OPINIÃO: As raízes da crise egípcia

Por EMIR SADER*

A chamada “primavera árabe” foi, de forma afoita, chamada por alguns de uma revolução. Foi muito importante, principalmente porque quebrou um eixo fundamental da política dos EUA para a região – a ditadura de Mubarak. Não por acaso o país ocupa o segundo lugar na lista de receptores de apoio militar dos EUA, só superado por Israel.

Mas como fenômeno político, foi a vitória de uma luta antiditatorial. Permitiu que novas forças laicas aparecessem, somadas à força mais tradicional da oposição à ditadura – os islâmicos, organizados na Irmandade Muçulmana.

As eleições tiveram o triunfo dos islâmicos, que derrotaram, por estreita margem, no segundo turno, um candidato ligado à ditadura do Mubarak. Eleito Morsi, foi convocada uma Assembleia Constituinte, com maioria islâmica, mas um peso importante das novas forças laicas.

O erro mais grave de Morsi foi permitir que fosse elaborada e aprovada uma Constituição conforme os valores islâmicos, que impõe esses seus valores ao conjunto da sociedade, dividida entre forças islâmicas e laicas. Somada à crise econômica – que promoveu uma forte pressão do FMI para a aceitação de um empréstimo, com a correspondente Carta de Intenções, que Morsi rejeitou, consciente do que significaria para o país, mas sem elaborar alternativas – o Egito se viu envolvido em nova onda de mobilizações, agora contra sua administração.

Sucederam-se as mobilizações gigantescas, dos dois lados, a favor e contra o governo, numa situação de empate político. Que foi desempatado pela ação do Exército, que tinha sobrevivido incólume ao fim da ditadura e agiu para derrubar o governo do Morsi.

Um golpe militar, mesmo se com apoio popular. Setores que haviam se mobilizado saudaram o golpe, acreditando que poderiam derrotar os islâmicos e acercar-se ao poder.

Mas a capacidade de resistência dos islâmicos terminou rapidamente com essa ilusão. A repressão militar não se fez tardar e a polarização entre o Exército e a Irmandade Muçulmana se impôs.

Os EUA, incomodados, porque têm no Exército seu principal aliado – por isso Obama não pode usar a palavra golpe, porque estaria obrigado a suspender os auxílios militares ao Exército – não podem aparecer publicamente apoiando a interrupção de um processo democrático, mas tampouco podem condenar o regime.

O pior dos mundos se impôs: militarização do país – com o estado de sítio e a nomeação de governadores ligados ao militares nas províncias – e resistência dos islâmicos, com os setores laicos deslocados.

A primavera egípcia desembocou neste outono.

* Extraído do Blog do Emir

PT e PTB já discutem palanque de Dilma Rousseff em Pernambuco

Do Brasil 247

Enquanto o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), eventual candidato à Presidência da República em 2014, não explicita que rumo tomará no próximo ano, o PT e o PTB pernambucano já discutem a eleição presidencial para dar sustentação à candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) no Estado. O começo de uma discussão acerca do cenário político-eleitoral visando o Palácio do Planalto indica que o pleito estadual ficará em segundo plano, pois o xadrez político regional dependerá da formação das alianças em nível nacional. “Ainda é cedo para discutir o local”, disse o senador Humberto Costa (PT).

Durante um almoço com o senador Armando Monteiro (PTB) e o deputado federal João Paulo (PT), Costa disse o porquê de conversar sobre a eleição presidencial. “Esse encontro é uma oportunidade de discutirmos o cenário nacional, as forças políticas que estão com a presidente Dilma Rousseff em Pernambuco. É o início do reconhecimento de quem está fazendo parte do nosso campo”, declarou.

O encontro serviu, também, para reforçar a aproximação do PTB nacional com a presidente Dilma. Se antes a legenda petebista demonstrava o seu apoio de maneira discreta ao PT, agora, com vistas à eleição 2014, tal proximidade tende a ficar mais evidente, o que facilita a construção de um palanque estadual a fim de sustentar a postulação da chefe do Executivo federal, candidata à reeleição. Segundo a Folha de Pernambuco, o deputado João Paulo avaliou que “o PTB tem sido um parceiro que caminha no nosso (PT) campo, reconhecendo e participando do que é feito pelo governo”.

A construção das alianças não está condicionada apenas à formação de um palanque único estadual. PT-PSB, PT-PTB ou PSB-PTB são as possibilidades de constituição da aliança que apoiará a candidatura da presidente Dilma em Pernambuco, um dos seus principais redutos, bem como o governador Eduardo Campos, claro.

Apesar das intensas trocas de farpas entre petistas e pessebistas durante e após o pleito municipal do ano passado, quando o PSB lançou candidato em cidades importantes, como Belo Horizonte (MG), Recife (PE) e Fortaleza (CE), e venceu o PT, não será um estranhamento caso ambos os partidos estejam do mesmo lado em Pernambuco. Candidato a prefeito da capital pernambucana em 2012, Humberto Costa esteve, neste ano, em eventos junto com o governador Eduardo Campos, mostrando que as “rugas” estão, parcialmente, superadas.

Quanto à possibilidade de PT e PTB estarem no mesmo time em Pernambuco, o cenário eleitoral aponta para uma provável candidatura do senador Armando Monteiro ao governo estadual e, possivelmente, do deputado João Paulo ao Senado. Vale ressaltar que o parlamentar petebista já apareceu em uma inserção partidária, no primeiro semestre. Na ocasião, o congressista destacou o crescimento econômico de Pernambuco, tendo como mote o Complexo Industrial Portuário de Suape, mas, segundo ele, é preciso mais investimentos em áreas como saúde, educação e segurança pública.

