Com um crescimento de 0,5% no 4º trimestre, a economia brasileira saiu da recessão técnica apresentada nos 2 últimos trimestres. O crescimento de 4,6% em 2021 foi o maior desde 2010, quando houve expansão de 7,5% e recuperou a forte queda apresentada em 2020 de 3,9% com os efeitos negativos da pandemia. Essa queda de 2020 só não foi pior que as quedas combinadas na recessão de 2015 e 2016, -3,5% e -3,3%.
O crescimento da economia brasileira em 2021 foi puxado pela recuperação do setor de serviços, com o avanço da vacinação e flexibilização das medidas de restrição para conter a propagação do Covid-19. Em 2020, o setor mais afetado tinha sido o de serviços.
Pela Ótica da Oferta, a agropecuária apresentou queda de 0,2%, enquanto a indústria apresentou crescimento de 4,5% e os serviços, 4,7%. Como o setor de serviços tem a maior participação no cálculo do PIB, com mais de 70%, foi responsável pelo forte crescimento no ano de 2021.
Pela Ótica da Demanda, todos os componentes apresentaram um desempenho positivo. O Consumo das Famílias, que representa mais de 70% do PIB, cresceu 3,6%; os Gastos do Governo subiram 2%; e, os Investimentos tiveram um crescimento importante para a economia de 17,2%.
Apesar desse resultado, o Brasil caiu no ranking das maiores economias mundiais, indo da 12ª para 13ª posição. A Austrália apresentou um forte crescimento no ano de 2021, subindo duas posições, passando o Brasil e a Espanha. Em 2022, porém, isso pode mudar, inclusive com forte recessão na Rússia.
Diario de Pernambuco