Pernambuco é reconhecido sem importante praga da citricultura

O Estado foi reconhecido, ontem (02), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, como área com praga ausente para o cancro cítrico, doença provocada por uma bactéria que danifica os citros, como laranja e limão, e não tem cura. Com a decisão, Pernambuco poderá exportar essas frutas para outros estados.

Desde 2006 a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado de Pernambuco (Adagro) inspeciona e cadastra com georreferenciamento os pomares de citros, buscando comprovar a ausência da doença no Estado. Mas apenas em setembro do ano passado foi publicada uma portaria pelo Ministério, dando 180 dias para que os estados comprovassem que não há casos do cancro na região, restringindo assim o trânsito dos vegetais.

“ A Adagro intensificou as ações em locais de produção e em viveiros de todos os municípios. Com o levantamento fitossanitário atualizado e mais completo enviamos nosso pleito ao Ministério”, explicou a Diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, Raquel Miranda. Com o reconhecimento Pernambuco pode voltar a exportar sua produção para outros estados da Federação.

A produção de limão, nos municípios de Machados e Bom jardim, será beneficiada diretamente com o reconhecimento, pois a região exporta os frutos para o Pará, São Paulo, Espirito Santo e Ceará. Para transportar esses produtos é necessário ter a permissão de Transito de Vegetais (PTV), documento que deve acompanhar a partida de plantas, partes de vegetais ou produtos de origem vegetal, no transporte, evitando a disseminação de pragas de uma região para a outra.

O cancro cítrico é uma doença que ataca todas as espécies de citros, provocando lesões nos frutos e nas folhas das plantas. A doença não tem cura e a única forma de eliminá-la é erradicando as plantas contaminadas. A ocorrência da praga já foi confirmada em 10 estados, entre eles: São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Ceará, Roraima e outros.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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