OAB Itinerante tem início nesta segunda-feira

A OAB/Caruaru dá início, hoje (26), a um programa de descentralização de seus serviços, visitando as cidades que fazem parte da subseção. O programa OAB Itinerante chega a sua segunda edição e irá levar a estrutura e serviços de secretaria disponível na sede para oferecer aos advogados das cidades que compõe a subseção Caruaru.

O objetivo do programa é aproximar advogados e estagiários das demais cidades, das ações realizadas pela OAB/Caruaru, fazendo com que melhorias no exercício profissional dos advogados estejam ao alcance de todos.

Serão oferecidos serviços como recadastramento, renovação, 2ª via de carteira e cartão, atualização de dados, solicitação de certidão, cancelamento de inscrição, transferência ou inscrição suplementar, levantamento de débitos, boletos, agendamentos para certificação digital e inscrição para cursos e palestras.

 

Michel Zaidan volta criticar Justiça por intimação e chama Paulo Câmara de pequeno imperador 

Lições de direito ao pequeno imperador

Por Michel Zaidan, em artigo enviado ao Blog de Jamildo

Segundo o Código de Direito Penal,uma interpelação judicial, TAMBÉM CHAMADA DE AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA, interposta por uma das partes é um pedido de explicação sobre algum fato, referência ou escrito em razão de ambuiguidade, dubiedade ou equivocidade,por via judicial. O magistrado tem o dever de encaminhar o pedido da parte subscritora ao interpelado, estabelecendo prazo para a resposta. A rigor, esse pedido de explicação, via judicial, não é parte do processo criminal. A obrigação do juiz é intimar a parte destinatária da interpelação, com a queixa anexada, e aguardar, no prazo fixado, sua resposta, encaminhado-a – quando houver – a parte reclamante. O interpelado responde se quiser ou se achar conveniente, pois ele tem o direito de não produzir provas contra si ou auto-incriminar-se.Cessa ai a atividade da Justiça Criminal. A autoridade judicial não pode e não deve obrigar, constranger o interpelado a fazer nada. Ela simplesmente se reporta ao autor da petição, entregando-o o resultado da interpelação. A interpelação judicial é um expediente utilizado para produção de provas para, aí sim, dar provimento a uma ação penal de injúria, calúnia e difamação (tipificados como crimes contra a Honra), caso a parte reclamante não fique satisfeita com a resposta ou a ausência de resposta da parte reclamada. Não é normal, num pedido de interpelação judicial (mesmo em se tratando de uma autoridade pública), não se fixar prazo para a preparação e envio de uma defesa prévia, não se anexar o motivo da interpelação judicial,e em seguida, marcar-se uma audiência em juízo para ouvida ou pedido de explicação. Em se tratando de uma ação voluntária, o interpelado não é obrigado – por ninguém – a responder ou comparecer a qualquer audiência. Afinal, é só um pedido de explicação; não um processo criminal, que poderá se seguir à interpelação, a juizo da parte interessada. Caso a autoridade judicial insista com a interpelação, vencido o prazo decadencial e a prescrição, cabe mandato de segurança por conduta irregular do Poder Judiciário.

Por outro lado, a lei da organização judiciária prevê que o chefe de secretária ou o responsável pela expedição dos mandados de citação estabeleça um prazo para que o oficial de justiça entregue o mandado. Não é comum que, a volta do mandado de citação não entregue ao seu destinatário seja substituido por um, dois, três novos mandados, com o mesmo motivo e destinatário, sem que o mandado original tenha sido entregue e o mensageiro, interpelado pelo chefe da expedição sobre os motivos da não intimação, fixando um novo prazo para isso.

Há também a questão do prazo entre a ocorrência e a ciência do fato gerador da interpelação pelo reclamante e a data da intimação. A lei estabelece um prazo decadencial (6 meses) para essas ações, que não será interrompido nem pela interpelação nem por qualquer audiência marcada. O que pode levar a nulidade de qualquer ação futura sobre o mesmo fato ou ocorrência.

