UNINASSAU promove roda de diálogo sobre saúde mental

O UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau, em Caruaru, por meio do curso de Psicologia, realiza a roda de diálogo “Saúde Mental e Redução de Danos”. Ela é feita em parceria com o grupo RAID Agreste e acontece nesta quinta-feira (10), às 10h, no auditório da Instituição. O evento é gratuito e aberto ao público.

O intuito do encontro é ampliar o debate sobre o uso de substâncias psicoativas e o papel do psicólogo neste processo de cuidado. Durante o evento, será divulgada a programação da III Jornada de Saúde Mental do Raid Agreste, promovida em parceria com a Instituição.

A coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Caruaru, Rebecca Brayner, destaca a importância do evento para a sociedade. “Nosso objetivo é, cada vez mais, intensificar o debate sobre a saúde mental e promover momentos que apresentam informações atualizadas sobre dados do SUS, tratamentos e código de ética”, ressalta a professora.

Sudene: Plano de Desenvolvimento do Nordeste tem 68 projetos para Pernambuco

Para elaborar a carteira de projetos do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), a Sudene ouviu representantes dos governos estaduais da sua área de atuação e ministérios setoriais, por intermédio do Ministério de Planejamento e Orçamento, elencando 631 projetos. Foram priorizadas as necessidades e sugestões de cada um, além da realização de uma consulta pública para registrar as contribuições da sociedade civil organizada.

Entre os projetos apresentados por Pernambuco, estão previstas ações para Ferrovia Transnordestina, projetos estruturadores em Suape, requalificação do Metrô do Recife, construção do Ramal Entremontes, implantação da Adutora do Agreste (2ª etapa) e de outras adutoras, instalação de linhas de transmissão, duplicação de BRs, implantação do Arco Sul (arco viário metropolitano/variante br-101), Refinaria Abreu e Lima, escolas rurais conectadas, instalação de sistema fotovoltaico em unidades de saúde pública, perfuração de poços artesianos, construção de açudes.

O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, explica que a ideia foi construir um Plano que atenda às necessidades da Região e contribua para a implementação de ações que reflitam os interesses das instituições e da população, promovendo o desenvolvimento de todos os estados da área de abrangência da Autarquia. “Consultamos todos os estados, que nos enviaram suas contribuições, e todas elas fazem parte do Plano, que é o principal instrumento do planejamento regional. Nós também, por orientação do ministro Waldez Goés, vamos percorrer todos os estados da região para ouvir a sociedade, discutindo o Plano detalhadamente”, frisa. Ele destaca que o presidente Lula anunciará o novo PAC nesta sexta-feira (11) e muitos desses projetos poderão ser atendidos pelo programa.

Além de Pernambuco, a carteira de projetos contempla os estados do Ceará (150), Espírito Santo (89), Piauí (74), Bahia (52), Minas Gerais (47), Maranhão (42), Paraíba (37), Alagoas (28), Sergipe (23) e Rio Grande do Norte (14). Algumas execuções previstas contemplam a Região Nordeste como um todo (7): Agronordeste; Agronordeste Digital; ampliação do Projeto Cidades Digitais, do Programa Nordeste Conectado e da cobertura 5G; implantação de usinas de energia eólica e solar no entorno dos canais do Rio São Francisco.

O Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) 2024-2027 foi aprovado em julho pelo Conselho Deliberativo da Sudene e, posteriormente, enviado aos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Planejamento e da Casa Civil. Ele será submetido ao Congresso Nacional pelo presidente da República, em conjunto com o Plano Plurianual (PPA) Federal. Danilo Cabral enfatiza a importância do plano para o desenvolvimento da região, pois ele “norteará a implantação de políticas públicas e a realização de investimentos no Nordeste, com o objetivo de reduzir as desigualdades regionais”. Por meio do plano serão propostos e incentivados novos modelos de financiamento, focando na atração de investimentos privados e na qualificação das diretrizes e prioridades dos fundos de financiamento (FDNE e FNE), que só esse ano possuem, juntos, um orçamento de cerca de R$ 40 bilhões.

