Do Blog de Jamildo
Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), deflagraram na madrugada desta quinta-feira (28), no município de Belém de Maria (Zona da Mata Sul), a segunda fase da Operação Pulverização, para cumprimento de treze mandados de prisão e de busca e apreensão de políticos e gestores municipais.
Durante a Operação, quatro vereadores e dois administradores foram presos. O delegado Vladimir Lacerda, responsável pelas prisões, informou que os detidos foram encaminhados ao Presídio Rorenildo da Rocha Leão, em Palmares, também na Mata Sul. “Consideramos o prefeito foragido.
Com apoio da Polícia Civil e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi), dos treze mandados foram cumpridos seis. Entre as sete pessoas que são consideradas foragidas encontra-se o prefeito Valdeci José da Silva, do PSB.
Todos acusados de participação em organização criminosa, fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e dilapidação do patrimônio público municipal. O prefeito já havia sido afastado do cargo em dezembro do ano passado, suspeito de liderar um grupo investigado por desviar montante atualmente estimado em mais de R$ 6 milhões dos cofres da Prefeitura.
As investigações da Operação Pulverização foram iniciadas pelo Gaeco em 2013 e resultaram na identificação dos seguintes crimes: fraudes de licitação (Lei 8666/93), lavagem de dinheiro (Lei 9.613/98) e organização criminosa (Lei 12.850/03), corrupção passiva (artigo 317 do CPB) e peculato (artigo 312 do CPB)
Participaram desta segunda fase da Operação o procurador de Justiça Ricardo Lapenda e os promotores de Justiça Frederico Guilherme da Fonseca e João Paulo Pedrosa Barbosa, além de treze delegados de Polícia, 21 agentes de Polícia Civil e 16 policiais militares do Bepi, e servidores do Gaeco.
ENTREVISTA
Às 10h de manhã (sexta-feira, 29), na sede do MPPE (Rua do Imperador, 473), o procurador de Justiça e coordenador do Gaeco, Ricardo Lapenda, o promotor de Justiça Frederico Guilherme Fonseca (Gaeco) e o delegado regional da Polícia Civil Vladimir Lacerda Melquíades estarão concedendo entrevista coletiva para detalhar como funcionava o esquema criminosa, qual o montante de recursos públicos desviados e a participação de cada um na organização criminosa.