TSE mantém decisão que multou Bolsonaro pelo 7 de setembro

Rio de Janeiro (RJ), 29/06/2023 - O ex-presidente Jair Bolsonaro desembarca no aeroporto Santos Dumont e fala sobre o julgamento no TSE que pode torná-lo inelegível. Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu, nesta terça-feira (15), manter a decisão que multou o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro Walter Braga Netto em R$ 110 mil por descumprimento de decisão e litigância de má-fé.

Em julho, o ministro entendeu que a campanha da chapa Bolsonaro-Braga Netto deixou de retirar das redes sociais imagens das comemorações do 7 de setembro que tinham sido consideradas como propaganda eleitoral irregular no pleito do ano passado.

Conforme a decisão, ambos receberam multas individuais de R$ 50 mil pelo descumprimento, além do acréscimo de R$ 5 mil por terem garantido que os conteúdos foram apagados.

A decisão do ministro foi motivada por um recurso apresentado pelas defesas de Bolsonaro e Braga Netto. Os advogados sustentaram que não houve descumprimento da decisão e defenderam a reunião de diversas ações sobre a mesma acusação contra a campanha. “Não há razão legítima para que se acelere o julgamento de uma ou outra ação em detrimento das demais”, argumentou a defesa.

Artistas pedem fim de burocracia no acesso ao fomento cultural

Sob muitos aplausos do público, Domingas Leonor da Silva, a Dona Domingas, fundadora do tradicional Grupo Flor Ribeirinha e mestra de cultura popular, fez o seu clamor. “Existe muita burocracia. Tem muitos coitadinhos que não sabem fazer projeto. E isso dificulta. Quero pedir encarecidamente: facilita um pouco mais para o nosso povo”.

O pedido de Dona Domingas foi feito durante o primeiro Encontro Nacional de Gestores da Cultura, que aconteceu na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), em Vitória (ES). E não foi um clamor isolado. Durante dois dias de eventos, a reportagem da Agência Brasil escutou muitos pedidos para que as leis de incentivo à cultura do Brasil sejam mais acessíveis ao público e menos burocráticas. Só assim, defendem, ela será de fato democrática e plural.

Para Preto Zezé, conselheiro nacional da Central Única das Favelas (CUFA), a burocracia existente na linguagem dos editais dificulta que os recursos cheguem às periferias e nas populações mais vulneráveis do país. Em entrevista à Agência Brasil, ele ainda citou que essas populações enfrentam outros sérios problemas que a deixam sempre à margem desses projetos culturais.

“A maioria das organizações que estão trabalhando dentro de uma favela, muitas vezes, não tem sequer um telefone. É preciso pensar a política pública, mas como se acessa essa política? Só ter o recurso não é o bastante para descentralizá-la. É importante você se adaptar às necessidades e realidades do outro”, disse ele.

Preto Zezé ilustrou sua crítica com um exemplo. Um projeto desenvolvido na periferia para se levar mulheres ao cinema esbarrou em problemas comuns a essas mulheres. “Tínhamos a oportunidade, tínhamos o cinema, tínhamos pipoca e guaraná para todo mundo. Mas as mulheres não tinham com quem deixar os filhos ou moravam longe. Só ter a oportunidade, muitas vezes, não é tudo. É preciso pensar na coisa como um todo se não quisermos excluir populações que já são excluídas historicamente das políticas públicas”.

Segundo a atriz e poeta Elisa Lucinda, essas dificuldades acabam “excluindo ainda mais quem já é excluído”. “O que mais sofremos nesses anos todos é que, se eu for uma palhaça lá do Acre, eu não tenho a mínima ideia de que existe um mecanismo de fomento no governo federal que pode me beneficiar”. Ela defendeu que o poder público deve identificar e convocar os artistas que precisam de apoio.

“O que a política pública de inclusão vai fazer é uma coisa muito simples chamada de justiça. Sem democracia cultural, você vai excluir os Djavans, os Miltons Nascimentos, os grandes e talentosos artistas que ninguém fica conhecendo porque eles não tem oportunidades ou plataformas para mostrar sua arte e produção”, falou.

Márcio Tavares, secretário-executivo do Ministério da Cultura, admitiu que essas dificuldades “são um dos grandes gargalos” para a realização de uma política cultural comprometida com o país.

“É por isso que precisamos fazer uma mudança nos instrumentos de gestão se a gente quiser atuar no fundo e no âmago da questão e superar os dramas históricos brasileiros. A gente não supera isso só com gesto de vontade. A gente supera os dramas históricos a partir da construção de marcos e de políticas adequados e de forma estruturada, para que a gente consiga fazer com que essas políticas sejam executadas na ponta e cheguem onde a gente quer, como na Dona Domingas, por exemplo”, falou.

Alternativas ao “juridiquês”

Em entrevista à Agência Brasil, a secretária-geral da Advocacia-Geral da União (AGU), Clarice Calixto, afirmou que o decreto do fomento cultural que foi assinado pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em março deste ano vem ajudar a diminuir essas dificuldades e aproximar a população mais vulnerável das políticas culturais. O texto estabelece regras e procedimentos para as leis de fomento cultural e outras políticas públicas culturais.

“O decreto vem numa lógica, principalmente, de simplificação e de facilitar que o acesso ao recurso à cultura chegue nas populações mais vulneráveis. Existe um desafio gigante de trabalhar a comunicação de uma maneira mais adequada para os diversos públicos. E uma das previsões que a gente faz é que os editais saiam em formatos não só de ‘juridiquês’ ou com uma cara burocrática, mas com formatos mais interessantes. O caminho é tentar soluções inovadoras para democratizar o acesso”, disse.

Segundo Clarice, o governo também tem um papel importante para ajudar a minimizar essas dificuldades. E, por isso, o Ministério da Cultura criou uma diretoria cujo papel é dar assistência a estados e municípios.

“Quem faz a cultura é a sociedade, não o estado brasileiro. Portanto, o fomento cultural é uma forma do Estado entender o seu papel de criar condições, criar um ambiente para que essa cultura floresça e para que as pessoas possam viver dignamente de cultura. Viver de cultura hoje é um enorme desafio no Brasil e é mais difícil viver de cultura quando se é negro, mulher ou se tem algum marcador social de exclusão”, finalizou.

Ipea aponta deflação em julho para as famílias de renda muito baixa

Supermercado

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (15) o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, referente ao mês de julho. O estudo mostra que as famílias de renda alta apresentaram alta inflacionária de 0,50%, enquanto o segmento de renda muito baixa registrou deflação de 0,28%.

No acumulado do ano até julho, as famílias de renda muito baixa possuem a menor taxa de inflação (2,2%), enquanto os domicílios de renda alta possuem a maior variação registrada (3,5%).

Os dados apontam na desagregação por grupos que os principais alívios inflacionários no mês de julho vieram dos grupos alimentos e bebidas e habitação. No primeiro caso, uma queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio possibilitou uma forte descompressão sobre os índices de inflação, sobretudo para as famílias com rendas mais baixas, devido ao peso desses itens em suas cestas de consumo. As principais quedas de preços registradas foram: cereais (-2,2%), carnes (-2,1%), aves e ovos (-1,9%) e leites e derivados (-0,89%). Já em relação ao grupo “habitação”, os segmentos de menor poder aquisitivo também foram os que mais se beneficiaram do recuo de 3,7% das tarifas de energia elétrica.

Gasolina impactou inflação

O reajuste de 4,8% do preço da gasolina foi o principal ponto de pressão inflacionária sobre o grupo “transportes”, que exerceu a maior contribuição positiva para a inflação, em julho, veio para todas as classes de renda pesquisadas. No caso das famílias de renda mais alta, além do impacto proporcionalmente maior do aumento dos combustíveis, as altas de 4,8% das passagens aéreas e de 10,1% do aluguel de veículos fizeram com que a pressão inflacionária do grupo transportes anulasse, inclusive, os efeitos baixistas vindos da deflação dos alimentos e da energia elétrica. Este quadro de pressão inflacionária para as faixas de renda mais altas também reflete os aumentos de 0,78% dos planos de saúde e de 0,51% dos serviços de recreação, impactando positivamente os grupos “saúde” e “despesas pessoais”.

Na comparação com julho de 2022, o estudo mostra que, mesmo diante de uma trajetória mais benevolente dos alimentos (com quedas de 0,72%, ante variação de 1,5%, em 2022), houve uma piora no comportamento da inflação para todas as demais faixas de renda. Esse desempenho menos favorável da inflação corrente, em comparação ao ano passado, foi significativamente pior para as faixas de renda mais elevadas, refletindo, sobretudo, o contraste entre o reajuste de 4,2% dos combustíveis, em 2023, e a forte deflação de 14,2%, possibilitada pela desoneração ocorrida neste período de 2022. Da mesma forma, a redução da carga tributária sobre as tarifas de energia elétrica, no ano passado, explica porque a queda de 5,8%, observada em julho de 2022, foi mais expressiva que a registrada este ano (-3,9%).