Ex-deputado federal é condenado a 20 anos de prisão por corrupção e peculato

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação, na esfera criminal, do ex-deputado federal Charles Lucena e mais oito pessoas após denúncias decorrentes das investigações da Operação Remenda, que apurou a prática de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, na celebração de seis convênios firmados com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com organizações não-governamentais (ONGs) em Pernambuco.

De acordo com a sentença proferida pela Justiça Federal, os crimes foram cometidos entre março de 2010 e dezembro de 2011, com o objetivo de desviar os recursos públicos originados pelos convênios em benefício próprio, em valores que superam R$ 753 mil. Os envolvidos foram condenados a penas que variam entre 2 anos e 4 meses a 30 anos e 8 meses de reclusão.

Lucena foi condenado a uma pena de 20 anos e seis meses de reclusão, bem como a multa no valor de 270 salários-mínimos (indexados pelo valor correspondente à data do crime). Outro réu, Marcos Jatobá e Silva, que presidia o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Institucional (IBDI) à época e foi um dos articuladores do esquema, foi sentenciado a 30 anos e oito meses de reclusão, além do pagamento de 700 salários-mínimos de multa.

Segundo a denúncia assinada pelo procurador da República João Paulo Holanda, o ex-deputado fazia a articulação política do esquema – apresentando emendas parlamentares para angariar dinheiro público para “convênios iníquos”, a serem executados por entidades “sabidamente sem capacidade” ligadas ao IBDI. Os convênios, seis ao todo, deveriam estruturar consórcios produtivos de frutas típicas dos estados de Alagoas (laranja), Amapá (açaí), Amazonas (guaraná), Bahia (graviola), Minas Gerais (banana) e Pernambuco (manga, uva e acerola), auxiliando os produtores nos mercados existentes, bem como na obtenção de ganhos nas aquisições em decorrência da economia de escala.

No entanto, os planos de trabalho do IBDI previam etapas não necessárias, estabelecendo valores muito acima dos praticados no mercado. Conforme consta na sentença, o instituto servia como um “repositório dos recursos transferidos da União, irrigando entidades menores”, indevidamente subcontratadas para a execução dos convênios e que não contavam com estrutura operacional nem expertise necessária para a execução dos trabalhos.

O MPF destaca que a incapacidade técnica do IBDI ainda é demonstrada com a subcontratação, para execução dos convênios, da Associação Rede Vida e do Instituto Frutal.

Segundo as investigações, a aprovação dos convênios entre o IBDI e o ministério foi facilitada por dois servidores do MAPA, que receberam parte dos valores desviados. Além disso, o IBDI contou com declaração ideologicamente falsa atestando capacidade técnica e operacional, elaborada pelo então secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Afogados da Ingazeira (PE), Wagneer Nascimento Queiroz Brito, condenado à pena de 11 anos e 10 meses de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 200 salários-mínimos.

Como se trata de decisão judicial proferida em primeira instância, os réus poderão recorrer em liberdade.

Processo nº 0012543-68.2012.4.05.8300

Assessoria de Comunicação Social

Ex-deputado federal é condenado a 20 anos de prisão por corrupção e peculato

O Ministério Público Federal (MPF) obteve a condenação, na esfera criminal, do ex-deputado federal Charles Lucena e mais oito pessoas após denúncias decorrentes das investigações da Operação Remenda, que apurou a prática de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, na celebração de seis convênios firmados com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com organizações não-governamentais (ONGs) em Pernambuco.

De acordo com a sentença proferida pela Justiça Federal, os crimes foram cometidos entre março de 2010 e dezembro de 2011, com o objetivo de desviar os recursos públicos originados pelos convênios em benefício próprio, em valores que superam R$ 753 mil. Os envolvidos foram condenados a penas que variam entre 2 anos e 4 meses a 30 anos e 8 meses de reclusão.

