PF investiga suspeitos de compartilhar pornografia infantil no Facebook

Três homens na Região Metropolitana do Recife estão sendo investigados pela Polícia Civil (PF), suspeitos de publicar e distribuir pornografia infantil através do Facebook. Um deles, com 37 anos, trabalha como entregador e já foi preso em 2012, por tráfico de drogas. Nessa terça-feira (27), foi deflagrada a operação Help VII, que cumpriu três mandados de busca e apreensão nas residências dos elementos. 

As buscas foram realizadas em três locais: Zumbi do Pacheco, em Jaboatão dos Guararapes; Ibura, no Recife; e na cidade de Camaragibe. Foram apreendidos dois notebooks, um computador e um disco rígido, que irão passar por perícia para detectar se havia algum material pornográfico com menores de idade. 

As investigações começaram em 2016, com a instauração de três inquéritos policiais, baseados em suspeitas fundamentadas de que os três homens, em situações distintas, estariam colando links de pornografia infantil no Facebook. Dois dos três suspeitos já prestaram depoimento – o entregador de 37 e um comerciário de 50 anos. Ambos negaram armazenar, compartilhar ou divulgar esse tipo de conteúdo. 

Caso a perícia policial comprove a existência de algum desses arquivos, os homens serão indiciados nos artigos 241A e 241B do Estatuto da Criança e do Adolescente. No caso do 241A, que fala sobre “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar” conteúdo sexual infantil, a pena é de reclusão, de 3 a 6 anos. Já o 214B, que comenta sobre a posse/arquivamento desse tipo de material, prevê pena de 1 a 4 anos, em reclusão.

Não repasse 
Por vezes, circulam em grupos de Whatsapp (e outras redes sociais) pornografia infantil e algumas pessoas acabam compartilhando por ficarem indignadas com a situação. A PF alerta que não se deve repassar o material adiante, sob hipótese alguma. 

“Às vezes as pessoas ficam indignadas e querem compartilhar esse vídeo para chegar o mais rápido na polícia, mas esse procedimento é considerado crime porque está disseminando o ato abominável e expondo a criança violentada. O correto é baixar o vídeo, depois apagar do celular e encaminhar para a GPCA ou delegacia de Polícia Civil mais próxima, para que eles possam iniciar uma investigação”, explica, em nota, o chefe de comunicação da PF, Giovanni Santoro.

Diario de Pernambuco

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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