Paulo reforça a preservação e a valorização da cultura

Com o objetivo de reforçar o compromisso com as políticas de valorização e preservação da cultura do Estado, o governador Paulo Câmara entregou, hoje, títulos de Patrimônios Vivos a seis personalidades de Pernambuco e certificação aos Caboclinhos, reconhecendo-os como Patrimônio Imaterial do Brasil. Durante a solenidade, realizada no Palácio do Campo das Princesas, o chefe do Executivo estadual também sancionou a nova Lei do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco. A mudança estabelece a duplicação da quantidade de contemplados, passando de três para seis mestres ou grupos de notório saber da cultura popular.

“Esse conjunto de ações que realizamos hoje representam a priorização que o Governo do Estado busca dar para a nossa cultura, mesmo diante de tantos desafios. A cultura faz parte do nosso esforço de levá-la a cada lugar de Pernambuco e fazer com que as pessoas tenham condição de viver da sua arte”, destacou o governador Paulo Câmara. O gestor conclamou todos os pernambucanos a divulgarem a cultura do Estado e frisou a importância da valorização. “É importante continuarmos com esse foco de reconhecimento. É dessa forma que vamos consolidar a identidade e cultura do nosso povo e fazer com que ela seja difundida”, concluiu.

Presente na cerimônia, o ministro da Cultura, Roberto Freire, destacou a força que a cultura pernambucana tem e falou sobre a luta para que a valorização continue persistindo. “Pernambuco é referência na luta e na resistência da cultura. E é preciso reforçar que nós vamos continuar reafirmando essa identidade cultural tão rica e tão tradicional”, pontuou.

Os seis novos Patrimônios Vivos eleitos pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC) titulados durante a cerimônia foram o Clube Carnavalesco Mixto Seu Malaquias (agremiação carnavalesca), José Rufino da Costa Neto (Dedé Monteiro – poeta popular), Mestre João Elias Espíndola (rendeiro), Sociedade Musical 15 de Novembro (banda musical), o cantor e compositor Claudionor Germano (frevo) e o Mestre José Lopes (mamulengueiro).

O secretário estadual de Cultura, Marcelino Granja, ressaltou o compromisso do Governo do Estado com a difusão e fortalecimento de suas representações culturais. “Esse evento de hoje é o coroamento do processo de dois anos de investimento nesse segmento. Paulo Câmara demonstrou ter uma grande compreensão da cultura como um agregador social, que une e dá esperança ao povo”, afirmou. O gestor da pasta também destacou a importância das certificações dos Patrimônios Vivos. “Essa política de reconhecer o patrimônio vivo, estando vivo, é fundamental porque esse reconhecimento garante a sustentação dos artistas populares, repercutindo para a sociedade de forma positiva”, defendeu, complementando que o valor da bolsa para o Patrimônio Vivo também será ampliada. Agora, passa a ser de R$ 1,6 mil para pessoa física e R$ 3,2 mil para pessoa jurídica.

Representando todos os seis Patrimônios Vivos contemplados, Dedé Monteiro declamou poesias e destacou a importância do reconhecimento. “Pernambuco precisa conhecer sua própria identidade e é necessário que a cultura permaneça merecendo esse respeito”. Para o mamulengueiro José Lopes, natural de Glória do Goitá, o ano de 2016 foi marcado por muita emoção. “Depois de 56 anos na arte, é muito emocionante ter esse reconhecimento. Isso me faz querer repassar toda a história do mamulengo do nosso Estado”, afirmou.

Reconhecidos pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) como Patrimônio Imaterial do Brasil no último dia 24 de novembro, os Caboclinhos também receberam a diplomação durante o evento. Com o título, eles ficam inscritos no Livro das Formas de Expressão e têm garantido o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais, saberes, fazeres e formas de expressão que o representam. Em nome dos caboclinhos, o presidente da Associação Carnavalesca dos Caboclinhos e Índios de Pernambuco, Erivaldo Oliveira, agradeceu a certificação. “Temos muito o que agradecer ao Governo do Estado por esse reconhecimento. Mas o trabalho não termina aqui. Ainda temos muitos desafios para divulgar a cultura do nosso Estado”, pontuou.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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