Alguns pernambucanos estão tendo suas rotinas alteradas por medidas preventivas contra o vírus, sejam nos transportes, escolas em faculdades ou em ambiente públicos. Em alguns dos principais pontos do centro da cidade algumas pessoas andavam na tarde de ontem asseguradas de máscaras de proteção, para evitar a exposição ao vírus.
No Shopping Boa Vista, centro do Recife, o comerciante Eronildo Monteiro, 54 anos, fala sobre como está lidando com a pandemia. “Vem se alastrando e pegando as pessoas, agente tem que procurar é se precaver”, disse. Além de andar de máscara em local público, ele adotou algumas medidas que já são recomendadas como lavar sempre bem as mãos ou fazer o uso do álcool em gel. Ele diz não ter medo ou receio, mas ressalta a importância de o pensamento positivo sobre essa situação.
Com a certeza de que a pandemia é passageira e que não vai causar muitos transtornos alguns cidadãos estão confiantes. “Se for pra pegar, pega até dentro de casa”, disse Rosângela Barbosa, 53, auxiliar de recepção. Ela diz que não está com medo de sair de casa, para ela, a probabilidade de transmissão do vírus é a mesma na rua ou em casa.
Morando no bairro da Boa Vista, a contadora, Jaene Ribeiro, 46, diz não estar com medo do coronavírus. Em sua rotina diária o que se intensificou foi o cuidado com a mãe idosa de 75 anos, que também está evitando de sair de casa. “Eu estou evitando pegar ônibus nos horários em que ele está muito cheio. Não estou indo também em locais muito cheios”, conta. Ela diz também que está evitando de frequentar as corridas em que normalmente competia por conta do grande número de pessoas.
A movimentação é pouca em centros de estudos no Recife. Alguns poucos estudantes circulavam no entorno da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), que teve suas aulas canceladas até o dia 31 de março, juntamente a outras instituições. “Não sei ao certo se essas aulas serão repostas, e também não sei se as aulas serão prolongadas até julho”, disse a estudante de contabilidade, Camila Conceição, 22. Ela está receosa sobre se o intervalo entre as aulas pode a prejudicar no andamento do semestre. Alguns professores, segundo ela, já previam o que as aulas iriam para e se adiantaram com exercícios e trabalhos.
Os meios de transportes privados como táxis e aplicativos sofrem com a baixa demanda de passageiros. A tendência para alguns motoristas é que o movimento caia. “No domingo, passei a noite aqui e fiz só uma corrida em 7 horas”, contou o taxista Ercílio Barbosa, 77. Outro taxista Júlio Cézar, 46, conta que pegou poucas corridas se sente muito exposto ao levar os passageiros.
O motorista de aplicativo Jabson Otávio, 38, conta que devido aos vírus percebeu que as pessoas estão saindo menos de casa. “Estou evitando buscar passageiros no aeroporto, as rotas que mais pego são mais no centro do Recife”, disse.
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