Para delegada, não há provas para incriminar Neymar por estupro

A delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher em Santo Amaro, (zona sul de Sâo Paulo) afirmou que não encontrou provas suficientes para indicar Neymar. “Durante o inquérito foi juntado laudo sexológico, de corpo de delito indireto, a ficha de atendimento do hospital onde ela passou por atendimento psicológico e do atendimento particular, laudo dos celulares e do tablet do filho e não tive elementos do acusado”, disse Lopes em entrevista coletiva na sede do Decap.

A modelo Najila Trindade afirma ter sido estuprada e agredida por Neymar em um hotel em Paris. Os crimes teriam acontecido em 15 de maio deste ano. Ela registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher, em São Paulo, no dia 31 daquele mês. Os dois se conheceram por meio de mensagens em uma rede social. A delegada reconheceu que as imagens do hotel em Paris onde Najila estava hospedada não chegaram a tempo de serem consideradas no inquérito. Mas ela não acredita que eram provas imprescindíveis para a conclusão.

Najila depôs três vezes na investigação. Neymar, uma. “Por ser um inquérito sigiloso, não posso falar sobre as provas que estão no inquérito”, disse Juliana Bussacos várias vezes, durante entrevista concedida na manhã desta terça (30). Neymar também não será acusado de agressão. “Não chegamos a conclusão que isso ocorreu”, disse Albano David Fernandes, diretor do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital).

Há outras investigações em andamento. Najila poderá ser acusada de falsa denúncia ou denunciação caluniosa. Por meio de uma petição apresentada por seu advogado, Neymar também acusa a modelo de tentativa de extorsão.

Estas investigações estão com a delegada Monique Patrícia Ferreira Lima, delegada do 11º Distrito Policial de São Paulo. No Rio de Janeiro também acontece investigação sobre a divulgação de imagens íntimas de Najila, feitas no Instagram de Neymar.

O inquérito concluído pela delegada Juliana Bussacos foi encaminhado ao Ministério Público nesta segunda (29). O órgão terá 15 dias para concluir se arquiva, solicita novas diligências ou denuncia Najila por falsa comunicação de crime ou denunciação caluniosa.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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