Com PTB e PSB juntos num palanque estadual, aparentemente o jogo político fica mais indefinido. Embora tenha uma aparição pública mais discreta, Armando Monteiro não esconde a vontade de ser governador de Pernambuco. Mas, conforme os bastidores, Campos deverá indicar um nome de sua “cozinha” (do PSB). Curiosamente, o vice-governador do Estado, João Lyra Neto, anunciou, no semestre passado, que deixará o PDT para ingressar na legenda socialista, um indicativo que tem grandes chances de disputar a sucessão do gestor pernambucano em 2014.

Gilberto de Dora escuta moradores da Vila Kennedy

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O vereador ouviu os principais problemas da localidade (Foto: Divulgação)

O vereador Gilberto de Dora (PSB) conversou, neste fim de semana, com moradores da Vila Kennedy, em Caruaru. A falta de saneamento e calçamento foi a principal queixa observada pelo parlamentar.

“São milhares de moradores que merecem nossa atenção. Conquistar o calçamento e saneamento será um compromisso meu. Vamos lutar para conseguir as obras junto ao Poder Executivo”, disse o socialista.

Locação de automóveis no topo dos gastos do deputado Wolney Queiroz

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Pedetista utilizou R$ 78 mil (Foto: PDT na Câmara)

O aluguel de carros aparece no topo dos gastos do deputado federal Wolney Queiroz (PDT). Só este ano, ele utilizou R$ 78 mil da cota de exercício parlamentar para locação de veículos automotores ou fretamento de embarcações.

Os dados, apurados no site da Câmara dos Deputados, foram publicados na edição deste domingo (18) do Diario de Pernambuco.

Segundo o jornal, cada parlamentar pernambucano tem direito a R$ 35.256,76 (o equivalente a 52 salários mínimos) por mês para usar com passagens aéreas, aluguel de automóveis, telefonia, escritório, publicidade, alimentação, consultoria, entre outros. Se o recurso não for todo gasto em 30 dias, ele pode ser acumulado até o fim do ano para, eventualmente, ser devolvido aos cofres públicos.

No ranking por deputado federal dos maiores gastos, Wolney figura na 14ª colocação, com R$ 157.744,49 utilizados de janeiro a julho deste ano – a liderança é de Augusto Coutinho (DEM), com R$ 217.134,85.

Branquinho reúne gestores de cidades vizinhas para discutir problema do lixo

O prefeito de Bezerros, Branquinho (PSB), reuniu gestores de mais sete municípios vizinhos para discutir o problema do lixão das cidades. Estiveram presentes os prefeitos de Cumaru, Salgadinho, Riacho, Camocim, São Joaquim do Monte, Barra de Guabiraba e Bonito, além de representantes da empresa Nacional Gás, que apresentaram uma possível solução para o destino dos resíduos sólidos.

A proposta da empresa consiste em uma usina de energia onde se aproveita o material jogado fora. O sistema possibilita ainda a geração de lucro para o município e de mão de obra local.

Também foram debatidas questões como custo benefício, transporte e uso da energia gerada. Os prefeitos afirmaram que será feito um estudo para analisar a proposta e a possível implantação.

“Queremos resolver logo essa questão”, disse Branquinho.

Raquel diz não acreditar que reforma política vigore já em 2014

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Além da socialista, o debate teve a presença de Daniel Coelho (Foto: Roberto Pereira)

A deputada Raquel Lyra (PSB) se colocou favorável aos pontos da reforma política cobrados pela população, mas disse não acreditar que eles sejam discutidos e votados até 2014. A opinião foi dada durante um debate informal realizado ontem, no auditório da Uninassau, no Recife.

Segundo ela, a única maneira de o Congresso aprovar a reforma seria para que pudesse vigorar a partir de 2016. Falando para uma plateia formada por cerca de 150 jovens, Raquel ainda convocou os estudantes a manter a pressão nas ruas.

A socialista também criticou o grande número de partidos – hoje são cerca de 30 registrados no TSE – e defendeu a necessidade de maior participação popular na elaboração dos orçamentos municipais, estaduais e federal.

Além de Raquel, o debate – intitulado “Papo Político – teve ainda a participação do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB).

Sai lista do Bolsa Atleta Estadual

A Secretaria dos Esportes de Pernambuco divulgou, ontem, a lista com os nomes dos contemplados pelo programa Bolsa Atleta Estadual 2013/2014. Mais de 200 atletas e paratletas receberão os benefícios que variam de R$ 375, para atletas não olímpicos estudantes, a R$ 2,5 mil, para esportistas olímpicos e paralímpicos.

“De julho de 2013 a junho de 2014, 172 atletas e 34 paratletas irão receber o benefício. Um investimento de mais de R$ 1,7 milhão do Governo do Estado”, explicou a secretária dos Esportes, Ana Cavalcanti.

O programa Bolsa Atleta Estadual, gerido pela Secretaria dos Esportes, visa garantir a manutenção pessoal aos atletas de alto rendimento. O benefício tem o objetivo de dar as condições necessárias para que os atletas e paratletas se dediquem ao treinamento esportivo e possam participar de competições que permitam o desenvolvimento de suas carreiras.