Segundo o Ipea, os dados acumulados em 12 meses revelam que todas as classes de renda registraram aceleração em suas curvas de inflação. Em termos absolutos, as famílias de renda muito baixa são as que apresentam a menor taxa de variação no período (3,4%), enquanto a mais elevada está no segmento de renda alta (5,1%). De acordo com as contribuições abertas por grupos, a maior pressão inflacionária nos últimos 12 meses reside no grupo saúde e cuidados pessoais, impactado pelos reajustes de 6,2% nos produtos farmacêuticos, de 12,3% dos artigos de higiene e de 14,1% dos planos de saúde.

Entidades repudiam tratamento dado a fotojornalista em CPMI do 8/1

A postura de parlamentares de oposição durante o depoimento do fotojornalista da agência Reuters Adriano Machado provocou indignação na Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e em outras outras cinco entidades. Machado foi convocado a depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro na condição de testemunha, mas foi alvo de ataques e insinuações de deputados e senadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) insinuou que o fotojornalista era aliado dos criminosos que destruíam o Palácio do Planalto. Já o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) disse que, durante a invasão ao prédio, Machado agia como “se tudo estivesse combinado”. O deputado Marco Feliciano (PL-SP) sugeriu que o fotojornalista poderia ter dado voz de prisão aos criminosos, como que para provar que ele não havia amizade entre eles.

“Chegou-se ao extremo de se perguntar ao repórter fotográfico por que motivo ele não deu voz de prisão aos inúmeros manifestantes que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto no dia 8. Um dos parlamentares anunciou que pediria a quebra do sigilo telemático do fotojornalista para saber com quem ele trocava mensagens”, disse a Fenaj, em nota.

“Cabe ao fotojornalista registrar as imagens do crime. O papel de coibir, identificar criminosos, responsabilizá-los e puni-los é trabalho das autoridades de segurança e da Justiça. Pedir a quebra do sigilo telemático de um profissional de imprensa é uma arbitrariedade, que contraria o direito constitucional de sigilo das fontes”, acrescentou a entidade.

No dia 8 de janeiro, durante a invasão e depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, 17 profissionais de imprensa foram agredidos por apoiadores de Jair Bolsonaro, contrariados com sua derrota nas urnas, meses antes.

Aos parlamentares, Machado disse que apertou a mão de um dos criminosos após afirmar que tinha apagado as fotos que tirara a pedido de um outro invasor. “Naquele momento, eu não tinha como deixar de retribuir o cumprimento. Até por temer pela minha segurança”, disse ele no depoimento.

“[…] a própria convocação de Adriano Machado, que teve de ir ao Parlamento como se fosse suspeito de um crime ou de um conluio, é uma forma de agressão e de intimidação à imprensa”, afirma a federação.

Leia a nota da Fenaj na íntegra:

As organizações abaixo assinadas repudiam não só a convocação do fotojornalista Adriano Machado, da Reuters, à CPMI do Congresso Nacional sobre os ataques de 8 de Janeiro como a tentativa, por parte de alguns parlamentares, de atacar a honra do jornalista e a reputação de toda a imprensa brasileira.

Adriano Machado, cujo trabalho ultrapassa duas décadas de serviços prestados ao jornalismo, respondeu aos questionamentos com tranquilidade nesta terça-feira (15.ago.2023). Mas foi ofendido por diversas vezes, quando parlamentares da oposição, com vistas a atacar o governo, o acusaram de participar de uma encenação de golpe.

Chegou-se ao extremo de se perguntar ao repórter fotográfico por que motivo ele não deu voz de prisão aos inúmeros manifestantes que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto no dia 8. Um dos parlamentares anunciou que pediria a quebra do sigilo telemático do fotojornalista para saber com quem ele trocava mensagens.

Cabe ao fotojornalista registrar as imagens do crime. O papel de coibir, identificar criminosos, responsabilizá-los e puni-los é trabalho das autoridades de segurança e da Justiça. Pedir a quebra do sigilo telemático de um profissional de imprensa é uma arbitrariedade, que contraria o direito constitucional de sigilo das fontes.