O oficial de Justiça sempre pode alegar excesso de trabalho, acúmulo de mandados de citação para entregar, falta de pessoal, greve no judiciário, péssimas condições de trabalho etc., para não ter entregue os mandados. Mas não se entende, assim, como é possível ocupar -ao mesmo tempo – três oficiais de justiça para fazer a mesma coisa, um deles fora do horário de trabalho, no espaço de menos de um mes. E em se tratando, não de um processo criminal, mais de um simples pedido de explicação, que pode ou não ser respondido.

Segundo o ministro Gilmar Mendes, respondendo a um pedido de interpelação de José Sarney a José Serra, através do Supremo Tribunal Federal, a mediação do magistrado cessa no momento em que é feita a intimação. Se vai haver resposta ou não, se o reclamante vai ficar satisfeito ou não e vai querer prolongar a querela, isso já não tem mais a ver com a Justiça. Cabe ao interessado ajuizar no poder Judiciário uma ação criminal, com base na tipificação penal dos crimes contra a honra, e aí começa tudo outra vez.

Porém, essa nova ação não pode mais ser feita a partir do mesmo fato gerador da petição inicial, pois o prazo decadencial impede que ela – a ação – possa ser embasada naquele fato. Haveria que se buscar outro fato para embasar a nova ação.

Tudo isso seria perfeitamente dispensável – no momento em que o estado de Pernambuco apresenta para o mundo as piores masmorras prisionais do planeta- se as nossas autoridades públicas tivessem um “animus” democrático e aceitassem as críticas à sua gestão. Ou se conhecessem, não o código das contabilidade pública – mas a Constituição Federal, o Código de Processo Penal e a lei de Organização Judiciária. Mas é pedir muito a quem foi posto no cargo por outros, para fazer a política dos outros. E agora, José? Para onde?

PS. Os interessados em saber a titularidade do avião que vitimou o -ex governador de Pernambuco, podem ler com muito proveito a crônica de janio de Freitas, “Jato Silencioso”, do dia 18 de agosto de 2015, lá se diz sobre a falta de vontade política de apurar as responsabilidades civis e penais decorrentes do sinistro do aeronave e as névoas que recobrem as transações para a compra da aeronave.

PUBLICIDADE: Olha só quem ganhou no Caruaru da Sorte!

caruarudasorte

Sorteio realizado em 25/10/2015

1º PREMIO OITO MIL E TREZENTOS  REAIS (R$ 8.300,00)
GANHADOR: PAULO JOSÉ DE SOUZA GANHADOR: LUIZ HENRIQUE LIMA DA SILVA
CERTIFICADO: 99.673 CERTIFICADO: 110.213
ENDEREÇO: BARRA DO FARIAS ENDEREÇO: RUA NOVA ERA Nº69
CIDADE: ZONA RURAL – BREJO DA MADRE DE DEUS CIDADE: CENTRO – BELÉM DE MARIA
VENDEDOR: MIRELLY SILVA – DIST. PAULA VENDEDOR: DOUGLAS
       
