Prefeitura de Caruaru lembra aos contribuintes municipais sobre o informe de Rendimentos 2023

Com o início do período para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2023, no último dia 15, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração (SAD), lembra que já está disponível o Informe de Rendimentos 2023. O serviço on-line oferece aos servidores ativos da prefeitura, o Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte referente ao Ano-Calendário 2022. Esse comprovante deve ser apresentado durante o preenchimento da declaração do Imposto de Renda 2023.

Para ter acesso ao Informe de Rendimentos 2023, basta o servidor clicar no link: https://www.dataimpress.com.br/caruaru/dirf2023/, para ser direcionado à aba “Servidor” no site da Prefeitura de Caruaru, na categoria “Informe de Rendimentos”. Lá, será necessário digitar o CPF, a senha de acesso, que são os quatro últimos números também do CPF.

Os contribuintes que são obrigados a prestar contas têm até o dia 31 de maio para entregar a declaração. O documento pode ser baixado pelos efetivos, contratados e comissionados, que no ano passado, receberam rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70, soma mínima estabelecida pela Receita Federal do Brasil.

Em caso ainda de dúvidas, o servidor poderá entrar em contato com a Secretaria de Administração, por meio do telefone: 98384-5922 (WhatsApp) e pelo email: rhfolha.pmc@gmail.com. O site da Prefeitura de Caruaru é o: https://caruaru.pe.gov.br/

CaruaruPrev

O CaruaruPrev, órgão da Prefeitura de Caruaru, também está oferecendo a emissão do Comprovante de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte referente ao Ano-Calendário 2022, neste caso, para os servidores inativos. Para acessá-lo basta o servidor clicar no site: www.caruaruprev.pe.gov.br , em seguida, no ícone do Prev+ (lado direito da tela). Se o interessado já for cadastrado é só inserir o seu CPF e senha, entrar na plataforma e seguir os passos do vídeo. Caso não, basta criar a conta e prosseguir com o cadastramento.

O servidor pode ainda realizar o procedimento acessando o ícone Caruaru Digital na mesma plataforma. Em caso de dúvidas, o servidor pode entrar em contato com o CaruaruPrev, através dos telefones: 98384-4825 e 98384-4826.

Ouvidoria de Caruaru participará do 3º Seminário Rede Ouvir PE: Fortalecendo as Ouvidorias Pernambucanas

Nos próximos dias 21 e 22 de março, a Rede Pernambucana de Ouvidorias Públicas e Afins (Rede Ouvir PE) realizará, no município de Jaboatão dos Guararapes, o 3º Seminário de Ouvidorias Rede Ouvir PE: Fortalecendo as Ouvidorias Pernambucanas. A cidade de Caruaru estará representada pela ouvidora geral do município, Ana Carolina Barros e pelo secretário executivo da Controladoria Geral de Caruaru, Pedro H. Silva.

A Rede Pernambucana de Ouvidorias Públicas e Afins (Rede Ouvir PE) tem como objetivo consolidar a parceria, a cooperação mútua e a articulação de esforços entre os partícipes e demais órgãos e entidades que a ela aderirem, fortalecendo, assim, a ferramenta de transparência pública, ouvidoria e controle social.

Para o alcance desse objetivo, entre algumas ações em andamento, destaca-se a realização de Seminários, cujo objetivo específico é disseminar e fortalecer a Ouvidoria Pública no território pernambucano, com ênfase na criação e consolidação das Ouvidorias Municipais. No ano de 2022, a Rede Ouvir realizou seminários nos municípios de Serra Talhada e Caruaru.

“É muito enriquecedora a participação de Caruaru em um evento como este, tendo em vista o compartilhamento de experiências nas ouvidorias públicas, que são fundamentais para o exercício da cidadania e a melhoria da prestação dos serviços públicos. Podemos expandir os conhecimentos e aprimorar cada vez mais as nossas atividades, reafirmando o compromisso da gestão com o fortalecimento da Ouvidoria como um instrumento de transformação social”, disse a ouvidora Geral de Caruaru, Ana Carolina Barros.

Transforma Caruaru realiza campanha para arrecadar donativos para vítimas das chuvas em Caruaru

O Transforma Caruaru lançou, neste domingo (19), uma campanha que visa arrecadar donativos para as vítimas das chuvas que atingiram a cidade de Caruaru, no último sábado.

