A Petrobras confirmou no fim de semana que discute internamente alterações de políticas de preços para combustíveis. Sem dar detalhes, a empresa disse que as mudanças serão analisadas pela diretoria-executiva no começo desta semana e poderão “resultar em uma nova estratégia comercial para a definição de preços de diesel e gasolina”.
“A companhia esclarece que eventuais mudanças estarão pautadas em estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”, disse a Petrobras em comunicado no domingo.
Em entrevista ao Globo na semana passada, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a estatal estava prestes a concluir sua nova estratégia comercial, com a promessa de oferecer valor menor ao consumidor do que a política de paridade de importação (PPI), que leva em conta o valor do dólar e do petróleo.
Segundo ele, a nova política vai prever preços de combustíveis distintos de acordo com cada região e cliente.
“Será um modelo sem deixar de lucrar. Cada área de influência de refinaria vai ter um. E não é só por região. É por cliente também. Se você compra muito, faço um preço melhor. Se compra para entregar no Porto de Santos é uma coisa, se compra para entregar no interior, é outra. Mas a Petrobras vai ser sempre a melhor opção de preço”, disse Prates ao Globo.
Ele acrescentou que a nova política não vai “desgarrar do preço internacional”, mas afirmou que o preço para o consumidor será “inexoravelmente mais baixo que o PPI”:
– A gente vai fazer com parcimônia e tranquilidade porque não vamos nos desgarrar do preço internacional como uma Venezuela e vender o diesel ao preço que quiser. Quando subir lá fora, terá que subir aqui dentro. Quando descer lá fora, vai ter que descer aqui. Mas isso dentro também de uma gestão que a empresa tem o direito de fazer.
O Globo