Lucena foi condenado a uma pena de 20 anos e seis meses de reclusão, bem como a multa no valor de 270 salários-mínimos (indexados pelo valor correspondente à data do crime). Outro réu, Marcos Jatobá e Silva, que presidia o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Institucional (IBDI) à época e foi um dos articuladores do esquema, foi sentenciado a 30 anos e oito meses de reclusão, além do pagamento de 700 salários-mínimos de multa.

Segundo a denúncia assinada pelo procurador da República João Paulo Holanda, o ex-deputado fazia a articulação política do esquema – apresentando emendas parlamentares para angariar dinheiro público para “convênios iníquos”, a serem executados por entidades “sabidamente sem capacidade” ligadas ao IBDI. Os convênios, seis ao todo, deveriam estruturar consórcios produtivos de frutas típicas dos estados de Alagoas (laranja), Amapá (açaí), Amazonas (guaraná), Bahia (graviola), Minas Gerais (banana) e Pernambuco (manga, uva e acerola), auxiliando os produtores nos mercados existentes, bem como na obtenção de ganhos nas aquisições em decorrência da economia de escala.

No entanto, os planos de trabalho do IBDI previam etapas não necessárias, estabelecendo valores muito acima dos praticados no mercado. Conforme consta na sentença, o instituto servia como um “repositório dos recursos transferidos da União, irrigando entidades menores”, indevidamente subcontratadas para a execução dos convênios e que não contavam com estrutura operacional nem expertise necessária para a execução dos trabalhos.

O MPF destaca que a incapacidade técnica do IBDI ainda é demonstrada com a subcontratação, para execução dos convênios, da Associação Rede Vida e do Instituto Frutal.

Segundo as investigações, a aprovação dos convênios entre o IBDI e o ministério foi facilitada por dois servidores do MAPA, que receberam parte dos valores desviados. Além disso, o IBDI contou com declaração ideologicamente falsa atestando capacidade técnica e operacional, elaborada pelo então secretário de Turismo, Cultura e Esportes de Afogados da Ingazeira (PE), Wagneer Nascimento Queiroz Brito, condenado à pena de 11 anos e 10 meses de reclusão, bem como ao pagamento de multa de 200 salários-mínimos.

Como se trata de decisão judicial proferida em primeira instância, os réus poderão recorrer em liberdade.

Processo nº 0012543-68.2012.4.05.8300

Assessoria de Comunicação Social

De história à ficção, Fernando de Noronha é narrada em livros de variados gêneros

Além de ser um belo destino paradisíaco, ao longo dos anos, Fernando de Noronha também serviu de inspiração para escritores e historiadores criarem livros ambientados na ilha. O arquipélago está imortalizado em obras que vão desde quadrinhos, cordéis e livros infantis, até trabalhos de história, romances policiais, contos e lendas. Isso comprova que Noronha tem, de fato, muita história para contar.

Um dos principais livros para quem quer conhecer o arquipélago, desde a época do descobrimento até os dias mais recentes, é o “Fernando de Noronha – cinco séculos de história”, de Marieta Borges, falecida em 2015. A autora apresenta a ilha em toda a sua totalidade, com um trabalho que envolveu muita pesquisa. Com mais de 300 páginas, é possível fazer uma viagem por todos os períodos da ilha nesses quase cinco séculos, em seis grandes capítulos, com bastante imagens raras, recheados por interessantes informações, como a colonização da ilha e as transformações sociais e culturais.

O leitor vai encontrar no livro de Marieta referências de todas as épocas, desde quando Américo Vespúcio descobriu a ilha, em 1503, passando pela história das presenças estrangeiras ao longo dos séculos, o surgimento dos bairros, a época em que Noronha se transformou em presídio político durante a presença militar, entre outras curiosidades, a partir de descrições detalhadas. Além disso, a autora explica a origem geográfica do arquipélago, que surgiu a partir de erupções vulcânicas. Algumas lendas que existem na ilha também fazem parte da obra.