Estão sendo arrecadados roupas, alimentos não perecíveis, material de limpeza e de higiene pessoal.

“É importante que a população seja consciente e faça doação de materiais em bom estado de conservação, que possam ser usados imediatamente, já que essas pessoas estão em situação de vulnerabilidade social e abaladas pelas perdas”, afirmou a gerente do Transforma Caruaru, Christianny Magalhães.

As doações devem ser levadas para os pontos de coleta, que são:

– Loja do Bem, que fica no 3º andar do shopping Difusora;
– Prédio da Prefeitura de Caruaru, na Praça Teotônio Viléla, s/n, no bairro Nossa Sra. das Dores;
– Rotary Clube, na Avenida Venezuela, nº 47, bairro Universitário;
– Lions Clube, na Rua Suíça, nº 100, no bairro Universitário;
– Prédio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), na Rua dos Expedicionários, nº 30 no Centro de Caruaru.

Outra forma de doar é através do Pix do Transforma Caruaru: transformacaruaru@gmail.com

Gestantes e Puérperas têm vacinação bivalente liberada em Caruaru

A partir desta segunda-feira (20), as gestantes e puérperas poderão procurar o posto de vacinação da Via Parque para tomar a dose de reforço com a nova vacina bivalente. São consideradas puérperas, as mulheres que tiveram bebê até 45 dias após o parto.

Para receber o imunizante, as gestantes e puérperas deverão apresentar comprovação da condição, que pode ser o cartão pré-natal, declaração do nascido vivo ou certidão de nascimento do bebê. Além da comprovação de condição, é necessário ainda apresentar o cartão SUS e caderneta de vacinação Covid-19 constando a última dose de reforço e que tenha, pelo menos, quatro meses de intervalo para o novo reforço.

As vacinas bivalentes são imunizantes atualizados e contemplam as sublinhagens da variante Ômicron do coronavírus e devem ser utilizados como doses de reforço contra a doença.

O posto de vacinação da Via Parque funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h e das 17h às 19h30. Aos sábados, o horário é das 8h às 13h.

Os grupos anteriores como: pessoas de 70 anos ou mais; pessoas com 60 anos ou mais; população que mora em instituições de longa permanência; pessoas com mais de 12 anos imunocomprometidas; comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas com mais de 12 anos, também seguem recebendo as doses.

Psicopedagoga do Exato Prime explica sobre a importância da preparação para as avaliações

O Exato Prime, sempre em busca de oferecer uma educação de qualidade, na qual o aluno aprenda de verdade, sabe da grande importância da preparação para as avaliações. De acordo com a psicopedagoga do colégio, Raquel Silva, estudar para as provas não precisa ser um processo penoso para os educandos.

“Com tempo hábil e um bom planejamento, é possível construir um cronograma que não implique abdicação de momentos de descanso e lazer”, afirma.

Segundo ela, nenhum discente é igual ao outro e, com isso em mente, é fácil concluir que, dentro de uma sala de aula, existem inúmeras variações de entendimento para cada assunto.

Para os alunos com especificidades educacionais, a dica que a psicopedagoga dá é utilizar os mais variados recursos visuais e táteis. “Um ambiente físico organizado e planejado para esse momento é primordial. Os conteúdos deverão ser separados para atender uma disciplina por dia, para melhor compreensão do educando”, disse.

Raquel Silva conclui que, “estimulando o pensamento lógico, ele nos dará um retorno satisfatório e favorável para a excursão das avaliações.”

Serviço

O Exato Prime fica localizado na Rua Pascoal Leme, n° 157, no Bairro Maurício de Nassau, em Caruaru.

Mais informações pelo telefone (81) 3721-7737 e pelas redes sociais
www.exato prime.com.br (portal) @exatoprime (Instagram) e exatoprime (Facebook).

Caixa começa a pagar Bolsa Família com adicional de R$ 150

A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta segunda-feira (20) a parcela de março do Bolsa Família. Essa será a primeira parcela com o adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos.

Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1. O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 669,93.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 21,1 milhões de famílias, com gasto de R$ 14 bilhões. Com a revisão do cadastro, que eliminou principalmente famílias constituídas de uma única pessoa, 1,48 milhão de beneficiários foram excluídos do Bolsa Família e 694,2 mil famílias foram incluídas, das quais 335,7 mil com crianças de até 6 anos.

Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

O pagamento do adicional de R$ 150 está começando neste mês, após um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), a fim de eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás

Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias inscritas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em abril.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

STF inclui políticos da Paraíba no inquérito sobre autoria intelectual dos atos de 8/1

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a inclusão de políticos da Paraíba no Inquérito (INQ) 4921, que apura a autoria intelectual ou instigação dos atos criminosos acontecidos em Brasília em 8 de janeiro.

O pedido diz respeito a Nilvan Ferreira, ex-candidato ao governo da Paraíba, a Walber Virgolino, deputado estadual (PL/PB), a Gilberto Gomes da Silva, deputado federal (PL/PB), e a Eliza Virgínia, vereadora de João Pessoa. Na mesma decisão, o ministro determinou a inclusão de Pâmela Bório, suplente de deputado federal, no INQ 4922, para aprofundamento da investigação sobre seu envolvimento no núcleo de executores materiais dos atos criminosos.

A decisão foi tomada na Petição (PET) 10836, em que o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pede a investigação dos políticos por supostamente terem incitado os ataques às sedes dos três Poderes em Brasília com postagens em suas redes sociais. O partido requeria, também, que se avaliasse a possibilidade de decretação de prisão do grupo e a suspensão dos seus perfis em rede sociais.

A PGR se manifestou pelo indeferimento da prisão preventiva e da suspensão dos perfis, mas considerou necessária a apuração do seu envolvimento nos fatos.

Diligências

Ao atender o requerimento da procuradoria, o ministro considerou imprescindível a realização de diligências para apuração dos fatos, inclusive com o afastamento excepcional de garantias individuais que, a seu ver, não podem ser utilizadas como escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas.

No despacho, o relator determinou ainda o encaminhamento de cópia da representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados para apurar a conduta de Gilberto Gomes da Silva e a realização do depoimento de todos os representados no prazo de 15 dias pela Polícia Federal.

Eleitor que mora no exterior pode ser atendido pelo WhatsApp

Eleitores no exterior podem ser atendidos pelo whatsapp  - 17.03.2023

Brasileiras e brasileiros que moram fora do país têm todos os serviços da Justiça Eleitoral na palma da mão. O atendimento pode ser feito por e-mail (eleitor.exterior@tre-df.jus.br), por meio do serviço Título Net Exterior, e também pelo WhatsApp. Todas as informações para esse público estão reunidas na página Eleitorado no Exterior, do Portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e eventuais dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone +55 61 3048-4000.

O atendimento para eleitores no exterior é feito por meio da chamada Zona Eleitoral do Exterior (Zona ZZ) – ligada ao Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF).

Conforme destaca Juliana Bandeira, chefe de cartório na Zona ZZ, atualmente tudo pode ser facilmente realizado pela internet. “A eleitora ou o eleitor não precisam se deslocar às embaixadas e aos consulados brasileiros para finalizar um atendimento. Só esse ano, após a reabertura do cadastro eleitoral em novembro de 2022, já atendemos quase 30 mil eleitores, um número bastante robusto”, informa.

Tauana Moraes, professora universitária que mora em Nyoun (Suíça), conta que, da primeira vez que precisou resolver algum assunto eleitoral, teve de comparecer ao consulado. “Mas, depois, eles modernizaram o atendimento e hoje em dia faço tudo pelo site que encaminham para mim”, disse.

Lucila Esteves, que mora em Boston, lembra que ela e a filha também utilizaram a internet para realizar a transferência do título. “É como toda a comunidade brasileira por aqui faz, mas, quando alguém tem algum problema encaminha mensagem por e-mail, ou pelo telefone ou pelo WhatsApp também”, reforça.

Novidade

O contato por WhatsApp (que acontece por meio do telefone + 55 61 3048-1772) começou a funcionar em 2021, a partir das necessidades sanitárias impostas pela covid-19. Juliana ressalta que o atendimento remoto já era feito com êxito por outros canais. “Mas, com o isolamento da pandemia, abrimos também a possibilidade de comunicação por meio do WhatsApp para evitar congestionamento”.

