A paralisação que aconteceu desde a zero hora e seguiu até as 23h59min desta terça-feira (19) serviu como um alerta ao Governo do Estado de Pernambuco. Os Policiais Civis reivindicam melhores condições de trabalho e salário digno. Segundo o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco) aqui no Estado estão uma das piores remunerações do país. Com uma adesão de 95% da categoria, os policiais demonstraram sua indignação com a falta de respostas à pauta de reivindicações entregue ao Governo do Estado desde o dia 30 de janeiro.
O ato começou a tomar força nas ruas do Grande Recife e interior logo nos primeiros minutos da madrugada. O presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros, junto com toda direção do sindicato e um grande número de policiais, começou a realizar visitas às delegacias, seccionais e institutos da polícia para saber como estava sendo a paralisação dentro desses setores.
Áureo Cisneiros e o diretor Diego Frota iniciaram a paralisação no Instituto de Medicina Legal (IML) no Recife exatamente à meia noite. Já o vice-presidente do Sinpol Rafael Cavalcanti e o secretário geral Douglas Lemos seguiram para as delegacias da RMR Sul e Litoral Sul. O diretor Josias Júnior seguiu para a região da Mata Norte, assim como toda a diretoria do sindicato permaneceu mobilizada e dando apoio aos policiais.
A assessoria de comunicação do Sinpol, junto com os dirigentes do sindicato, monitorou as redes sociais e a todo o momento recebiam fotos e informações do “cruzamento de braços” que eram realizados como forma de protesto em todo Estado de Pernambuco. Os policiais pernambucanos também receberam solidariedade de companheiros do Sinpol do Ceará, que estiveram presentes na mobilização desde ontem (18), como o presidente Gustavo Simplício.
Durante todo o dia policiais civis distribuíram a Carta à População da Polícia Civil, esclarecendo aos cidadãos os motivos da paralisação de 24 horas. Os dirigentes do Sinpol, antes do termino das 24 horas, realizaram uma reunião de avaliação na sede do sindicato para decidir os rumos da Operação Polícia Cidadã em Pernambuco.
O Sinpol pede que a gratificação por função policial seja fixada em um percentual de 225% para todos os policiais civis do Estado. Além disso, o sindicato também reivindica para a categoria modificações no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) que promovam aumentos salariais por tempo, qualificação e faixa etária. Por fim, os policiais civis pedem que os Peritos Papiloscopistas integrem o Quadro Técnico Policial e que o Governo do Estado realize a reposição inflacionária.