Eduardo Campos: agenda de obras e inaugurações para 2014
Do PE247
O governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), fez um balanço das ações desenvolvidas ao longo de 2013 e cobrou empenho das secretarias para o cumprimento de 170 metas estabelecidas dentro dos 12 objetivos estratégicos da administração.
O corte de despesas de custeio para alavancar a capacidade de investimentos de forma a garantir uma agenda de obras a serem inauguradas em 2014 é uma das prioridades, até para que o socialista possa continuar apresentando o modelo de gestão como um caso de sucesso e manter as críticas contra o governo federal.
Campos também anunciou o recuo na decisão de fundir a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direito Humanos com a de Governo e Articulação Social. A junção das pastas havia sido duramente criticada por ativistas dos direitos humanos e pela oposição.
De acordo com o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, o Governo do Estado conseguiu manter o ritmo de investimentos ao longo deste exercício e a meta para 2014 é “deixar a casa em ordem”. “O objetivo é entregar a gestão com todos os indicadores fiscais e econômicos sob controle, diferente de como a encontramos”, disse, relembrando a situação encontrada por Campos ao assumir o Executivo estadual após o governo do atual senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), agora aliado do PSB.
O vice-governador João Lyra Neto (PSB) adiantou que fará um governo de continuidade, caso venha a assumir o Estado com a desincompatibilização de Campos para concorrer à Presidência da República.
Trecho da BR-104 será interditado
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou hoje que, a partir da próxima terça-feira (10), a via marginal direita da BR-104 entre os viadutos da linha férrea e João Mota será interditada.
Segundo o órgão, serão realizados serviços na altura da rua Leor Virgílio de Melo e próximo ao viaduto do João Mota. A interdição tem previsão de duração de dez dias e será apenas no trecho citado.
‘Mais Médicos é uma revolução’, diz senador Humberto Costa
O senador Humberto Costa (PT) disse que considera o programa Mais Médicos uma “revolução” para a saúde do Brasil. “Como pernambucano, como brasileiro e ex-ministro da Saúde, me sinto muito feliz de poder ver um programa como este, que já está tendo um grande impacto em termos da melhoria da atenção à saúde da nossa população”, afirmou o senador. As declarações foram dadas na manhã de hoje, durante a solenidade de encerramento do curso para médicos estrangeiros que irão atuar em Pernambuco.
Segundo Humberto, desde a época em que atuou como ministro da Saúde (2003-2004), o Brasil já sofria com a carência de médicos para atender a população. “Fui ministro durante dois anos e meio no governo Lula e naquela época nós iniciamos um trabalho amplo da atenção básica, da atenção primária, aumentamos muito o Programa de Saúde da Família, iniciamos o programa Brasil Sorridente, mas não conseguimos avançar ainda mais por falta de profissionais”, lembrou.
Nessa nova etapa do Mais Médicos em Pernambuco serão 177 novos profissionais, que vão ocupar vagas ociosas. Os médicos irão atuar em 78 municípios do Estado, beneficiando mais de 610 mil pessoas.
Os novos profissionais se juntam aos 250 que já atuam em Pernambuco, totalizando 427 médicos do programa em 122 municípios do Estado.
Vereador de oposição insinua que colegas recebem suborno
O vereador Neto (PMN), que faz parte do bloco de oposição, disse ao blog nesta sexta-feira (6) que na próxima sessão ordinária da Câmara votará em todos os projetos do governo, incluindo o que pede autorização para contrair empréstimo de R$ 250 milhões junto ao BNDES para implantação de corredores exclusivos de ônibus em Caruaru.
Segundo ele, alguns vereadores da base aproveitam o trabalho da oposição de questionar e debater os projetos para “fazer negociata”. “Tem vereador que está sendo cortejado graças à oposição. Eles dizem que vão votar contra o projerto do Executivo e depois são chamados para negociar cargos e até mala preta, dinheiro mesmo. Soube que um parente de um vereador da base esteve na Cohab III, na tarde de ontem, com uma maleta. O que será que tinha ali?”, perguntou.