De acordo com Juliana, grande parte do eleitorado não consegue mais utilizar as ferramentas tecnológicas oferecidas pela Justiça Eleitoral ou pelos organismos brasileiros, porque a pessoa já nasceu no exterior ou reside fora há muitos anos e não tem mais contato direto com a língua portuguesa.

“Além disso, os brasileiros, mesmo no exterior, utilizam muito o WhatsApp para comunicação com a família no Brasil. Por meio desse canal, ultrapassamos qualquer barreira que eles possam ter, atendendo todos os eleitores, mas também as representações consulares nas suas demandas diversas que acontecem diariamente com relação aos assuntos eleitorais”, destaca.

Juliana conta também que o WhatsApp é atualmente o principal canal de atendimento – só em 2022 foram 20 mil – e que ele funciona como uma espécie de balcão virtual, prestando as primeiras informações e esclarecendo as principais dúvidas dos eleitores que entram em contato por ali.

Pelo serviço, é possível receber informações de como regularizar a situação eleitoral, saber se a inscrição está cancelada ou suspensa, como acompanhar um protocolo, como tirar ou transferir o título, entre outras.

Panorama

Nas Eleições Gerais de 2022, 617 mil eleitores brasileiros residentes no exterior estavam aptos a votar em 204 localidades eleitorais de 100 países. Um total de 356 mil eleitores votou no primeiro turno e 349 mil no segundo, para os cargos de presidente e vice-presidente da República. Atualmente, já são 712 mil brasileiros aptos a votar fora do Brasil.

Os eleitores que vivem fora do Brasil e querem exercer a cidadania na localidade onde residem devem transferir seu título para a 1ª Zona Eleitoral do Exterior, que é a instância competente para a regularização dos títulos de brasileiros que moram no exterior.

Saiba mais sobre os serviços eleitorais no exterior.

Voto obrigatório

Vale lembrar que todos os eleitores brasileiros que residem no exterior e têm mais de 18 anos – com exceção dos idosos com mais de 70 anos e dos analfabetos – são obrigados a votar. O exercício do voto, para quem mora fora do país, é exigido apenas nos pleitos para presidente e vice-presidente da República.

Caso esteja ausente do seu domicílio eleitoral no dia da eleição ou impedido de comparecer ao local de votação, o eleitor deve justificar a ausência mediante requerimento dirigido ao juiz da Zona Eleitoral do Exterior, entregue à repartição consular ou à missão diplomática. O requerimento também poderá ser enviado pelos Correios ou pelo Sistema Justifica.

Governo relança programa Mais Médicos

Médicos chegam ao local de prova para a segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2020, em Brasília.

O governo relança, nesta segunda-feira (20), o programa Mais Médicos para o Brasil. A cerimônia será às 11h, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Saúde, Nísia Trindade.

De acordo com o governo, a iniciativa vai ampliar o acesso ao atendimento médico no país, principalmente nas regiões de extrema pobreza e vazios assistenciais.

No último sábado (18), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, escreveu no Twitter que além de ampliar o número de profissionais da saúde, o programa vai melhorar o Sistema Único de Saúde (SUS), com  investimentos em construção e reforma de unidades básicas.

Na mesma publicação, Pimenta lembrou que o programa, criado pela então presidente Dilma Rousseff, “chegou a ser responsável por 100% da atenção primária em 1.039 municípios, contratou mais de 18 mil profissionais e beneficiou 63 milhões de brasileiros. “O desmonte do programa, nos últimos anos, mostra o descaso que sofreu o SUS”, acrescentou. No novo formato, a expectativa é que sejam anunciados incentivos de permanência dos profissionais nos municípios.

Dia do Artesão: trabalhadores celebram retomada pós-pandemia

Salão do Artesanato chega a sua 14ª edição com o tema Raízes Brasileiras no Shopping Pátio Brasil, na área central de Brasília.

O universo das manualidades foi um dos setores prejudicado pelas restrições impostas pela pandemia de covid-19. Mas, este ano, no Dia do Artesão, lembrado neste 19 de março, esses profissionais podem celebrar a retomada crescente do setor, avaliam as artesãs ouvidas pela Agência Brasil.