GANHADOR: MARGARIDA GOMES DE MEDEIROS GANHADOR: EDILENE FERREIRA SANTOS
CERTIFICADO: 27.457 CERTIFICADO: 68.552
ENDEREÇO: AVENIDA CAIUCÁ Nº323 ENDEREÇO: RUA DEPUTADO TORRES GALVÃO Nº191
CIDADE: CAIUCÁ – CARUARU CIDADE: SALGADO – CARUARU
VENDEDOR: ANA CRISTINA VENDEDOR: ANTÔNIO – DIST. MUNIZ
BOLAS: 17 37 44 22 47 14 12 05 38 03 51 27 25 28 55 33 26 15 36 11 54 49 53 07 32 09 40 23 50 04 58 45 19 57 20 52 41 29 13.
2º PREMIO OITO MIL E TREZENTOS REAIS (R$ 8.300,00)
GANHADOR: JOSEFA LUCIANA DE SOUZA    
CERTIFICADO: 51.475    
ENDEREÇO: RUA 46 Nº155 A    
CIDADE: RENDEIRAS – CARUARU    
VENDEDOR: MARCIA KELLY – DIST. MOACIR    
BOLAS: 41 54 07 43 21 53 26 05 52 09 38 55 06 01 33 32 30 15 44 14 56 04 46 45 34 02 08 31 29 36 40 28 24 16 19 13 18.
3º PREMIO OITO MIL E TREZENTOS REAIS (R$ 8.300,00)
GANHADOR: MARIA DAS GRAÇAS ALMEIDA MORAES    
CERTIFICADO: 52.561    
ENDEREÇO: AV. 31 DE MARÇO Nº245    
CIDADE: CENTRO – CACHOEIRINHA    
VENDEDOR: LUZINETE – DIST. MOACIR    
BOLAS 50 49 54 43 48 04 03 45 32 60 42 53 15 30 38 12 59 11 02 55 41 22 01 10 07 44 18 20 05 28 51 13 27 31 23 33 37.
4º PREMIO CINQUENTA MIL REAIS (R$ 50.000,00)
GANHADOR: JOÃO BORGES DE MENEZES    
CERTIFICADO: 114.692    
ENDEREÇO: RUA SEBASTIÃO FIRMINO BARBOSA    
CIDADE: CENTRO – AGRESTINA    
VENDEDOR: MARIA JOSÉ    
BOLAS: 28 34 56 23 33 59 36 53 17 10 32 03 31 29 26 49 60 25 20 16 48 24 41 19 06 45 15 13 47 04 09 07 22 54 12 39.

Modalidade Giro da Sorte R$ 500,00 (Quinhentos Reais)

1º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 124.389

GANHADOR: SEVERINO SEBASTIÃO DA SILVA

ENDEREÇO: RUA MARIA SALOMANA Nº99

CENTRO – AGRESTINA

2º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 71.810

GANHADOR: RIVALDO ZACARIAS MOTA

ENDEREÇO: RUA SIGISMUNDO GONÇALVES Nº90

SALGADO – CARUARU

3º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 130.084

GANHADOR: ERONILDO DA SILVA

ENDEREÇO: RUA GOIAS Nº397

SALGADO – CARUARU

4º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 81.678

GANHADOR: EDVAN RAULMAR DA SILVA

ENDEREÇO: RUA FREI CANECA Nº579

CENTRO – QUIPAPÁ

5º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 25.357

GANHADOR: SEVERINA MARIA DA SILVA

ENDEREÇO: RUA ANTÔNIO RAMOS Nº170

CENTRO – SÃO CAETANO

6º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 112.308

GANHADOR: RENATO PEREIRA DOS SANTOS

ENDEREÇO: RUA ALFREDO TENÓRIO DE BARROS Nº132

COHAB – AGRESTINA

7º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 14.943

GANHADOR: SEBASTIÃO ADEÍLDO DA SILVA

ENDEREÇO: RUA DA SAUDADE Nº93

CENTRO – BONITO

8º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 37.556

GANHADOR: MARIA DE LOURDES VERÍSSIMO

ENDEREÇO: AV. 19 DE MAIO Nº350

CENTRO – LAJEDO

9º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 3.040

GANHADOR: CLEONICE DE OLIVEIRA FLORÊNCIO

ENDEREÇO: RUA JOSÉ VIEIRA DE ARAÚJO Nº91

BAIRRO NOVO – SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE

10º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 4.890

GANHADOR: CÍCERO JOSÉ DA SILVA

ENDEREÇO: VILA TAPIRAÍ

 ZONA RURAL – SÃO CAETANO

 

