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O pedido de habeas corpus dos suspeitos da morte do médico cardiologista e advogado Denirson Paes – a esposa, Jussara Paes, 54, e o filho Danilo Paes, 23 – deve ser analisado nesta quinta-feira (12). A decisão será do presidente da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), desembargador Antônio de Melo e Lima, que recebeu no meio da tarde desta quarta (11) o pedido – distribuído eletronicamente. Segundo informou o TJPE, o magistrado passou a tarde em sessão de julgamento da 2ª Câmara Criminal e não teve tempo para analisar o habeas corpus.
O pedido de soltura dos suspeitos foi solicitado ao TJPE, no início da tarde desta quarta-feira, pela defesa de Jussara e Danilo Paes, o advogado Alexandre Oliveira. Mãe e filho tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada na última quinta-feira (5). Eles são suspeitos de matar o médico de 54 anos e depois esquartejar o corpo na residência onde a família morava, no condomínio Torquato Castro, no km 13 da Estrada de Aldeia, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Restos mortais da vítima foram encontrados na cacimba de cerca de 25 metros de profundidade da casa, onde as buscas continuaram até pelo menos esta quarta com a ajuda de alpinistas.
Entenda o caso
O desaparecimento do médico cardiologista Denirson Paes da Silva vinha sendo investigado há quase um mês. Em um Boletim de Ocorrência registrado no último dia 20 de junho, a farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes, 54, alegava que a vítima teria viajado para fora do País e que não teria retornado. A delegada Carmem Lúcia desconfiou do envolvimento dos familiares e solicitou um mandado de busca e apreensão no condomínio em que eles moravam.
Para a polícia, há indícios suficientes da participação de mãe e filho na ocultação do cadáver do médico. Os primeiros restos mortais dele foram encontrados na última quarta-feira (4) dentro de uma cacimba na casa onde morava, no condomínio Torquato Castro, em Aldeia.
Vizinhos do médico afirmaram que dois funcionários dele prestaram depoimento. Um deles teria afirmado que a esposa da vítima o chamou dias atrás para fechar, com cimento, uma cacimba que já estaria lacrada com uma tampa “bastante pesada para ser carregada por uma pessoa só”. O homem teria notado um mau cheiro, mas a farmacêutica alegou que um gato tinha morrido dentro da cacimba.
O segundo funcionário contou à polícia que o médico, pouco antes de desaparecer, tinha explicado a ele que não precisaria mais de seus serviços porque estaria se separando e iria morar no Recife.