Para dar voz e vez a teorias conspiratórias e à defesa de transgressores dos preceitos democráticos, alguns parlamentares tentaram ainda equiparar o trabalho do fotógrafo e da imprensa nacional ao de ativistas políticos, denunciados e processados por crimes contra a democracia e por divulgação de falsas notícias.

Num cenário hostil à imprensa – 17 profissionais foram agredidos em Brasília durante esses protestos violentos -, a própria convocação de Adriano Machado, que teve de ir ao Parlamento como se fosse suspeito de um crime ou de um conluio, é uma forma de agressão e de intimidação à imprensa.

Mais que isso, a audiência expõe o profissional a riscos e ataques, que ele já vem sofrendo nas redes sociais desde que parlamentares o expuseram, enxergando conspiração em um vídeo que o mostra apenas executando seu papel de fotojornalista diante de uma invasão ao centro do governo brasileiro.

As organizações abaixo assinadas se solidarizam com Adriano Machado e sua família, reiterando a confiança em seu trabalho profissional. E afirmam aos parlamentares que não permitirão que profissionais de imprensa sejam usados como joguetes nas disputas políticas, tampouco nos atos e manifestações que põem sob risco a democracia.

Lira promete votação de arcabouço fiscal na próxima semana

Brasília (DF), 23/03/2023, Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, durante coletiva à imprensa no salão verde da Câmara. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Eventuais problemas provocados por uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a concentração de poderes da Câmara dos Deputados não impedirão a votação do novo arcabouço fiscal na próxima semana, disse nesta terça-feira (15) o presidente da Casa, Arthur Lira. Apesar de afirmar que as relações entre o governo e os deputados continuarão, o parlamentar classificou de “inapropriado” o comentário de Haddad.

“Nós ficamos surpresos. Como eu disse na minha nota, acho que foi inapropriado. Talvez um relaxamento excessivo do ministro numa entrevista. Não vejo clima para além do que foi criado”, disse Lira em entrevista coletiva no fim desta tarde. Mesmo assim, ele prometeu a votação do projeto na próxima terça-feira (22).

Em entrevista ao podcast do jornalista Reinaldo Azevedo, gravada na sexta-feira (11) e que foi ao ar nesta segunda (14), Haddad disse que a Câmara “está com um poder muito grande” e que a Casa não poderia usá-lo para “humilhar” o Senado e o Poder Executivo. No fim da tarde, Haddad se corrigiu e esclareceu que se referiu à mudança do presidencialismo de coalizão nos últimos anos e que não pretendia criticar Lira.

Após a declaração de Haddad, uma reunião entre Lira, Haddad, técnicos da equipe econômica e líderes partidários, que estava prevista para a segunda-feira, para discutir a votação do arcabouço fiscal, foi cancelada. Nesta terça, o relator do projeto na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), anunciou a remarcação do encontro para a próxima segunda-feira (21). “Não houve clima para a reunião [na segunda-feira]”, disse Lira. “Alguns líderes não queriam que a reunião acontecesse ontem”, declarou.

Lira disse que o projeto do arcabouço sofreu “modificações sérias” no Senado, mas prometeu prosseguir com a votação na próxima semana e negou que haja atraso nas discussões. “Estão cobrando da Câmara uma coisa que está no prazo dela. Teve um atropelo ontem, mas vai ser corrigido na semana que vem”, disse Lira.

Apesar dos contratempos após a declaração de Haddad, o presidente da Câmara disse que o diálogo com o governo continuará. “Não existe um canal de comunicação interrompido. Não temos interesse nenhum em promover acirramento de ânimos, mas o posicionamento foi necessário”, reiterou o presidente da Câmara.

Reforma ministerial

Mais uma vez, Lira negou que a votação do arcabouço esteja atrelada a uma reforma ministerial e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem seu tempo para mudar os ministérios.

“Não tem nenhuma perspectiva de conversa com Lula para isso. Nós estamos falando sempre por telefone, para a insatisfação de muita gente, inclusive de algumas pessoas que gostam de vazar notícias falsas”, afirmou. “O presidente Lula tem que tratar com os líderes e presidentes de partidos no tempo dele. Não há nenhuma pressão com relação a isso.”

Responsabilidade

O presidente da Câmara afirmou que a Casa continuará a ser responsável. Segundo ele, a data da votação do novo arcabouço fiscal deverá ficar para a próxima terça-feira, assim que houver acordo sobre a modificação do período de cálculo da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para corrigir as metas fiscais.

