Planalto chama compra de votos de ‘factoide’

O Blog do Planalto, produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, rebateu as acusações publicadas pelas principais revistas semanais do país de que o governo negocia cargos e liberação de recursos em troca de voto contra o impeachment da presidente Dilma. Segundo o blog, as denúncias são “factoides” e “teses” sem provas e revelam “sinais de arrefecimento da ação golpista”. “Era para ser jornalismo, mas não passa de torcida organizada”, afirma o texto.

De acordo com a nota, as conversas com políticos e partidos têm como objetivo o “relançamento do governo” após a votação do impeachment. “Não há ‘compra de votos’ em curso. A aproximação, o diálogo e as negociações feitas pela área política do Palácio do Planalto não se resumem a apenas uma votação, e sim para um relançamento do governo no dia seguinte após o Brasil superar a agenda catastrofista do impeachment.”

A publicação faz ataque a reportagens publicadas pelas revistas Veja, Época e IstoÉ sobre as ações do governo em busca de apoio para derrubar o impeachment no Congresso e acusa os defensores do impeachment de estarem cooptando parlamentares.

“Embarcam, assim, na onda dos denunciadores, que acusam o governo de fazer exatamente aquilo que – eles, sim – estão fazendo. Como declarou o ministro Ricardo Berzoini na sexta-feira (8), ‘mesmo com todo o esforço de cooptação de parlamentares, com promessas de cargos e vantagens, eles não têm os votos’”, destaca o texto. “A tese das semanais constitui, isto sim, mais um capítulo da tentativa inclemente de aprovar o impeachment a qualquer preço”, acrescenta.

Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, o governo tenta atrair apoio com nomeações para vagas estratégicas na administração. Os cargos distribuídos a aliados podem movimentar até R$ 38 bilhões em recursos do orçamento deste ano, dos quais, R$ 6,2 bilhões são investimentos. As negociações, que têm sido chamadas de “balcão de negócio” pela oposição e de “repactuação da base” pelo governo, se intensificaram após o rompimento do PMDB com a presidente Dilma.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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