A Asces tem projeto aprovado no edital “Estudos e Pesquisas para Políticas Públicas Estaduais em Apoio Emergencial para o Estudo do Vírus Zika”, lançado em parceria pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe). O projeto de pesquisa tem colaboração com a UFPE (coordenadora do projeto) e a Fiocruz, com duração prevista de 18 meses, sob a denominação – Desenvolvimento e aplicações de nanolarvicidas de prata para controle vetorial de Aedes aegypti em área de transmissão do ZIKAV.
De acordo com a Facepe, os recursos são um “aporte inicial para projetos de pesquisa que auxiliem grupos de pesquisas relacionadas ao ZIKAV em Pernambuco. O intuito é que evidenciem melhor as causas de contaminação e transmissão, bem como proponham medidas que visem o monitoramento, prevenção e minimização dos efeitos dada a necessidade no Estado”
A Pesquisa
A UFPE é a instituição líder da pesquisa, onde será produzidas e caracterizadas as nanopartículas de prata, a partir daí a Fiocruz fará os testes biológicos das nanopartículas e as análises nas águas de Recife. A Asces fará os testes com água em Caruaru, bem como a distribuição das nanopartículas nas regiões mais acometidas pelo ZIKAV e seu monitoramento.
As nanopartículas já estão sendo produzidas, e a previsão é que a aplicação em Caruaru tenha início no próximo semestre. O projeto envolve a participação, inicialmente, de 3 professores e 3 alunos de graduação em Odontologia, no entanto como se estenderá por 18 meses, há a possibilidade de inclusão de mais estudantes.
A dedicação dos professores será no âmbito de suas atividades no grupo de pesquisa; para os alunos, os mesmos terão dedicação em nível de Iniciação Científica. A professora Claudia Mota da Asces explica “Este projeto tem por objetivo desenvolver um nanolarvicida que possa ser aplicado na água parada para intervir na fase de larva do mosquito transmissor do Zika. ”
As etapas da pesquisa são: desenvolvimento e caracterização das nanopartículas de prata; análise biológica das mesmas; análise do comportamento das nanopartículas em água suja e água potável (laboratorial); aplicação do nanolarvicida nas águas dos locais de elevados registros LIRAa em Caruaru e Recife, monitoramento desses locais e, por fim, estudo da viabilidade econômica do nanolarvicida.
“O impacto social consiste justamente no controle vetorial do mosquito, dessa forma pretendemos obter uma nova forma de controle da infecção do Zika”, finaliza Mota.