“As pessoas estão comprando um pouco menos de antes da pandemia, porém mais do que estavam comprando no ano passado, mas entendemos que o momento financeiro não é o mesmo. Percebemos que o setor não perdeu o encantamento. Sabemos que o artesanato não é um item de primeira necessidade, a gente sempre teve essa realidade. Então, como profissionais, reinventamos nosso produto para que as pessoas falem: não é o que preciso, mas é um produto que me encanta, então eu quero ter esse produto!”, afirma a artesã Edna de Souza Machado Simão, de 52 anos, que também é professora de artesanato e educadora popular.

Ela vê as feiras como os melhores locais para vender os produtos. “Ficamos muito tempo fazendo feiras online, mas nós, artesãos, gostamos de falar do produto para as pessoas e a pandemia tirou isso da gente, as feiras pela internet não são a mesma coisa de mostrar um produto, a pessoa poder tocá-lo, a gente falar do processo criativo, do material que usou, o online não é a mesma sensação, nas feiras, a pessoa está sentindo o produto”.

Edna faz parte do Tendarte, um empreendimento coletivo de mulheres da economia solidária que produz brinquedos lúdicos e educativos em tecido. Ela conta com duas sócias: Daniela Maria Feliciano da Silva e a Maurisa Di Petta.

ESPECIAL - Mês do Artesão: trabalhadores contam como está a retomada pós pandemia- Edna e Maurisa, da esquerda para a direita. Foto: Arquivo Pessoal
As artesãs Edna e Maurisa dizeram que o trabalho diminuiu durante a pandemia – Agência Brasil /Arquivo pessoal

Maurisa diz que na pandemia o trabalho diminuiu bastante. “Fiquei até um pouco desanimada, agora me animei e estou sentindo crescendo mais com os eventos que vem surgindo”, comemora a artesã, de 58 anos, que está no ramo desde 2002. Ela diz que a renda obtida com os produtos vendidos não compõe a renda familiar. “Mas é um momento de me ver crescer, saber que posso realizar tudo quiser, além de colocar uma disciplina familiar e mostrar que ser mulher e mãe não é só ser dona de casa”.

Trabalho e renda

Edna afirma que o empreendimento não gera uma renda fixa, depende muito dos eventos marcados durante o mês. “A nossa casa é sustentada com a renda de outras pessoas da família. Mas, a Tendarte é sustentada do que a gente faz, tem que ser pelo que a gente produz. Agora está melhorando um pouco mais, a associação tem uma parceria com um shopping, em Osasco, onde nos cederam algumas lojas. Então vivemos pegando todas essas oportunidades para, no final, ter uma renda que a gente consiga pagar os custos da empresa, mas que a gente consiga também renda”, explicou a artesã, que ainda é vice-presidente da Associação de Trabalhadores em Domicílio da Economia Solidária de Osasco.

“Trabalhador em domicílio é aquele que produz em casa ou próximo de casa, o que gera renda para família, ou seja é todo artesão, já que é difícil artesão ter um ateliê fora de casa, geralmente é um quartinho, o pessoal que é da gastronomia, alguns usam a própria cozinha, ou às vezes é a mesa da sala que é o ateliê que a pessoa usa para desenvolver seu produto”, explicou.

A cozinheira artesanal Edileuza Guimarães, de 42 anos, também de Osasco, é uma dessas trabalhadoras que usa a cozinha da própria casa e também a da Associação de Mulheres da Economia Solidária e Feminista (Amesol) para produzir comida artesanal.

ESPECIAL - Mês do Artesão: trabalhadores contam como está a retomada pós pandemia- Edileuza Guimarães, coainheira artesanal. Foto: Arquivo Pessoal
Dinha sentiu a queda da renda no período da pandemia – Arquivo Pessoal – Agência Brasil

“Tudo que eu faço são com as minhas mãos, produzo comidas para quem tem algum tipo de restrição alimentar, comidas especiais e veganas. Assim como as tradicionais também, mas gosto muito mais desse tipo de comida [especial], para quem já não pode comer fora de casa. A gente trata com carinho quando a pessoa com restrição comparece nas feiras e tem um tipo de comida que ela pode comprar, comer tranquilamente e de uma forma artesanal.”