11º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 18.235

GANHADOR: AURÉLIO JOSÉ DA SLVA NETO

ENDEREÇO: RUA MANOEL HENRIQUE TAVARES Nº873

CENTRO – TORITAMA

12ª RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 80.933

GANHADOR: ERNANDES FERREIRA

ENDEREÇO: TRAVESSA DO APRÍGIO Nº120

CENTRO – CORTÊS

13º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 24.849

GANHADOR: HENA IZABEL DA SILVA

ENDEREÇO: RUA 11 DE OUTUBRO Nº21

CABUGÁ – SÃO CAETANO

14º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 137.933

GANHADOR: JOÃO LUIZ DA SILVA

ENDEREÇO: SÍTIO COLÔNIA

ZONA RURAL – BONITO

15º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 19.428

GANHADOR: ALBERTO BARBOSA TAVARES

ENDEREÇO: RUA MARIA DINAH Nº391

DIVINÓPOLIS – CARUARU

16ª RODADA DA SORTE

CERTIFICADOR: 14.131

GANHADOR: JOSÉ REDEMILTON MARCELINO

ENDEREÇO: RUA VEREADOR DODÓ Nº73

NOVA ESPERANÇA – BARRA DE GUABIRABA

17ª RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 76.267

GANHADOR: EDMILSON SEVERO DA SILVA

ENDEREÇO: RUA CARECÃO S/N

CENTRO – JOAQUIM NABUCO

18ª RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 18.591

GANHADOR: ROBERTO JOSÉ DOS SANTOS SILVA

ENDEREÇO: PRAÇA CORONEL PORTO Nº225

NOSSA SENHORA DAS DORES – CARUARU

19ª RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 72.257

GANHADOR: GEONAVE PEREIRA FERREIRA

ENDEREÇO: RUA ANÍBAL DA SILVA  RÊGO

COQUEIRO – SURUBIM

20º RODADA DA SORTE

CERTIFICADO: 50.440

GANHADOR: MARIA CRISTINA LAERTE DA SILVA

ENDEREÇO: RUA JULIO FLORÊNCIO DE MELO Nº54

CENTRO – ALTINHO

    

Reforma orçamentária poderia melhorar gastos de R$ 200 bi

Da Agência Estado

Ao tornar a previsão de receitas mais realista e os gastos mais transparentes, uma reforma do processo orçamentário ajudaria numa reforma fiscal mais ampla, incluindo mudanças nas regras da Previdência e no sistema tributário, afirmou nesta semana, o economista Marcos Mendes, da consultoria legislativa do Senado. Nos cálculos de Mendes, uma reforma do processo orçamentário teria flexibilidade para atuar sobre cerca de R$ 200 bilhões do orçamento.

Segundo o economista, 80% do Orçamento federal é rígido, 6% são “semirrígidos” e 14%, realmente gerenciáveis. “Vinte por cento do orçamento são R$ 200 bilhões, então é muito dinheiro”, afirmou Mendes, em seminário sobre contas públicas, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio. “O argumento de que não precisa fazer reforma orçamentária porque o orçamento é rígido é errado”, completou.

Entre as reformas sugeridas por Mendes está montar um “banco de projetos” de investimento, rubrica normalmente atingida pelo corte de gastos em períodos de ajuste fiscal. “É preciso melhorar a qualidade do investimento público. A gente não só investe pouco como investe mal”, disse Mendes.

O banco seria formado por projetos enviados de vários ministérios. Um grupo responsável faria uma peneira inicial para escolher quais investimentos mereceriam ter elaborados o projeto executivo, que é mais caro, e o licenciamento ambiental. Daí, só entrariam no orçamento os projetos vindos do banco.

Outra reforma importante para melhorar a qualidade do investimento público seria adotar orçamentos plurianuais. Também palestrante do seminário, Ronald Downes, vice-diretor da Divisão de Orçamento e Despesas Públicas da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômico (OCDE), defendeu os orçamentos plurianuais como um instrumento importante da consolidação fiscal implementada nos países desenvolvidos após a crise de 2008.

Para Mendes, a maior qualidade do investimento público e uma estimativa mais exata das receitas públicas permitiria reduzir os valores inscritos como “restos a pagar”. “Temos uma bola de neve de restos a pagar”, afirmou Mendes, após citar que os “restos a pagar” chegaram a 3,58% do PIB em 2014.

O consultor do Senado defendeu ainda a criação de um sistema de avaliação de despesas, que poderia ficar a cargo de uma agência ou órgão independente para propor o Orçamento ao governo – outro proposta citada por Downes em sua palestra. Para Mendes, um sistema de avaliação impediria a aprovação de gastos com programas considerados ruins por ele, como o Fies, de financiamento à educação superior, e a desoneração da folha de pagamentos.

