PIB de Pernambuco supera o nacional

Folhape

A economia de Pernambuco deve crescer mais que a do Brasil neste ano. É que, apesar de ter diminuído o ritmo de crescimento no terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado consolidou uma curva de recuperação melhor que a do País. De acordo com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem), o indicador acumula uma alta de 2,1% no ano. Já o resultado brasileiro é de 0,6%. Por isso, enquanto o mercado projeta um crescimento de no máximo 1% para a economia nacional em 2017, o Estado já mira os 2,3%.

“Mesmo tendo uma ligeira queda em relação ao trimestre anterior, a nossa economia melhorou em relação ao mesmo período do ano passado. E nós esperamos ter um resultado ainda melhor no quarto trimestre, devido ao desempenho dos setores de comércio, serviços e turismo. Por isso, podemos fechar o ano com um crescimento de 2% ou até 2,3%”, explicou o diretor executivo da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, que comentou os dados do PIB de Pernambuco no terceiro trimestre de 2017 nessta quinta-feira (28), destacando que, apesar dos efeitos sazonais, os números registrados entre julho e setembro consolidam um processo de recuperação da economia estadual.

De acordo com a Condepe/Fidem, apesar de ter sofrido um baque de 4,2% em 2016, o PIB de Pernambuco começou a se recuperar já no primeiro trimestre de 2017. O indicador subiu 1,9% no período e mais 2,7% no segundo trimestre do ano. Por isso, acumulou uma alta de 2,3% no primeiro semestre deste ano. Entre julho e setembro, no entanto, quase leva um susto. O PIB caiu 0,4% em relação aos três meses imediatamente anteriores, mas subiu 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por isso, o acumulado do ano continuou no campo positivo. Ainda segundo a Condepe/Fidem, o PIB de Pernambuco subiu 2,1% nos nove primeiros meses de 2017 e esse número reforça a esperança de voltar a fechar o ano com um desempenho positivo – no balanço de 2016, a economia estadual caiu mais que a brasileira: – 4,2%.

Setores
É o desempenho da agropecuária e dos serviços que tem permitido essa recuperação da economia estadual. Segundo os números divulgados ontem pela Condepe/Fidem, a agropecuária subiu 20,1% no terceiro trimestre deste ano, acumulando uma alta de 16,1% no ano, devido ao bom desempenho das lavouras. Só as lavouras temporárias, como a cana-de-açúcar, a mandioca e o feijão, subiram 62,6% no período. E as permanentes, como a uva, subiram mais 0,8%. Além disso, o setor de serviços teve um incremento de 2,2%, puxado, sobretudo, pelo comércio e pelas atividades imobiliárias, que cresceram 4,6% e 3%, respectivamente. A indústria, por sua vez, continua no campo negativo: caiu mais 4,8% no terceiro trimestre, devido aos baques de 7,8% da construção civil e de 4,3% da indústria de transformação, que foi influenciada negativamente principalmente pelas atividades de refino de petróleo.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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