PF deflagra operação para prender membros de rede de pornografia infantil; há ordens para Pernambuco

Deflagrada nesta sexta-feira (3) pela Polícia Federal (PF), a Operação Lobos II busca desarticular um grupo de criminosos que usava a darkweb para difundir material de abuso sexual no Brasil e em diversas partes do mundo. A ação também busca resgatar crianças que se encontram em situação de extrema violência.

Ao todo, foram expedidos 104 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva, distribuídos em 20 estados e no Distrito Federal – para Pernambuco, são duas ordens de busca e apreensão. As cidades pernambucanas onde são cumpridas as orde

“Trata-se de uma ação de grande relevância no combate a este tipo de atividade criminosa, em razão do volume de material produzido e da periculosidade dos alvos”, destacou a PF sobre a operação.

As investigações começaram no ano de 2016, e a PF estabeleceu parcerias com forças policiais de diversos países para identificar indivíduos que usavam a darkweb para difundir o material de abuso sexual infantil.

Os criminosos, aponta a PF, atuavam mediante divisão de tarefas, que incluíam arregimentadores, administradores, moderadores, provedores de suporte de hospedagem, produtores de material, disseminadores de imagens e outros.

O objetivo do grupo era produzir e realizar a difusão de imagens, fotos e comentários acerca de abuso sexual de crianças e adolescentes e ainda alimentar a demanda por esse tipo de material.

“A união internacional de esforços permitiu a identificação de um indivíduo brasileiro que utilizava a deepweb para hospedar e gerenciar cinco dos maiores sites de abuso sexual infantil de toda a rede mundial de computadores”, explica a PF.

O sigilo das investigações permitiu à PF identificar e localizar dezenas de pessoas no Brasil envolvidas na produção e divulgação desse tipo de material.

Quase dois milhões de usuários
Os sites e fóruns da darkweb eram divididos por temática, com imagens e vídeos de abuso sexual de crianças de 0 a 5 anos, abuso sexual com tortura, abuso sexual de meninos e abuso sexual de meninas.

Os sites eram utilizados por mais de 1,8 milhão de usuários em todo o mundo para postar, adquirir e retransmitir materiais relacionados à violência sexual contra crianças e adolescentes.

Crimes
Os crimes investigados são venda, produção, disseminação e armazenamento de pornografia infantil e estupro de vulnerável, sem prejuízo de outros que possam surgir com a continuidade das investigações.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *