola das turmas, formadas, ainda, por adolescentes da Fundação Casa, mulheres e ribeirinhos.

Ensino básico e acesso à internet

Josely pontua que as falhas deixadas pelas escolas em que os alunos do cursinho estudaram vêm, com frequência, à tona, como ocorreria com qualquer estudante, independentemente de se pertencem ou não a grupos minorizados. Por isso, a equipe de professores entendeu que era preciso ajudá-los a fixar os conteúdos em vésperas de provas.

“A gente compreende que é importante dar acesso, contribuir para que acessem o ensino superior. É um direito à educação. E, uma vez que entraram [na instituição de ensino], precisam ter apoio à permanência”, declara a coordenadora do Colmeia, que também é responsável pela acolhida de candidatos indígenas que passam no vestibular da Unicamp.

Josely conta que um levantamento organizado pelo programa recentemente revelou que 83% dos alunos inscritos estudam pelo celular, o que faz com que a atenção se volte para o acesso à internet, geralmente obtida por meio de pacotes de dados e que se esgota rapidamente, à medida que vão assistindo às aulas. “Um quilombola do Vale do Ribeira atravessava o rio, à noite, em uma canoa, sozinho, para pegar sinal. É uma batalha por vez ou várias ao mesmo tempo”, diz a professora universitária.

Pertencimento 

No caso do curso Jenipapo Urucum, da Associação Nacional de Ação Indigenista (Anaí), as estudantes que assistem às aulas e são mulheres e meninas indígenas, muitas vezes, até mesmo o aparelho celular é compartilhado com outros membros de suas famílias, não sendo de uso exclusivo delas, o que marca mais um grau de dificuldade de acesso. Como as alunas não podem prescindir dos aparelhos eletrônicos, as organizadoras do cursinho se mantêm constantemente mobilizadas para conseguir doações de tablets, computadores e celulares.

Conforme verificou o Instituto Semesp, o contingente de estudantes indígenas, no ano de 2021, era de pouco mais de 46 mil pessoas, o equivalente a 0,5% do total de alunos do ensino superior, proporção que ainda pode melhorar. A entidade também descobriu que o gênero feminino predomina entre os alunos indígenas, correspondendo a 55,6%.

Aluna do Jenipapo Urucum, a jovem Suziany Kanindé, de 18 anos, vive na zona rural de Aratuba (CE) e estuda em uma escola indígena. Ela descobriu o cursinho através de seu pai, que viu um post de divulgação no Instagram.

Suziany planeja estudar psicologia em Fortaleza, tanto por se identificar com a área como por ver que há uma lacuna de profissionais desse campo no atendimento ao seu povo, conciliando, assim, os estudos com a vontade de manter intacto ao máximo o convívio com os familiares. Como vantagem do caráter singular do cursinho indígena, ela cita a oportunidade de conhecer o modo de viver de outros povos originários.

“São diferentes povos, de todo o Brasil. Então, é uma chance de conhecer outras pessoas, cultura, tradições”, observa ela, que utiliza um tablet para ver as aulas, ministradas à noite, no contraturno da escola, e já reconhece avanços no desempenho em língua portuguesa e ciências da natureza, com o auxílio dos professores do cursinho, que são indígenas e não indígenas.

Perguntada sobre como espera que seja sua adaptação na universidade, Suziany exterioriza certa apreensão. “A gente conversa, dentro do cursinho, sobre a realidade dentro da universidade. No cursinho, a gente está entre a gente. Já na universidade, é outra realidade. A gente encontra uma série de dificuldades, quando vai para fora, sai da zona de conforto”, afirma ela, que também atua no Museu Indígena Kanindé.

Política de cotas

A jovem pataxó hã-hã-hãe Narrary Lucília, de 18 anos, também foi aluna do Jenipapo Urucum e chegou até ele pela sua mãe, que é monitora do cursinho, além de ter sido aluna, em outro momento. Para Narrary, que agora reduziu a frequência às aulas, depois de começar a cursar nutrição em uma faculdade particular, com bolsa integral, também é fundamental a sensação de pertencimento que a turma gera. “A maioria das pessoas que está nas universidades não é indígena. Acho esse projeto muito bonito. Algum professor, às vezes, inicia a aula colocando um vídeo de algum ritual, as alunas se juntam e, quando há duas de um mesmo povo, cantavam juntas. E conhecer também as culturas das meninas”, afirma.

Para Narrary, um dos fatores em que o governo acertaria, em termos de ampliação da presença de indígenas no ensino superior, seria a aposta no ensino básico, junto com políticas afirmativas, ou seja, cotas que permitam um maior acesso a eles. “As escolas indígenas são muito precárias. Às vezes, há poucos indígenas fazendo a prova do Enem porque não se sentem capazes. O ensino na aldeia não é tão bom assim e acaba que muitas pessoas achavam que os indígenas eram atrasados. Por causa disso, acabam sem querer estudar, por não se sentirem capazes. É por isso que não têm tanta representatividade [nas instituições de ensino superior]”, resume ela.