Lendas, aliás, que permeiam o trabalho do escritor noronhense Ikaro Silvester desde os 17 anos de idade, quando ele resolveu transformar em ficção as histórias mágicas de Noronha em jornadas épicas e fantasiosas. Universos paralelos que percorrem os nove romances de ficção de Ikaro (todos disponibilizados na Amazon), entre eles, a série “As crônicas dos alcanos”, com três volumes. Para o autor, que publicou o primeiro livro em 2019, ser um escritor insular faz parte do seu destino, já que cresceu em um universo imagético e folclórico muito forte.

As ideias para escrever os livros, segundo Ikaro, são realmente as lendas, os mitos e as histórias de Noronha que ele carrega dentro de si, misturando o fantástico e o lúdico. “É o que representa Noronha, particularmente falando sobre os meus livros. É o meu universo. Noronha é a última ligação com a magia, a tecnologia e a perfeição existentes dentro do antigo arquipélago. Noronha é um símbolo de perfeição”.

Em “Fernando de Noronha – Ilha mágica”, de Genaro Pinheiro, as memórias histórico-sentimentais trazem a riqueza documental, com vasto acervo iconográfico, apresentando uma Noronha sob a perspectiva do afeto. Já o livro fotográfico “Oceânica Noronha”, de Nicia Guerriero, reeditado em 2002, tem mais de 100 imagens da ilha destacando a natureza como um todo, a fauna, a flora, o mar, as formações geológicas e o turismo. Também de fotos, o livro “Azul Blue”, de Marcelo Maragni, destaca o surfe como tema central da obra.

No aspecto mais literário, destaca-se “Fernando de Noronha – da ilha maldita ao paraíso”, escrito por Ely Pereira de Ávila, tendo como base o resgate histórico sobre a ocupação da ilha, misturando fatos com criações ficcionais, abordando o sofrimento das pessoas que foram sentenciadas e cumpriram pena na ilha. Neste livro, por exemplo, o leitor vai encontrar a trajetória de Miguel Arraes, ex-governador de Pernambuco, mandado para o arquipélago após o golpe de 1964, quando foi destituído do cargo. Outros personagens passeiam por essas páginas, como o sanfoneiro Lampião, o cangaceiro Galo Branco e o guarda geral Davi Velho.

Na mesma linha, “Fernando de Noronha e os ventos da Guerra Fria”, da historiadora Graziele Rodrigues, resultado de mais de 10 anos de pesquisa, apresenta ao leitor o lugar estratégico para o Atlântico Sul. Um ponto de observação fundamental dos EUA contra os inimigos no período da Guerra Fria, com total apoio do governo brasileiro.

Graziele também escreveu “A galera da ilha – descobrindo Noronha”, uma HQ que traz na narrativa a personagem de uma professora chamada Grazi, que relata a duas alunas que estavam numa biblioteca sobre o surgimento e a história do arquipélago de Fernando de Noronha.

Graziele Rodrigues, que mora há 47 anos em Noronha, e é autora de quatro livros, diz que a história da ilha é a história da família dela, que chegou no arquipélago em 1946 para ajudar a reconstruir Noronha do pós-guerra. “O meu amor por Noronha foi construído com o tempo. Nunca fui apaixonada pela ilha, porque acredito que amor é uma construção. Então, com o passar do tempo, e a maturidade, eu fui amando esse lugar. Dessa forma, fui nutrindo uma vontade sem limites para mostrar ao mundo a minha casa, porque Noronha é a minha casa. Não a vejo como paraíso ou destino turístico, a ilha é o meu lugar. É onde encontro meus amigos de infância, é onde reencontro minha família e renovo o meu amor.”

Compilando temas que passeiam por geologia, astronomia, meio ambiente e causos locais, o recente “1101 Curiosidades sobre o Arquipélago de Fernando de Noronha”, de Daniela Garcia Mesquita, faz uma jornada divertida pelos mistérios do arquipélago, com pitadas de aventura.