“Discutimos isso hoje muito tranquilamente no Colégio de Líderes e ficou marcada uma reunião com o relator, técnicos da Fazenda, técnicos da Câmara, da CMO [Comissão Mista de Orçamento] e líderes partidários para que se discuta a única matéria polemica ainda, que é a questão da modificação do prazo do cálculo do IPCA. Isso sendo acordado, terça-feira a matéria vai para o Plenário. Não há nenhum tipo de inconstância no tratamento da Câmara com as matérias que são essenciais”, reafirmou Lira.

Porto enfrenta Flamengo na 1ª fase da Copa Atlântico

Referência na formação de talentos para o mundo da bola, o Porto será um dos representantes de Pernambuco na segunda edição da Copa Atlântico. Realizada pelo Retrô, juntamente com a Federação Pernambucana de Futebol, a competição ocorrerá do dia 1º a 7 de novembro, no CT da Fênix, em São Lourenço da Mata, reunindo grandes clubes do futebol nacional como: Flamengo, Botafogo, Vasco, Palmeiras e Bahia.

O Gavião do Agreste está no grupo B juntamente com o Flamengo, Vitória-BA e Novorizontino. Além do tricolor caruaruense e do Retrô, o Náutico também estará representando o Estado na Copa. A Fênix e o Timbu estão, respectivamente, nas chaves A e D.

O Porto já se encontra em preparativos para a competição, desde o mês passado, sob o comando do técnico Luciano Ribeiro. Alguns atletas que compuseram o elenco na disputa do último PESUB20 também estão fazendo parte do plantel como: o goleiro Tawan, o meia-atacante Bruninho, o volante Rosembrick, o lateral Barata, o atacante Pedro, os zagueiros Kaio e João, dentre outros.

Centro de Artesanato de Pernambuco reúne produções artísticas de todo Estado. Confira

Um ponto de parada obrigatória para quem passa pelo Marco Zero do Recife. A Unidade do Centro de Artesanato de Pernambuco – Roberto Lessa se destaca por diversos motivos, como a organização, corredores amplos, a diversidade artesanal, uma vista privilegiada para o mar e preços acessíveis que cabem no bolso do viajante.

A loja conta com mais de 25 mil peças à venda, produzidas por cerca de 1,8 mil artesãos do Recife e outras regiões, que fazem peças das mais diversas matérias-primas.

PROGRAME-SE
Nas redes sociais é divulgada ainda a programação de ações pontuais em outros locais da cidade e do Estado.

SERVIÇO
Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Armazém 11, Bairro do Recife, Recife-PE
Horário: segunda a sábado, das 9h às 19h. Domingos, das 10h às 16h
Fone: (81) 3181-3450
Instagram: @centrodeartesanatodepe
Site: aqui
Acessível para cadeirantes
Acesso gratuito

Folhape

Mesmo com reajuste, gasolina ainda terá defasagem de preço de 21%, diz setor

Apesar do reajuste anunciado pela Petrobras na manhã desta terça-feira (15), os preços dos combustíveis vendidos pela estatal ainda seguem abaixo das cotações internacionais, de acordo com dados da Abicom, que reúne os importadores, e da consultoria CBIE.

Assim, mesmo com a alta da estatal, a gasolina vendida pela Petrobras ainda está 21,6% mais barata (ou R$ 0,81 por litro) em relação ao cenário internacional. Antes do reajuste, o valor era 32,5% menor.

No caso do diesel, o litro do combustível comercializado pela estatal ainda está 9,23% menor (ou R$ 0,39 por litro) em relação ao vendido no exterior. Antes da alta de R$ 0,78 por litro, o valor do combustível era 27,67% menor.

Na Abicom, o diesel vendido nos polos da Petrobras está 10% menor (ou R$ 0,40 por litro) em relação ao exterior. Já no caso da gasolina, o preço ainda está defasado em 14% (ou R$ 0,45 por litro)

O reajuste, anunciado pela Petrobras, já era esperado pelo mercado desde a semana passada, quando houve reuniu do Conselho de Administração da estatal. Segundo fontes ouvidas pelo GLOBO, já estava decidido que, se o preço do petróleo se mantivesse no patamar acima de US$ 86 por barril, o reajuste seria necessário.

Na sexta-feira passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que, se o Brent continuasse subindo, a Petrobras faria reajustes se fosse necessário.