Durante a posse de Jorge Gomes (PSB) como prefeito em exercício, ocorrida na semana passada, o presidente da Câmara, Leonardo Chaves (PSD), reforçou esse discurso, ao dizer que tinha “empresário interferindo” nas votações do Legislativo. “Nunca tinha visto uma situação dessas na Casa. Tem empresário interferindo de forma direta no nosso trabalho”, contou o parlamentar.
Jajá promete recorrer a especialistas para investigar gastos da prefeitura
Os projetos encaminhados pelo Executivo à Câmara de Caruaru voltaram a render críticas por parte do vereador Jajá (PPS). Na sessão de ontem, o pós-comunista lembrou a aprovação da LOA (Lei Orçamentária Anual) e do PPA (Plano Plurianual), ambos votados na terça-feira (3), e afirmou que irá recorrer ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) e ao Ministério Público de Pernambuco para entender de que forma está sendo aplicado o dinheiro.
“Sei que o meu papel é fiscalizar e entender de que forma está sendo feito uso do dinheiro público. Irei consultar o TCE e o Ministério Público para entender melhor essas questões e peço o apoio da Câmara para isso”, destacou.
Jajá criticou ainda a reforma administrativa do governo Queiroz, que prevê a criação de novas pastas. “Talvez a cidade não precise de tantas secretarias. Precisamos mesmo é de mais transparência e de melhorias em setores que tenho destacado aqui na Câmara desde o início do meu mandato”, completou.
OPINIÃO: Energia limpa
Por MARCELO RODRIGUES
O uso desenfreado de combustíveis fósseis, energia nuclear e combustão do carvão mineral pela humanidade vem, ao longo do século, ocasionando consequências desastrosas para a saúde do planeta. A nossa existência depende e está nas mãos dos líderes políticos, com destaque para a opção correta de utilização das fontes de energia limpa existentes que efetivamente são eficientes e causam menos danos ao meio ambiente, somadas ao fato de serem de baixo custo, como é o caso do uso de energia renovável não poluente e da bioenergia. É um dos vetores de alavancagem mais importantes para o sucesso de uma nova era que se inicia, a era do desenvolvimento sustentável alicerçada em energia de baixo carbono.
O consumo mundial de energia é proveniente dos combustíveis fósseis, que chega a ser de 75%. Trata-se de um dos principais causadores do aquecimento global e do efeito estufa. É sabido que a era do petróleo irá acabar, não por falta de petróleo, mas pela preservação da civilização humana em um planeta sadio e pela nossa permanência no planeta Terra. Por razões de segurança energética, todos os países buscam fontes renováveis de energia, já que as reservas estimadas de petróleo duram 40 anos, de gás, 60 anos, e de carvão, 130 anos.
A energia solar produz diversas formas indiretas de energia renovável, como o vento, as quedas de água, a água corrente (hidroeletricidade) e a biomassa e as células fotovoltaicas ou energia solar, convertida em energia química e armazenada nas ligações químicas dos compostos orgânicos nas árvores e em outras plantas.
Segundo a AIE (Agência Internacional de Energia), 47% das novas fontes de eletricidade instaladas no mundo nos últimos dez anos foram baseadas em carvão. O montante de subsídios concedidos por diversos países à energia fóssil no ano de 2009 foi de cerca de US$ 312 bilhões, ante US$ 57 bilhões para fontes limpas, um completo contrassenso.
Nosso país já é considerado uma liderança no setor energético a caminho do desenvolvimento sustentável. É detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com ações locais e globais em prol da expansão do uso de energias renováveis, por meio do etanol e do biodiesel, produzidos de forma ambiental e socialmente correta, qual seja, sem necessidade do desflorestamento, apenas com implantação de sistemas mais eficientes de gestão e desenvolvimento de tecnologias de ponta.
Temos como vantagens da utilização dessas energias o fato de serem fontes de energia inesgotável, sendo instrumentos capazes de moldar o futuro e conduzir o país ao papel de líder mundial em programas de energia renovável de baixo carbono.
As questões climáticas são visíveis e podem ser reversíveis, depende do processo de transição das economias para o baixo carbono, e este se dará de acordo com os interesses das nações em obter segurança energética, detectando as oportunidades de novos negócios via desenvolvimento de seus potenciais científicos e tecnológicos.