Outros livros de ficção complementam a bibliografia, tendo Noronha como tema. O ex-conselheiro distrital, Emerson Nilson, falecido em 2019, escreveu “Pavônia”, sobre uma mulher imortal condenada a viver na ilha. A personagem passa, então, a ver constantemente pelas terras noronhenses piratas, viajantes e prisioneiros.

Algumas obras foram inspiradas na tradição oral noronhense ou tem Noronha como pano de fundo. Os de poesia, por exemplo, ressaltam, sobretudo, a condição humana, o amor e a solidão. Os destaques vão para “Alma de cacto”, de Amandi Cortêz, com textos revelando doçuras e espinhos por meio da mudança das estações, e “Noronha…eu digo sim!” e “O portal”, de Elda Paz. Esse último tem muito das lembranças da autora na época, quando ela se mudou para ilha com os pais em 1982, saindo da cidade de Paulista-PE. No arquipélago, a personagem Marina vive uma odisseia dentro dela mesma.

Obras infantis que utilizam Noronha como cenário também podem ser encontradas, como os livros escritos pela jornalista pernambucana Cláudia Prosini. São eles: “Nina e as Tartarugas”; “Nina e o Tubarão”; “Carol Meyer: a mulher do fundo do mar”; “A menina que queria ser peixe”; “A ilha de Maria Clara”; e “O tesouro da ilha”.

“A fantástica descoberta em Fernando de Noronha”, de Marcello Fuitem, é outro livro voltado para o público infantil. No enredo, duas crianças estão de férias na ilha e descobrem um portal onde passado e presente se misturam mostrando um lugar totalmente diferente do que eles conheciam.

Noronha também serviu de inspiração para obras de suspense. Por conta do forte apelo turístico, o historiador Tobias é enviado por uma agência de viagens para fazer novos roteiros da ilha. Ele percebe que o aspecto histórico de Noronha é algo a ser explorado e começa a fazer uma vasta documentação fotográfica das ruínas e locais incomuns. É nesse cartão-postal que duas mortes acontecem.

Tobias, então, passa a fazer parte de forma indireta da investigação, fotografando os mortos a pedido do delegado Nelsão. Esse é o enredo do romance policial “Presos no Paraíso”, primeira incursão na ficção do jornalista paraibano radicado em Minas Gerais, Carlos Marcelo, lançado em 2017. O autor, que fugiu totalmente da imagem turística da ilha, ambientou o enredo no arquipélago com todas as peculiaridades do lugar.

Ele conta que esse foi um desafio, mas também o mais fascinante no ponto de partida da obra. “A história que eu imaginei só fazia sentido em Noronha, por causa dos intensos contrastes que o arquipélago apresenta. Basta observá-los. Os embates da natureza com o homem, do presente com o passado, de preservação e destruição, do apelo turístico com a dureza concreta do cotidiano, do mar de dentro com o mar de fora, do deslumbramento dos turistas com a realidade dos ilhéus. Todos esses aspectos impulsionaram a criação do romance”, diz Carlos Marcelo.

Também autor de um romance policial ambientado na ilha, o policial civil Marcelo Barros, ex-delegado de Noronha durante seis anos, entre 2011 e 2017, lançou, em 2019, “Mar de fora”, focando a trama na investigação de um crime. No enredo, o personagem Fausto, delegado na ilha, tenta descobrir o culpado por um assassinato brutal. Fausto, aliás, está na ilha como punição por conta de um erro no trabalho na capital Recife. O livro, inclusive, foi finalista do II Prêmio ABERST (Associação Brasileira de Escritores de Romance Policial, Suspense e Terror), na categoria Romance Policial.