— Se fosse necessário reajustar o preço, ela (a Petrobras) o faria no momento adequado. E ela tem, repito, autonomia para isso. Então quem decide se vai aumentar preço ou não da Petrobras é a Petrobras. O que o governo tem que fazer é, quando a volatilidade for para baixo, que essa volatilidade seja repassada ao consumidor, a fim de que nós tenhamos na bomba gasolina, diesel e gás de cozinha mais barato, como está acontecendo agora – disse Silveira, durante o lançamento do novo PAC no Rio.

O Globo

Apagão de energia é o maior do país desde 2009; relembre outros blecautes

Estados do Sul, Sudeste, Norte e Nordeste sofreram um apagão na manhã desta terça-feira (15). O primeiro registro ocorreu por volta de 8h29. Logo em seguida, houve uma queda de 25% na carga total do sistema, que começou a se recuperar por volta de 8h40. O Ministério de Minas e Energia afirmou que o apagão interrompeu 16 mil MW de carga em estados do Norte e Nordeste do Brasil, nesta terça-feira. O motivo ainda está sendo analisado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

Não é a primeira vez que apagões no território nacional são noticiados. Confira abaixo os maiores apagões brasileiros.

1999
Cerca de 60% do território nacional ficou no escuro após uma descarga elétrica atingir uma subestação de uma companhia energética importante no estado de São Paulo. As regiões do Sul, sudeste e Centro-oeste foram afetadas além do norte do Paraguai que recebia eletricidade do Brasil. 76 milhões de pessoas foram afetadas.

2001
Em 2001, uma falha humana na subestação de Cachoeira Paulista (SP) provocou um blecaute que atingiu o Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte de Minas Gerais.

Em julho de 2001, o governo de Fernando Henrique Cardoso iniciou um grande programa de investimentos na construção de uma rede de termelétricas, movidas a gás, carvão e óleo combustível e que não dependiam do ciclo das águas. Embora o custo de energia fosse mais alto do que o das usinas hidrelétricas, essas plantas funcionariam como reserva de complementação do sistema.

2009
O apagão de 2009 foi um dos maiores do século. A quantidade de energia desligada com o apagão foi de 28 mil megawatts (MW) no Brasil, afetando 18 estados, e de 980 MW no Paraguai. Uma tempestade causou uma falha no sistema de transmissão elétrica da principal usina de energia do país. Além da ausência completa de energia elétrica outras 14 federativas ficaram parcialmente no breu.

Quase 60 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica por até seis horas, devido à interrupção de três linhas de alta tensão provenientes de Itaipu, afetadas por problemas na subestação de Itaberá, em São Paulo. Segundo cálculos da Firjan, só no Estado do Rio o apagão deixou prejuízos estimados em R$ 1 bilhão. A interrupção, uma das mais longas já registradas no país, durou de três horas e meia a seis horas.

2011
Cerca de 47,7 milhões de pessoas afetadas e cerca de 90% do nordeste desprovido de energia elétrica, todos foram efeitos de uma falha na subestação localizada no município de Jatobá na divisa entre Bahia e Pernambuco.

2012
Em dezembro de 2012, um problema na hidrelétrica de Itumbiara, em Goiás, de propriedade de Furnas, atingiu seis Estados. Só no Rio e em São Paulo, 2,7 milhões de consumidores ficaram sem energia. Dois meses antes, em 25 de outubro, um outro apagão cortou a energia em nove Estados do Nordeste e parte da Região Norte por quase três horas. No dia 3 do mesmo mês, uma falha num transformador em Itaipu afetou cinco Estados (Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Rondônia) e parte do Centro-Oeste.

2014
O apagão que deixou o Sul, Sudeste, Norte e o Centro-Oeste sem energia por quase duas horas, afetou 12 milhões de pessoas.

Mulher morde dois policiais militares, chuta viatura e é presa em evento

Uma mulher mordeu dois policiais militares, chutou a viatura da corporação e acabou presa durante confusão em um evento na cidade de Tracunhaém, na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Segundo a Polícia Militar, agentes do 2º BPM faziam o patrulhamento do evento, quando uma briga foi iniciada por participantes da festa.

A corporação informou que o efetivo foi separar e uma mulher envolvida na confusão partiu para cima dos policiais, mordeu um cabo e um sargento da PM e ainda amassou a lateral da viatura com chutes.

O marido da mulher “tentou intervir” e também foi preso. Os dois foram encaminhados para a Delegacia de Nazaré da Mata, para adoção das medidas cabíveis.

Folhape