À TV americana, Dilma alerta para riscos à democracia no Brasil

Da Folhapress

A presidente Dilma Rousseff alertou em entrevista à rede de TV americana CNN que as tentativas de abrir um processo de impeachment contra ela colocam em risco a democracia brasileira e afirmou que um dos principais legados de seu governo será a reforma da previdência e o ajuste fiscal. A líder petista lamentou que o conflito das eleições do ano passado tenha continuado com a mesma intensidade após sua vitória, indicando falta de maturidade nas relações da oposição com o governo.

“Temos que ter muito cuidado com isso porque ainda temos uma democracia, eu diria, adolescente”, disse Dilma na entrevista que foi ao ar neste domingo (25).

Apesar da alta temperatura da crise no Brasil, a CNN não teve pressa em exibir a entrevista. Ela ficou engavetada por um mês, após ser concedida ao apresentador Fareed Zakaria em Nova York, em 25 de setembro, durante a passagem da presidente pela cidade para participar da Assembleia Geral da ONU.

O programa de Zakaria é um dos mais prestigiados da CNN e por ele costumam passar algumas as autoridades americanas e mundiais. Antes de Dilma, a edição deste domingo teve entrevistas com Paul Wolfowitz, um dos arquitetos da guerra do Iraque, Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, e Ben Bernanke, ex-presidente do Fed (banco central dos EUA).

Na introdução á entrevista, Zakaria descreveu um cenário de “várias crises” no Brasil e lembrou o declínio na imagem internacional do país. “É um país extremamente importante, mas como caiu desde que era a primeira letra do Brics, o grupo de países emergentes em que os banqueiros depositavam grandes expectativas”, observou o apresentador.

Zakaria começou perguntando sobre o passado de Dilma na luta contra a ditadura e os anos em que foi presa e torturada. A presidente respondeu que se considera parte da trajetória do Brasil da ditadura à democracia. E ressaltou que o importante é sair de experiências duras como a tortura “sem ódio”.

A fisionomia de Dilma se fechou ao ser abordada sobre a economia. Questionada se a severa crise atual indicava que o Brasil havia desperdiçado a “oportunidade de ouro” oferecida quando o contexto internacional era mais favorável, com o boom das commodities, Dilma discordou.

“Não perdemos essa oportunidade. O maior valor que nós conquistamos nesse período foi transformar o Brasil numa economia de classe média com um grande mercado consumidor”, disse Dilma, frisando que na última década 36 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 40 milhões ascenderam à classe média.

A presidente afirmou que embora seja uma “experiência dolorosa”, a crise deve ser usada para avançar as reformas da previdência e fiscal. Ela reiterou o seu compromisso com essas reformas, que pretende deixar como legado, pois serão “decisivas” para o próximo ciclo de crescimento.

Silvio Costa pede coerência da bancada de PE na Câmara

Do Blog da Folha

O deputado e vice-líder do Governo na Câmara, Silvio Costa (PSC), cobrou posicionamento de alguns partidos da bancada de parlamentares de Pernambuco sobre a Operação Lava Jato. Segundo ele, alguns membros de legendas como DEM, PSDB, PSB, PMDB e PPS usam de dois pesos e duas medidas em relação às denúncias do esquema de corrupção.

Silvio Costa também pediu uma posição mais clara do PSB em relação ao discurso da bancada estadual. Segundo ele, o grupo de parlamentares é incoerente ao criticar a presidente Dilma Rousseff (PT) e ser aliado ao Partido Socialista Brasileiro. O argumento do social-cristão é reforçado pelas notícias envolvendo atores políticos de Pernambuco na própria Operação Lava Jato.

Confira a nota na íntegra:

“A maioria dos deputados federais pernambucanos do DEM, PSDB, PSB, PMDB e do PPS quase todos os dias vai a Tribuna da Câmara Federal e à imprensa brasileira criticar, de forma muito dura, a Presidente Dilma e o ex-presidente Lula. Não consigo entender esta ética seletiva dos senhores parlamentares.

