A economia de Pernambuco seguiu, em novembro, a tendência de alta dos últimos meses. O Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 0,8% na comparação com outubro, sendo o sétimo mês seguido de incremento. Já em relação a novembro de 2019, houve alta de 1,7%, a quarta consecutiva. Apesar disso, ainda não foi possível recuperar as perdas causadas, principalmente, pelos impactos da pandemia do coronavírus no estado. No acumulado do ano, Pernambuco tem queda de 2%, mas a variação negativa vem diminuindo mês a mês. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o recuo foi de 1,7%.
Na variação mensal, a maior queda do ano foi em abril, negativa em 8,4%, seguida da maior alta do ano no mês seguinte, de 4,9%. De maio a novembro, a economia de Pernambuco vem registrando crescimento mês a mês. Já em relação ao mesmo período do ano passado, os resultados positivos aparecem desde agosto, tendo em novembro a maior alta deste período. No acumulado do ano, o PIB pernambucano registra recuo desde abril, com as maiores quedas em maio e junho, de 4,4%. Porém, mesmo que ainda registre variação negativa, a partir de julho a tendência vem se revertendo, diminuindo a queda mês a mês. Novembro apresentou o menor resultado negativo.
Em relação aos setores, o de serviços foi o que mais sofreu com os impactos da pandemia, mas em novembro conseguiu sair do resultado negativo, registrando alta de 0,8% em relação a outubro e de 0,2% sobre novembro de 2019. “É um crescimento, uma estabilidade, mas um número importante porque saiu do negativo. E esse é um setor com maior peso na economia e mais afetado diretamente pela pandemia por conta das atividades que foram suspensas. Houve uma melhora à medida que houve flexibilização no segundo semestre”, explica Maurílio Lima, diretor de Estudos e Pesquisas da Condepe/Fidem.
No acumulado do ano, o saldo do setor de serviços ainda é negativo em 3,3%, enquanto nos últimos 12 meses com queda em 2,9%. “Ainda não recuperou, mas, com esse cenário de reversão, vai fechar o ano ainda negativo, mas com o mínimo. De toda forma, vai afetar a economia pernambucana como um todo. Além disso, com essas medidas restritivas mais recentes e o fim do auxílio emergência, que afeta a renda, demonstra que o setor ainda vai enfrentar problemas”, acrescenta Lima.
Diario de Pernambuco