O secretário Nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira, prometeu ontem (03) ao presidente da Compesa, Roberto Tavares, aprovar ainda este mês, o Plano de Enfrentamento à Seca, no valor de R$ 33 milhões para Pernambuco, compromisso firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o governador Paulo Câmara. A boa notícia foi dada ao gestor da Compesa em Brasília em audiência por ele solicitada para pedir celeridade na aprovação do plano em virtude da gravidade da estiagem no agreste pernambucano. Além do general Adriano Pereira, o encontro contou com a participação do deputado federal Fernando Monteiro, da bancada do PP de Pernambuco, que tem acompanhado de perto os projetos no Ministério da Integração Nacional.
Otimista com a garantia da aprovação da proposta do governo de Pernambuco, o presidente da Compesa estima que se a aprovação ocorrer em março, as contratações serão feitas até abril e as obras serão iniciadas imediatamente. Dentre outras, as obras irão socorrer as cidades de Jucati, Itaíba, Jupi e Surubim, todas situadas no agreste de Pernambuco, a região mais crítica de abastecimento do estado, em decorrência da pior seca dos últimos 50 anos. “Estamos cumprindo a determinação do governador Paulo Câmara de buscar alternativas técnicas que possam viabilizar os investimentos necessários para o atendimento à população”, afirmou Tavares.
Uma das cidades beneficiadas no Plano de Enfrentamento à Seca é Surubim, onde está localizada a barragem de Jucazinho, que hoje está com 1,4% da sua capacidade. Para atender Surubim, a Compesa fará uma obra de interligação do Sistema Palmeirinha, em Bom Jardim, ao sistema da cidade, um investimento de R$ 3 milhões. Em colapso há dois anos, a cidade de Jucati será contemplada com uma obra que irá permitir o restabelecimento do abastecimento de água, a partir do Sistema de Garanhuns, uma ação que custará R$ 11 milhões. Já o município de Jupi receberá água a partir da barragem de Pau Ferro, localizada em Quipapá. Também será feita uma obra para atendimento de uma parte da zona rural de Itaíba, que hoje não é abastecida pela Compesa e se encontra sem alternativas.