Esta semana, mais uma vez, tivemos notícias gravíssimas da operação Lava-Jato envolvendo atores relevantes da política pernambucana. E mais uma vez, semelhante à operação Fair-Play também ocorrida em nosso estado, eles silenciaram.

Tenho repetido em todas as minhas falas que todos os envolvidos na Lava-Jato sejam punidos, independente da sua filiação partidária.

Em função das novas denúncias, cobro publicamente uma posição mais contundente e esclarecedora do PSB e lamento um silencio ensurdecedor dos parlamentares pernambucanos que, em Brasília são ferrenhos opositores ao governo da presidente Dilma e em Pernambuco são afáveis aliados do PSB.

Não acredito na incoerência.

SILVIO COSTA
Deputado Federal PSC/PE”

Governo corre contra o tempo para votar prorrogação da desvinculação de receitas

Da Agência Brasil

A pouco mais de dois meses da Desvinculação de Receitas da União (DRU) perder validade, o governo corre contra o tempo para tentar prorrogar a medida. O mecanismo, que permite o uso livre de parte da arrecadação, vence em 31 de dezembro deste ano e a proposta de emenda à Constituição (PEC) que estende este prazo, enviada pelo Executivo ao Congresso no início de julho, ainda aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Como o relatório foi apresentado na última semana, a expectativa é que a matéria seja votada na próxima terça-feira (27) pelos deputados da comissão.

Atualmente, a DRU corresponde a 20% da receita dos tributos de modo geral. “São de livre alocação pelo governo, que não fica comprometido a utilizar estes recursos para as finalidades definidas. Isto dá mais flexibilidade na definição das destinações dos recursos orçamentários”, explicou o economista Roberto Piscitelli, professor do departamento de ciências contábeis da Universidade de Brasília (UnB).

Uma das principais alegações para a existência da DRU, desde que foi implantada em 1994, é que o orçamento é sempre “muito amarrado, vem muito carimbado”, lembrou Piscitelli.

“Fica muito rígida a destinação orçamentária por lei e isto aumenta os graus de liberdade do governo de redistribuir os recursos”, disse, citando como exemplo a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que era cobrada para que o dinheiro fosse usado exclusivamente na área da saúde.

NOVO PERCENTUAL

Se aprovado pelo Congresso Nacional como o Planalto propôs, o texto garantirá, além de prazo maior – até 31 de dezembro de 2023 –, uma ampliação da margem que o governo pode usar, sem vinculações, em áreas que considera prioritárias. E é justamente o aumento do percentual desejado pelo governo – dos atuais 20% para 30% – que deve provocar maior polêmica.

“A grande discussão não é quanto à prorrogação. A maior resistência do Congresso deve residir no aumento deste percentual. A manutenção do atual percentual não acarretaria grandes resistências”, prevê o economista. Para Piscitelli, o governo terá que redobrar esforços para convencer os parlamentares sobre esta necessidade. “Num momento em que a receita está caindo, a economia em recessão, quanto mais rígido o orçamento, quanto maior destinação tiver para os recursos, mais amarrado fica o governo para aplicar estes recursos, mais dificuldade terá para garantir uma sobra para aplicar onde é mais necessário ou urgente”, completou.

O relator da matéria, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), foi favorável à prorrogação do mecanismo em seu parecer. Rogério analisou apenas o aspecto legal da proposta, mantendo no texto quase todas as expectativas do Executivo, inclusive a ampliação da margem de desvinculação. Mas, para que a matéria avance, o deputado tirou do texto a previsão de que esta porcentagem recaia também sobre fundos constitucionais de desenvolvimento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“Não é difícil perceber que a inclusão, na DRU, de significativa parcela dos recursos hoje destinados aos Fundos Constitucionais de Financiamento ao Setor Produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste vulneraria o princípio federativo, tendendo a abolir a cláusula pétrea prevista no art. 60, § 4º, I, da Constituição da República”, explicou.