Marcelo Barros comenta que a temporada na ilha e os conhecimentos como policial lhe deram base necessária para a escrita do romance, um thriller de mistério com várias referências a pessoas reais, comidas típicas da ilha e vários outros detalhes noronhenses. “Eu tinha vontade de escrever um livro desse gênero porque esse universo policial é rico de detalhes e informações e as pessoas não têm noção do que acontece de verdade, ou tem a ideia fantasiosa do cinema, mas a realidade é bastante diferente. Nesse aspecto, eu emprestei ao personagem principal a predileção por alguns hábitos meus quando estava na ilha”, ressalta Marcelo.

Nos tempos livres, e com a bagagem de experiência do dia a dia na polícia, o autor desenvolveu a história, principalmente porque as pessoas se atraem por romances de mistério. O clima do arquipélago, no entanto, foi fator determinante em despertar a vontade em criar “Mar de fora”. “A ilha tem essa chama muito forte para a escrita de qualquer estilo ou gênero literário. Noronha propicia uma certa magia”, ressalta.

A maioria dos livros citados estão disponíveis na biblioteca pública distrital Heleno Armando, localizada na Vila do Trinta. O espaço, aliás, tem um acervo de mais de quatro mil obras, entre exemplares literários, históricos, fotográficos e documentais. De acordo com a bibliotecária da ilha, Ana Paula Borges, Fernando de Noronha, além de ser o lugar dos sonhos para muita gente, que vê nas belas praias do arquipélago o endereço perfeito para dias inesquecíveis, também é esse ponto de refúgio que os livros da biblioteca propiciam aos visitantes e noronhenses.

“A nossa sessão de livros sobre Noronha, por ficar em local estratégico, quando os turistas chegam para visitar a biblioteca ficam encantados. Gostam muito dessa sessão específica. Eles pegam, folheiam, leem, olham as figuras e sempre se interessam em saber um pouco mais sobre a ilha e as histórias. Então, são livros bem procurados. Os moradores vêm fazer pesquisa com esse acervo para estudar, fazer trabalhos de monografias, entre outros trabalhos”, diz.

Indústria metalúrgica instalada no Agreste anuncia ampliação da capacidade produtiva em reunião com a governadora Raquel Lyra

Situada atualmente no município de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, e em São José dos Pinhais, no estado do Paraná, a empresa SSM Brasil anunciou a expansão da planta para o município de Canhotinho, no Agreste pernambucano. O anúncio foi feito durante reunião com a governadora Raquel Lyra, no Palácio do Campo das Princesas, na tarde desta terça-feira (8). A nova frente de negócio ocorre diante do início da operação de exportação de aço e alumínio para a Europa e América do Norte a partir do Porto de Suape. Participaram da reunião o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto, a prefeita de Canhotinho, Sandra Paes, além de membros da diretoria da SSM Brasil.

Atualmente, a empresa gera 351 postos de trabalho diretos e cerca de 4 mil empregos indiretos no estado. “Estamos trabalhando para Pernambuco voltar a ser líder no Nordeste e essa retomada passa por mais investimentos e maior presença das empresas no Estado. Além disso, essa expansão corresponde a uma agenda muito importante não só para nosso estado, mas para todo o país, que é a energia limpa, renovável”, afirmou a governadora Raquel Lyra.

“Nós iremos ampliar a capacidade produtiva e atender aos dois novos mercados que entramos: o europeu e também os Estados Unidos, que começamos atender em 2025, através do Porto de Suape. Então iremos produzir aço e alumínio em Canhotinho, enviar através do Porto e distribuir para toda a Europa e Estados Unidos”, explicou o CEO da SSM Brasil, Carlos Bebiano.

Através da extrusão do alumínio e transformação do aço, a SSM Brasil produz estrutura e moldura para fixar as placas solares fotovoltaicas. A estratégia é manter a fábrica de Jaboatão dos Guararapes até que a planta de Canhotinho esteja pronta para receber todo maquinário e a partir de então fazer a transferência da produção de alumínio e a produção da linha em aço.

