Para Isaltino, Paulo deve respeitar a decisão do PSB

Folhape

Aliados de Paulo Câmara (PSB) se empenham para viabilizar o apoio interno à candidatura presidencial de Lula, na esperança de contar com os petistas no seu palanque no estado. Mas, caso a direção nacional da sigla opte por marchar com Ciro Gomes (PDT), há quem diga que o governador deve acatar a decisão. “Acho que deve respeitar. Até porque eleição é de dois turnos”, colocou o deputado estadual Isaltino Nascimento, em entrevista ao programa Folha Política, na segunda-feira (16).

O socialista, que já foi filiado ao PT, acha que “o melhor caminho seria com Lula”. “Se a direita não foi com Alckmin (PSDB), deve ir com Bolsonaro. Então o caminho do PSB deve ser Lula, por conta desse legado perante a população brasileira. A decisão é de apoiar o PT e Lula. Mas acho que a não opção não é opção. Partido que quer ter dimensão nacional tem que apoiar alguém. Ou caminha com Lula ou com Ciro”, disse.

Isaltino acha que “se Lula estivesse solto, já tinha tido decisão de aliança com o PSB. Ele estaria influenciando”, pontuou o deputado, que acredita na indicação do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), para disputar a Presidência.

Para ele, o principal objetivo da legenda, hoje, é permanecer no campo da centro-esquerda. “A decisão não é eleitoral. É política. Vivemos um momento difícil da vida nacional do PSB. Quase foi pra a direita. Tivemos inclusive pessoas que foram para o governo Temer. Eduardo (Campos), naquela sanha para ser presidente, trouxe um monte de gente que não tinham dimensão nenhuma de esquerda, mas foram chamadas para compor o PSB. Então isso levou o partido a se posicionar mais à direita. A posição de Paulo é politica de entender que o país precisa de um outro rumo”, destacou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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