Para 84% dos consumidores, economia do país continua crítica

Ainda sem recuperar as perdas ocasionadas pela crise, a maioria dos consumidores brasileiros avalia que a economia vai mal. É o que mostra o Indicador de Confiança do Consumidor (ICC) da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na sondagem de julho, 84% dos consumidores disseram que o cenário atual se mantém ruim ou muito ruim. Desse universo, 73% atribuem como principal razão o elevado índice de desemprego no país. Também pesa a percepção de que os preços vêm aumentando (59%), as taxas de juros seguem em alta (39%) e o dólar está mais caro (26%). Além dos que consideram o quadro ruim, 13% acham que é regular e apenas 2% acreditam que esteja bom.

De acordo com a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, o ambiente econômico em lenta recuperação tem afetado a confiança das pessoas, com impacto na retomada do consumo. “O achatamento da renda e o desemprego mostra que, no dia a dia do consumidor, pouca coisa evoluiu com relação ao período mais agudo da crise. A recuperação da confiança requer uma retomada mais vigorosa da economia, que aqueça o mercado de trabalho, mas isso não deve ser visto no horizonte dos próximos meses”, analisa a economista.

Se por um lado a maior parte dos consumidores tem a percepção de que a economia vai mal, por outro a visão sobre as próprias finanças é um pouco melhor. O percentual dos que consideram crítico o momento atual é de 43%. Além desses, 11% avaliam a vida financeira como boa e 46% regular. Nesse caso, o custo de vida alto (53%) e o desemprego (41%) são as principais razões dos insatisfeitos com a situação do bolso. Na outra ponta, os poucos que dizem estar com a vida organizada atribuem esse fato ao controle das finanças (61%).

Ainda em um cenário de pessimismo, Indicador de Confiança marca 41,0 pontos em julho

Praticamente sem evoluir desde janeiro de 2017, o Indicador de Confiança do Consumidor registrou 41,0 pontos em julho. Na comparação com o mesmo mês de 2017, o indicador ficou praticamente estável – quando o resultado foi de 41,4 pontos. Já ante junho passado, houve um avanço de 2,2 pontos, reação pós-paralisação dos caminhoneiros.

Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos demonstram o predomínio de otimismo, ao passo que abaixo de 50, o que prevalece é a visão pessimista.

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