O Planalto e a base aliada trabalham para que a tramitação da PEC ganhe mais velocidade. Para isto, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE) já defendia a mudança que envolve os fundos antes mesmo de ser feita pelo relator. Isto porque, se a prorrogação não for aprovada a tempo pela Câmara e pelo Senado, o Executivo terá que administrar suas contas de forma mais engessada, seguindo à risca o que define o orçamento. A desvinculação precisa estar prevista, inclusive, na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, que também aguarda votação no Congresso.

“Os fundos constitucionais têm os recursos mais atrativos para as regiões mais pobres do país. Sem estes fundos constitucionais, as regiões, como o Nordeste, não teriam tido, nos últimos anos, altas taxas de crescimento econômico e geração de emprego acima da média nacional. [Retirar a desvinculação dos fundos] é mais uma facilidade para aprovar a DRU”, avaliou Guimarães.

Caso seja aprovada na CCJ, a proposta ainda precisará ser analisada por uma comissão especial e votada, em dois turnos, pelo plenário da Câmara. Depois, ainda tem que passar pelo crivo dos senadores.

MPs com pré-requisito de pertinência temática serão analisadas nesta semana

Da Agência Brasil

Algumas polêmicas marcarão a pauta do Senado na semana que se inicia. No plenário, na terça-feira (27), os senadores devem apreciar a Medida Provisória (MP) 680, cujo texto original trata das regras do Programa de Proteção ao Emprego, criado pelo governo para ajudar a reduzir as demissões provocadas pela crise econômica.

A MP deve ser a primeira a ser analisada no plenário sob o novo pré-requisito de pertinência temática, criado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) para atender a exigência imposta pelo Supremo Tribunal Federal de que todas as emendas às medidas provisórias tenham relação com o tema principal da matéria, caso contrário serão consideradas inconstitucionais. Assim, o Senado precisará se manifestar sobre as emendas já aprovadas pelos deputados que não têm relação com o Programa de Proteção ao Emprego.

A votação da MP 680 vai limpar a pauta para que os senadores analisem outro projeto polêmico: o que trata da tipificação de crimes relacionados ao terrorismo. O relatório do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) foi apresentado na última semana, mas os colegas pediram mais tempo para analisar o texto. Alguns senadores consideram que, da forma como está, o projeto pode criminalizar movimentos sociais e protestos.

Com as votações relevantes paradas na Casa nas últimas semanas, os senadores também tentam retomar os debates sobre temas relacionados à agenda do desenvolvimento. Uma sessão temática ocorrerá no Plenário, na terça-feira, para discutir o Simples Nacional – regime de arrecadação tributária aplicado sobre as micro e pequenas empresas.

Também está na pauta do Senado, em condição de ser votado, o projeto de lei sugerido pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e apresentado por comissão especial, que trata da responsabilidade das sociedades de economia mista e empresas públicas que especifica, no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, e sobre seu estatuto jurídico. Chamado de Projeto de Responsabilidade das Estatais, ele está em regime de urgência e é o quinto ítem da pauta.

Senado tenta acordo para votar proposta que tipifica crime de terrorismo

Da Agência Brasil

Ainda sob muita polêmica, o Senado deve fazer uma nova tentativa de votar o substitutivo do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) ao projeto de lei antiterrorismo, que veio da Câmara (PLC 101/2015), e que há mais de 20 dias tranca a pauta da Casa, por tramitar em regime de urgência.

A proposta aprovada na Câmara configura como prática terrorista usar, transportar ou guardar explosivos e gases tóxicos; incendiar, depredar ou saquear meios de transporte ou bem público ou privado; e sabotar ou danificar sistemas de informática ou bancos de dados.

À época da aprovação do texto, o deputado Arthur Oliveira Maia (SD-BA), que relatou a matéria, garantiu que as especificações que delimitam a ação terrorista, como atos de discriminação e xenofobia, impedem que depredações feitas por black blocks em protestos sejam enquadradas como terrorismo. Nesse caso, segundo o deputado, essas pessoas responderiam por vandalismo e depredação de bens, que estão tipicados no Código Penal.