Mais conhecida como Dinha, ela conta que sentiu a queda da renda durante a pandemia. “Com as feiras, consigo ganhar muito mais que o meu marido, que é assalariado. Mas, como meu trabalho é estar com as pessoas, sofri muito com isso, faz toda a diferença quando se mostra o produto. Na comercialização online, a pessoa não está sentindo a transmissão de amor que se tem quando se dedica a preparar aquele alimento, além disso, as pessoas começam a comparar o seu produto com outros que são feitos em grande escala, que acabam sendo até um pouco mais baratos. Foi um momento de muita angústia porque quando se trabalha por conta própria, a gente depende de produzir e vender”, contou Dinha, que se dedica a cozinhar há 17 anos.

Ela continua a comercialização pelo celular e pelo canal no Instagram. “Mas as feiras são as melhores fontes para gente gerar renda.”

A recuperação, no entanto, está vindo devagar, ela afirma. “Está sendo lenta e gradual. É um trabalho de conscientização de toda uma comunidade, sobre a importância daquela feira acontecer”.

Na visão da cozinheira, depois da pandemia, as pessoas estão migrando para trabalhar como autônomas. “Entrando para o movimento de geração de renda, como nós da economia solidária, gerando renda coletivamente, que é o futuro. Nosso trabalho é importante para recuperar uma galera que na pandemia se viu perdida, que perderam seus empregos formais e se juntaram a nós. A recuperação está sendo um pouco difícil, porém não impossível”.

Apoio

A reportagem da Agência Brasil conversou com Maria Fernanda Marcelino, integrante da Sempreviva Organização Feminista (SOF) e da Amesol, da qual Dinha também faz parte.

“Essas mulheres, artesãs, não tinham um fluxo de caixa que desse para segurar. Na Amesol fizemos campanha pela internet para arrecadar recursos para essas mulheres que deixaram de fazer feiras públicas e comercializar seus produtos. E a pandemia demorou muito mais para acabar do que deveria ter acontecido se a gente tivesse tido acesso a vacinas com mais antecedência. O que aconteceu não foi isso, foi o adiamento das atividades presenciais, das feiras livres, dos eventos e com isso o empobrecimento cada vez mais acentuado dessas mulheres”, lamentou Maria Fernanda.

Além da distribuição de recursos, levantados pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF), houve distribuição de cestas básicas entre as artesãs.

A integrante da SOF explica qual é o padrão das mulheres artesãs da economia solidária. “Normalmente são mulheres jovens que desejam viver do que produzem ou mulheres mais velhas, com filhos, que estão à margem do trabalho formal e que precisam fazer da produção individual sua fonte de renda”.

Para ela, a recuperação está extremamente lenta porque não existe um olhar para esse setor. “Não existe uma política pública, nem de financiamento, nem de investimento que apoie essas mulheres a  ter uma renda. Então a recuperação é lenta e acontece na medida dos próprios esforços das mulheres, das organizações ou de iniciativas privadas, de eventos que vão possibilitando que essas mulheres vendam o que elas produzem, mas que também tem uma queda, porque [elas] não têm recurso para investimento, para a compra de matéria-prima. Então a recuperação, de fato, é bastante lenta”.

Dados

Dados da Subsecretaria do Trabalho Artesanal nas Comunidades, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, contabilizam 700 artesãos em todo o estado, sendo que 80% ganham em média um salário mínimo.

Quanto ao perfil, 80% são mulheres, sendo 60% brancas, 60% casadas, 35% com ensino médio, 75% morador de zona urbana e 55% têm no artesanato uma renda complementar.

Segundo a pasta, quanto às políticas públicas, “os programas estão sendo revistos, por isso não há informações neste momento”, informou em nota.

A profissão de artesão foi regulamentada em 2015 com a Lei nº 13.180. O texto define o artesão como “o profissional que exerce uma atividade predominantemente manual, que pode contar com o uso de ferramentas e outros equipamentos, com produção feita de forma individual, coletiva, associada ou cooperativada”.

O Dia do Artesão é comemorado em 19 de março em homenagem a São José, padroeiro da categoria.