A previsão é que a nova fábrica esteja pronta no segundo semestre de 2024. “Nossa expectativa é de que quando a planta de Canhotinho estiver com a capacidade total, iremos gerar de 800 a 1.200 empregos entre diretos e indiretos. Apresentamos nossas perspectivas para a governadora Raquel Lyra e fomos muito bem recebidos, ela acolheu nossa nova planta e comemorou a geração de emprego e renda. Agradecemos o apoio”, completou Carlos Bebiano.

Foto: Hesíodo Góes/Secom

Senac está com inscrições abertas para cursos na área de comunicação em Garanhuns

A comunicação é uma competência exigida no mercado atual independente da área de atuação, do ambiente. Pode ser presencial ou virtual, é preciso saber ouvir e se fazer entender. Ciente dessa demanda do mercado, o Senac, em Garanhuns, está com inscrições abertas para dois cursos na área de Comunicação. Os interessados podem se inscrever no site https://www.pe.senac.br/cursos-2/ ou na própria unidade.

Um curso é o de Oratória. Os alunos vão desenvolver técnicas que favoreçam na comunicação oral e corporal. O outro curso é de Planejamento em Mídias Sociais, que tem como objetivo atualizar e aprofundar competências que visem ao desenvolvimento profissional, relacionadas ao exercício de atividades de planejamento em mídias digitais.

Os dois cursos são de curta duração, o de Oratória tem três encontros e o de Mídias Digitais será realizado em cinco dias. Os interessados podem tirar dúvidas pelos telefones (87) 3764.2700/2703 / (87) 9.8874.8492 / 9.9988.3934.

Serviço
Cursos no Senac
Informações e matrículas
https://www.pe.senac.br/cursos-2/

Senac em Garanhuns
Unidade de Educação Profissional
Rua Maria Ramos, 22. Heliópolis.
(87) 3764.2700/2703 / (87) 9.8874.8492 / 9.9988.3934

Oratória – 15h
26 a 28.10.2023 – Quin e Sex – 18h às 22h
Sab – 8h às 17h
Investimento: R$250 em até 6x no cartão

Planejamento em Mídias Sociais – 20h
17 a 25.10.2023 – Seg a Sex – 19h às 22h
Investimento: R$120 em até 3x no cartão

Edição 2023 do MotoFest Caruaru com grandes nomes do rock

Já consagrado no calendário anual da cidade, o Motofest 2023 vem ainda mais consolidado nesta edição. O evento é realizado pela Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, em parceria com o Movimento Motociclístico de Caruaru (MMC), que este ano, acontece de 28 a 30 de setembro, no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga.

Como já divulgado anteriormente, grandes nomes da música brasileira e do rock farão parte da programação, como Marcelo Falcão e a Banda Angra. Além delas, Sombra dos Anjos, Rock Man, Funky Monks e outras atrações estarão dentro da grade oficial do evento.

Além de toda parte artística que passará pelo palco, a edição 2023, também contará com exposição de motos; palestras; espaço de convivência, muita movimentação no comércio local e geração de emprego e renda.

Confira a programação oficial do evento

Quinta-feira 28/09
Perry Manson
Sombra dos Anjos

Sexta-feira 29/09
Marcelo Falcão
Hey John
Rock Man

Sábado 30/09
Tempero Musical (Feijoada e Boi no rolete)
Funky Monks
Dreameld
Old Pack
Angra
Alkymenia

Os horários e ordem de cada atração serão divulgados posteriormente.

Museu do Cangaço de Serra Talhada pode fechar as portas

O Museu do Cangaço, de Serra Talhada, localizado no Sertão do Pajeú em Pernambuco, que abriga o maior acervo sobre a memória do cangaço do Brasil pode fechar as portas, por dificuldades financeiras. Com isso, deixa de mostrar aos turistas e ao povo serra-talhadense a lembrança viva da época de Lampião. O espaço, criado em 2009, conta com mais de 2.300 peças entre fotografias, armas, moedas, objetos e utensílios do Cangaço e do cotidiano sertanejo, como também documentos – como bilhetes escritos pelo próprio Lampião.

De acordo com a presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião e responsável pela administração do Museu, Cleonice Maria, o Museu do Cangaço, nunca teve qualquer convênio governamental e sempre foi mantido unicamente pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, uma ONG comprometida com a preservação da cultura. “O Espaço atualmente vem passando por dificuldades financeiras e encontra-se sem os recursos necessários para continuar com o local aberto”, afirma Cleonice.

Os turistas que visitam o Museu do Cangaço têm a oportunidade de mergulhar na história do cangaceiro mais famoso de Serra Talhada, Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião. O Museu reforça o lado cultural dos integrantes dos cangaceiros, vistos unicamente como violentos e voltados para o banditismo, e também apresenta um lado pouco mostrado,’ como o xaxado, difundido como dança de guerra e entretenimento.

O Museu do Cangaço é muito mais do que um destino turístico e centro de pesquisa para todo o Brasil. “O cangaço é peculiar em todo o seu conteúdo, como música, indumentária, poesia e dança própria. E tem um ambiente único, que é esse sertão. Então, nós temos tudo próprio, nós temos uma gastronomia própria. Todas as linguagens artísticas nós temos dentro do cangaço”, destaca o historiador Anildomá Willians.

O Museu representa a riqueza da história de Serra Talhada, tradições e identidade. Serra Talhada, além de ser a terra de Lampião, possui uma rica história ligada ao cangaço, e esse museu desempenha um papel crucial em manter viva essa parte significativa de nosso passado.

*Contribuição* – O espaço cultural pede socorro à sociedade civil e aos órgãos públicos para se manter de portas abertas. Para contribuir, o interessado pode fazer um PIX, para cabrasdelampiao@gmail.com. E os empresários que desejarem fazer uma parceria com a Fundação Cultural Cabras de Lampião também podem entrar em contato com a presidente da Fundação, Cleonice Maria, através do número: (87) 99938-6035.

O Museu do Cangaço, fica localizado na Vila Ferroviária – antiga estação de trem S/N – São Cristovão, em Serra Talhada, e funciona todos os dias da semana.

Palmeiras e Atlético-MG jogam por vaga nas quartas da Libertadores

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Palmeiras e Atlético-MG medem forças, a partir das 21h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (9) no Allianz Parque, para decidirem quem segue para as quartas de final da Copa Libertadores. A Rádio Nacional transmite o confronto decisivo ao vivo.

Como venceu na ida por 1 a 0, o Verdão garante a vaga mesmo com um empate. Em caso de triunfo do Galo por um gol de diferença a classificação será definida nos pênaltis. A equipe mineira só segue viva nos 90 minutos em caso de vitória com dois gols de vantagem.

Após vencer fora de casa, o Palmeiras chega tranquilo para este confronto. Outro motivo para confiança é seu retrospecto como mandante: nesta temporada o Verdão perdeu apenas duas vezes jogando em seus domínios.

No último compromisso pelo Campeonato Brasileiro, no último sábado (5), o técnico português Abel Ferreira poupou quase todos os titulares na derrota de 2 a 1 para o Fluminense. Agora, com seus titulares descansados, o Verdão busca fazer um grande jogo e conseguir a classificação no torneio continental.

Já o Atlético-MG tem uma missão que pode ser considerada difícil, mas não impossível. Até o último domingo (6) o Galo vinha numa péssima sequência, chegando a ficar dez jogos sem vencer somando todas as competições (cinco empates e cinco derrotas). Mas a equipe mineira retomou o caminho dos triunfos diante do São Paulo no Morumbi, em confronto no qual contou com grandes atuações de Hulk e Pavón.

Mas o técnico Luiz Felipe Scolari deixou clado, em coletiva após o triunfo de 2 a 0 sobre o Tricolor, que é possível alcançar a classificação: “Estamos perdendo, está 1 a 0 para o Palmeiras. Temos uma boa equipe, respeitando o Palmeiras. Temos condições de reverter, jogar de igual para igual”.