A Polícia Federal (PF) divulgou nesta terça-feira (25) que abriu dois inquéritos para identificar os fornecedores de drogas que estão viabilizando o tráfico de entorpecentes tanto pelas rodovias de Pernambuco como por meio do Porto de Suape. De acordo com a corporação, o objetivo é realizar a prisão dos principais financiadores, vistos como responsáveis pela cadeia criminosa que fomenta o tráfico tanto interestadual com internacional.
A medida foi tomada após a Receita Federal apreender 800 quilos de cocaína que estavam escondidos num carregamento de banana, em Suape, e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e 1º Batalhão Integrado Especializado (BIESP) encontrar oito toneladas de maconha escondidas em fundos falsos de madeira na carroceria de dois caminhões. As duas apreensões aconteceram durante fiscalizações de rotina nos dias 21 e 23 de junho, respectivamente.
Com relação a droga encontrada no Porto, alguns dos servidores que participaram da ação serão chamados para prestar esclarecimentos sobre os fatos a fim de subsidiar as investigações. A polícia busca identificar a empresa ou responsáveis que estariam encarregadas de enviar a cocaína para a Antuérpia, na Bélgica. Não se descarta a possibilidade de nesses casos haver a troca de informações entre a Interpol das polícias brasileira e belga para encontrar os responsáveis pela recepção do entorpecente no País europeu.
Sobre a maconha apreendida na BR 232, em São Caetano, no Agreste de Pernambuco, os policiais rodoviários e militares já foram ouvidos. Além dos dois presos na ação: os motoristas Edson Carlos Sirena e Luis Carlos Lino Junior, ambos de 45 anos. Tais relatos serão passados também para a Polícia Federal de Foz de Iguaçú-Paraná para que também possam investigar tal organização criminosa responsável pelo envio de grande carregamento de maconha para o Nordeste.
Em nota, a PF informa que ao longo de todo o ano várias quadrilhas são desarticuladas por meio de operações que são desenvolvidas e articuladas em todos os estados do Brasil. “O objetivo sempre é dar prejuízo financeiro aos principais líderes das quadrilhas fazendo com que eles sejam presos e tirados de circulação e tanto o seu dinheiro como seus bens (imóveis, veículos, empresas de fachadas) sejam apreendidos e suas ações sejam interrompidas”, diz a nota.
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