Acordos internacionais já vêm acontecendo, aliados a pesquisas entre nações sobre as fontes de energia alternativa livres de carbono, com o aproveitamento de ondas, marés, ventos, hidrogênio e geotérmica.
Apesar dos esforços para recuperação ecológica, principalmente na maior parte do mundo desenvolvido, o planeta, enquanto um todo, mantém-se em um rumo insustentável. Para satisfazer as nossas necessidades, estamos destruindo a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas.
Por fim, há a possibilidade efetiva de as gerações futuras usufruírem de uma melhor qualidade de vida, uma vez que são diversas as formas de se obter energia sem causar transtornos ao ambiente e auxiliar na solução de parte de um dos maiores desafios coletivos mundiais: o aquecimento global. Sem dúvida, fazer melhor uso de uma nova matriz energética com vários tipos de energias renováveis é um grande passo no caminho para o desenvolvimento sustentável.
Marcelo Rodrigues foi secretário de Meio Ambiente da Cidade do Recife. É advogado e professor universitário. Escreve todas as segundas-feiras para o blog
PPS quer ‘discussão programática com PSB’
Do PE247
O Congresso Nacional do PPS, que será realizado entre esta sexta-feira e domingo, em São Paulo, será decisivo tanto para o PSB como para o PSDB. As duas legendas têm aumentado a pressão sobre os pós-comunistas visando conseguir o apoio do partido em torno das pré-candidaturas presidenciais do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB).
Segundo o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), parte da sigla já deseja iniciar as discussões em torno da construção de um programa de governo junto ao PSB, muito embora uma outra ala defenda uma aliança com o PSDB. A situação poderá levar a uma “divisão” do PPS no que diz respeito à composição dos palanques estaduais e nacional.
“Queremos encerrar essa questão da aliança logo para começar a discussão mais programática”, afirmou Freire em entrevista à Rádio Folha FM. Um documento com as diretrizes do partido em relação à formação de alianças deverá ser produzido neste domingo, ao término do Congresso Nacional realizado pela legenda. O parlamentar é um dos maiores defensores para que a legenda pós-comunista decida pelo apoio à candidatura de Eduardo Campos.
Apesar disso, ele reconhece que a legenda poderá chegar ao pleito de 2014 dividida quanto aos palanques nacional e estaduais. “Temos Eduardo e Aécio Neves como nossos candidatos do segundo turno. O PPS poderá ter candidatos diferentes nos Estados desde que sejam da oposição”, disse Freire.
Até o momento, o PSB conseguiu apoio apenas do PPL. Já o PSDB conseguiu trazer para junto de si somente o DEM. Com as pesquisas apontando para a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o apoio do PPS passou a ser estratégico para os planos de Campos e Aécio.
De acordo com o senador mineiro, o apoio do PPS ao PSB “é uma manifestação pessoal do Roberto Freire”, o que permite que o PSDB insista na aliança com os pós-comunistas até pelo fato de vários diretórios estaduais já anunciarem que preferem fechar com os tucanos. As maiores manifestações de apoio ao PSDB acontecem nos estados de São Paulo, Pará, Alagoas, Roraima, Goiás, Paraná, Minas Gerais e Tocantins, todos governados pelo PSDB. Os tucanos também trabalham com a hipótese de que, caso não seja possível barrar o apoio a Campos, a decisão de quem o PPS apoiará seja tomada apenas no próximo ano.
Já o líder do PSB na Câmara Federal, deputado Beto Albuquerque (RS), disse que “cada partido tem o seu tempo de decisão” e que “o PSB respeita o tempo do PPS”. Segundo ele, os dois partidos estão entabulando conversas há um bom tempo e que “o PPS quer fazer um novo embate, não mais o hoje contra o ontem. Ele (o partido) quer discutir o futuro do País. Assim como o PSB, o PPS não quer mais as mesmas lutas do passado, mas construir uma agenda para os próximos dez anos”, disse Albuquerque.
Pelo sim, pelo não, o apoio dos pós-comunistas a qualquer uma das duas legendas deverá ser conhecido até o final desta semana e até lá a pressão só tende a ficar maior.