No Senado, o texto aprovado pela Câmara foi duramente criticado. Apesar da exceção incluída na Câmara, para o senador Randolfe Rodrigues ( Rede-AP), ele é muito genérico e, se aprovado da forma como está, qualquer manifestação de rua pode ser entendida como terrorismo, dependendo somente da interpretação do juiz. Randolfe ressaltou que a Constituição não aceita flexibilização do que é liberdade de manifestação.

Ele também alertou para a possibilidade de variadas interpretações, por parte da Justiça, do que pode ser terrorismo. “O juiz pode achar que a manifestação do trabalhador é um direito legítimo ou pode achar que pode ser, de fato, enquadrado como crime de terrorismo”, disse.

A preocupação de Randolfe é a mesma dos senadores do PT , Humberto Costa (PE) e Lindbergh Farias (RJ). Por meio da assessoria técnica da liderança do partido, até terça-feira (27), Costa e Farias, devem apresentar uma sugestão ao relator da proposta no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Na semana passada, o senador tucano aumentou a polêmica ao apresentar um substitutivo que tirou do texto que chegou ao Senado o dispositivo que isentaria de penalidades as “pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosas, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios”.

A proposta é semelhante a que foi aprovada pela Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição Federal em novembro de 2013, mas mesmo assim, sem acordo, não avançou.

Além de resgatar a parte do texto da Câmara que protege atos promovidos por movimentos sociais, a ideia dos senadores petistas é ajustar o texto e tentar excluir algumas expressões do texto de Nunes para garantir que a palavra terrorismo será banalizada.

Aloysio Nunes rebateu a polêmica envolvendo movimentos sociais. Disse que teve o teve o cuidado de assegurar as manifestações da sociedade, mesmo quando acabem em violência, mas não caracterizem qualquer ofensa ao Estado Democrático de Direito ou sejam movidas por ódio racial ou xenófobo. Ele acrescentou que o país precisa de uma uma regra clara, que garanta segurança jurídica, especialmente em períodos de grandes eventos como as Olimpíadas de 2016, que contam com a participação de milhares de pessoas reunidas em alguns locais.

“Será que o Brasil está inteiramente imune a essa forma de criminalidade transnacional? [Ela] que não é produto dos norte-americanos, obsessão norte-americana: é um fato do mundo, especialmente do mundo pós-guerra fria. O ‘diabo está solto no meio da rua’, na expressão de Guimarães Rosa. Grupos terroristas desatados, alguns sujeitos ao mínimo de coordenação internacional. Outros, não! Lobos solitários, rondando por aí, procurando ocasião de atacar”, disse.

Em apoio a proposta do colega, o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que o impasse no debate do projeto antecipa um desejo anunciado de forma subliminar pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidenta Dilma Rousseff de fazer uma legislação que tolere reações de rua que possam dar o mínimo de sustentação para o governo, como por exemplo, as que pedem o impeachment de Dilma.

Cunha Lima considerou “muito grave” o fato de, segundo ele, o governo tentar usar movimentos sociais que são financiados e mantidos por ele próprio para intimidar a sociedade. “Não podemos fazer o papel dos inocentes úteis, achando que simplesmente haverá uma flexibilização do que se intitula como terrorismo para dar a este governo a única válvula escapatória que eles possam ter, que é uma conflagração do Brasil”, afirmou.

Enem 2015 teve menor índice de abstenção desde 2009, afirma Mercadante

Da Agência Brasil

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) feito este ano registrou o menor índice de abstenção desde 2009: 25,5%. A informação foi divulgada hoje (25) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Na edição do ano passado, o índice foi 28,9%.

“Temos conseguido reduzir as abstenções progressivamente”, disse Mercadante durante coletiva de imprensa.

O ministro reforçou que os estudantes que conseguiram isenção da taxa de inscrição este ano, mas não justificaram ausência na prova só farão o Enem em 2016 mediante pagamento.

Ainda durante a coletiva, Mercadante avaliou a aplicação das provas em 2015 como um trabalho exitoso.

“Tivemos um excelente exame, apesar do tamanho extraordinário que tem o Enem”, disse. “Tivemos todas as premissas que asseguram que os candidatos possam fazer a sua prova em condições adequadas”.