PM usa bombas em protesto contra o impeachment

Do G1

Policiais militares usaram bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes contrários ao impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) que protestavam na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta segunda-feira (29). A confusão ocorreu na altura do Masp.

O ato foi convocado pelo Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular e começou pacífico às 18h20. Não havia estimativa de público.

Às 18h50, o grupo, que caminhava em direção ao Paraíso nas duas pistas da Paulista, chegou até o Masp. Lá, a PM fazia um bloqueio.

Segundo o major Teles, o bloqueio ocorreu porque os manifestantes não divulgaram o itinerário do ato.

Após as bombas serem jogadas, os manifestantes espalharam lixo pela via e atearam fogo. Até as 19h20 não havia informações de feridos ou detidos.

Interrogatório

O protesto, que também é contra ao governo do presidente em exercício Michel Temer (PMDB), foi marcado para o dia em que Dilma é interrogada no Senado.

A presidente afastada voltou a defender um plebiscito para consultar a população sobre a antecipação das eleições presidenciais.

Essa proposta já havia sido apresentada pela presidente afastada há cerca de duas semanas, quando ela divulgou uma carta na qual disse apoiar a consulta à população, caso retome o mandato após o processo de impeachment.

“Eu defendo que hoje um pacto não será possível por cima, mas terá de ser um pacto tecido pela população brasileira. Que ela seja chamada a se posicionar no que se refere a eleições e à reforma política, porque considero absolutamente difícil para todos os presidentes, não só para mim, mas para todos que virão no futuro, a governabilidade quando este país possui 35 partidos”, disse Dilma.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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